The Avengers: My Asgardian Prince Charming escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 2
Capítulo I - Luto


Notas iniciais do capítulo

- Perdido até ser encontrado
Nadando até se afogar
Saiba que nós todos caímos
Ame até odiar
Força até se quebrar
Saiba que nós todos caímos
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Se alguma vez o seu mundo começar a se desmanchar
Quando quer que o seu mundo comece a se desmanchar
Se alguma vez o seu mundo começar a se desmanchar
É quando você encontrará, me encontrará
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Todos caimos, nós todos caimos, todos caimos (All Fall Down - OneRepublic)
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Esse começo é meio triste, mas vou tentar manter o astral legal da primeira temporada aqui também... Divirta-se :)
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Assim que Tony revelou a Lola que os pais dos dois estavam mortos, a garota saiu correndo pelas instalações da SHIELD abandonando ele, Steve e Stu na sala de treinamento. Lola Stark trancou-se em seus aposentos, é óbvio que os outros três homens a seguiram, ficaram por uns instantes em silêncio em frente a porta dela, pois sabiam que Ela necessitava de um tempo para digerir tudo.

Lola era uma Stark, e como Stark odiava demonstrar seus reais sentimentos externamente - Starks e suas armaduras figuradas ou não... - então ela segurou o máximo que pode para desabar apenas quando ficasse só em seu quarto, e assim conseguiu fazer.

– Lola, querida, abra essa porta, por favor. - Tony pediu após um período em silêncio encarando a porta fechada.

Lola não respondeu nada, ela estava se acabando em choro, não queria que eles a vissem.

– Está tudo bem, Senhorita Marshmallow, saia daí... Eu te preparo uma caneca de chocolate quente... - O velhinho Stu também tentou convencê-la a destrancar a porta.

Steve apenas os observava, mesmo estando sem graça por ter falado mal do Homem de Ferro para a própria irmã, ele permanecia ali preocupado com ela ao ponto de se esquecer disso.

– Vamos Lolita, abra a porta. - Tony pedia consternado e paciente.

Lola de lá de dentro não emitia sequer um som que eles pudessem escutar. Ela estava sentada no chão encostada à parede do lado oposto da porta, seus braços abraçavam suas pernas, e sua testa estava deitada em seus joelhos.

Lola se permitia agir como uma garotinha assustada e triste pela primeira vez depois de muito tempo. Saber que seus pais estavam mortos e que ela nunca mais os veria foi a gota d'água.

– Posso... tentar? - Steve se aproximou da porta timidamente, como se tivesse medo que suas palavras fossem entendidas como um insulto.

Tony bufou desacreditado, mas estava sem humor para fazer uma piada com Rogers - o que era algo incrivelmente memorável.

– Fique à vontade! - Tony disse abrindo caminho para que Steve se aproximasse mais da porta.

– Lola?... Lola... Aqui é o Steve... - Ele começou a falar e do outro lado da porta a garota chorosa levantou a cabeça surpresa ainda em lágrimas.

–... Nós sabemos o quanto está doendo... E está tudo bem em se sentir assim... Não importa quando, mas quando você abrir a porta saiba que encontrará apenas pessoas que se importam com você e que fariam de tudo para tirar essa dor de você... - Rogers parou por um instante de falar com a porta para virar-se para Tony e Stu constatando pelos rostos deles que o que estava prometendo para Lola era a realidade.

Lola parou de soluçar, mas ainda chorava prestando atenção na voz de Steve.

– Lola... Talvez mais do que qualquer outro, eu consigo compreender a situação em que você está passando... Cair de paraquedas num mundo onde muitas das pessoas que você ama não existem mais, não é uma coisa fácil de se lidar, você não precisa passar por isso sozinha, pelo menos não como eu tive que passar... Você tem o Sr. Stuart, você tem o seu irmão, e você em pouco tempo conquistou a afeição de muitas pessoas aqui como... Eu...

A última frase dita por Rogers fez Tony lançar nele um olhar diferenciado, cheio de uma curiosidade interessada com uma pitada de malícia escondida. Ele levantou quase que imperceptivelmente uma de suas sobrancelhas ao encarar as costas de Steven.

