A Odalisca escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 18
Capitulo 18


Notas iniciais do capítulo

Lindas e lindos, capitulo dedicado a Mellissa Evans e Ericka M Pattz que recomendaram nossa fic. Muito obrigada pelas lindas palavras e pelo carinho. Agradeço de coração, isso me deixa muito feliz e cada vez mais empenhada em continuar com as postagens.



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Palácio da Turquia

Isabella sentia o estômago revirando. Os pulinhos que dera do lado de fora ajudaram a contribuir com isso. Sentia-se um pouco nervosa.

Um pouco Isabella?...  Eu estou muito nervosa. E também começando a achar que seja lá o quê que Alice havia me dado, devia ter um teor altíssimo de álcool”. - Murmurou sozinha.

 E isso aumentou muito quando tão logo entrou e o viu. Embora estivesse escuro, tratou de parar bem a sua frente. Estava sentado, distraído, conversando com Emmet. Estava mais magro desde a ultima vez que o vira, mas em nada diminuira seu poder de magnetismo e extrema beleza.

  Mordia os lábios imaginando o quão doce seria ao provar novamente seus beijos. Iria fazer a melhor dança do ventre que uma odalisca poderia fazer. A música começou e de modo sedutor suas mãos começaram a se mexer acompanhando a melodia lenta. Os sininhos das pulseiras tilintaram nos pulsos e nos tornozelos e tratou de não olhar diretamente para ele para que desse tão na cara assim. Ignorou os outros homens que nem pensaram em fingir que não estavam deslumbrados com o que viam. Os véus esvoaçantes da saia exibiam suas coxas atiçando ainda mais a testosterona no salão. Ela, numa das voltas, ficou de costas para o sultão, dando uma visão privilegiada de seus quadris que também acompanhavam o ritmo, num balanço hipnotizante.

O velho Amum, ao lado de Edward, esboçava um sorriso um tanto libertino para alguém da sua idade. Al Badim imaginou que talvez ele não visse a moça tanto como uma netinha.

Não só ele como quase todos os homens do recinto, a julgar pelo modo que se comportavam, não viam a hora de se oferecerem como guardião para tal prima de Jasper. Ela era muito bonita. Tinha que reconhecer. Mas ele a via apenas como mais uma odalisca que tentava agradar seu sultão.

Apenas uma amante de Jasper.

— É o Sr. Robinson, um dos detetives que contratamos. – Emmet cochichou passando o celular para o sheik.

Isabella inclinou lentamente o corpo, envergando, envergando até que seu cabelo tocasse o chão. Seu corpo estava suado e emanava uma fragrância poderosa, viciante.

— Senhor, tenho novidades. Segui as pistas e não vai acreditar. – sorriu o detetive – Ela está na Turquia. Aí mesmo, no Oriente! – continuou rindo como se fosse uma grande piada. Isabella estava com parte de seu rosto coberto pelo véu, deixando a mostra apenas os olhos e nesse momento cruzaram com os do sultão. – E nós procurando todo esse tempo aqui na...- Edward parou de ouvir quando seus olhos vidraram no rosto da odalisca.

Pela posição, ela estava de cabeça pra baixo e seu rosto de frente para Al Badim. Estava meio coberto pelo véu, mas aqueles olhos...

— Senhor? - chamou o detetive do outro lado da linha. – Está me ouvindo? Senhor...

...lembravam os dela.

...Isabella.

Parecia que ele tinha levado um enorme soco no estômago. O sheik meio que virou a cabeça ainda vidrado no rosto da odalisca, tentando avaliar o que estava errado, diferente.  Por pouco o celular não caiu no chão.

“Não pode ser.... “– piscou rapidamente os olhos— “De tão louco de saudades que estou dela, meus olhos estão me pregando uma peça.”  

Foi muito breve e no instante seguinte ela já tinha endireitado o corpo e virado para frente, para Jasper. Nesse momento vários homens mais entusiasmados, ficaram de pé batendo palmas ao som da musica, cobrindo a visão do sultão.

Isabella sentia agora o total efeito da bebida em sua corrente sanguinea. Ainda assim não era o suficiente para que deixasse de sentir toda a dor e amargura quando viu os olhos de Edward frios como gelo ao olharem para ela.   Não viu-os calorosos como tantas vezes quando estavam ao lado dela.

“ Ele não me reconheceu.” — repetiu para si mesmo. - Mas afinal não sabia que isso podia acontecer? Não havia se preparado para esse momento?"

E agora, mesmo com ele ali ao seu lado, queria que fosse o contrário. Se permitiu ter esperança e seria mil vezes pior lidar com toda a situação. Voltou a se concentrar. Não havia tempo para arrependimentos. Estava ali por um motivo, e era o que faria. Não era mulher de se assustar com cara feia e continuou dançando e sorrindo, iria reconquistá-lo. Era esse o plano.

