Prévia:Ao sentir o toque dele um arrepio percorreu todo o seu corpo.Angélica não conseguia respirar direito com a próximidade dele. Até suas palavras não saiam de sua boca, os olhos dele chamavam os dela. Tudo que ela sentia era cheiro de Jack, e tudo que queria era Jack Sparrow.

ONE SHOT!

Jack Sparrow sai pelo convés a procura de seu intendente.

– Gibbs?!! - Grita Jack.

Para no meio do caminho quando ver dois de seus tripulantes correndo atrás de um macaquinho, ele faz uma careta quando reconheci o macaquinho.

– Que baderna é essa no meu navio? - Jack fala. Todos ao seu redor param o que estam fazendo. até os perseguidores do macaquinho e olham pra ele. Jack encara eles.

– Então? - Jack sorriu, levantando a mão direita quase com se fosse uma reverência.

– Capitão é que o Jack pegou o olho do Ragetti. - Disse um dos piratas que corria atrás do macaquinho.

– Não é verdade Capitão. O Pintel entregou o olho pra ele. - Falou Ragetti triste.

– Ragetti, - disse Pintel. - Eu só estava lustrando seu olho, o Jack estava no meu ombro e o pegou de mim.

– Mesmo Pintel? - Perguntou Ragetti mais animado.

– Senhores! - Se intrometeu Jack. - Primeiro : Eu estou sem rum; Segundo : procuro meu intendente, o senhor Gibbs e não acho; Terceiro : encontro essa baderna no meu navio; Quarto : encontro isso no meu navio, - faz uma careta apontando pro macaquinho. - E pra piorar estou se rum.

– O senhor já disse isso capitão. - Apareceu Gibbs no meio da tripulação.

– Ah, senhor Gibbs posso saber onde estava? - Disse Jack parecendo irritado.

– Procurando rum Capitão. - Respondeu Gibbs.

– Ah! - Jack sorriu e estendeu a mão para Gibbs esperando que ele lhe entregasse algo.

– Não tem mais Capitão. - Disse Gibbs olhando para o Jack, esperando a reação dele.

– Sendo assim, - fez uma reverência com a mão direita e depois apontou pro macaquinho. - Livrem-se do filhote do Barbossa. - Sorriu. - O que estão esperando?

Os tripulantes do Pérola correram atrás do macaquinho Jack, ele saltou de onde estava para a cabeça de um dos pirata e depois para o mastro.

Um homem forte de aparência severa tentou subir o mastro atrás do Jack, mas ele pulou de volta ao chão e jogou o olho que caiu aos pés do Capitão Jack. E depois correu e pulou novamente no mastro subindo até o topo, dimuindo a chance de pegarem ele. O Capitão se abaixou e pegou o olho, fez uma careta.

– Ragetti? - O pirata foi até o Capitão que lhe devolveu o olho, fazendo outra careta enquanto Ragetti colocava o olho de volta no lugar. - Senhores não vamos perder tempo com ele. - Disse o Capitão inspirando ar pelo nariz, e em seguida pegando a bússola.

– Para onde Capitão? - Questionou Gibbs.

– Tortuga! - Disse o Capitão sorrindo. - Voltem ao trabalho, - os marújos voltaram a seus postos, - travar curso, içar velas...

O Pérola Negra havia atracado no porto no fim de tarde. Todos os tripulantes desceram do navio para aproveitar Tortuga. O Capitão Jack estava com alguns de seus marújos em uma taverna bebendo enquanto os outros levavam um bom carregamento de rum para o navio. O Capitão havia se entretido com a narração de sua aventura em busca da Fonte da Juventude, que estava sendo narrada por Gibbs.

Que não percebeu uma morena se aproximando, tinha cabelos castanhos soltos, olhos também castanhos, lábios volumosos, usava calça de couro justa detalhando suas curvas, um corpete preto por cima de uma camisa. Se aproximou da mesa onde Jack estava, quando Gibbs a viu parou sua história. O Capitão pareceu ficar irritado com isso.

