A Odalisca escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 10
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olááááá



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AL Badim despertou depois das 17:30hs. Havia dormido pouco mais de duas horas. Muito pouco para uma noite não dormida, mas para ele o suficiente para repor suas energias. Sempre tivera muitos compromissos, problemas que precisavam ser resolvidos o quanto antes, então por isso já estava acostumado a poucas horas de sono.

Já havia tomado banho e estava vestido com a túnica azul clara. Sentado na cama secava os cabelos com a toalha branca e felpuda. Pedira para não se interrompido durante esse tempo, pois sabia que Rosalie iria querer vê-lo. Apenas uma pessoa poderia falar com ele.

Na manhã seguinte teria uma reunião com o pai e alguns assessores sobre a união das duas fronteiras, na tentativa de evitar uma nova guerra na divisa com o Iraque. Atentados, homens bombas, desde seu nascimento, tivera que lidar com aquilo. Não tinha como agradecer o cunhado pediu ao pai que ele tomasse conta daquele lugar. Era um país que estava sob os olhos de Alice, sua irmã e do cunhado há muito tempo. Provavelmente eles deveriam vir para esse encontro.

Pensar em Alice o fez rir. Sentia saudade da irmã mais velha. Que sempre o protegera quando eram mais novos. Até que ambos atingissem a adolescência. Aí então tudo mudou e Alice fazia de tudo um bocado para pentelhar a vida do sheik e foi quando conheceu Jasper Aaminah.

O som das batidas na porta chamou sua atenção.

O criado Laurent esta aqui meu senhor. – informou um dos guardas.

Era o momento que estava aguardando. Havia sido informado que Isabella desejava vê-lo. Ela não podia imaginar a sensação de vitoria que ele sentiu assim que soube.

“Sua albi queria vê-lo!”

Era um começo. Desde que chegara ao palácio essa era a primeira vez que ela pedia para falar com ele. E embora ele soubesse bem o que ela queria. Era a primeira vez que conversariam, ao que tudo indicava, sem brigas.

Deixe-o entrar. – ordenou.

Tão logo o criado entrou, os olhos de Al Badim focalizaram apenas uma figura relutante e pequena, com as pontas de cachos ondulados a mostra. Usava um véu de seda preta com pequenas continhas douradas que cobria-lhe o rosto e cabeça.

– A senhorita Isabella gostaria de lhe falar, meu senhor. – disse Laurent fazendo uma reverência. Pouco depois gesticulou para que ela entrasse. Bella tinha as mãos cerradas em punho ao lado do corpo. Seus olhos estavam focados no chão pois sabia que assim que o encarasse poderia matá-lo.

Edward apenas girou a mão no ar mandando o criado se retirar. Tão logo a porta se fechou, Edward largou a toalha e se levantou caminhando alguns passos mais próximos a ela.

– Ora Isabella, nós mal acabamos de nos ver e já está sentindo minha falta. – tentou brincar.

Aquelas poucas palavras só serviram para enervar ainda mais ela.

–Seu imbecil.- disse finalmente o encarando – Como teve coragem de fazer isso com Zafrina?- os olhos de Al Badim se estreitaram. Ao que parecia era adeus a conversa sem brigas.

– Ela me desobedeceu! – justificou-se.

– Eu fugi. Não foi culpa dela!

– Isabella. – sorriu bem humorado. - Me conhece a tanto tempo e acha mesmo que sou um idiota? É óbvio que ela facilitou para você!

– Eu a coagi a me ajudar. – sorriu torcendo para que sua voz não estivesse tão trêmula como achava.

– E você usou o quê? A agulha de costura? Eu dei uma ordem e era para ser cumprida! Ponto final.

Al Badim transbordava em satisfação, estava levando Isabella para onde cogitou desde o inicio. Queria envolve-la, deixá-la sem escapatória. Ela não tinha argumentos para a absolvição de Zafrina. O que a levaria a apenas uma única saída.

Viu Edward voltar-se novamente pelo quarto sentando-se dessa vez na poltrona.