A melodia tinha ficado mais agitada e por uma pequena brecha, Al Badim voltou a olhar a dançarina animada que sacudia os quadris na mesma proporção da música.

“O que significa isso?” – O sangue esquentou em suas veias acelerando as batidas frenéticas em seu coração. Estava se sentindo enganado. Furioso!

A euforia dos homens no salão o estava deixando cego de ciúmes.

"O que significava aquilo?

O que ela estaria fazendo ali? Com Jasper? Seu pai a teria vendido para o cunhado e ainda pior... ELA havia aceitado!"

Ao cogitar a possibilidade, sem permissão conclusões começaram a se formar em sua mente. Sentiu o sangue esquentar ainda mais. Seu maxilar travou e suas mãos fecharam em punhos. Ia matar o desgraçado do cunhado que ousara colocar as patas imundas no que era dele.

Voltou a olhar para a mulher que arrancava uivos dos lobos que a cobiçavam como se fosse um pedaço de carne. Tinha pele morena, bem bronzeada e seus cabelos estavam diferentes, mas os olhos... eram dela, tinha certeza. Eram de tonalidade diferente, mas eram dela.

— Ô lá em casa...- disse o velho Amum que levou um susto tão grande ao ter o rosto do sheik tão perto dele rangendo os dentes.

— Não tem vergonha?!- Al Badim disse entre dentes. – Mostre um pouco mais de respeito para alguém da sua idade! – Amum começou a murchar em seu lugar.

Com as sobrancelhas franzidas e o olhar gelado voltou-se para Jasper que falava algo com Alice alternando olhares entre a esposa e amante.

Amante?! A palavra foi como um novo soco na boca de seu estômago. Isabella amante de Jasper?

Aquele bastardo, mentiroso, manipulador,  oportunista, filho da puta!  Eram poucos os adjetivos que Al Badim tinha para ele depois que lhe quebrasse a cara.

Olhou para seu pai e como suspeitava, o olhava avaliativo. Provavelmente esperando sua reação. Com certeza tinha colocado Isabella como uma das odaliscas de Jasper.

Como ela se prestava a isso? Se tantas vezes disse que era contra uma vida assim ao seu lado. Falando tudo da boca pra fora! Preferiu ficar ao lado de outro homem do que ao seu lado. Com seu amor, sua proteção. Sentia-se um humilhado, com o orgulho ferido. Confessara tantas e tantas vezes que a amava e ela jogou todo esse sentimento no lixo e tão... facilmente foi lançar-se nos braços do cunhado.

Ela só podia... estar apaixonada por Jasper. Como um touro bravo na arena, Al Badim via tudo vermelho.

“Fui um completo imbecil. Achando que enganava a todos enquanto era o único enganado ali. Por sua família, pela mulher que amava, por todos.”

Iria dar um jeito em toda aquela merda. Não iria permitir que Isabella e a família rissem as suas custas. Só que dessa vez agiria com astúcia. Não permitiria que mais ninguém se intrometesse novamente em sua vida.

— Isso ... – um dos anciãos uivou do outro lado ao ver a odalisca se aproximar. – cigana do deserto...

— Ela vale por todo um harém, não acha?– cochichou o outro ancião despudorado com um staff.

A tentação de arremessar o celular para o outro lado do  recinto  foi  imensa.

Isabella era dele. Só dele!

Precisava tirar ela dali o quanto antes ou não responderia por si.

Bella dançava fazendo um vai e vem com o quadril ao som da musica.  Seus adereços com o balançar produziam um som agradável deixando-a ainda mais atrativa e sedutora aos olhos masculinos, atiçando a imaginação de todos ao seu redor.

Estava em êxtase. Conseguia apenas ouvir o som da música e as batidas de palmas. Era incrível aquela bebida que Alice lhe dera. A vergonha e o pudor estavam esquecidos em algum lugar de seu cérebro. Naquele momento não tinha tempo para isso. A euforia tomava todo seu ser fazendo-a se sentir inalcançável. Queria apenas que seu habib a notasse.  Havia mudado por ele, viajado horas para apenas estar ao seu lado.

 E onde ele estava agora no meio de tantos homens? A bebida começava a nublar seus sentidos. Estava envolvida por uma profusão de sensações, uma alegria esfuziante invadia seu corpo e se espalhava por toda a mente. Uma sensação de pura liberdade tinha tomado conta dela. Sem querer ou perceber seduziu a todos no salão.

E ela ainda continuava?”— pensou o sheik – “Como ousava se exibir para outros. Ainda mais na sua frente.” Al Badim lutava contra fúria crescente pela dor da traição. Não aceitou ficar com ele e agora se exibia para outros.  Pelo canto do olho observou vários homens assinando cheques com quantias exorbitantes, que serviriam no final da dança como pagamento do dote pela odalisca.

