Take My Hand escrita por AliceCriis


Capítulo 14
13 – Desespero.




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Livro 5 – Alice Cullen.

 

 13 – Desespero.

 

Ela caiu em meus braços. Afinal, era isso que eu queria. Agora, eu começaria a limpar aquele chalé ou casa na árvore pitoresca e embolorada. Eu a deitei no sofá, e levei longos minutos a observá-la. Aquele rostinho de anjo – tão criança... estava prestes, a acabar com sua vida; o que a esperava... era o fim de sua felicidade. Ela estaria amarada a Seth... Pobre Néss. E por que eu não impedi? Ela fez a maior burrada de sua vida. E logo estaria a descobrir.

 Pobre Jacob, pesei ao afagar os leves cachos de seu cabelo. Em meu bolso tinham alguns lenços umedecidos, que usei para tirar o sangue que secara em seu rosto. Acomodei-a de uma forma melhor naquele pequeno sofá e parti pra minha luta.

 Eu viera aqui para limpar este recinto, e deixá-lo em boas condições. Minha sobrinha não poderia ver ninguém a não ser eu agora. Abri a caixa cheia de produtos de limpeza – na verdade lá havia tudo que ela precisaria pra ficar umas semanas, naquele lugar – pitoresco – e isolado.

 Esguichei água em todos os cômodos que pude, antes disso, tive que consertar a água encanada, que estava com problemas. A TV estava em curto, mais ela não percebera isso. Lavei a cozinha, os quartos, o banheiro, a sala – que mesmo que ela estivesse dormindo no sofá, eu não a acordara. Troquei colchões – eu havia vindo com o jipe de Emmett. E assim consegui trazer muita coisa – cortinas, papel de parede, consertei algumas camas quebradas por cupins.  Esfreguei tudo. Fiz tudo o que podia, e aquilo se pareceu com uma casa de verdade. Coloquei um Nintendo WII pra ela na sala, juntamente com a nova TV LCD tela plana 29 polegadas. Coloquei mais coisas em seu quarto, e trocara o pequeno berço por uma cama de casal – quem não esperaria por uma reconciliação, talvez? – pensei. Coloquei sei notebook, e instalei um modem com wireless. Afinal... ela precisava de alguma distração, não é mesmo?

 Depois de lavada, encerada, polida e reformada, a casa estava digna de sua presença. Trouxe roupas que estivesses usáveis, e enchi a dispensa de comida, e a geladeira também, coloquei  cerâmicas novas, e acho que foi só isso.

  De leve, acordei Renesmee. Eu não poderia ser brusca... ele já estava ali. Não iria causar nem um dano a ele. Ele não tinha culpa.

 - Tia? – perguntou o rosto tão pequeno e frágil. Mostrando toda a dor que sentiu.                      

 - Sou eu pequena; - a levantei. – Vamos tomar um banho. Depois eu preparo morango com chantili pra você. – sorri. Mais eu não conseguia esconder a pena dela. Como ela pode ser tão inocente?

 - Eu quero Jake, tia. – ela resmungou sem noção.

 - Tudo bem... ele logo vai estar aqui. – a levei pra banheira, e lavei todo seu corpo e ferimentos com cuidado. Ela parecia ter caçado alguns pumas. Os cortes eram profundos e era por isso que ela nunca iria caçar sem Jacob.

 Ela se manteve em silencio. Ela estava vegetando. Era como se não vivesse. Seus olhos estalados e fixos no anda as mãos apertadas em punho em seus lados. Ela era uma visão de se ter pena. E Seth, uma criatura que merecia não tem mais pele.

 Sequei-a e penteei-a. puis uma roupa confortável, e a levei até a mesa da cozinha enquanto eu preparava um jantar nutritivo.

 - Você está cinza, meu anjo. Não pode ficar sem comer. Não vai adiantar nada. – suspirei sentando-me ao seu lado enquanto eu picava alguns legumes.

 - Tia... eu não os mereço. – ela disse tomando consciência. Ela parecia viver um pouco.

 - Pequena... acho que você foi... seduzida por Seth. – ela já estava se movimentando como uma pessoa de verdade.

