Lovesick escrita por Leticia Parsons Jackson


Capítulo 1
Lovesick - Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Bem, esta one-shot não é a melhor que eu já fiz, admito, mas espero que gostem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/503127/chapter/1

Era noite e o casal favorito de Pasadena estava sozinho no apartamento. Muitas pessoas pensariam em fazer várias coisas promíscuas com seu parceiro em um ocasião como essa, mas não Sheldon e Amy. Os dois estavam brincando de médico, mais uma vez no estilo de Star Trek. Sheldon estava deitado no sofá enquanto Amy passava um aparelho acima de todo o seu corpo, vestindo o clássico uniforme azul da Enterprise.

Ao contrário das outras vezes que fizeram isso, os dois estavam muito calados hoje. O único barulho que poderia se ouvir na sala eram os constantes suspiros de Sheldon. Enquanto a neurobióloga estava concentrada, tentando entender o que havia de errado com seu namorado hoje, ele olhava absorto para o teto, não parecendo nem um pouco animado com a brincadeira. Depois de alguns minutos neste tedioso silêncio, Amy se senta na poltrona ao lado do sofá e começa a falar, claramente chateada:

– Sheldon... Você está levando essa brincadeira à sério demais de novo ou só não está querendo fazer isso?

– Me desculpe Amy. É que eu realmente não estou muito bem esses dias. – Ele suspira, ainda deitado no sofá – Não consigo focar em nada, minha mente está uma bagunça.

Sheldon inclina a cabeça e começa a olhar para a namorada a espera de uma resposta, mas ela permanece em silêncio. Então, Amy rapidamente levanta e se dirige até o quarto de Sheldon. Quando o físico teórico começa a ficar intrigado sobre o que ela estava fazendo lá, Amy volta com uma caneta e um caderno na mão e senta-se novamente na poltrona.

– Que tal uma pequena mudança na nossa brincadeira? – Ela cruza as pernas, apoia o caderno sobre seu joelho e começa a olhar fixamente para Sheldon – Conte-me o que está passando por essa sua incrível mente, pois hoje eu serei sua psicóloga.

Assim que Amy fala isso, Sheldon se senta no sofá e começa a encará-la. Não sentia-se à vontade para contar o seu problema a ninguém, muito menos para sua namorada, mesmo não tendo a menor ideia do porquê. Os dois se fitaram por um bom tempo, até que Amy tirou seu óculos e disse de forma provocante enquanto passava a ponta do óculos em volta de seus lábios:

– Vamos lá Doutor Cooper... Eu não tenho a noite toda e realmente adoraria cuidar de você.

Sheldon engoliu à seco, tanto as sensações que as provocações de Amy lhe causavam quanto a resposta para ela, e se deitou novamente. Ele suspirou mais uma vez antes de começar a desabafar para a namorada:

– Bem... Primeiramente, eu devo afirmar que o que mais está me causando problemas ultimamente é algo que irei definir como “o elemento”.

– Intrigante. – Amy morde seus óculos mais uma vez na mesma hora em que Sheldon a olha – Conte-me mais sobre o elemento.

– O elemento é algo incrível, mas eu fico irritado com o que ele faz comigo. Esta semana eu não consegui resolver nenhum dos meus objetivos mensais do trabalho, tudo porque não parava de pensar no elemento. – Ele dizia, sem sequer tentar esconder sua irritação

– Hm... Então o elemento está atrapalhando seu trabalho. – Amy fez uma anotação rápida no caderno. – Só isso?

– Não, ainda tem coisas bem piores! – Sheldon fala de modo quase maníaco – O elemento está... está atrapalhando minha vida pessoal também.

– Como assim? – Amy pergunta com uma de suas sobrancelhas levantadas e a testa franzida

– Ele me distrai o tempo todo e me causa alguns... – Sheldon cora e por um momento, sente medo de completar a frase para sua namorada – Sintomas estranhos.

