Waisenkind escrita por HarpiahAvalon


Capítulo 9
Capítulo 9 - Penúltimo capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Vocês queriam saber porque ela sonha, né?



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Algum tempo antes...

 

A noite caía calmamente enquanto os três se ajeitaram para dormir em um prédio abandonado. Ali devia ter sido outrora recanto de judeus, porque estava todo revirado e bagunçado, como se alguém tivesse o invadido. Gotas de sangue estavam manchando os lençóis e o branco que tinha dado vida para as toalhas, dera lugar a um bege clareado.

 

Os três se viraram como puderam: forraram as camas com os cobertores (tinham trago alguns em suas mochilas), varreram o chão com uma vassoura que tinha no canto da casa, e tiveram todo o cuidado para não acender a luz. Apenas velas com pouca claridade foram usadas para alumiar o ambiente, e num instante estavam todos postos em suas camas.

 

Shari dormiu com Tom numa cama de casal, e Bill acomodou-se num sofá, deixando os dois ficarem mais à vontade na cama. O gêmeo mais velho aproveitou-se da situação e começou a beijá-la como tinha feito antes, embora dessa vez quisesse ser mais... Objetivo:

 

- Sharon... – disse ele para ela em meio aos beijos quentes – você me ama?

 

- Amar? – disse ela, parando pra respirar – Não sei direito o que é o amor. Mamãe dizia que me amava. É a mesma coisa?

 

- Também é. Mas eu não estou falando desse tipo de amor. O meu tipo de amor é quando você chega perto da pessoa e sente um calorzinho no corpo quando a abraça.

 

Tom a abraçou e pôs a mão em sua vagina sem o menor pudor. Ela foi sentindo um calor muito grande.

 

- Sente alguma coisa? – disse ele sorrindo. Tava na cara que ele queria se aproveitar da inocência da Sharon – Consegue sentir meu bem?

 

Ouviu-se um gemido rouco quando Tom começou a preenchê-la com os dedos. Ele sussurrava obscenidades para a garota que de um minuto para outro deixou de ser inocente:

 

- Isso é amor. – mentia ele. Qualquer um sabia que aquilo era apenas tesão, mas Shari não tinha tido esse tipo de conversa com ninguém. Nunca.

 

Bill dormia.

 

Ele tirava a camisola dela com violência. Tirava a sua própria blusa com rapidez. Arreava a sua calça e rapidamente tirou sua cueca. Agora com toda a calma, afastou as pernas dela uma da outra e com o seu membro, preencheu aquele lugar.

 

Sharon queria gritar de dor. Tom rapidamente tirou e perguntou se ela estava bem. Ela disse que sim, mas doía.

 

Ele resolveu colocar mais uma vez, embora agora tivesse mais cuidado com o frágil corpinho. Segurou as mãos dela contra o colchão e pediu para que a garota fechasse os olhos. Obedeceu, e tentou não se concentrar na dor. Tom disse que a preencheria com todo o amor do mundo, mas não fez isso. Movimentou-se com violência, até que se rompesse o hímen. Ele teve que beijá-la para conter o grito que Sharon dera, e logo pediu perdão por quebrar a promessa:

 

- Desculpa... – sussurrou ele para ela – mas se eu fizesse bem devagarzinho, doeria muito mais.

 

Enquanto ele investia com movimentos precisos, ela o auxiliava nos gemidos. Nos primeiros minutos se mostrara tímida e acanhada, mas Tom fez de tudo para que ela se soltasse na cama. Em poucos minutos ele teve seu orgasmo, e fez de tudo para que ela tivesse o seu. Pouco mais de meia hora se passou, e logo após a sua primeira vez, Sharon dormiu sorrindo. Tom ficou muito feliz por ter tido uma noite com a menina que mais gostava. Ele não era virgem. Antes dela foram Eloisas, Yaras, Fernandas, Vanessas, Chantelles e lá se vão muitos nomes na lista. Tom nunca fora um exemplo de namorado, e adorava ir a festas para fazer obscenidades com as garotas; e elas, bêbadas, sequer sabiam o nome do rapaz com quem dormiram à noite.

 

Mas ela era especial. O seu jeitinho inocente o encantava, e a sua pureza o deixou muito animado. Ele fora seu primeiro homem. Uma menina virgem com essa idade era rara de se achar, a maioria já estava prestes a se casar com algum imbecil viúvo e pedófilo.

 

De manhãzinha quando o sol passava por entre as janelas e irradiava sua luz sem pedir permissão, Tom a tinha acordado com um lindo sorriso no rosto:

 

- Bom dia, flor do dia.

 

Ela sorriu. Estava meio adormecida, mas ainda tinha forças pra sorrir:

 

- Bom dia meu amor.

 

Aquilo foi como música para os ouvidos do garoto, que estava louco para que ela o amasse de verdade:

 

- Gostou de ontem?

 

Ela apenas sorriu. Claro que ela tinha amado (N/A: Minhas leitoras devem ter morrido de inveja. Principalmente a Gih e a Gatez que são umas grandes invejosas, sabe? Não confiem nelas kk), até porque ela nunca fizera algo parecido em toda a sua vida:

 

- Muito bom.

 

Sharon fechou os olhos e sentiu os lábios do garoto tocar nos seus. Um beijo calmo e cálido aconteceu em cima daquela cama, incendiando o coração do gêmeo mais velho, sentindo que era a primeira vez que estava amando alguém. Ela resolvera agradá-lo com beijos mais intensos e selvagens. Tom aproveitou-se novamente da situação e colocara por cima de si, tomando o cuidado de penetrar com suavidade nos primeiros movimentos para que não a machucasse.