– O que você quer provar com isso? – indagou Isabella - Tudo bem, ela me ajudou a fugir. Mas você me trouxe de volta. Por que não pode deixá-la livre? – Edward a estudava com muita atenção.

– Isabella, já disse que as coisas aqui funcionam de outro jeito. Não posso ignorar essa afronta. Uma nação deve acima de tudo respeitar seu líder e para isso preciso me fazer ser respeitado.

– Condenando uma senhora?

– Senhora ou senhor, mulher ou homem. Isso não importa.- disse friamente levantando a sobrancelha.

– Então o que importa?

– Importa que você poderia estar morta!

–Mas não estou, estou viva!

– Se eu não tivesse chegado a tempo.

– Isso não interessa! - gritou novamente vendo a chance de libertar a velha amiga, ir por ralo abaixo. Era claro que ele não a libertaria. Ledo engano Esme achar que bastava ela pedir que ele faria.

“Faça o que for preciso.” – as palavras de Esme voltaram ecoar na mente dela.

– Liberte-a Edward. Eu prometo fazer qualquer coisa em troca.

Cheque Mate – Edward comemorou internamente.

Viu o branco dos dentes reluzirem no rosto do sultão.

– Desde que não envolva sexo. – corrigiu rapidamente.

Edward sorriu abaixando os olhos.

Ah Isabella, se não quer se queimar não mexa com fogo!

Al Badim voltou olhá-la. Dessa vez estudando a fronteira de novas possibilidades que surgira a sua frente. Ante a analise dos olhos libidinosos do sultão Isabella deu alguns passos para trás se chocando com a porta.

Levantou-se da poltrona tão silenciosamente que se Bella não o estivesse encarando poderia ser surpreendida quando ele se aproximou.

– Fazer tudo o que eu quiser. - disse as palavras experimentando o som na boca.- Hummmm...chega a ser tentador Isabella. – colocou uma mão na porta e com a outra segurou um cacho escuro. Seu cabelo agora sem os resíduos da areia estava ainda mais brilhoso.

Ter o hálito quente do sultão em seu rosto fez com que Isabella inconscientemente abrisse um pouco os lábios para aproveitar um pouco mais da sensação. Lutou bravamente tentando descobrir como se mover para sair daquela prisão que ele a subjugara em seus braços.

Edward vibrava ao vê-la tão perdida. Ela era dele. Porque só ela não percebia isso? Lutava contra o amor dos dois? Do amor que um sentia pelo outro. Por que ela não esquecia todas aquelas baboseiras sobre o casamento. Ele seria só dela. E ela só dele. Não importava o que um papel dizia. Todas as noites ele queria passar com ela e isso já devia bastar.

– Quero lhe pedir uma coisa então.- Edward sorriu. Sua mão se aproximava calmamente do rosto de Isabella. O toque era suave como veludo e firme como aço. – Um beijo.

– O quê? – a aproximação tão rápida do sultão a acordou da neblina envolvente que ela se encontrava. Com as duas mãos empurrou o tórax de Al Badim para que se afastasse dela. Se arrependeu na mesma hora disso. Tocá-lo. Sentir seu corpo tão... Era como se empurrasse uma parede de concreto. - Eu disse sem sexo.

– Por favor Bella. - sorriu – Só estou pedindo um beijo. Não estou pedindo para fazer amor comigo. E depois a vida de Zafrina vale muito mais que isso. – usou a única arma que tinha a seu favor. Viu o semblante de Isabella chocar-se o encarando. A serva já estava solta. Quiçá quando ela regressasse ao quarto ela já deveria estar lá a sua espera. Mas por hora... jogaria com as armas que tivesse. E depois se preocuparia em se a arrepender.

Se ela tivesse certeza que não quebraria a mão. Dava um soco certeiro no rosto de Al Badim. Como ele podia descer tão baixo? E porque a obrigava a passar por isso quando poderia ter as mulheres que quisesse. Não sabia o quanto isso a machucava?

