O Ladrão de Livros escrita por OnlyGirl08


Capítulo 2
Sessenta e quatro se foram


Notas iniciais do capítulo

Hey! Primeiramente, obrigada pelos reviews (vcs são tudo de bom haha) e, segundamente ( eu sei que não existe kkkk mas amo inventar palavras ,sei lá, sou eu :P ), um beijão para a Karmen Bennett (Ela é super divástica e recomendo MUITO as fics dela)
Boa Leitura!



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E desde aquele dia, tudo começou. Freddie ia toda tarde a biblioteca visitar Rosa, ela lhe dava sempre um bom lanche, pois o menino estava desnutrido e pálido. E eles começavam a sua leitura com o primeiro livro de Freddie. Ela lia, e ia mostrando as letras a Freddie, depois Rosa passava letras para freddie repetir no caderno e com um tempo palavras e após frases. Ensinou os verbos e finalmente, Freddie conseguiu ler o livro inteiro sozinho. Lia a noite sempre antes de dormir no chão do quarto com uma vela iluminando, pois senhor Melvin não podia saber do livro. Enquanto ao velho, tratava Freddie do mesmo jeito que sempre tratou, mas agora Freddie aprendera a se desvencilhar dos problemas com o avô. Era um garoto muito esperto para a idade. Freddie não deixou de apanhar de Melvin, mas agora tinha Rosa para cuidar dele. E ele já a tratava como mãe. Dois meses depois do aniversário de freddie havia se passado e ele parecia outro menino, mais esperto, mais astuto e mais alegre, seu avô percebera isso e o castigava. Não suportava ver a alegria de Freddie. O deixava sem comida, mas sempre que ia trabalhar o dia inteiro na manutenção da biblioteca, Freddie escapava e ficava no escritório de Rosa. E ela dava comida e alegria para o menino. Rosa não suportava Melvin, porque batia em Freddie, mas ficava em silencio, pois se relutasse seria pior para o pobre menino, não a ela. Freddie assim como Rosa, pegou uma grande paixão por livros, e ela sempre dava a Freddie mais um para ler. Freddie se sentia bem lendo, mesmo com dificuldades e marcando palavras que ainda não conhecia, ele se sentia feliz, pois entrava em outro mundo, se esquecia de que estava na pequena e suja casa e com o avô Melvin. Freddie começou a amar Rosa mais que tudo, era a sua única amiga, a única pessoa que amou como mãe. Tinha admiração e carinho por ela, e ela sentia isso nele. Queria tanto Freddie para si. Mas não podia, não podia por motivos que se Freddie soubesse iria se sentir triste e desamparado. Então Rosa, não podia fazer nada em relação ao garoto que o considerava filho...

Freddie cresceu, hoje tinha feito 14 anos. Estava um rapaz muito bonito e inteligente. Ainda morava com o avô que agora estava absurdamente irritante. Mas não batia em Freddie, por estava fraco e freddie mais forte. Um ano atrás Melvin queria bater em Freddie, por ter passado a noite toda na biblioteca depois de uma briga com o avô. Melvin tentou bater em Freddie mais o rapaz conseguia correr ou ate mesmo parar o avô agora. Freddie não tinha mais medo dele.

Rosa agora com a face um pouco cansada por chegar aos trinta e cinco anos era estranho para Freddie, mas para ele era o cansaço da biblioteca. Freddie agora andava pelas ruas de Salem, tinha ganhado quarenta dólares de Rosa e queria muito comprar uma roupa nova, já que não tinha nenhuma. Na rua de paralelepípedos, o sol estava brilhante e muitas meninas acenavam frenéticas para Freddie a espera de uma correspondência. Mas Freddie não sentia interesses por nenhuma menina de Salem. Assim que entrou na loja de roupas, viu um casaco e uma calça jeans. As comprou e estava feliz por pagar com o dinheiro, era ridículo, mas se sentia importante. Ao chega ao balcão sem querer esbarra em alguém.