– Gibbs? Que eu saiba a história ainda não acabou, você ainda nem chegou na parte da donzela em perigo que eu salvei. - Sorriu o Capitão.

– Não seria a que abandonou em uma ilha, seria? - Disse a morena, fazendo o capitão se vira pra ela.

– Angélica! - Disse levantando-se, abrindo um sorriso e fazendo uma reverência com as mãos. - Como vai? Gostou das férias?

– Vim aqui lhe agradecer pessoalmente. - Disse Angélica sorrindo, o sorriso do Jack se desfez.

– O que pretende fazer comigo? - Perguntou um tanto receoso. - Me matar? Me fazer sofrer?

– Matar seria fácil demais Jack, fazer você sofrer é a melhor opção ou talvez... - interrompeu a frase deixando o Capitão curioso.
– Hmm, esse não é o seu jeito Angélica. - Disse estreitando os olhos. Ela riu.

– E qual seria o meu jeito Jack? - Disse a morena se aproximando dele. - Onde está seu chapéu, você nunca se separa dele? - Peguntou ela.

– O meu chapéu, - disse sorrindo - oh sim, meu chapéu. Quem está com meu chapéu? - Gritou o Capitão.

Nesse instante veio uma loira muito bonita andando até ele, ela estava usando o chapéu do Jack, usava um vestido verde que destacava suas curvas, sorriu para ele.

– Aqui Jack. - Ela disse com uma voz irritantemente fina apontando para cabeça. Ele pegou o chapéu.

– Obrigado senhorita, e é Capitão Jack! - Disse sorrindo.

– Mas você disse que eu devia chama-lo de Jack. - Disse a loira confusa.

– Mudança de interesses querida! E sua voz é muito esganiçada.

A jovem nada disse, apenas reagiu dando um bofetada em Jack. Ele passou a mão massageando onde ela bateu .

Antes dela sair de perto o pirata do olho de madeira se aproximou dela e sorriu.

– Pode me chamar de Ragetti e não acho você estranha. - Disse Ragetti.

– Você é Capitão de qual navio? - Perguntou sorrindo.

– Eu não tenho navio nem sou capitão. - Ele disse, com essa resposta a loira deu um tapa nele e saiu de perto deles.

O pessoal que estava ao redor começou gargalhar inclusive o próprio Jack, mas sua gargalhada foi interrompida com um tapa que recebeu de Angélica.

– Não sei porque fez isso, mas poderia ter sido do outro lado, desse ainda está doendo.

– Você tem que aprender a tratar melhor uma mulher. - Ela disse calma. - E também eu precisava fazer isso.

– Entendi é contagiante. - Jack sorriu. - Bom, que tal sentar comigo eu pago o rum.

– Tem certeza que quer minha companhia, não prefere a que a outra, sabe que com ela vai ter mais coisas pra fazer do que apenas beber.

– Bom sendo assim. Onde está ela? Eh... Ah... Alguém sabe o nome dela? - Os marújos que estavam ao redor, balançaram a cabeça negativamente. - Não? Ninguém? Eh.. Loirinh...

Foi interrompido por outro tapa de Angélica, passou a mão novamente no lugar do tapa, e olhou pra ela confuso.

– Que foi? - Angélica perguntou. - Dessa vez foi do outro lado, Jack.

– Sabe, preferia não ter recebido, está opção era melhor. - Disse sarcástico.

Ela o encarou por alguns segundos, se virou e saiu andando em direção a saída. Jack a seguiu, no meio do caminho voltou.

– Senhor Gibbs? Quero meu navio pronto pra zarpar amanhã de manhã, logo cedo.

– Sim Capitão. - Respondeu o marújo.

Jack sorriu, e saiu da taverna procurando Angélica, olhou para um lado, nada, para o outro, viu a silueta dela virar uma rua, correu para acompanhar antes que conseguisse viu ela entrar em uma pensão.

Ele entrou logo atrás, mas ela havia entrado em algum quarto e ele não sabia qual, encontrou uma mulher que ficou observando pra ele.