– Eu juro que não mais o reconheço.- mesmo com a voz triste de Isabella ele não amoleceu. Ao contrario, seu olhar frio demonstrava o quanto ele não desistiria do que queria.

O coração de Isabella tamborilava num ritmo frenético no peito. Beijá-lo seria como perder a guerra. Ir contra a todos seus princípios, contra tudo o que ela acreditava.

Maldito coração que ainda o amava!

Por que? Porque isso tinha que acontecer com ela? Por que se entregou de corpo e alma para esse homem perturbador que não media esforços para conseguir humilhá-la ainda mais. Talvez ela conseguisse apenas lhe dar um selinho. Talvez sendo bem rápido. Ela conseguisse não se entregar tanto.

– Você não vai me segurar. – ordenou em tom baixo.

– Não forçarei você a nada. – prometeu soltando seu rosto e colocando as duas mãos para trás.

Sem fechar os olhos, Isabella aproximou seus lábios de AL Badim. Ele estava inclinado, quase da altura dela, o que facilitou para ela que só precisou ficar um pouquinho na ponta dos pés.

“Sim.”

“Bem rápido.”

Concentre-se Bella.”

E foi...

Rápido.

Bem rápido.

Tão rápido que desconfiou se o tinha mesmo beijado quando Edward gargalhou avidamente. O que só serviu para deixá-la ainda mais raivosa e sem jeito. Com tamanha rapidez, ela sequer tirou o véu que cobria-lhe a boca.

– Me desculpe... – pediu Al Badim. – mas com o véu não vale.

“Idiota, prepotente, canalha.”

– Vamos Isabella você pode fazer melhor do que isso. - disse ao notar sua relutância.

Sim. A vida de Zafrina valia isso. Valia muito mais que isso. Munindo-se de coragem ela dessa vez soltou um dos botões que prendiam o véu.

Edward aproximou-se ainda mais dela não deixando uma brecha sequer para se afastar. Seus olhos tão negros e pequenos como talvez Isabella jamais tivesse visto. Denotavam muitas coisas: possessividade, desespero, paixão, loucura, desejo e ela apenas tinha duvida do que realmente via expressa ali. Seus olhos denotavam muito mais. Na expressão de Edward tambem havia... amor.

“Amor?”

AL Badim poderia mesmo amá-la? Não...não. Era apenas sua imaginação.

Não passava de um homem arrogante e que só agora ela conheceu.

Como havia prometido, Edward sequer a estava encostando, mas a proximidade dele a ela lhe dava uma sensação de ter cada milímetro de seu corpo tomado por aquele homem.

Isabella não entendia porque, mas naquele momento se arrependeu do que havia lhe pedido. Queria muito que AL Badim a abraçasse. Ela queria muito abraçá-lo.

“Tum tum tum”

Era impressão sua ou seu coração estava a ponto de saltar pela boca.

“Tum tum tum”

As mãos grandes e frias de Edward seguraram-lhe levemente o rosto e logo migraram para seu pescoço acariciando lhe com os dedos a nuca.

– Desculpa. Eu prometi que não ia te tocar... mas, ainda assim...eu não resisti. – sentiu a mão de Edward espalmada em sua cintura. - Apenas por tê-la ao meu lado, sinto meu coração acelerar.

“Tum Tum Tum”

Isabella já previa o quanto aquele beijo lhe custaria. Mas por hora... seria um bjo, só um bjo.

O corpo inteiro estava paralisado.

“Estou muito quente e quero fugir mais eu quero muito que ele me toque mais.”

Juntou os lábios ao dele.

Quentes...muitos quentes. Tão quentes que chegaram a esquentar-lhe todo o rosto. Um calor sublime que desceu por todo o corpo. Espalhando um rastro de desejo intenso.

E ela correspondeu. Correspondeu a intensidade do toque de Edward Al Badim.

Suas mãos penetravam nos fios úmidos do sheik, sentindo a maciez de seu cabelo. Com aquele singelo toque, uma simples caricia, Al Badim deixou escapar um gemido de puro deleite.