Escutando as palavras do loiro, Lola, por sua vez, conseguiu mesmo que momentaneamente engolir o choro. E para a surpresa dele e dos outros dois, a porta se abriu.

Naquele seu breve instante de fragilidade, Lola encarou Steve, e tudo o que ela mais queria desde o momento que se levantou do chão e girou a maçaneta era lançar os braços ao redor dele e agradecer por suas palavras reconfortantes ao passo que se permitiria voltar a chorar, entretanto, algo a impediu de fazê-lo - o nome “Capitão América” foi relembrado em sua mente quando seus olhos castanhos encontraram os azuis dele.

– Obrigada. - Foi tudo o que ela disse ainda dentro dos limites do quarto enquanto secava melhor o rosto com as mãos.

– Não por isso. - Steve disse e comprimiu seus lábios formando um sorriso fraco. Lola virou-se para Tony e fez o que queria ter feito com Steve em seu irmão caçula.

– Eu queria ao menos poder sair e colocar flores nos túmulos deles. - Lola começou a molhar o ombro de Tony, mas tomou cuidado para ficar fora do campo visual de Rogers, não queria que ele a visse assim.

– Mas você pode fazer! - Tony a envolveu em seus braços também. -... Podemos partir para Washington hoje mesmo se você quiser...

– Não Tony! Não posso, hoje é quarta-feira, e eu só posso sair aos sábados pela tarde e na companhia de algum agente. - Lola explicou apertando-o com mais força.

– Mas que palhaçada é essa?... - Tony afastou Lola de seu tronco para encará-la. -... Quem a SHIELD pensa que é para proibir um Stark de fazer alguma coisa?!... Isso é coisa do Pirata do Caribe, não é?! Ele vai se ver comigo.

Steve tentou justificar o cronograma que fizeram para ela.

– Eu acho que o Fury fez isso para protegê-la do mundo lá fora, e proteger o mundo lá fora dela também, por enquanto...

Tony que já estava estressado simplesmente reagiu rispidamente ao que ouviu.

– Ninguém te perguntou, Abominável Homem Das Neves.

– Anthony! - Lola o repreendeu. - Que falta de educação é essa?!... Peça desculpas ao Steve agora mesmo! - Ela ordenou autoritariamente como uma irmã mais velha.

Tony não estava acostumado com isso, a ultima vez que ouviu aquele tom de voz tinha apenas oito anos. Por um momento ele até sentiu o medo da bronca que quando garotinho sentia.

– Não é necessário, já estou habituado com o comportamento de seu irmão. - Rogers disse.

– De qualquer jeito eu não ia me desculpar mesmo. - Tony ignorou a bronca.

– O que aconteceu com você, meu irmão? Você costumava ser tão doce e cortês com todo mundo... - Lola o analisava tentando encontrar a resposta só com um olhar.

– Da última vez que você me viu eu "costumava" assistir Os Flintstones e dormir com um ônibus espacial de pelúcia chamado Floppy. - Tony constatou com sarcasmo.

– Não acredito! Seu caso com o Floopy acabou? Eu pensava que era amor para uma vida inteira! Quem é você é o que fez com o meu irmãozinho???! - Lola utilizava o seu sarcasmo Stark, mesmo que um tanto enferrujado.

Steve tentava desvendar o enigma que era aquela garota. Em um instante ela estava trancada fugindo do mundo, e agora estava ali fora conversando na língua de Tony Stark como se nada tivesse acontecido. Se seus olhos não estivessem meio inchados, ninguém diria que Lola havia chorado há minutos atrás.

– Não tente entender, Senhor... - O velhinho Stu que estava calado pela timidez causada pelo encontro com seu ídolo, resolveu se pronunciar apenas por ter notado o franzimento da testa de Steve. -... Essa família é bastante complicada.

– Steve, você acha que tem problema em eu viajar com o Tony? - Lola tirou os olhos do irmão por um segundo para encara-lo.