 - Eu quis. Eu quis aquilo. Eu senti vontade, tia. – ela coçou os olhos com as mãos cerradas em punho.

- Você está  em duvida. – aquilo não foi uma pergunta. Foi uma afirmação.

 - Sim. – ela arfou.

 - O que sente por Seth? – perguntei na expectativa de tentar ajudá-la em algo.

 - Eu... não sei. – ela disse olhando fixamente pra mim. Maniacamente.

 - E por Jacob? – perguntei falando seu nome com relutância.

 - Eu... o amo mais que tudo. Amo o bastante para deixá-lo sem mim. Amo o bastante pra contá-lo a verdade. – ela disse como uma oração.

 - Acho que não tenho mais o que afirmar. – disse com um discreto sorriso em meus lábios.

 - Você sempre gostou de Jake, tia. É impossível que você não fosse me ajudar a escolhê-lo.

 - A decisão não é minha, meu bem. Eu apenas tentei ajudar de alguma forma. Mais quem terá que dar a martelada final... é você, querida. – eu disse colocando os legumes em uma panela fervescente.

 - Mais... por que ele está sumido? Ele sabe disso? – ela perguntou temerosa.

 - Na verdade... ele está com o mesmo problema que você... – EXESSO DE INFORMAÇÃO. Droga.

 - Tia? – ela arqueou a sobrancelha.

 - É bobagem, não ligue. – suspirei.

 - Mary Alice Brandon! O que está escondendo? – ela pediu ríspida.

 - Ah... agora você está viva de novo, não é? – perguntei mal convencida.

 - O que está havendo aqui? – ela perguntou confusa.

 - Simples. Converse com Jake. Conte tudo a ele. E quem sabe... as coisas voltem exatamente a ser como antes. – sorri.

 - Ele não poderá me perdoar. – ela jogou as mãos em seu rosto.

 - Deveria conhecê-lo melhor, eu sempre incentivei o relacionamento de vocês. Sabe disso, e vou fazer o máximo para que continuem a estar juntos. – suspirei.

 - Eu não o mereço. – ela se justificou.

 - Você está me irritando, Renesmee. Sabia? E nunca fez isso tão bem como está fazendo agora. Olha Néss, é o seguinte. Sabe por que Jacob está agindo assim? Fugindo de você? Fazendo o que fez? – ela girou a cabeça em negativa. – É simples. Ele beijou Leah. Na mesma noite, em que você se deu pra Seth. Mais ele... ele quer morrer. Ele se sente a pior pessoa do mundo. E não estou querendo te proteger agora. Eu quero que você veja, o quão mimada e patricinha está sendo. Olhe para você mesma! Sempre teve tudo e todos ao seu lado. Nunca temeu magoar alguém... mais desta vez, Nessie. Você se superou realmente. E o que vejo era que eu estive errada todo esse tempo. Todos esses minutos que eu gastei a convencer Rose, Emmett, Carlisle, Esme, Edward e Bella, que você era apropriada pra Jacob. – minha voz tinha se elevado cinco oitavos – Eu vejo que estive sonhando acordada. Em ver que você queria contentá-lo. Que poderia acalmar a dor que ele detinha em seu peito. Mais... não. Você se entregou na primeira oportunidade. Você fez exatamente o contrário do que eu esperei de você. E não estou defendendo o que Jake fez com Leah, ele a beijou. Sim. foi completamente errado. Mais ele se sentiu mal. Pelo que acabara de fazer com a pobre loba, ele sentiu o que ela estava sentindo. O coração apertado e magoado. E ele sentiu o que ela queria. Ele tentou concertar tudo. Mais em sua pobre cabeça, ele confundiu tudo. Tudo mesmo. Ele não sabe mais quem é ele. – fechei os olhos e tentei controlar minha raiva. Eu vi toda a dor no rosto da meia vampira. Mais ela tinha culpa. A maior culpa de todos. Ela merecia sentir isso. Todos os anos de dedicação de Jacob pra ela... e era assim que ela retribuía? Jake merecia um voto de minerva. Ele merecia o perdão. Eu via como ele estava sofrendo. Eu podia sentir. Jazz o seguiu e pode me mostrar a quantia de dor que o pobre coração esfiapado estava sentindo.