Al Badim sentiu duas veias lhe saltarem na testa. Ela era dele e de mais ninguém.

— Ela está aqui! – falou com Emmet. O conselheiro e amigo o olhou sem entender. Como já o conhecia bem, viu que estava com raiva. Muita raiva.

—Quem?

— Ela! Isabella!

 - Onde... – seguiu seus olhos - ...a odalisca? Não, não é ela. – negou com a cabeça ainda avaliando a dançarina. – Essa moça nem se parece com sua Isabella.- sussurrou.

— Isso não vai ficar assim! – continuou o sheik como se não tivesse ouvido o amigo. Emmet começou a imaginar que seu amigo e senhor de fato estivesse ficando louco. – Tudo culpa dele! – olhou para Jasper que sequer imaginava ser alvo da fúria do sheik. - Não estou mais aguentando esses anciãos filhos da puta babando em cima dela! - Seu olhar percorreu todo o aposento, passando por cada homem como se gravasse a cara de cada um que ousava cobiçar sua mulher. Emmet percebeu suas narinas inflarem, o maxilar ficar rígido e sua respiração se alterar.

— Edward, se me permite o tratamento formal, isso que sente por ela está indo longe demais. Pense comigo. Como ela poderia estar aqui se a intenção do emir era de afastá-la de você? E mesmo se for ela, levá-la daqui vai levantar muitas suspeitas.

— Pouco me importam as suspeitas! – guardou o aparelho celular no bolso.

— Então o que vai fazer? Levar a moça na frente de todos? Saberão que não perdeu a memória. Se de fato for ela.

— Sim, eu sei que é ela.  – se levantou e o conselheiro o acompanhou - Você irá tirá-la daqui.

— Eu? Vai dar no mesmo. Saberão que foi você. – Emmet tentou mais uma vez começando a se desesperar. Imaginava que qualquer que fosse o resultado, a rainha Esme o culparia por não ter evitado que seu filho se envolvesse em escândalos.

— Pouco me importa! Diga que será seu guardião, seu dono, invente alguma coisa. Nem que a leve arrastada. Quero que dê um jeito, vá com ela até o estacionamento. Logo estarei indo. – vários assobios eclodiram entre os homens – Aquele verme! – voltou seu olhar para Jasper – Se era um circo que ele queria, vou fazer dele a atração principal! – começou a andar entre os homens não se importando em jogar no chão meia dúzia deles.Não suportaria ficar nem mais um segundo ali com aquele monte de urubu secando sua mulher. Emmet ainda tentou segurar seu braço, porém foi em vão.

Disparou na direção do cunhado e este ao notar o semblante de Edward, foi aos poucos arregalando os olhos. Com certeza pensava seriamente se era melhor começar a correr.

Não teve tempo de reação. Um soco o atingiu em cheio no rosto, fazendo o sheik da Turquia dar uma cambalhota. Na hora, a musica foi interrompida. Al Badim pulou sobre o cunhado dando vários socos em seu rosto.

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Isabella dançava ainda alheia a confusão que se seguia. No meio de um rodopio teve seu braço seguro. Estava um pouco zonza e com a respiração acelerada.

— Sinto acabar com a diversão senhorita. -  desculpou-se Emmet ignorando alguns poucos  olhares inquisidores mais interessados agora com a briga da realeza. Antes que alguém dissesse algo, Bella foi puxada para longe dali. A principio não conseguiu ter forças para agir mas depois de correr, ou melhor ser arrastada pelo corredor, plantou os pés no chão fazendo o brutamontes parar.

— Ande logo. – puxou o braço da moça com o máximo de delicadeza que podia.

— Eeei... espera ai...- Isabella falava um pouco lento. Puxou a mão tentando se soltar sem sucesso – O que peeensáá que exxtá fazendôôô? – o conselheiro a ignorou - Eeeu ainda não acabeeei!— gritou em sua língua nativa. – Tenuu que voltáá lááá!

O conselheiro a encarou.

— Você fala inglês? – perguntou estupefato. Seria muito raro para uma mulher no Oriente falar outra língua. Apenas mulheres com algum status e isso salvo algumas exceções.

Isabella sentiu toda razão sair de sua mente, dando lugar para a falta de controle. Não conseguia raciocinar.

— Você é mesmo ela? É você? – Emmet a sacudiu de leve notando que ela parecia embriagada – Fale... – ordenou.

Aturdida pela atitude dele, Isabella piscou os olhos sentindo-se se abalar. Aquele homem a teria reconhecido... mas quem era ele? Onde estava Al Badim?

“Droga, devo estar muito bêbada!”

