Say My Name escrita por ThegleameyesGin


Capítulo 1
Capítulo Único: Say my Name


Notas iniciais do capítulo

Então, sim eu sei que tenho um capítulo de FV para entregar, apesar de duvidar que ainda tenha alguém lendo xD Mas foi aniversário da minha senpai neste domingo (dia 4) e eu não podia deixar passar.
Bem, uma drabble meio longa (duas páginas) pra uma drabble, mas vai. A música é Say my Name, da Destiny's Child
Espero que gostem



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Say my name, say my name

If no one is around you

Say, "baby I love you"

If you ain't runnin' game

Say my name, say my name

You actin' kind of shady

Ain't callin' me baby

Better say my name”

Antônio achava difícil crer no que seus olhos lhe mostravam. Ainda estava tentando convencer o resto do corpo que tudo ao redor, a cadeira onde estava sentado, a mão de sua esposa na sua, o olhar preocupado e ao mesmo tempo admirado de seu melhor amigo, assim como a música que tocava, as conversas, tudo, era um sonho.

Porque aquilo não podia ser real. Lovino não podia estar em cima daquele palco. Principalmente porque uma das qualidades que ele apreciava em Lovino Vargas era sua discrição, logo, ele não seria capaz de fazer aquilo.

Já estava difícil acreditar que ele voltara a cantar. Ainda mais ao lado do irmão, com um sorriso sacana no rosto e roupas combinando. Até a semana anterior – a última vez que ele falara com o italiano – os irmãos Vargas já não se falavam há mais de meia década. O fato de estarem cantando Destiny's Child só piorava a situação. Mas é claro que não parava por aí. Oh, não...

Lovino estava encarando-o enquanto cantava.

Com certeza o resto da sala já pensava que aquele olhar sedutor era direcionado para Bella, sua esposa. Lovino tinha a péssima fama de fisgar mulheres – e homens, como alguns rumores diziam – comprometidas, então os sussurros que ele vinha ouvindo provavelmente eram sobre a belga ter se tornado a vítima da noite. E, com um pouco de sorte, continuariam pensando assim.

As câmeras alternavam entre filmar os gêmeos no palco e focar o casal, principalmente a expressão desconfortável que o espanhol fazia. A mídia venderia a imagem de um marido ciumento e Bella poderia se divertir um pouco mais com a atenção que receberiam. Não era uma mulher fútil, só gostava da fama, e de como ela fazia bem para os negócios. Antônio já podia até ver o comercial da nova linha de perfumes dela envolvendo o Vargas mais velho. Era quase previsível demais.

Realmente, a sorte estava do seu lado no momento. Apesar de Lovino ter anunciado ser bissexual alguns meses atrás, não havia ninguém corajoso o suficiente para supor qualquer tipo de relacionamento amoroso entre eles dois.

Antônio e ele tinham um passado, uma história. O fato de seus pais terem sido casados, mesmo que tenha sido por míseros dois anos, parecia criar algum tipo de barreira contra rumores estranhos, porém verdadeiros.

Ele e Lovino estavam saindo. E ele estava traindo sua esposa, por mais difícil que fosse admitir aquilo – mesmo que só para si. Assim como a razão de seu pequeno e tímido amante estar se expondo daquela forma ser nada mais nada menos que ele. Aquela loucura estava acontecendo porque Antônio decidira acabar tudo, em consideração à Bella e à promessa que fizeram ao altar.

Antônio não queria ser como o pai, e não queria acabar causando à amiga de longa data todo o sofrimento que vira a mãe de Lovino passar. Infelizmente, a história parecia se repetir, caindo cada vez mais de nível. Não conseguia evitar desviar os olhos dos dela, e sabia que seria incapaz de encarar o amante muito menos.

Havia uma inegável ironia na música que o italiano escolhera. Ele era o outro alguém, ele não tinha direito algum em exigir explicações nem horários. Antônio não conseguia entender porque ele cantaria uma música que quem deveria cantar era Bella.

Ao menos ele estava direcionando as palavras à pessoa certa.