 - Tia... eu... – ela começou a falar algumas coisas embriagadas. Mais com um olhar fulminante meu, ela parou, e abaixou seu rosto para secar as lágrimas.

 Eu não queria ouvir ela. Eu sabia como ela mesma tinha estragado sua vida. Agora eu via seu futuro, eu poderia ver o que aconteceria. Ela TERIA de  ficar com Seth. Não por amor. Mais sim por dever. E junto tudo isso por uma irresponsabilidade... frívola.

 - Não se preocupe. Seu pai não vai saber de nada. Sou muito boa em esconder meus pensamentos dele. Certamente pode ficar calma quanto a isso. Mais eu terei de contar um dia. Não vou te acobertar a vida toda. Verá por que. – continuei a cozinhar e servi a mesa pra ela. Sopas, legumes, carnes de frango grelhadas, era tudo o que ela precisava.

 - Acho que já vou indo. Você quer ficar sozinha. Não deixarei que mais ninguém venha perturbá-la a não ser eu e Seth. E se não se cuidar novamente durante uma caçada... você está frita. – eu terminei de servir o suco e seu alimento sobre a mesa. – Ah... tome isso. Relaxante muscular. Poderá dormir com mais facilidade. – me levantei. E a entreguei a caixinha de comprimidos, e deixei-a na cozinha com suas lágrimas, infidelidade e soluços.

 Saí da casa, carregando o monte de quinquilharia que sobrara de minha pequena e devastadora reforma. Coloquei tudo no jipe de Emmett, e procurei não deixar vestígios daquele lugar. Funcionei o grande motor com o barulho forte imponente e gutural, e acelerei em direção á mansão dos Cullen.

 Logo pude observar as enormes paredes brancas. Senti meu rosto esquentar pelo choro proibido – mais uma vez.

Coloque o jipe na garagem e fui para o hall.

 - Finalmente... – disse Jasper colando seus lábios dóceis nos meus. – Como está Renesmee? – perguntou ele preocupado e me abraçando gentilmente preocupado.

 - Ela... ela... – eu não consegui contar a verdade a ele. Edward, saberia. Edward mataria Seth Clearwather... mesmo eu achando que seria o certo a se fazer, eu não poderia cometer um assassinato.

 - Ela...? – tentou me incentivar a continuar. Mais não consegui.

 - Você não pode saber, ou melhor, Edward, não pode. Está tudo tão ruim... tão confuso. – friccionei os meus olhos com as mãos em  punho.

 - Eu confio em você, amor. Eu não preciso saber, se você acha que eu não devo. – ele estava calmo e clássico de um cavalheiro.

 - Obrigada, Jazz. – agradeci com a voz mais pacifica e tranqüila.

 - Leah e Bella estão na sala de jantar a sua espera, amor. – ele arfou – estão querendo falar urgentemente com você. E me proibiram de estar ao seu lado. Eu não poderei acalmá-las. – ele tentou sorrir.

 - Tudo bem, Jasper. Tudo ok. Vou resolver com elas agora mesmo. – ele andou sobre humanamente comigo até a sala de jantar, selando um beijo em meus lábios e caminhando até o segundo andar da casa.

 - Olá. – disse numa voz cansada.

Leah se levantou abruptamente, e correu em minha direção, abraçando-me de repente. Com sua ação eu fiquei atordoada. Mais Bella não. Ela estava sentada numa cadeira ao redor da mesa de jantar.

 - Leah o que...? – eu ameacei a perguntar.

 - Faça algo Alice. Você é a única que pode! Faça algo! Tire Jake daquele sofrimento! – Leah implorou com o rosto cheio de dor e semi inchado, pelas lágrimas que decorriam dele.

 - Eu acho que por saber do que eu sei... eu me torno cada vez mais impotente. – a guiei até um banco e sentei ao lado de Bella.

 - E como está Renesmee? – perguntou Bella com o rosto puramente vermelho;

 - Me decepcionando. – disse em voz alta e de bom tom. – E onde estão Edward, Emmett e Rose? – perguntei no mesmo embalo.

 - Estão tentando falar com Jacob. Mais é um esforço inútil – acrescentou Leah.