–Me desculpe! –pediu Freddie antes de congelar e fica boquiaberto com a imagem que via. Uma bela menina, morena de cabelos lisos, o sorriso mais belo que já vira, a pele alva dava contraste a negridão dos olhos e cabelo. Seu coração acelerou e suas mãos gelaram, Freddie tinha um sorriso bobo no rosto.

–Não foi nada! –ela disse com sua voz aveludada. –Sou Carly! –ela estendeu a mão para um aperto e freddie com dificuldade apertou a mão dela.

– S-sou Freddie! –ele disse nervoso.

–Prazer Freddie... Er...Acho que é sua vez! –Carly disse ao perceber que a atendente esperava por Freddie. Ele se envergonhou e pagou a roupa.

–Você mora aqui? –Freddie disse com a voz meio rouca, e sabia que não era pela puberdade. –Nunca a vi! –ele acrescentou.

–Na verdade moro um pouco longe daqui, minha avó que mora por perto. Eu morarei com ela ate minha mãe sair do hospital.

–Ah, sinto muito... – Freddie disse tentando consolá-la. Ela riu.

–Não, ela esta grávida! – Freddie se sentiu um idiota, e Carly viu que ele ruborizou. –Bom... tenho que ir! –ela disse sorrindo já andando para a porta.

–Adeus! –ele disse abobado ao ver a menina acenando. Mas só quando ela saiu, voltou a si e percebeu que não sabia se a veria, foi correndo pela porta e ela já estava longe. Suspirou triste, nunca se sentiu assim antes, e estava gostando disso.

–Comprou oque? –perguntou Rosa carimbando uns livros que tinham sido alugados. Freddie agora comia uma maçã sentado em cima do balcão. Já que seu avô estava velho não ia frequente trabalhar, já que ele não estava por lá Freddie ficava a vontade.

–Um casaco e uma calça! Deixei em casa, depois lhe mostro! –disse freddie com um brilho nos olhos que Rosa rapidamente identificou.

–Algum outro presente de quinze anos hoje? –ela disse desconfiada.

–Não por quê? –freddie disse pulando do balcão e andando ate a lixeira para jogar a maçã no lixo, um grupo de estudantes do primário o olharam, duas menininhas deram risadinha e acenaram a Freddie que fingiu não ter visto a cena.

–Porque esta muito alegre para o meu gosto... –ela sorriu, ao perceber que o menino se assustou. Será que ela percebeu que estou apaixonado? Pensou Freddie.

–Não foi nada, só estou feliz pelas roupas novas! –disse rápido Freddie

–Qual o nome dela? –Rosa disse carimbando mais livros, Freddie agradeceu por ela ter a atenção nos livros porque ficou muito vermelho.

–Ela quem? –ele disse inseguro.

–A menina que esta gostando? –ela o olhou e sorriu gentilmente

–Carly... –Freddie relutou para não dizer, mas acabou dizendo.

–Hum... Não a conheço... –disse pensativa Rosa.

–Ela mora longe daqui, esta com a avó. O pior é que nem sei se vou vê-la novamente! -desabafou Freddie. –Foi estranho sabe, assim que a olhei, nossa! Foi uma sensação gostosa. Só de olhá-la sentia-me feliz. –Freddie disse sonhador - Não é como os livros!

– É que cada autor, ama diferente, se apaixona diferente. E a formas diferentes de saber se você esta amando. –explicou Rosa.

Freddie passou a tarde toda conversando com Rosa, depois ela e o único amigo que Freddie realmente gostava, Gibby, fizeram um simples bolinho para cantar parabéns, ate Gibby zoou pelos quinze anos do amigo, para ele dançar a valsa. Quando anoiteceu, Freddie voltou para a casa, e viu senhor Melvin mexendo na televisão.

–Não em acostumo com isso! –ele disse batendo na TV que estava cheia de chuvisco. –Onde esteve o dia inteiro moleque? –rosnou a Freddie

–Aproveitando o meu aniversario! –disse Freddie sem muita importância. –Trouxe bolo para o senhor, esta aqui na geladeira.

–É seu aniversario né! –disse o velho com desdém. –Não sabia!

–Nunca soube - freddie disse sem muita importância.