– E que sintomas seriam esses, Doutor Cooper? – Ela tentava esconder a felicidade que sentia ao ouvir a frase do físico teórico

Na mesma hora, Sheldon suspira e senta no sofá. Ele começa a trocar olhares com Amy, procurando nos olhos da namorada a coragem que tanto precisava neste momento para desabafar que o elemento o fazia sentir. Por alguma razão, ele estava muito hesitante em comentar mais sobre isso com ela, já que os tais sintomas estavam aumentando enquanto ele se perdia nos maravilhosos olhos dela. Depois de alguns momentos numa intensa troca de olhares, ele suspirou mais uma vez e finalmente começou a falar:

– É como se o elemento fosse algo no qual eu não consigo parar de pensar. Quando estou longe dele, a única coisa que se passa em minha mente é o seu cheiro, seu calor... E quase tudo dele. É como se eu quisesse tê-lo somente ao meu lado, e não me afastar dele por um segundo sequer. – Ele dizia em um tom baixo, ainda sem parar de fitar intensamente a neurobióloga, que tentava não corar no meio do discurso dele – E quando estou com o elemento, minha mente fica uma bagunça, pois uma parte faz eu me sentir o homem mais feliz do mundo, mas a outra parte faz com que eu me odeie. Me odeie por ter deixado o elemento se tornar meu universo, quando este lugar deveria pertencer à ciência; por me tornar um homem sentimental e mais mente aberta às coisas, quando eu prometi a mim mesmo que a razão, lógica e os costumes seriam as bases da minha vida.

Enquanto seu namorado a olhava, Amy tentava esconder seu sorriso. Ela sabia exatamente qual era o “problema” de Sheldon. Ele terminou de desabafar e os dois ficaram em um silêncio absoluto. Então, a neurobióloga aproximou-se de Sheldon e apoiou suas mãos no braço do sofá, deixando seu rosto a somente alguns centímetros do rosto de seu namorado.

– Sheldon... Posso lhe perguntar uma coisa? – Ela sussurrou em um tom tão baixo que parecia até que estava tentando seduzi-lo

– Qualquer coisa. – Sheldon respondeu enquanto ser discreto em suas frequentes olhadas para os lábios dela

– Quem é o elemento? – Ela perguntou, já estando quase certa da resposta

– Quem? – Ele disse, claramente nervoso – Eu nunca disse que o elemento é uma pessoa! Por que você acha isso?

– Ah Sheldon... Às vezes parece se esquecer de que eu sou uma neurobióloga.

Ela sorriu de tal forma que quase todos os seres humanos derreteriam de amores só de ver, mas não Sheldon. O físico teórico continuava imóvel, fitando-a enquanto pensava em uma resposta para o comentário de Amy. Como não conseguiu arranjar nenhuma, ele simplesmente tentou mudar de assunto:

– Eu nunca me esqueço de nada porque tenho memória eidética, e você sabe disso. – Ele não conseguiu esconder sua irritação – Mas agora me fale o que está acontecendo comigo!

– Devo dizer que estou surpresa que uma pessoa com tamanho intelecto como você não saiba a resposta para essa pergunta tão simples.

A esse ponto, Amy já estava claramente o provocando. Ela esticou seus braços até os ombros de Sheldon e começou a massageá-los, tentando fazer com que o namorado se virasse e deitasse novamente no sofá. Ele estava quase cedendo aos encantos da namorada, mas quando sua cabeça tocou o braço do sofá ele a levantou, o que deixou seu rosto muito próximo ao de Amy mais uma vez.

– Pense um pouco sobre seus sintomas, Doutor Cooper... – Ela provocou novamente – E então você saberá a resposta.

Sheldon corou. Estranhamente, ele adorava quando Amy o chamava de Doutor Cooper.

– Achei que pensar sobre meus sintomas e achar a resposta fosse o seu trabalho... Doutora Fowler. – Sheldon resolveu entrar na brincadeira e provocar de volta a namorada, que estreitou os olhos e mordeu os lábios em resposta

– Bem... Você não para de pensar no elemento e sente um constante desejo de estar perto dele. E mesmo quando você está a uma distância pequena do denominado elemento, você ainda se sente satisfeito, pois sente muitas coisas... – Amy levanta as sobrancelhas e acaricia uma das bochechas do namorado – Estranhas.

– Você só repetiu o que eu disse. – O físico teórico respondeu, ainda nervoso, enquanto tentava se controlar por causa dos toques da namorada – Agora será que você pode me dizer qual a minha doença, por favor?

– Eu não consideraria estar apaixonado como uma doença, Doutor Cooper.

– Oh Amy... Amor é certamente uma doença. – Então, ele nota o que a neurobióloga lhe disse e tenta levantar do sofá, chocado – Espere, eu não...