 - Acho que o único que está aqui que não pode ter a mente lida, é Jasper, não é? – perguntou Bella.

 Sim. eu me esquivava de qualquer tentativa de leitura por Edward, Bella tinha um bloqueia natural, e Leah era dotada de uma mente extremamente confusa e impossivelmente incompreensível.

 - Mande-o sair de perto daqui. – falei para Bella. Ela se levantou e correu até Jasper do outro lado da porta. Segundos depois a casa era apenas nossa.

 - Esme? – perguntei ainda desconfiada.

 - Ela está no escritório com Carlisle. – confirmou Bella sentando-se.

 - Qual é a situação real? – perguntou Leah aflita.

 - A Bella sabe da introdução? – perguntei a Leah me referindo sobre ela e Jacob.

 - Sim. – Bella assentiu.

 - Conversei com Seth. – disse olhando para a raiva de Leah.

 - Ele está mudado. É outra pessoa. – ela rangeu os dentes.

 - Eu vi. Ele fez pouco caso, por fora. Mais ele deve estar voltando a si agora. – suspirei – E falei com Renesmee, ela estava naquela cabana toda suja e embolorada, então dei alguns sedativos pra ela, e ela adormeceu enquanto eu deixava a casa moralmente suportável. Depois... olhei para os machucados dela. Ela caçou... pumas talvez. Seu rosto e corpo estavam dilacerados com cortes de 3 cm de profundidade mais ou menos. Limpei todos os machucados e dei um banho nela. Foi uma tarefa fácil até. Depois sentei á cozinha com ela enquanto preparava algumas sopas e comidas que oferecessem as proteínas que o corpo almejava, - respirei fundo – e... Bella. Seth e Nessie... não são mais virgens. – abafei o baque com as mãos nos ouvidos. Um grunhido gutural e bruto escapou entre seus dentes.

 - O QUE? ISSO É IMPOSSÍVEL! – ela berrou mais alto.

 - É possível. E... Renesmee acha que Jacob sabe disso. E esse é o motivo dela estar lá. Já no caso de Jacob, ele se envergonha do que fez. Ele apenas beijou, Leah. Nada mais. – olhei para Leah que concordou. – Mais Renesmee está sendo tão... hipócrita! Ela ama Jake e não sabe o que quer. Mas Jake beijou Leah. E não por realmente estar fadado a querer aquilo. Ela... fez isto com Seth... sabendo exatamente os efeitos colaterais. – coloquei ênfase nesta linha. Eles  deveriam descobrir eu não conseguiria entregá-la. Renesmee. Uma criança. Por uma besteira dessas... ela estragara o resto de sua felicidade.

 - Não... eu tenho que matar Seth Clearwather!  - berrou ela. Mais eu a segurei. Uma mão em seu braço serviu.

 - Eu adoraria ajudar. – concordou Leah. – ele tentou me chantagear, mais a culpa não é apenas dele, Bella. – completou Leah.

 - Ela tem toda razão, Bells. – suspirei e a fiz sentar.

 - Então... qual é a situação agora? – perguntou Bella ainda desesperada.

 - Eu... eu vejo o futuro, não é? – ergui as sobrancelhas.

 - Onde quer chegar? – perguntou Leah.

 - Na parte onde eu conto exatamente tudo a Jacob. Eu sei que ele irá me escutar. Ele e eu temos uma boa relação. – assenti e engoli seco a espera de suas aprovações;

 - Eu acho que pode funcionar. Ele se acertará as contas com Seth, e resolverá as coisas com Renesmee. Mesmo que eu esteja sobrando nesta história, eu ficarei completamente contente em ver Jacob sorrindo mais uma vez. – aspirou Leah.

 - Estou em dúvida. O que Jake fará com Seth? – perguntou Bella exasperando.

 - Exatamente o que ele merece. – sorri de volta a ela.

 - Então... acho que temos um tempo par deixá-los a se acalmarem um pouco mais, não temos? – perguntei satisfeita.

 - Duas semanas bastam? – perguntou Bella.

 - Acho que três seria o tempo fundamental. – sugeriu Leah.

 - Três semanas. – confirmei com a cabeça.


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