 

 

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— Edward!!! – o emir segurou o braço do filho para trás tentando imobilizá-lo.

Jasper aproveitou e com as duas mãos deferiu um golpe na barriga de Al Badim o derrubando no chão.

Vários empregados e conselheiros correram tentando apartar os dois.

— Cretino! Como pôde?...- Edward berrou sendo seguro por três homens – Sabia dos meus sentimentos e mesmo assim a aceitou como amante!

— Edward!!! – gritou o emir tentando chamá-lo a razão.

— Do que você está falando! – berrou Jasper limpando o nariz que sangrava.

— Mentiroso! – Al Badim lutou para se soltar e avançar no cunhado – Eu vou matar você!

— Tirem ele daqui! – o emir ordenou para mais dois seguranças que junto com os outros dois empregados puxaram o filho para fora.

Alice olhava a situação preocupada. Não imaginou que pudesse chegar aquele ponto. Abaixou-se ao lado do marido limpando o sangue que escorria com um lenço. Por outro lado estava feliz.

 “Ele se lembrara de Isabella.”

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Emmet respirou fundo.

 – Deixa pra lá. Não é da minha conta. Vocês que se entendam. Apenas venha comigo. – voltou a puxar seu braço.

— Nãããooo! Eu não voouu! – Isabella se agarrou no braço de um dos guardas que estava parado pelo corredor. O mesmo arregalou os olhos com a atitude da mulher.

— O que está fazendo?! Largue! – Emmet berrava tentando soltá-la do guarda estátua.- Solte ela seu imprestável!- gritou para o guarda que se desvencilhou do aperto da odalisca.

—E eu não voou com vocêê! – Isabella gritou chamando a atenção de outros homens que se aproximavam para ver do que se tratava todo aquele barulho. De repente teve seu corpo erguido.

Emmet passou um dos braços por baixo das pernas da moça e suspendendo-a jogou sobre seu ombro.

—  Não...não...não!!!- gritou dando socos nas costas do gorila brutamontes.

“Eu ainda não o encontrei.”— chorou internamente. – “Está tudo errado...tudo errado. Acho que vou vomitar.”

 

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Quando chegou no estacionamento, Edward chutou com toda a força a roda do carro.

Isabella o humilhara. Humilhado!? Não era pouco! Ela esmagou um homem com toda uma nação na palma da mão, capaz de lhe oferecer o mundo. E ela o recusara. Havia o reduzido a pó. E essa era a ultima vez que ele permitiria isso. Pegou o celular e digitou rápido alguns números.

 

“Querendo ou não, você é minha! E ninguém vai mudar isso!”

 

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Passou por várias salas até que notou a iluminação enfraquecer e o vento soprar em seus cabelos. Estava do lado de fora. Vários seguranças estavam posicionados observando a situação. Sentia-se enjoada, tonta e lá no fundo sabia que se algo tivesse dado errado, Alice a socorreria.

 Ou não?

 Tentou se acalmar, afinal todos os meses aprendendo sobre a cultura oriental, sabia que as mulheres não deveriam se portar daquela forma, histérica, fazendo alardes.

“E também não ficavam bêbadas.”— Lembrou a si mesma.

Cuidadosamente seu corpo foi colocado no chão ao lado de um carro. Seu peito subia e descia com a respiração acelerada. Estava muito cansada pelo esforço em se livrar do conselheiro.

— Quem você pensa que é para...- sentiu uma vertigem e teve que se apoiar no carro. Emmet também segurou seu braço.

— Alguém quer falar com você. – disse Emmet e trocou um breve olhar com ela. Então abriu a porta do passageiro para que entrasse. Quando olhou para interior do veiculo, todo seu campo de visão foi tomado pela figura imponente do sultão. Sim. Ele estava ali. Bem perto dela. Não conseguia se recordar de quantas vezes imaginou, sonhou com aquele momento. Seu coração ameaçou pular pela boca. Um sorriso começou a crescer em seu rosto suado.  

Haviam dois bancos de couro. Um de frente para o outro. Al Badim estava sentado o mais afastado possível. Estava com a perna cruzada e uma das mãos apoiadas sobre o queixo cobrindo a boca. Olhava para o lado de fora da janela.

— Oi – tentou falar o mais calmamente possível. O sheik sequer se moveu. – Lembra de mim?

— Senhorita... - o grandalhão disse com os olhos direcionados para a porta do palácio. Alguns dos homens que estavam na apresentação da dança se aglomeravam agora ali. – Queira sentar-se por favor.

“Ok apressadinho.”—  Bella fez uma careta.

Assim que se sentou e Emmet fechou a porta, Al Badim a encarou.

“Então ela pensa que estou com a perda de memória e assim pode me enganar?”