Foram quatro minutos e meio de tortura. O alívio ao ouvir o final da música foi mais que evidente na face do espanhol. Lovino, por outro lado, desceu as escadas com um sorriso no rosto. A plateia assobiava e batia palmas. Seu irmão continuou no palco, pronto para dar continuidade ao show. Antônio, porém, seguiu o Vargas mais velho com os olhos até a entrada do banheiro, onde ele fez questão de parar e virar-se, devolvendo o olhar firme que era direcionado a si. Se encararam por um momento, entrando em um rápido consenso. “Precisamos conversar.”

– Eu já volto. – Murmurou para a esposa, erguendo-se de seu lugar à mesa. Ignorou Francis, porque sabia que ele tinha parte naquele absurdo. Era impossível que, como empresário de Lovino, não soubesse de nada. A caminho do banheiro fez questão de acenar para os fotógrafos à distância, sorrindo como quem acabou de cair em uma pegadinha e não estava achando graça.

Assim que entrou pelas portas do banheiro a primeira coisa que fez foi conferir se estavam sozinhos. A festa beneficente mal tinha começado, então estava vazio, com exceção do italiano que estava sentado sobre as bancadas.

– Bela gravata – foram as primeiras palavras dele. Surpreendentemente, Lovino parecia estar de bom humor. Quando estavam sozinhos geralmente ele deixaria a atuação de lado e agiria como o menino orgulhoso e fofo com quem Toni crescera. No momento ele falava com Lovino, o ator, modelo e ex-cantor.

E aquela era uma parte dele que Carriedo estava aprendendo a odiar.

– Bela voz. – Respondeu. – Boa escolha de música, também. Bella pareceu adorar a atenção.

O sorriso pretensioso do italiano deu lugar a sua expressão fechada de sempre. Ah, finalmente. Talvez ele pudesse ter uma conversa de verdade com seu amante agora.

– Uma pena que não tenha sido pra ela.

– Lovino-

– Você não vai terminar isso, Antônio.

– Eu já disse que-

– Não está fazendo isso por ela, não mesmo. Nós dois sabemos muito bem qual é o único motivo da Bella continuar com aquela aliança no dedo, e não é por causa do longo e infindável amor de vocês.

– Eu estou casado com ela.

Ela não te ama. Eu amo. Mesmo quanto você age como um covarde.

– Chega.

Não!Você me ensinou que existem poucas coisas pelas quais vale a pena lutar. Antônio, você é a minha, e eu me recuso a desistir de você.

Aquilo não os levaria a lugar nenhum, concluiu o espanhol. Não queria discutir o assunto, só queria que o italiano entendesse seu ponto de vista, mas não ia continuar aquela briga. Soltou um suspiro, virando-se para a saída.

– Bem, se é só isso, eu agradeço. Espero que você volte para a festa-

– Deixe de agir como um idiota e me olhe nos olhos enquanto fala. Admita que você tem medo de sair do armário.

Se o objetivo de Lovino era aborrecê-lo, conseguira. Mas como ele era o adulto responsável da relação, respirou fundo e pensou direito antes de responder.

– Chega. Pare de agir como uma criança-

Não poderia levar susto maior do que ver o italiano logo ao seu lado, os olhos amendoados encarando-o com fúria. A língua macia do menor escorregou por seus lábios por um momento, e quando se afastou alguns centímetros sua boca estava moldada num sorriso triunfante.

If no one is around you, say "baby, I love you" – Sussurrou debochadamente. As mãos escorregaram peito acima do espanhol, e não houve resistência enquanto era guiado lentamente até uma cabine vazia. – Então eu sou uma criança, ok. – Como uma serpente, os dedos de uma das mãos enroscaram-se nos cabelos sedosos, forçando o espanhol a olhá-lo nos olhos. – Vamos agir como adultos, então. Diga que ama Bella, e que o único motivo de ter ficado comigo nos últimos meses foi a pena que sentia dos meus sentimentos.

Ficaram ambos em silêncio.

Darling, you know she can't love you”


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Notas finais do capítulo

FELIZ ANIVERSÁRIO PRA CLAIR!!
Eu espero que tenha gostado, porque eu nem sei o que eu escrevi direito xD mas passou por uma amiga, que disse que gostou, então eu vou acreditar que tá bom. Aos meus amados leitores, eu agradeço por terem lido até aqui. Espero que tenham gostado! Reviews são bem vindos