 

Ela aprendera rápido. Gemia baixinho para não acordar o Bill, e ouvia todas as obscenidades que Tom sussurrava num tom audível. Na hora do orgasmo, colou sua boca na boca do rapaz, e terminou a transa deitando em cima do parceiro, alegando cansaço. O guri sequer reclamou: queria que ela ficasse o máximo de tempo possível com ele. Bill estava despertando. Não tinha percebido a noite que os dois tiveram, e nem sabiam do ‘Love’ que estava rolando entre os dois. Sentou-se no sofá. Bocejou. Levantou-se e foi até a cama do irmão para ver se ele ainda dormia.

Quando entrou no quarto e deu de cara com os dois agarrados em cima da cama, quis matar o Tom. Ele estava seduzindo mais uma garotinha e a influenciando negativamente. E se ela tivesse um bebê?

 

Bill tentou falar alguma coisa para o irmão, mas deixou para repreendê-lo quando ele saísse de perto da garota. Enquanto isso ele ia cheirar um pouco de ar puro – com cuidado, claro – para reavivar os pulmões. O mais novo sentia falta de casa. Sentia falta da sua mãe e saudades do seu quarto. Ele daria tudo para saber como Simone estaria agora. A tarde ia caindo... A noite ia chegando enquanto Tom e Shari ainda estavam juntos, sem se incomodar com o Bill. O gêmeo tinha esfriado a cabeça e tinha voltado pra casa com a consciência pesada. Algo lhe doía, não sabia ao certo por que.

 

Não estava muito longe da mãe. Recusou-se a se afastar ao máximo como ela tinha dito e ficou sempre por perto enquanto se refugiava. Quando a noite caía novamente, voltou para dentro de casa e deu de cara com seu gêmeo fazendo sexo com Shari mais uma vez. Por um minuto quis saber de onde o Tom tirava tanta energia, mas desistiu de tentar saber.

Quando o gêmeo mais velho e a judia terminaram, dormiram. Bill tinha comido alguns biscoitos para matar a fome, e os outros sequer tinham comido algo. Estavam ocupados demais para isso. Na calada da noite, Shari começava a suar como louca e se remexia na cama novamente. O mais novo tinha percebido e a primeira pessoa em que ele pensou foi sua mãe.

 

E o pior de tudo é que ele estava certo.

 

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A casa estava entregue às teias de aranha. Simone não sentia mais vontade de comer, ou de limpar a casa. Tudo o que ela queria, eram seus filhinhos de volta. Era como se sua vida tivesse escorrido pelo ralo. Num belo dia, quando a noite surgia, Simone fora se preparar para dormir, já que nos sonhos era o lugar onde ela podia ficar com seus dois gêmeos queridos. Ficou em sua cama até que aos poucos seus olhos pesaram.

 

Um sono abateu-se sobre ela, e num instante adormecera com dois bichinhos de pelúcia que tinham sido dos seus dois amados. Pensou em Sharon como uma filha que nunca tivera. E também pensou nela como sua nora, já que os olhares que Tom lançava sobre a judia eram óbvios.

Neste momento, se estivesse acordada teria percebido o barulho de alguém entrando em sua casa. Se fosse a outros momentos teria acordado rapidamente, mas como não se importava mais consigo mesma, nem se deu ao trabalho de sair do seu sonho.

Os passos foram ficando mais intensos e chegando perto de sua vítima com uma rapidez impressionante. Apenas mais uma pisada selaria o destino da loura para sempre.

 

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- BILL, TOM, CORRAM! SIMONE! SIMONE!

O mais novo sequer perguntou o porquê. Correu em disparada até a casa da mãe, temendo que ela tivesse o mesmo desfecho que Allaine.

Eu só queria saber por que ela tinha esses pesadelos. Por quê? Ela era muito doce e tinha uma candura virginal que atraiu Tom – pensando bem, ela TINHA uma candura virginal que Tom fez questão de tirar – e além do mais era muito boa pessoa.

Isso tinha a ver com o que tinha acontecido no dia de seu nascimento. Tinha a ver com a polaca. Aquela que tinha feito o parto. Lembram-se?

 

“Ao seu lado sempre estava uma emigrante polaca que conhecia o suficiente de partos para saber que aquele não teria um desfecho feliz. Para Elisheva, as noites eram tortura a tal ponto de não se ter certeza que o outro dia nasceria, e cada gota de suor escorrida lhe fazia mais fraca. Certo dia, estava mais debilitada do que nunca e seus olhos lutavam para não se fecharem de uma vez por todas; quando a polaca lhe trouxera uma xícara de chá bem cheia, quente e reconfortante.

Elisheva bebeu a pequenos goles, completando doze, e em poucos minutos se sentiu melhor. Parecia um milagre. Tempos depois, sentiu um líquido escorrendo por entre as pernas, e depois de ter respirado fundo umas três vezes ela logo sentiu as Primeiras Dores. A polaca sorriu: Era a hora do nascimento”.

 

Doze goles. Significava que a ela tinha doze anos saudáveis até que toda a desgraça acontecesse.

 

Ela respirou bem fundo três vezes. Ela tinha três anos para morrer. E da morte mais macabra possível. Era tão macabra que envolvia pessoas, e a forma mais sutil de se aproximar delas são pelos sonhos...

 

Bill corria feito louco e Tom mal compreendeu o que se passava mas tentou seguir  irmão. Sharon chorava. Sabia que não daria tempo dos dois chegarem até a casa da mãe evitando uma catástrofe.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Só mais um capítulo, hein!



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