— É claro... Amirah – respondeu Edward com a voz carregada de sarcasmo. – Você é a amante de Jasper, meu cunhado. – sua voz soou tão fria que Isabella imaginou que o ar do carro devia marcar abaixo de 0º.

“Então... ele não se lembra mesmo de mim.” – pensou abaixando o rosto.

Aquelas palavras a açoitaram. Ele agora a olhava com um misto de fúria e raiva. Logo em seguida voltou a olhar para a janela.

Ele estava vermelho e parecia possesso com algo. Nunca o vira com uma expressão tão irada como naquele momento. Tinha ocorrido um mal entendido e Bella não imaginava como iria esclarecer aquela confusão. Ainda mais com o raciocínio lento como estava.

Engoliu em seco sentindo um leve estremecimento na barriga. Sentia enjôo.

“Culpa daquele gorila que me deixou de cabeça pra baixo.”

 Queria tanto abraçá-lo, beijá-lo e dizer que havia voltado para ficar de vez com ele, não importando o preço que tivesse que pagar. Que tudo tinha sido um plano de sua irmã e de seu pai, só que temia sua reação com uma desconhecida e depois de tudo, não sabia se estava com o juízo em completa ordem.

Optou por ficar em silêncio.

— Vai. – Al Badim ordenou ao motorista que logo colocou o carro em movimento.

Quando seus olhos castanhos encontraram-se aos dele, negros, Al Badim sentiu o coração disparar. Estava diferente, mas era impossível não reconhecê-la. Lembrou instantaneamente do seu corpo junto ao dele, em momentos íntimos tão intensos como quando ela gemia chamando por seu habib ou triviais como acordar ao seu lado e sentir o perfume de seus cachos espalhados pelo travesseiro. Juraria que faltava pouco para enfartar ao tê-la tão perto depois de tanto tempo. O problema era que o maldito ciúme de um homem doentio gritava mais alto em seu interior e ele não conseguia baixar a guarda para a mulher que mais amava. Sentia ainda o sangue correr descompassado por suas veias por causa da possessividade que tinha com o que era seu. Principalmente ela.

Estava furioso com Isabella e ao mesmo tempo louco para tocá-la. Temia que se abrisse a boca para lhe dizer algo acabasse a machucando.

Ela merecia por se deitar com o filho da puta do cunhado. Por isso se recusou a sentir remorso quando a chamou pelo nome falso. Viu que a magoou, mas ele estava muito mais.

Precisava primeiro se acalmar e entender toda aquela merda na qual ela tinha se envolvido.

Isabella também havia ultrapassado todos os limites fazendo aquele showzinho. Aquilo havia sido uma grande afronta desafiando-o na frente de todos, se mostrando. Com certeza sabia que ele estava ali e mesmo assim não poupou esforços ao atiçar o imaginário daqueles vermes.

Se exibindo pros velhos do Conselho quando na verdade inúmeras vezes fora contra esse tipo de atitude. Al Badim queria muito ter o controle típico dos demais homens ocidentais que não se importavam em como suas mulheres se vestiam ou se comportavam na sociedade. Só que o sangue do Deserto era mais forte, falava mais alto e sem perceber sua feição endureceu. Um ciúme borbulhante crescia em suas veias.

Sentou-se o mais afastado que pode dela com os pensamentos a mil. Sua mente teimava em reproduzir continuamente cada gesto, cada ondular do seu corpo era repetido em câmera lenta.

“Aqueles sorrisinhos do caralho daquele bando de velhos pra ela...” — sentiu a respiração ficar pesada. Imaginou arrancando com socos os dentes um a um daqueles filhos da puta.

 - Eu... – começou Isabella tentando organizar seus pensamentos. Não sabia ao certo até que ponto estava embriagada. Sentia como se um caroço estivesse preso em sua garganta. – poderia me sentar ao seu lad...

— Conversaremos depois. – a voz grossa do sheik soou cortante sem dar brecha para que iniciassem algum diálogo.

Al Badim puxou o celular e começou a discutir com alguém do outro lado da linha, reforçando a intenção em não responder a ela.

Ela engoliu em seco mais uma vez fazendo outra careta.

— “Conversaremos depois”. – repetiu imitando a voz dele. Podia jurar que viu uma veia da testa de Edward saltar.

“Será que ele ouviu?”— pensou. Ele parecia estar irado, mas a duvida ainda pairava no ar. Queria dizer-lhe porém sabia que a partir do momento que confessasse ao sheik que era tudo mentira, poderia sofrer graves conseqüências. Inclusive dele mandá-la de volta para onde quer que ela tenha saído.

Ainda assim é melhor ficar quieta... ic.- murmurou para si mesma conseguindo dessa vez um olhar reprovador de Al Badim. – ic...ic.. – tampou a boca com a mão – Droga, ic...estou ic... com soluço ic....

