Unbroken escrita por Angel


Capítulo 28
Segunda Chance


Notas iniciais do capítulo

Oiii povo, desculpem a demora. Estava super sem tempo esses últimos dias. Eu tentei caprichar ao máximo nesse cap, então, espero que gostem. Obrigada desde já. Boa leitura!



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Todos ficaram surpresos. Zelena estava incrédula, e com raiva de si mesma.

— Eu deveria saber que era uma armação... como pude ser tão rola?! — se punia

— Querida, não se culpe. Não foi tola, você é burra mesmo! — Marissa deu de ombros

— Acho que temos umas continhas a acertar... — Rumple disse, a arrastando pelo chão com seus poderes até si. Porém, Marissa interviu.

— Eu disse que iriamos derrota-lá, não mata-lá! — advertiu

— Mas ela matou meu filho, e eu prometi a ele que... — Rumple tentou argumentar, mas ela o cortou:

— Heróis não matam! — respondeu, rápida — e pelo que sei, você prometeu que a deteria, e não que a mataria! — afirmou

— É verdade, eu estava lá. Tudo o que prometeu ao Neal foi fazer justiça. Nada de morte! — Emma reforçou

Nesse instante, Belle chegou e o abraçou.

— Mais um motivo — Marissa observou — tenho certeza que Belle não quer que você faça isso! — disse

— Não quero que você faça o que? — Belle indagou, confusa

— Matar Zelena. Está sem poderes, não se preocupe. Só pode matar moscas, agora. — não perdia seu sarcasmo

— Rumple, por favor — Belle olhou fundo nos olhos dele — você não é mais assim. Não precisa fazer isso. Dê a ela uma segunda chance. A segunda chance que você está tendo. Por favor, prometa por mim! — pediu

Rumple respirou fundo, e assentiu com a cabeça.

— Está bem, mas se ela tentar nos machucar, eu não hesitarei em mata-la! — avisou

— E se eu não quiser mudar? — apesar de vencida, Zelena não perdia a maldade em sua voz

— Vamos prendê-la! — Snow falou, rápida — assim ela tem um tempo para pensar! — explicou, e todos concordaram

— Mas primeiro, você vai devolver o coração de Regina! — Marissa impôs

— E se eu não quiser? — deu de ombros, e logo após viu Marissa soltar uma risada

— Então tá! — pôs a mão sob o peito dela, e arrancou o coração de Zelena. Ela nunca havia sentido dor física maior — agora eu mando em você — tinha um sorriso satisfeito no rosto — traga o coração de Regina agora, e eu devolverei o seu — ordenou, e contra sua vontade, Zelena a obedeceu, e em alguns minutos o trouxe de volta — ótimo! — o pegou e se dirigiu á mãe — olha, eu só arranquei corações até agora, não sei como devolve-los. Então, é melhor você coloca-lo, porque eu posso machuca-lá se não fizer direito — explicou, meio tímida, entregando o coração de Regina, e a vendo colocar de volta no peito em seguida, com um imenso sorriso no rosto — Enquanto á você — voltou-se para Zelena — eu vou devolver o seu. E você vai ficar presa para "pensar" na nossa proposta de mudança. E se por um acaso, você decidir que continuará a nos machucar, eu volto atrás com a minha "bondade" e esmago-o até virar areia — deixou o clima sombrio — estamos entendidas? — indagou, vendo a tia assentir com a cabeça

Mais tarde, na delegacia...

— Porque está fazendo isso? — Zelena questionou, observando a irmã a olhar por trás das grades verdes da pequena delegacia

— Porque somos um tanto parecidas... mas... eu sempre quis mudar, ser o que eu sempre fui por dentro, sabe? Mas nunca me deram chance. Sempre me rotulavam de rainha má, e meu ódio só aumentava. As portas se fechavam todas pra mim, e sempre me sobrou as trevas. Mas você? Eu não entendo. Glinda te ofereceu uma vida ótima em Oz, e você poderia até ter ganhado o mundo sozinha. Nada lhe prendia. Porque não quer mudar? Seguir um caminho novo? — Regina devolveu a pergunta, com toda sinceridade em suas palavras

— Porque eu sempre quis ser alguma coisa além da pobre feiticeira de Oz. Eu queria ser rainha, ser reconhecida. Ter poder. Eu queria a vida que você teve! — respondeu, jogando as cartas na mesa

Regina sorriu, e um semblante triste invadiu seu rosto.