Antes de Sheldon terminar sua frase e levantar-se do sofá, Amy segura seus ombros e o puxa para baixo com força, fazendo-o deitar no sofá de novo. Os dois agora se entreolhavam, e o único barulho que se ouvia na sala era a respiração pesada de ambos. A neurobióloga aproximou o seu rosto ao do namorado até seus narizes se tocarem. O silêncio permaneceu por mais alguns segundos, já que os dois estavam completamente focados em olharem somente um para o outro, até que o físico teórico completou sua frase, em um tom tão baixo que Amy mal escutara:

–... Estou apaixonado.

Eles ficaram calados mais um minuto, somente trocando olhares. Muitas pessoas achariam que este era somente mais uns dos comuns coitos visuais do casal, mas Sheldon e Amy sentiam que desta vez, ocorria algo bem diferente, mesmo. Cada segundo que passava em meio à troca de olhares, a paixão e o desejo de um pelo outo aumentavam demasiadamente.

– Doutor Cooper... – Amy começou a sussurrar, ainda sem quebrar o contato visual com o namorado – O que você faria se...O elemento te beijasse... Agora mesmo?

– Eu... Eu... – Ele gaguejava, sem piscar para não perder a visão dos lindos olhos da namorada por nem um mísero segundo – Eu te beijaria de volta.

Com isso, Amy lentamente começa a aproximar seus lábios aos de seu namorado. Por mais que tentasse, ela não conseguia esconder o nervosismo com o ato, mesmo Sheldon tendo acabado de declarar que a amava de sua própria maneira. Sua mente estava uma confusão pensamentos negativos e positivos, mas então, todos eles desapareceram quando Sheldon a surpreendeu e moveu seus lábios até os de Amy.

Naquele momento, tudo sumiu da cabeça da neurobióloga, só para ela se focar no fato de que Sheldon Cooper finalmente estava a beijando. Os lábios dos dois estavam em perfeita harmonia, como se tivessem treinado para aquele momento há muito tempo. Os segundos passavam e os dois não terminavam o beijo, pois a necessidade que ambos tinham pelos lábios um do outro era tão grande que os fazia esquecerem que poderiam ficar sem ar.

O casal provavelmente continuaria a se beijar durante um longo tempo, mas o barulho da porta do apartamento fechando e uma voz conhecida interrompe o casal.

– Oh... – Era Leonard, que agora olhava perplexo para Sheldon e Amy – Eu fui abduzido por alienígenas e acabei em outro universo ou só estou sonhando mesmo?

Eles pararam o beijo e Leonard continuou a observá-los, só que agora ele levantava as sobrancelhas e fazia expressões sugestivas para os dois, o que fez Amy bufar e virar o rosto para esconder as bochechas, que estavam coradas pelos atos do amigo.

– Isso não é um sonho, Leonard. – Sheldon respondeu, ainda olhando para a namorada, mesmo depois de ela tendo quebrado o contato visual – Eu só estou doente e Amy está cuidando de mim.

– Doente? Cuidando com beijos? – Leonard parecia confuso – Isso não faz sentido, porque beijo não cura doença alguma!

Amy deu uma leve risada antes de olhar para Leonard e respondê-lo.

– Bem... Cura esta doença.

– Isso me traz mais perguntas do que respostas. – O físico experimental falou

Após esse comentário do melhor amigo de seu namorado, Amy para de olhar para ele e novamente volta seus olhares para Sheldon. O casal favorito de Pasadena se entreolhas por mais alguns segundos e lançam sorrisos encantadores um para o outro antes que Amy quebre o silêncio:

– Leonard... Só entenda que Sheldon está doente e pare de nos olhar dessa maneira.

– Doente de quê? – O físico experimental pergunta – Me diga o nome dessa doença, para que a Penny possa me curar dela algum dia desses.

– Doente de amores. – Amy esboça um sorriso

E então, Sheldon coloca suas mãos no rosto de Amy e, antes de beijá-la apaixonadamente mais uma vez, ele fala:

– Não pare.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? :3
Não esqueçam deixar suas opiniões, elogios, sugestões e até críticas nos reviews ^^ Amo saber o que vocês estão pensando.
E se vocês tiverem alguma ideia de história que querem que eu faça, sintam-se a vontade para me enviarem através desse review ou por mp mesmo (eu avisarei a todos os leitores que a sugestão foi sua, caso você queira)
beijos e até a proxima o/