– Uma senhorita entrou aqui agora a pouco, poderia me dizer qual é o quarto dela. - Disse ele sorrindo e ao mesmo tempo entregando umas moedas a elas. Que ao receber mostrou um sorriso cheio de falhas.

– Terceira porta a esquerda. - Jack ia em direção ao corredor, mas deu meia volta e foi até a mulher novamente.

– Por a acaso a senhora teria uma segunda chave? - Em resposta ela esticou a mão. - Mas eu já lhe entreguei algumas moedas. - Ela não falou, continuou com a mão estendida,

Jack estreitou os e pôs mais algumas moedas na mão da mulher, que entregou uma chave.

Ele caminhou pelo corredor quando chegou a porta ela não estava trancada a abriu, pensou mal negócio não precisava de chave. Dentro do quarto tinha uma senhora se trocando.

– Ahh. - Ela gritou agarrando um lençol para se cubrir e um vaso que jogou em Jack que se espatifou na porta que ele fechou rapidamente.

– Desculpe. - Murmurou, enquanto abria a porta novamente. - Sabe não vai gostar disso. - Disse fazendo uma cara de desgosto pra um garoto que estava deitado na cama.

A mulher pegou outro vaso pra jogar nele, dessa vez não teve tempo de fechar a porta, teve se abaixar para não ser atingido.

Se virou rapidamnte pra porta da frente, soltando um leve sorriso, ele havia se equivocado escolheu a porta da direita quando era a da esquerda.

Tentou abrir a porta mas estava trancada, usou a chave e entrou no quarto que estava vazio, viu apenas as roupas de Angélica jogadas no chão.Jack entrou, tirou o casaco, as armas e se jogou na cama.

Depois de alguns minutos Angélica saiu de uma porta na lateral do quarto, estava em enrolada em uma toalha, seus cabelos estavam molhados, dando a certeza a Jack que ela acabava de sair do banho.

Ele sorriu bobamente pra ela, quando ela o viu ficou surpresa e furiosa.

– O que faz aqui? - Sibilou a morena entre dentes.
– Eu queria dormir em um lugar onde não tivesse homens que passaram meses sem um banho! - Respondeu Jack com um sorriso.

– Vai embora. Agora! - Gritou apontando para a porta. Um pensamento passou por sua cabeça... - Como entrou? Eu tranquei a porta.

Jack sorriu se levantando da cama, segurou uma chave na ponta dos dedos balançando e depois jogou em algum lugar. Aos poucos foi se aproximando de Angélica, ela estava apenas o observando querendo saber o que ele faria.

– Se esquece que você escolheu o cão, Jack? - Falou Angélica estreitando os olhos.

– Bom, na verdade nesse momento o cão não está na minha frente, envolto apenas em um pedaço de pano, todo cheirosinho, está?

Jack chegou perto dela, a encostando na parede, pôs uma de suas mãos na cintura de Angélica, a outra mão dele escorregou até a perna dela, chegando na coxa ele parou e levantou a perna dela, segurando junto dele.

Ao sentir o toque dele um arrepio percorreu todo o seu corpo.Angélica não conseguia respirar direito com a próximidade dele. Até suas palavras não saiam de sua boca, os olhos dele chamavam os dela. Tudo que ela sentia era cheiro de Jack, e tudo que queria era Jack.

– E além disso, não preciso de chaves. - Disse Jack carinhoso.

– O que? - Perguntou confusa.

– O cão. - Falou ele tranquilamente, mas ela ainda parecia confusa.

Jack aproveitou essa momentânea confusão para beijá-la. Ele achava aqueles lábios volumosos extremamente macios, o cheiro da pele dela o intoxicava. Sem parar o beijo ele a puxou até a cama, onde aos poucos ele tirou a roupa que tinha. Na cama já não havia mais duas pessoas, seu corpos pareciam fundidos e só, e não havia nada no mundo pra eles, a não ser eles.

Logo cedo o Pérola estava pronto pra Zarpar, Gibbs procurava Jack para partirem, tensionava em ir a cabine dele, ele podia estar por lá. Mas antes que chegasse lá, viu a morena que usava o chapéu do Capitão sair da cabine.