— Acredite, você não ia querer a vida que tive. Realeza, poder, luxo não é tudo. Não são quase nada, na verdade. Do que adianta ser rainha, poder mandar em tudo e todos, ter todo o ouro do mundo encantado pra mim, e ser sozinha? Sem amor, amigos... qualquer tipo de alegria? Do que me adiantou todo aquele poder, se quem eu amava havia morrido, por conta da minha própria mãe que nunca me aceitou, e por culpa da minha própria enteada? De que adianta tudo isso se eu não tinha liberdade, e a cada minuto do dia ganhava mais ódio, e críticas de todas as partes? Não me serviam de nada! — elucidou, com uma lágrima rolando pela face — a questão é: eu fiz escolhas erradas, e estou tendo a chance de ser quem eu sempre quis ser, e de finalmente mudar e construir algo novo. Eu sei que você queria voltar no passado, e mudar tudo o que fez. Mas pense, quantos inocentes pagariam por isso? Quantas vidas e sorrisos deixariam de existir? Posso não saber muito sobre lições de moral, mas uma coisa eu sei: se sempre que fizéssemos algo errado, ou alguma coisa fugisse de nosso controle e pudéssemos zerar tudo e voltar do início, nós nunca teríamos um futuro e aprenderiamos a seguir em frente. É a partir de nossas quedas que aprendemos a nos proteger. Eu estou fazendo isso. Porque não tenta fazer o mesmo? — questionou, e cortou Zelena quando ia responder — não precisa me responder. Durma, pense... você terá a noite toda pra isso. Qualquer coisa, converse com a Emma, pela manhã. Boa noite, minha irmã! — suas palavras soaram completamente suaves e sinceras, logo após ela se levantou e foi embora

De fato, Zelena ficou refletindo sobre toda sua vida, sobre aquela proposta e sobre como as coisas poderiam ser a partir daquele dia. E sim, de fato, ela acabou aceitando a segunda chance que lhe fora oferecida. Como depois de tudo o que havia feito ninguém confiaria nela de início, ela teve que provar sua mudança. Iria ficar sem seus poderes, e viveria como uma pessoa comum de Storybrooke. Para se manter, começou a trabalhar como ajudante no restaurante da Granny's. Fazia de tudo um pouco: era garçonete, ajudava na cozinha, atacava de faxineira, organizava as mesas e as prateleiras do local. Trabalhava muito, mas aos poucos, foi conseguindo montar sua vida. Regina ficava alegre ao ver os esforços da irmã. Apesar de tudo que ela havia feito, ela era sangue do seu sangue, e um de seus poucos familiares que havia lhe restado.

— Zelena, leve o pedido da mesa 2. Já faz mais de 40 minutos, os clientes estão começando a se irritar! — Granny gritava — anda logo, são eles que pagam seu salário! — Zelena odiava quando ela lhe chamava a atenção. Quem ouvia, pensava que ela estava sentada tomando chá gelado e vendo televisão, quando na verdade, estava presa com 4 panelas na cozinha, ou duas bandejas nas mãos e uma na cabeça. Pegou o pedido do balcão, e se dirigiu até a mesa citada, mas no meio do caminho, esbarrou em alguém, fazendo tudo voar, e espalhar pelo chão em seguida. Ela se ajoelhou no chão desesperada, mais um desconto no final do mês e meia hora de sermão da Granny — droga, tinha que ser justo o mais caro — reclamou, tentando juntar tudo na bandeja, ainda sem olhar em quem havia esbarrado. Até que, percebeu uma mão tocar a sua quando foi pegar um talher. Ergueu a cabeça, e seus olhos foram em direção a outros, que já lhe eram conhecidos.