Durou o tempo necessário. Mas que ambos lutavam para não se separar, embora o ar já começava a lhes faltar. E quando se separaram, ofegantes e sedentos de mais contato, ele encostou a testa na dela e se encararam.

“Oh não! Nesse ritmo eu vou acabar... o que eu faço? Preciso dizer não...eu tenho que afastá-lo.”

– Bella..eu quero você. – sussurrou colando novamente os lábios ao dela.

“Eu não quero isso. Mas minha cabeça diz o contrario. Sinto meu coração apertado.”

E quando voltaram a se afastar, os olhos abertos um no outro, o verde no preto. Um pedido mudo. A permissão consentida.

Al Badim passou os braços por baixo das pernas dela carregando-a para a cama. A depositou com todo o cuidado que a situação permitia.

As mãos de Edward trabalhavam rápido e em pouco tempo as vestimentas estavam espalhada pelo quarto. Voltou a beijá-la com eficiência e quando seus lábios mergulharam em seu pescoço, Isabella estremeceu de prazer

Ela resolveu se entregar a ele sem pudor, como era antes como sempre foram. Porque seus nervos estavam enfraquecidos, cansados daqueles joguinhos de sedução. Cansada de resistir as suas investidas.

Beijou o ombro nu e másculo, provando-o, saboreando-o.

– Isabella...não me deixe nunca sem você. - A minha alma, minha vida lhe pertencem.

Mesmo sem entender parte do que ele dizia, ela compreendia que era intenso. Como tudo que provinha dele.

Sem saber de fato até que ponto Isabella o permitiria chegar, Edward escorregou a mãos para o meio das costas descendo até o local mais volumoso das nádegas dela.

– Se quiser que eu pare, deve dizer agora minha albi.

Parar? Anuviada com todos os pensamentos Isabella não conseguia discernir o que ele estava falando.

Parar? O que ele afinal queria lhe dizer?

Parar? Sim, ela queria gritar para ele parar mas quando olhou para seu rosto, ele penetrou em sua cabeça e no seu coração e ela acabou abrandando. Toda mágoa, toda raiva que sentia dele por tê-la seqüestrado já não existia.

“Tudo o que eu posso fazer é me agarrar desesperadamente a você.”

Ela delineou-se um pouco mais na cama pra que o ponto mais quente em seu corpo ficasse ainda mais próximo ao dele. Ele posicionou-se entre as coxas e ela abriu um pouco mais as pernas permitindo um encaixe perfeito. Os braços do sultão a apertavam e ela se sentiu por aquele instante protegida, única, como se ele segurasse o que tinha de mais precioso ali.

Ele puxou-lhe os quadris com firmeza e sem nunca perderem o contato do olhar, ele a preencheu lentamente, fazendo com que ambos soltassem gemidos de puro prazer.

Não. Era mais que prazer. Uma plenitude intensa.

Com movimentos lentos e precisos, ambos se entregaram. Para Isabella era tão errado mais ao mesmo tempo tão certo. Al Badim era seu porto seguro, ali era onde ela devia estar, para sempre nos braços dele.

– Eu te amo...eu te amo Isabella. - sussurrou baixinho tomando-a para si.

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Exaustos e sonolentos.

Edward estava deitado sobre o corpo delicado de Isabella, que o abraçava acariciando-lhe as costas. Ele não entendia porque o cansaço, mesmo que tivesse perdido as contas de quantas vezes fizera sexo na mesma noite com ela. Dessa vez havia sido muito diferente. Talvez pelo tempo que passaram distantes um do outro com brigas e discussões frívolas ou simplesmente porque a idade finalmente o alcançara.

Não provavelmente não. Ele ainda era jovem, um homem viril; tudo isso devia ser devido a intensidade que se entregaram um ao outro, havia sido como se nunca mais fossem se ver, como uma despedida. Impossível. Ele jamais a deixaria sair de perto dele. Debaixo de seus olhos. Ela era dele e não seria de mais ninguém.