– Senhorita! - Cumprimentou Gibbs com um sorriso.

– Gibbs! - Disse ela. - Preparem tudo pra zarpar.

– E o Jack?

– Logo se juntará a nós. - Disse sorrindo.

– E o curso? Qual vai ser?
Ela pegou a bússola de Jack, que estava apontando para tortuga, deixando Angélica triste. Gibbs se aproximou e deu uma olhada na bússola.

– Esqueceu algo que queria em Tortuga? - Perguntou Gibbs franzindo o cenho.

– Tracem rota para o horizonte, se distanciem o mais rápido possível de Tortuga.

Gibbs percebeu que ela não quis responder a pergunta, saiu em direção ao convés e foi cumprir as ordens. Quando ele já estava longe o bastante ela se permitiu deixar uma lágrima cair.

O macaquinho Jack apareceu pulando em seu ombro, ela sorriu, um sorriso triste.

– Demorou para se juntar a nós, Jack! - Murmurou para o macaquinho.

Jack dormia tranquilo no quarto da pensão com um sorriso nos lábios, pôs a mão em cima da cama procurando algo, tateou ela vão, abriu um olho e viu a cama vazia.

De súbito sentou na cama rapidamente, olhou o quarto e o viu vazio. Tratou de começar a se vestir, foi dar uma olhada pela janela, ver se podia acha-la.

Pela janela ele tinha visão do porto, atracados lá tinha vários navios, mas nenhum se comparava ao Pérola Negra, principalmente quando ele estava com velas içadas pronto para zarpar. Zarpar?!!

O navio estava zarpando e sem ele, não pensando duas vezes pulou a janela e correu para o porto, tentando calçar suas botas.

Empurrou pessoas, derrubou objetos, mesmo assim não conseguiu chegar a tempo. Viu quando o navio já estava no horizonte.

– De novo não! - Gritou para o mar.

Jack não sabia qual era o pior, perder seu navio novamente ou Angélica. Ele se lembrou do que mais queria, e procurou a bússola, mas não a encontrou, além de levar o chapéu também levou a bússola. Sorriu, ela realmente aprendeu alguma coisa comigo, ele pensou.

Agora ele tinha que achar um jeito de atrás do Pérola. Se aproximou de um navio, que achou interessante. De repente alguém saiu do navio e veio ao encontro dele.

– Quer se juntar a tripulação? - Indagou o homem. Jack sorriu.

– Por que não. - Ele disse.

E seguiu o homem para o navio, o convés estava sujo de sangue, ninguém estava limpando ele.

– O que houve aqui? - Perguntou Jack curioso.

– Um homem não fez direito o que o Capitão mandou. E o Capitão não tolera insubordinação.

– Já achei ele simpático. - Jack sorriu.

O homem levou Jack do convés até a cabine do Capitão. Era uma cabine escura mas muito organizada, em uma parede havia uma coleção de garruchas, e na outra de espadas.

– Capitão. - Disse o homem. - Achei um novo tripulante.

Quando o Capitão se virou Jack teve uma grande surpresa. O homem saiu os deixando sozinhos.

– Pai. - Ele disse.

– Capitão. - Falou Teague.
– Capitão pai. - Disse Jack sorrindo, Teague o encarou sério. - Capitão Teague. - Se corrigiu Jack.

Nesse instante o homem voltou com um balde e uma vassoura. E entregou ao Jack.

– Limpe o convés. - Disse o Capitão Teague.

– Não poderia ser seu intendente. - Jack falou.

– Ele é meu intendente, - disse apontando pro homem que trouxe Jack ao navio.

– O que mamãe diria sobre isso?

Capitão Teague levantou uma cabeça encolhida e ressecada.

– Quer perguntar? - Disse ele.

– Ela diria que o convés iria refletir os seus olhos depois que eu acabar. - Respondeu Jack já saindo da cabine indo em direção ao convés, sendo seguido intendente, Jack parou e olhou pra ele, disse sorrindo. - Poderia trazer um rum antes de começar?