 

Al Badim bufou alto do outro lado.

O que estava acontecendo com ela?

 Em instantes uma garrafa de água com gás materializou-se a sua frente. Edward ainda discutia com um pobre coitado no celular e seu braço estava estendido com a garrafa.

ic..obrigada...ic. – pegou a garrafa tomando um grande gole.

 

Voltou a olhá-lo mais ele não lhe dava atenção. Aproveitar talvez os últimos momentos que teria ao lado dele com certeza era a melhor opção.

 Todo o resto do trajeto foi feito num silencio tenso. Sua cabeça estava ocupada com a figura masculina a sua frente. Mil perguntas que teriam que esperar...

Após alguns minutos o automóvel estacionou. O guarda costa abriu a porta do carro e entregou um volume para o sultão.

— Vista isso. – ordenou Al Badim ainda sem olhá-la.  Uma sacola de papel foi jogada sobre o banco. Isabella pegou a sacola e tirou de lá um manto escuro com capuz.

Isabella vestiu a peça irritada e infeliz por nada está acontecendo como esperava. E pior ainda, os olhos de Al Badim estavam frios. Sendo mandão como sempre fora.

Assim que amarrou toscamente a fita do manto, Edward deu três batidas de leve no vidro e os  seguranças voltaram a abrir a porta. Ao descer o sultão contornou o carro abrindo a porta de Bella.

— Venha. – disse ele estendendo a mão para ajudá-la a sair do carro. Ela a pegou um pouco hesitante ficando de pé um de frente pro outro.  Estavam agora bem próximos. Isabella podia sentir o perfume másculo em torno de si, a embriagando bem mais que a bebida.

O  olhar de Edward ainda estava gélido e pareciam querer penetrá-la com aqueles olhos escuros como a noite. Ele lutava contra a imensa vontade de beijá-la. Sentir novamente o gosto daqueles lábios macios.

Ele ergueu a mão e tocou o rosto de Bella lentamente. Colocou uma mecha atrás da orelha. Seu corpo ficou quente de imediato. Ela mordeu os lábios umedecendo-os e viu que ele acompanhava todo o gesto. Depois de alguns instantes seu rosto foi se aproximando do dela que chegou a ficar na ponta dos pés ansiando pelo beijo.

Quase... fechou os olhos.

— Mantenha a cabeça coberta. – sua voz severa soou em seu ouvido obrigando-a a parar de fantasiar. Ele ergueu o capuz cobrindo-lhe a cabeça.

 “Como você é tonta!” — pensou ao sentir seu corpo em erupção.

 Edward a fez passar o braço em torno do dele e ela agradeceu internamente pois achava que não conseguiria dar um passo sequer depois disso. Ele começou a conduzi-la para a entrada do hotel.

Como pode ser tão burra Isabella?”— Bella reclamou com a própria consciência. – “Sua estúpida! O que esperava? É claro que ele não a reconheceu. Provavelmente apenas aceitou ser o guardião como Jasper pedira.”

 

Embora pudesse jurar que naquele momento seus olhos demonstrassem algo mais.

Quatro seguranças. Dois a frente e dois atrás, os acompanhavam. O hotel era de luxo, no centro moderno da Turquia. As portas giratórias levaram a um grande salão com uma recepção que cobria todo o centro.

 Todos os funcionários que lá estavam ficaram atentos, mas nenhum se aproximou. Um homem gordinho de meia idade aproximou-se com a mão estendida e um largo sorriso.

— Vossa Alteza, é uma honra ter a presença tão ilustre em nosso humilde estabelecimento. – ele abriu os braços mostrando o hotel. - Recebemos a noticia de sua hospedagem agora a pouco e esperamos ter atendido todos seus pedidos. Seus seguranças chegaram a alguns minutos e já estão...

— Não se preocupe. – Al Badim cortou o homem tagarela – Agradeço por sua hospitalidade e se puder apenas me indicar o aposento.

— Claro, claro – o homem os conduziu até os elevadores. – Todo o andar da cobertura já foi preparado. Irei acompanhá-los...

— Creio que posso achar o caminho sozinho. – respondeu Al Badim já entrando com Bella no elevador.

Isabella não se importou em responder os cumprimentos do gerente enquanto passavam por ele. Estava cansada e esgotada emocionalmente. Todos os meses de preparo em nada adiantaram para aquilo. Era como se nada tivesse acontecido durante todo esse tempo.

Al Badim continuava com o semblante sério. Dois dos seguranças o acompanharam. Quando a porta se fechou, Isabella sentiu que ia sufocar apenas com a presença do sultão. Estava trancada num pequeno espaço com um homem que a estava deixando louca e aquilo era no mínimo ridículo já que ele sequer se lembrava dela.