Isabella tinha os olhos pesados. E a cada piscada tentava se lembrar de como abri-los. Havia se entregado a ele. Havia feito amor com ele. Mais uma vez, não passara de um joguete em suas mãos. A culpa, a raiva a decepção começavam a borbulhar em sua consciência.

“Mas ele havia dito que amava”.

Mentiras, até quando iria permitir ser enganada, envolvida pela lábia do sultão. Sentia o coração apertado, e o choro já lhe subia o peito. Precisava sair dali o quanto antes. Não queria que ele a visse tão fraca, submissa.

Não demorou muito e sentiu a respiração de Edward tornar-se mais pesada. Já estava dormindo. Tentou afastá-lo de si para que pudesse sair dali, mas era como mover uma enorme pedra.

– O que foi?- ele indagou virando de lado e a envolvendo em seus braços. – Descanse um pouco. Beijou sua testa.

– A culpa é toda sua!- desvencilhou do abraço de Al Badim deixando-o boquiaberto. Parecia estar tudo bem até alguns segundos atrás. – Talvez isso não signifique nada para você mas eu não sou assim. – levantou-se da cama com o lençol cobrindo-lhe o corpo.- Eu não passo de um brinquedo para você.

– O que você esta falando?- segurou-lhe os pulsos não permitindo que se afastasse.

–Como acha que me sinto?- mal acabou de falar e as lágrimas já desciam descontroladas por seu rosto. – Me deixando no meio de todas suas amantes? – Edward a puxou trazendo novamente para a cama.

– Não sei o que esta ouvindo, mas pare de tirar conclusões precipitadas. Está lá só ate eu poder assumir o meu reino. E há muito tempo eu não tenho nada com aquelas mulheres. – usou um pouco mais de força para deitá-la na cama sem se importar quantas marcas pudesse deixar em seu corpo. Com apenas uma mão segurou-lhe os pulsos e com a outra levantou o rosto dela para que o encarasse. - Eu não estou brincando com você. Jamais estive.

– Me solte. Deixe-me ir.- pediu Isabella tentando se soltar.

– Não, até você me ouvir. – seus olhos estavam tristes e Isabella desviou o olhar não querendo cair em nova armadilha - Eu continuo afirmando que te amo. Porque ao invés de inventar isso você não admite também que me ama?

– Não. Eu não te amo. – disse cerrando os dentes - Nunca te amei.

– Então você é que está brincando comigo.- seus expressivos olhos alargaram-se - Diga que o que aconteceu alguns minutos atrás foi mentira, foi falsidade sua cada gemido de prazer ao me ter dentro de você. Diga!- ordenou.

– Eu jamais irei aceitá-lo. Você tem uma esposa e é com ela que deve ficar. –

– Não minha albi.- a voz dele estava suave mas ela conseguia ver o quanto ele estava se controlando para não estourar de vez. - É apenas uma obrigação que tenho que cumprir. Você é a mulher que amo. Quanto Eu tenho que te amar para que você me aceite?– tentou beijá-la, mas ela desviava dele. Ele lhe segurou o rosto para que sua boca encontrasse seus lábios.

“Não. Eu não posso deixar ele fazer isso comigo! Tenho que sair daqui!

“Tum Tum tum”

“Mas ele parece tão sincero...”

“Tum Tum Tum”

“Nãããããããooooooo!!!”

Mordeu o lábio inferior dele. Os olhos dele agora bem abertos olhavam fixamente o rosto dela, que estava ofegante com os lábios vermelhos do sangue do sultão. O gosto de ferrugem estava presente em suas bocas.

Como se tivesse acordado de um sonho, ele a soltou. Ela correu pelo quarto vestindo rapidamente sua burca sem se importar onde estava o véu ou com emaranhado que devia estar seu cabelo. Tentou puxar a maçaneta mas estava trancada.

“Que horas ele fez isso?”