— Me perdoe pela bagunça! — soou, ainda focado na ruiva

— Robin, oi — cumprimentou o tão conhecido "ladrão" de Storybrooke — não, tudo bem. Eu que não prestei atenção! — falou, completamente desconcertada com a maneira que ele a olhava.

— ZELENAAAAAAAAAA! — Granny gritou, provavelmente estava lhe fuzilando com os olhos. Ela virou-se e a encarou — não preciso nem dizer que isso vai sair do seu salário, não é? — elucidou, e Zelena assentiu com a cabeça — limpe toda essa bagunça, e depois vá refazer o pedido! — ordenou

— Me desculpe mesmo pelo transtorno! — ele voltou a se desculpar

— Não, tudo bem — Zelena deu de ombros — já estou acostumada com os gritos da Granny! — explicou

— Não, de verdade. Me dê a comanda desse pedido, e eu vou paga-lo! — pediu

— Não, Robin, não precisa — falou

— Eu faço questão! — afirmou, e convencida, ela tirou um bloquinho do bolso e anotando algumas coisas, entregou pra ele — ei, está livre no sábado? — indagou, surpreendendo á ruiva — é que eu pensei que poderíamos sair pra tomar um sorvete, ou andar por ai. Não sei... não tive muita oportunidade de desfrutar da companhia de alguém, desde que minha esposa faleceu — convidou

— Eu sinto muito! — ela disse, sincera

— Foi tudo minha culpa... mas enfim — afastou as lembranças de sua cabeça — aceita meu convite? — perguntou

Zelena abriu um timido sorriso, e assentiu

— Tudo bem! — falou

— Ok, então eu passo pra te pegar na sua casa! — afirmou — até sábado! — despediu-se

Não muito longe dali, na loja do Gold...

— Acho que está na hora de você cumprir a sua parte do acordo! — Marissa lembrou, adentrando o local

— Eu sei, não precisa me lembrar do que devo a cumprir. Porém, precisamos combinar e preciso saber: o que exatamente você quer? — perguntou

— Bom, digamos que duas pessoas só percebem o quanto se amam quando são obrigados a conviver ou sobreviverem juntos, ou quando estão prestes a perderem ou perdem um ao outro. Digamos que eu quero três desses itens juntos: convivência, sobrevivência e percepção pré-perda! — lançou-lhe um olhar sugestivo, e ele entendeu.

— Eu tenho um ótimo feitiço pra que isso aconteça — falou, com seu sorriso vitorioso — tudo o que precisa fazer é escrever uma, digamos que, profecia para que isso aconteça e o que eles devem fazer para que ela se quebre! — explicou

— Traduz, porque eu não entendi nada! — pediu

Ele então, explicou sobre o feitiço, e após ela compreender o processo, eles armaram tudo juntos.

— Agora só precisamos fazer com que eles abram isso juntos, e profiram o que estiver escrito também juntos — disse, mostrando os objetos á Marissa

— Eu tenho uma ótima ideia então! — sorriu, e poucos minutos depois, estava adentrando á Granny's

— RUBY! — chamou a atenção dela no balcão

— O que foi Marissa? Parece que está vindo salvar alguém da morte! — observou a euforia dela

— A sua vó tá ai? — perguntou

— Tá la na cozinha, quer que eu a chame? — indagou

— Não precisa, eu vou até lá. É um assunto particular! — se dirigiu até ela

— Uma noite chinesa no Granny's? Mas pra que? — Granny questionou, sem entender a proposta de Marissa

— Depois você vai entender, e ah, reafirmando: é um pedido do Gold. Então, é bom você atender pra que esse estabelecimento continue funcionando! — lembrou-a

— O que vocês dois estão aprontando, hein? — questionou, desconfiada

— Não vem ao caso, apenas organize tudo e marque para essa sexta. É urgente! — falou, e saiu

De fato, como ela havia pedido, foi organizada a tal noite chinesa no restaurante, e claro, a notícia espalhou-se rápido pela cidade, e para surpresa de Granny, agradou á todos, lotando o estabelecimento na noite da Sexta. A cidade inteira estava lá. E como Marissa e Gold queriam, não só todo grupo deles, mas principalmente, David e Regina.


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