Quando as portas se abriram, Isabella soltou o ar que prendia. No longo corredor avistou mais três seguranças. Al Badim trocou um leve aceno com um deles antes de receber o cartão que destrancaria a porta.  

Puxou Isabella para dentro e num instante Isabella se viu presa contra a porta.

— Amirah... – o nome falso provocou calafrios nela. Ele puxou a ponta do laço fazendo com que o manto abrisse - Não imagina o quão furioso estou com você. – Al Badim a encarava e Bella viu uma profunda tristeza, como se estivessem magoados.

Isabella sentia a mente pesar. Seus pensamentos estavam confusos e desnorteados. Tê-lo tão perto assim, com o hálito a centímetros dela, não estava ajudando. Para piorar ele aproximou o rosto traçando um rastro com o nariz em seu pescoço, saboreando a maciez e perfume de sua pele.   

— E ainda assim, se comportando daquele jeito, ainda assim, estou louco de vontade de beijá-la. - suas mãos passearam por seus quadris cobertos pela saia de véus. Ele a puxou de encontro ao seu corpo fazendo-a gemer. Os corações de ambos batiam com tanta força que chegava a doer. Com o outro braço, Al Badim abaixou vagarosamente o capuz derrubando-o no chão. – No quarto a esquerda tem um banheiro quero que tome um banho. Tire toda essa merda de maquiagem e perfume. – Edward não se importou em ser grosso. Estava com o coração afundado num lago de ciúme. -  Deixarei uma muda de roupa na cama. Vista-se e depois venha até aqui. – ele então se afastou deixando-a sozinha.

Isabella olhou estupefata as costas de Al Badim se afastando.

“O que tinha sido aquilo? Ele a estava torturando?”

O amava demais para agora ser completamente ignorada, para que todos os dias que tivessem ficado juntos, se amado tivessem agora no profundo esquecimento, lembranças sendo vividas somente na sua cabeça. Virou seu corpo de frente para a porta. Segurou a maçaneta com as duas mãos, mas estava trancada.

“Droga! Como iria viver com isso? Dia após dia?”

Uma lágrima solitária desceu por seu rosto. Rapidamente passou as costas da mão para limpar. Não iria chorar ali. Não na frente dele. Meio que anestesiada pela situação, Isabella se forçou a procurar pelo banheiro. Um enorme espelho cobria toda a bancada da pia e quando seus olhos refletiram no espelho, Isabella rezou para que pudesse manter a mágoa oculta.

Não por muito tempo... As lágrimas inundaram seu rosto e logo já estava soluçando.

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No outro quarto Edward tirava a gravata. Ao telefone dava ordens para que os outros homens subissem. Se Isabella e o amante pensavam que poderiam ludibriá-lo estavam muito enganados.

Al Badim podia sentir o fogo lento da raiva se acumulando dentro dele, consumindo-o aos poucos e deixou-o continuar. Era bom sentir aquilo, fazia-o lembrá-lo de como foi fraco. Deixando que uma mulher dominasse seus sentimentos, seu coração.

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Quando saiu do banho, Isabella estava mais calma.  Procurou entre as prateleiras no armário algum anestésico. Já podia sentir que uma imensa dor de cabeça estava por vir e lidar com aquela complicadíssima situação exigiria o máximo de seu bem estar físico e psicológico. Não imaginava como iria lidar com tudo aquilo dali pra frente.

Uma roupa estava sobre a cama quando saiu do banheiro. Um vestido salmão na altura abaixo do joelho, de mangas compridas, que para a região seriam vistas até como bem imorais por deixarem transparecer boa parte dos tornozelos e pulsos, além de calcinha e sutiã ainda nas embalagens. Vestiu a roupa e secou bem o cabelo. Não imaginava como estava seu rosto e também nem se importava. Ele havia sido um grosso com ela. Talvez nem tanto por culpa dele, já que não se lembrava dela, mas isso não diminuía as atitudes dele com uma estranha.

Não achou sapatos então seguiu descalça para a sala. Antes de chegar, já ouvia vozes masculinas no ambiente. Os três homens ao notarem sua aproximação viraram em sua direção.

Isabella ficou imóvel enquanto tentava entender a cena que via. Os dois homens, um de pé com roupas militares segurava um quepe embaixo do braço e um grande livro preto entre as mãos. O outro senhor era bem mais idoso, aparentava quase uns 90 anos e estava sentado sobre uma grande almofada no chão. Era bem magro e vestia uma túnica marrom. Assemelhava-se a um yasir, chefe das tribos do deserto, que Bella se lembrava de um dos estudos com Jacob sobre a cultura no Oriente.