Ela não tinha mas coragem para olhá-lo. Havia participado de seu joguete, uma peça de xadrez; se portado como uma meretriz. Como uma odalisca. Então ficou ali. Parada de frente para a porta.

– Cubra-se. – ordenou. A voz atrás dela eriçou todos os pelos da sua nuca. A sua frente Al Badim estendia-lhe o véu e o manto para a cabeça. Ele já estava vestido e nos olhos dele brilhavam a ira e ela fazia noção disso por tê-lo rejeitado.

Isabella fechou os olhos e recobrou a respiração. Pegou os tecidos e como Zafrina a havia ensinado cobriu sua cabeça.

– Olhe para mim.- ordenou e Isabela continuou com o olhar baixo. Não queria ser fraca novamente. Passou as mãos no rosto limpando as lagrimas. - Olhe para mim! Estou mandando!- ele apertou-lhe os ombros e a sacudiu. Bella cerrou os lábios. Podia até sentir dor mais não deixaria escapar um único gemido.

Ele estava furioso. Não só ela negara que o amara como dizia que jamais o amaria. Continuava regeitando-o.

– Você vai voltar para aquele harém e só vai sair de lá quando eu mandar! – ela sabia que ele estava com raiva mas jamais o havia visto daquele jeito. Era uma raiva que beirava a insanidade, a loucura. E mesmo assim ela não titubeou ao falar.

– Pouco me importa.- disse encarando- Farei o que for preciso para nunca mais olhar para você!

Ele destrancou a porta porque já não sabia o quanto seria forte o suficiente para não fazê-la pagar por sua palavras. Ela era mesmo muito atrevida.

Laurent! – chamou em sua língua, o servo que ainda o aguardava na porta - Leve Isabella de volta pra o harém. Ela não sairá de lá até que eu ordene! Mande Jacob vir aqui.

Sim, meu senhor.

Edward puxou Isabella com toda força que por pouco não tropeçou se ele não a estivesse segurando com firmeza pelo braço deixando um roxo enorme ali.

Mesmo com o véu cobrindo-lhe o rosto, Edward podia ver aquele nariz arrebitado querendo medir forças com ele.

Agora!- ele gritou fazendo não só Isabella, como Laurent e os guardas pularem de susto.

Bateu a porta com força tão logo viu-a se afastar.

Atrevida! Desobediente! Petulante! Os adjetivos eram poucos para enumerar como uma criaturinha como aquela podia tirá-lo do sério. Mas ele ainda ia fazê-la se dobrar.

Ah...se ia.


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Notas finais do capítulo

Cof cof cof.

Capitulo mega quente hoje em gente. Sei que havia prometido a dança dos sete véus, mas o cap ficou grande então resolvi dividir para que não esperassem muito. Edinho todo se querendo conseguiu fazer bellota ceder aos seus encantos e ela toda se sentindo hiper mega deprê por não ter conseguido se segurar; ( mas quem consegue se segurar com um homem desses, minha filha? Rsrssrsr).Para todos que queriam ver o sultão pagar por seus pecados, o próximo capitulo o aguarda, o/ o/ o/ o/ o/ , uááááááááá risada maligna. Qual será o pior castigo para nosso sultão por fazer bellota de gato e sapato? Gostaria de saber a opinião de vocês fofoletes e que tal uma gincana, já sei o que vai acontecer e quem acertar terá seu nome no capitulo, o que acharam?  Também no próximo capitulo as fanáticas-pela-morte-de-Rosálie terão uma surpresinha, eitaaaaaa, quanta Surprise no cap.

Agradeço de montão os comentários, li todos mas ainda estou tentando me equilibrar com o tempo para respondê-los. Todos que me fizeram alguns pedidos, estarei respondendo em MP nesse fim de semana, não esqueci de ninguém, é só falta de tempo mesmo. Me perdoem por isso. Agradeço ao carinho de todas que mandam reviews e mensagens de feliz ano novo;  espero que tenham curtido tanto quanto eu, o cap. Pretendo que o próximo saia no domingo se Deus quiser... Um grande bjo e intééééééé.