– Ele não tem que achar ou 'des-achar' nada! - Tony protestou ainda insistindo na ideia de que a SHIELD não tinha direito algum de controle sobre sua irmã.

– Fica quieto, Tony! - Lola disse rindo. - Hein, Steve? - Voltou a perguntar séria.

– Bom... Eu não sei... Mas se você quiser ir, posso assumir as responsabilidades aqui por ter permitido. - Steve deu um breve sorriso.

– Obrigada mais uma vez. - Lola o olhou ternamente e sorriu agradecida. Tony encarou momentaneamente a irmã e o Capitão, de forma salteada.

– Não por isso. - Steve repetiu.

[...]

Washington D.C., um dia depois...

Lola terminava de acender algumas velas no altar do mausoléu Stark. Ela não estava chorando, mas havia mergulhado no silêncio das reflexões fúnebres respeitosas que sempre dominam o ar quando pessoas se encontram num cemitério.

Tony a esperava do lado de fora, ele sabia que ela precisava de um momento a sós com as gavetas onde estavam os restos mortais dos membros da família Stark.

Lola voltou a encarar as placas paralelas que indicavam Howard Stark e Maria C. C. Stark. Ela pousou cada uma de suas mãos em cada um dos buquês de lírios que havia trazido. Acariciou as flores como se elas representassem seus pais.

– Oh, mamãe!... Oh, papai!... Eu não queria nada disso... Fui tão estúpida... Queria voltar no tempo e poder outra vez discutir com a Senhora e depois correr para chorar no ombro do Senhor... - Lola secou uma lágrima que escapara. -... Queria nunca ter fugido... Agora consigo imaginar o quanto sofreram por mim... Estou sofrendo por vocês... A vida está me punindo por ter sido cabeça dura...

A voz de Tony surgiu atrás dela logo após Lola parar de conversar com os túmulos.

– Mamãe morreria de novo só de orgulho em te ver assim hoje. – Ele cruzou os braços e se apoiou no caixão da porta. Tony vestia um terno preto com gravata, uma camisa branca, sapatos sociais pretos e um par de óculos Ray-Ban aviador.

– E essa é a única coisa boa no fato dela não estar mais viva... Seria terrível dar à mamãe o gostinho de ver seu sonho realizado. – Lola passou as mãos em seu novo vestido preto tubinho comprado por Tony.

– Eu sabia que você ia falar algo assim! – Ele soltou um sorriso cínico.

Lola sorriu, mas rapidamente voltou a ficar séria.

– Sabe, isso é injusto... Você me conhece melhor do que eu conheço você... Você cresceu, virou um homem... Enquanto eu...

– Você não é a mesma, confie em mim, você mudou mesmo, por dentro e por fora... – Ele desencostou-se da porta.

– Você tem razão... Eu mudei de certa forma... – Lola caminhou até um canto do mausoléu e alcançando outra gaveta pôde enxergar o nome “Dolores Francisca Stark”. -... Eu morri no dia daquele acidente... E nasci outra vez quando fui descongelada...

Tony se aproximou da lápide ficando lado a lado com a irmã.

– Precisamos nos livrar dessa coisa feia. – Ele analisava a gaveta com o nome de Lola ao lado da pintura de alguns anjinhos.

– Não, não precisamos... Esse túmulo é um símbolo de uma nova era. – A garota metaforizava.

– O Muro de Berlim também era um símbolo de uma nova era e nem por isso ele ainda está de pé. – Tony constatava com seu humor marcantemente irônico.

– Vamos dar o fora daqui! – Lola puxou o irmão, envolvendo um de seus antebraços em um dos dele.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado e que me deixe saber o que achou! :D
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Vou manter os trailers nas notas finais a partir do próximo capítulo, mas como tira-gosto, os títulos dos três próximos são:
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Capítulo II - Irmãos
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Capítulo III - Imprevisibilidade
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Capítulo IV - As Luvas Mágicas
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Como o método de postagem da primeira temporada deu certo para todos nós, vou mantê-lo também, OU seja, vejo você no próximo sábado (17/05), OU antes, quem sabe? Depende na bondade do seu coração kkkkk...
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Até lá,
Beijoos