  A frente dele uma mesinha de centro com incenso aceso e uma espécie de dois colares elaborados com pedras, penas e dentes de animais.  Al Badim também tinha tomado banho, estava com uma calça azul celeste e uma blusa folgada branca. Estava descalço também sobre um carpete de cordeiro.

Ao notar que Bella não se aproximaria, ele caminhou até ela, segurou sua mão e a trouxe perante os senhores.

—Podem começar. – Al Badim disse calmamente embora sua voz soasse como um comando. Bella olhou para ele não retribuiu seu olhar.

O primeiro a falar foi o militar. Sua voz era rouca, talvez por estar ali aquela hora da madrugada. Falava muito rápido e Isabella entendeu poucas palavras ditas por ele que tinha um sorriso simpático no rosto. Não demorou muito para que abrisse o livro que trazia consigo e depositá-lo aberto na mesa. Um longo texto em árabe estava escrito naquela página. Mas Isabella naquela altura não conseguia ter cabeça para decifrar os símbolos. Estendeu a caneta para Al Badim que assinou logo abaixo do documento.

Ele então entregou a caneta para Bella que olhava aturdida do objeto para ele.

— Assine Amirah. – ordenou quando viu que ela não se mexia. Puxou a mão dela até a folha. – Assine Amirah Yassif Al Badim. - ao ouvir aquele nome um calafrio percorreu todo o corpo dela. Com a mão trêmula assinou o nome logo abaixo do do sheik. Edward retirou duas alianças do bolso. Ambas de ouro branco e uma delas com uma  grande esmeralda. Pegou a mão de Isabella, que olhava embasbacada, e colocou a aliança em seu anelar.  A outra, também de ouro branca, lisa, colocou em seu próprio dedo.

Foi então a vez do senhor mais idoso. Sua voz era bem grossa como um grande urso e embora reverberasse por todo o ambiente, pareciam que os ouvidos de Bella estivessem tapados já que não conseguia ouvir nada. Apenas seu coração continuava com as batidas intensas e frenéticas e pareciam irradiar por todo o corpo. Não conseguia absorver a situação. Parecia estar fora do corpo, olhando do alto o que acontecia.

Edward a puxou para que ficasse de joelhos ante o chefe das tribos do deserto. Inclinou a cabeça para que ele colocasse um colar em seu pescoço e Bella apenas seguiu seu ato. Após mais uma dúzia de palavras parecia que finalmente o que quer que tenha acontecido ali, tinha acabado.

Al Badim e o militar ajudaram o mais velho a se levantar e os acompanhou até a porta.

Ele ficou um tempo olhando a porta fechada e então virou-se. Ambos ficaram calados e então quando o silêncio começou a zumbir em seus ouvidos, Al Badim falou.

— Iremos viajar assim que amanhecer. – disse se aproximando – Será tempo suficiente para que seus documentos fiquem prontos.

Isabella continuou imóvel, de boca aberta. A aliança parecia pesar uma tonelada já que ela não conseguia erguer a mão na altura dos olhos para vê-la. Com a ponta dos dedos ficou girando o aro.

— Eu...eu...- sua boca estava seca - Não estou entendendo.

—  É muito simples. - disse visivelmente ainda com raiva - Eu não vou devolvê-la para Jasper, Isabella. Fiz de você minha segunda esposa. Nem meu pai, nem o Conselho poderão se meter nisso. Está legalizado. Você é minha e já lhe disse. É ao meu lado que deve ficar.

Ouvir seu nome sendo pronunciado pela boca de Al Badim foi como um balde dágua fazendo-a voltar a ter esperanças.

— Mas... você disse que...que não se lembrava de mim.

— Impossível não lembrar de você. – Al Badim colocou as duas mãos no bolso da calça e sorriu com amargura - Nem em um milhão de anos eu poderia esquecê-la. Mesmo depois de ter me abandonado, depois de ter ido embora. Não há um segundo sequer que meus pensamentos não sejam somente para você.


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Notas finais do capítulo

Finalmente em meio a tantas confusões e desentendimentos nosso casal parece que ruma ao felizes para.... bem, nem é para sempre ainda, pois o que será que a primeira dama, Rosalie achará dessa nova esposa de seu marido. Pelo que me parece lá a segunda esposa é meio que obrigada a obedecer a primeira, sei lá, acho que ela vai querer uma vingancinha contra a pobre da Belinha gente.

Peço desculpas pois prometi postar num dia e infelizmente além de ficar sem net, outros probleminhas me atrasaram. Agradeço por todo o carinho das minhas florzinhas com a fic, nos comentários me dizendo o que acham de nosso casal e o que esperam que aconteçam nos próximos. Muito obrigada. Espero não demorar a postar o próximo capitulo, vou me empenhar ao máximo para que saia no mais tardar no próximo domingo. Um grande bjo e boa semana a todos!
Perdoem os erros, verifico amanhã. ;)