–Estava com aquela mulher imunda não é? –disse senhor Melvin equilibrado na bengala que agora usava.

–Não fale assim de Rosa, esta me ouvido?! –disse freddie com raiva.

–É porque a acha boazinha! Ela é um bicho sujo! É por isso que você esta desse jeito, malcriado e rebelde! –disse agitando a bengala no ar. A vontade de Freddie era de dá um soco na cara do homem, que nunca considerou avô, mas se segurou. Respirou fundo, deu boa noite e fora para o quarto. Trancou-se lá, vestiu um pijama e pegou de baixo da cama o livro que estava lendo. Tão longe de casa, a vida após a morte. Ficou quase uma hora lendo e havia acabado. Suspirou feliz, mais um livro. Levantou-se com o livro na mão e abriu a ultima gaveta do gaveteiro. Estava lotada ate a boca de livros. Freddie pegou um lápis e apagou o numero 63, e escreveu 64.

–Pronto! Sessenta e quatro livros já lidos! –Freddie encaixou com dificuldade o livro. Teria de arranjar um novo lugar para por os livros.

Na manha seguinte, Freddie saiu de casa quando o avô fazia a barba no banheiro, saiu correndo quando o avô gritou o chamando de imprestável. Com a mochila nas costas, foi a escola, onde era um lugar levemente agradável. Gibby seu melhor amigo, ficava com ele a manhã inteira, e depois os dois iam para o laguinho que tinha por perto. E ficavam conversando e atirando pedras. Lá mesmo fizeram o dever de casa juntos e Freddie lhes contou que terminara o seu 64° livro ontem e que pegaria outro livro da biblioteca. E lá foram Gibby e Freddie para a biblioteca, onde estava um pouco cheia. Rosa escrevia algo num caderno.

–Boa tarde meninos! –disse Rosa tirando os óculos retangulares e finos do rosto.

–Freddie leu seu 64° livro! –disse Gibby.

–Serio? Já? Eu lhe dei de presente adiantado, leu o livro em dois dias? Daquela grossura?! –disse pasmamente feliz Rosa.

–Ahan! –disse naturalmente. –Posso pegar um lá em cima? –disse com voz de cachorro Freddie a Rosa.

–Vai lá! Mas terá de limpar o gramado a noite ouviu? –disse Rosa.

–Certo! –disse Freddie já subindo. Como Freddie não tinha dinheiro para comprar os livros, e Rosa não podia sair dando livros. Freddie fazia tarefas em troca. Freddie fora para o terceiro andar, onde tinha muito autoajuda. Nunca lera um e seria interessante ler. E sabia muito bem da ajuda que precisava. Assim que entrou na enorme prateleira que tocava quase o teto cheio de livros, achou o perfeito.Quando saber se esta amando! E quando tirou o livro, quase caiu para trás.

–Oi Freddie! –disse Carly com o rosto bem no buraco que tinha ficado ao retirar o livro.

–O-olá! –ele disse nervosamente. Carly sumiu e reapareceu do lado em que Freddie estava com um livro na mão.

–Peguei esse livro de autoajuda! –Carly mostrou um livro fino com a capa amarela escrito, Como ser um bom irmão!

–Ah! Você vai ser irmã mais velha! –Freddie disse, mas se arrependeu. É claro que ela vai ser irmã mais velha, se a mãe dela ta grávida né seu idiota! Pensou Freddie.

–Pois é, eu tenho que ajudar minha mãe quando ela voltar, é só nós duas! –ela disse com um sorriso tristonho.

–Se precisar de ajuda... –disse freddie.

–Ah! Você é um amor! –disse Carly. Freddie estremeceu quando ela pôs uma mão em seu ombro como agradecimento. –Gostei muito de você, pena que mesmo em Salem, moro longe daqui! –ela disse.


Continua...


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Notas finais do capítulo

Você lê as notas finais? Que bom haha pq as vezes eu acabo pondo algumas observações ou comentários importantes aqui :P
Obrigada (mais uma vez) por ler a fic e fique à vontade para comentar elogiando, criticando ou dando sugestões, ok? I Love It!
xoxo



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