Em algum beco de São Paulo uma garota de cabelos rosados, pele clara e grandes olhos verdes corria de alguns homens que queriam pega-la, corria o máximo que podia, mas seus pés já estavam doloridos, e o salto que estava usando não ajudava muito, foi então que quando estava entrando em outro beco que se esbarrou com alguém.

– Te achamos, agora você vem com a gente – disse um dos homens, o que parecia ser o líder.

– O que vocês querem? – perguntou á rosada.

– Queremos que você pare de se meter no que não te interessa – ele falou chegando perto de Sakura e a segurou pelos pulsos, ela já estava se preparando para dar uma joelhada nele, quando escutou uma voz que a fez se assustar.

– larguem-na – disse uma voz fria e rouca.

– Não – disse o mais baixinho deles.

– Eu não vou repetir – disse a mesma voz, e logo mais duas sombras apareceram atrás da primeira.

Viu o maior deles, dar uma risada presunçosa e falar – O que vai acontecer se não a soltarmos? – disse aumentando o aperto a fazendo gemer de dor.

O dono da voz fria, que estava escondendo o rosto com o capuz de sua blusa deu um passo a frente e um dos homens que estavam a perseguindo tentou o acertar com um soco, viu o maior imobilizar o outro com uma grande facilidade e depois falar alguma coisa que não conseguiu ouvir.

Viu o que estava imobilizado fazer um sinal para o que estava a segurando, e ele a soltou, o dono do capuz soltou o que estava imobilizado e ele foi para perto dos dois restantes, não acreditou no que estava vendo, os homens que estavam tentando machuca-la estavam fugindo como garotinhas assustadas, segurou a vontade de rir e olhou para a sombra logo a sua frente, viu o mesmo dar um passo pra frente e deu um passo para trás, não sabia quem era, mas não estava com medo.

– Você está bem? – perguntou o garoto que ela ainda não tinha visto o rosto.

– Sim, mas quem é você e por que me salvou? – perguntou curiosa.

– Continua tagarela rosada – franziu o cenho, confusa e perguntou.

– Você me conhece? – perguntou confusa.

O viu dar um passo a frente e falar – mas do que você imagina irritante – piscou os olhos surpresa, não podia acreditar que ele estava ali, o garoto que tirava a sua paz todos os dias, e que sumiu á alguns anos atrás, não podia ser ele, estava confusa e atordoada – Sasuke? – sua pergunta saiu como um sussurro.

Deu um sorriso de canto e falou – Sou eu rosada – o viu dar mais um passo em sua direção e deu um passo pra trás até bater na parede do beco – E-eu...não acredito que é... você – disse ainda perplexa.

O olhava ainda perplexa, não conseguia assimilar nada direito, respirou fundo umas três vezes e decidiu fazer uma pergunta sem gaguejar – O que está fazendo aqui? Por que fugiu?! – perguntou exasperada.

– Uma pergunta de cada vez Sakura – o viu falar entediado.

– Por que você foi embora? – perguntou curiosa.

– Por que sim – o ouviu falar de uma forma incomodada por falar sobre aquilo.

– Sério? Sério mesmo? Você some e do nada aparece e me responde, com um simples por que sim? – perguntou irritada e andando em sua direção.

– Você não mudou nada – o viu falar com um sorriso de canto.

– Quer saber? Eu desisto, se não que me falar, eu vou embora, e obrigado por me ajudar.

– Espera, nos precisamos conversar – o ouviu falar e franziu o cenho.

– Sasuke, foi legal te rever, mas está tarde, preciso ir pra casa – disse começando a andar.

– Sakura, precisamos conversar – o ouvi repetir e percebeu um pouco de impaciência na sua voz.

– Não vou – falou já irritada com sua insistência.

– Você vai e ponto final – o ouviu dizer já com a irritação explicita em sua voz.

– Sasuke, eu não vou a nenhum lugar com você, agora saia da minha frente, e me deixe ir embora – disse irritada.

– Parece que vamos ter que voltar aos velhos tempos – o olhou confusa até que sentiu seu braço ser segurado pelo mesmo – Continua teimosa Sakura – disse impaciente.

– E você continua um idiota troglodita, agora me solta Sasuke – ela disse tentando se soltar.

– E se eu não soltar? O que você vai fazer? – perguntou com um sorriso provocador.

– Isso – ela disse dando uma joelha na barriga do mesmo e saindo correndo logo em seguida.

Sasuke olhou para os seus amigos e falou – O que estão esperando? Vão atrás dela! E não a machuquem!

Sakura corria e tentava reorganizar tudo na sua cabeça, tudo o que aconteceu agora pouco, reencontrar Sasuke, tudo parecia confuso, ele estava ali mesmo, frente á frente com ela, como isso aconteceu? Sasuke estava de volta, isso era tão confuso, mas por que ele queria falar com ela? Nem amigos eles eram, saiu dos seus pensamentos quando sentiu braços a segurarem, começou a se debater e a gritar – ME SOLTAAA! ME SOLTA AGORAAA – gritava sendo levada até Sasuke, foi colocada em frente á Sasuke que estava com um sorriso de canto.

– Eu disse que iriamos conversar, e vamos – ele falou serio.

– Eu não quero conversar com você Sasuke, eu não vou conversar e pronto, me deixa ir embora – disse tentando achar um jeito de fugir.

– Não, você vai comigo – disse a pegando pelos braços e a jogando em suas costas – Sasuke me solta agora! Vai Sasuke! – gritava e socava as costas do mesmo, mas sabia que ele nem ligava, pois continuava andando tranquilamente, nem ligando pros gritos da mesma, viu logo a frente um Hotel luxuoso, viu Sasuke entrar no hotel, ainda com ela carregada, parou de gritar e viu as pessoas olharem para eles e cochicharem, o que pareceu não afetar Sasuke, pois continuou andando normalmente ate entrarem no elevador.

– Me solta Sasuke! Isso já tá ridículo! Eu sei andar! Sasukeeee! – gritava e o socava suas costas ao mesmo tempo.

– Eu já falei que não vou te soltar, e pare de gritar, sua histérica – o ouviu dizer com uma voz de tédio.

– Como é que é?! Quem foi que você chamou de histérica seu Emo ridículo?! – Falou apertando os punhos de tanta raiva.

Viu as portas do elevador abrirem, e Sasuke andar por um corredor, ele parou em frente a uma porta e o viu sem esforço algum a segurar com uma mão e com a outra pegar a chave, o viu abrir a porta e entrar no quarto, o quarto não era muito pequeno, tinha uma grande cama de casal, com lençóis azuis e preto, um porta que deduziu ser a do banheiro e uma mesinha ao lado esquerdo da cama, sentiu seu corpo ser jogado em algo macio e viu que ele a tinha jogado na cama.

– Obrigado pela delicadeza – disse irônica.

– Agradeça por eu ter te jogado na cama – ele disse com ar de deboche o que a fez fechar a cara – Por que por essa gritaria, você não merecia gentileza alguma.

Se levantou indignada e falou – Você me trás a força até esse hotel e eu tenho que ser boazinha? – ela disse indignada – Desculpe querido, mas acho que você se esqueceu, que eu nunca sou boazinha – disse irônica.

– Não Sakura, eu não me esqueci – ele disse indo em sua direção.

– Ótimo, me trouxe até aqui, dá pra me falar que droga você quer comigo? – disse irritada e impaciente.

– Como eu disse antes, temos muita coisa para conversar – disse com um sorriso de canto indo em sua direção....