She and the dudes escrita por Rayssa


Capítulo 6
Did you wanna... ?


Notas iniciais do capítulo

Nem demorei tanto, né? Huuuum, espero que gostem sz Esse capítulo da para conhecer melhor o Hugo e a Lucy :DDD



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– Rose! – a voz de Hugo me fez pular, e esconder a carta, sentando-me sobre ela.

– CARALHO HUGO! – gritei. – Não faz isso. – porém, quando virei meu olhar, meu irmão tinha uma expressão triste, o que me incomodou bastante. – Algum problema? – o meu tom estava totalmente diferente do que o de costume.

Recebi um longo suspiro cansado em resposta.

– Vem cá... – chamei, batendo minha mão sobre a grama, para que ele se sentasse ao meu lado. – Senta aqui. – após hesitar, ele se sentou com os joelhos levantados e os braços sobre os joelhos.

– É sobre o baile... – sussurrou. – Eu to querendo convidar uma pessoa, e não sei se devo. – uma onda de ciúmes me pegou, não queria que meu irmão se apaixonasse, contudo, não podia impedi-lo disso.

– Hugo, não tem outra pes... – antes que eu pudesse terminar de falar, ele me interrompeu.

– É a Lily. – uou! Arregalei os olhos, totalmente surpresa.

– A Lily?! – mordi o lábio, tentando processar essa informação. – É que, eu não sou muito boa com essas coisas. – ele comprimiu os lábios, enquanto olhava para a grama.

– Não tenho mais ninguém para falar sobre isso, sabe? O Albus me mata, o Lysander é totalmente insensível e vai rir na minha cara. A Lucy é a melhor amiga da Lily, e com certeza vai dar com a língua nos dentes. Sobra o Scorpius, e bem, ele anda esquisito, sei lá. – a tristeza era evidente em seu rosto.

– Chame-a. – seus olhos passaram para mim, com uma expressão de incredulidade.

– Ela é nossa prima! – exclamou, totalmente surpreso.

– E dai? – abri um sorriso. – Hugo, se você gosta dela, pra que enrolação? A melhor coisa a fazer é ser direto, e falar! – admiti. – De que adianta ficar tentando adivinhar? Uma hora você vai ter que falar. – um brilho intenso surgiu em seu olhar.

– Desde quando você se tornou tão boa em conselhos? – dei de ombros, olhando para baixo, e sentindo minhas bochechas se avermelharem. – Você fica fofa corada Jane. – virei o rosto, para fuzila-lo, contudo, acabei gargalhando.

– Eu me sinto diferente, sabe? – meu irmão franziu o nariz.

– Contanto que você continue sendo a melhor irmã do mundo, por mim, tudo bem. – seu braço foi até os meus ombros, e me puxou para perto, em um tipo de abraço terno que nós nunca tivemos antes. Na verdade, eu nunca havia tido uma conversa dessas com o meu irmão, e era uma sensação realmente boa.

X

Seus olhos castanhos me fitavam com expectativa, e isso estava me corroendo. Havia parado a Lily no corredor, e dito que precisava pergunta-la uma coisa, porém, no momento em que seus olhos encontraram os meus, toda a coragem que eu tinha, desapareceu.

– Ér... – droga. – V-vo-você... – calma Hugo, calma. Respira fundo, você consegue fazer isso. Você não pode ser tão tímido.

– Eu? – engoli em seco. Você consegue. Um sorriso divertido surgiu em seus lábios. - Hugo? – você consegue?

– É... – não, você não consegue, seu grande inútil. – Você viu a Lucy? – perguntei, enquanto cocava a cabeça.

– Ah... – parecia surpresa com essa pergunta. – Ela disse que iria passar a tarde no lago. – sua voz soou desanimada.

– Tá tudo bem? – perguntei. Lily não tinha o costume de ser tão... quieta.

– Sim sim... – abriu um sorriso amarelo. – Só preocupada com o NOMs, sabe? – assenti.

– Bem, a gente se vê. – ela assentiu e voltou a andar, enquanto eu encarava-a sair, sentindo me um completo imbecil por não ter conseguido fazer uma simples pergunta como aquela.

(...)

– Lulu? – ela se virou com uma expressão perdida, e demorou alguns segundos para me reconhecer, o que não era estranho já que era da Lucy que estávamos falando.

– Oi docinho. – sua voz estava um tanto rouca e ela parecia triste.

– Aconteceu alguma coisa anjinha? – negou com a cabeça, e eu fui sentar-me ao seu lado. – Não mente pra mim, ok? – ela suspirou pesadamente.

– Lysander me chamou para ir ao baile com ele. – admitiu, voltando a olhar o lago.

– Se você quer ir com ele, por que disse não, então? – seu rosto se voltou em direção ao meu, com os olhos arregalados.

– Como sabe que eu disse não? – levantei as sobrancelhas.

– Conheço você, só isso. – a menina mordeu o lábio, como se pensasse.

– Eu não confio nele... – bufou.

– Você não pode viver para sempre no passado Lucy, sabe disso, não é? - ela franziu o cenho, e voltou o rosto em direção ao lago. – Até porque, ele não é mais a mesma pessoa, apenas age como se fosse, e você sabe disso melhor do que ninguém. Não existe qualquer mistério sobre Lysander que você não conheça. – com o cenho franzido e os dentes cravados nos lábios, era obvio que Lucy lutava contra si própria naquele momento.

– Eu... – parecia ter bastante dificuldade em dizer alguma coisa. – não sei. – admitiu por fim. – E não quero me preocupar com ele, não como antes, não quero ser aquela bobona apaixonada outra vez, que daria o próprio sangue para vê-lo feliz. – cruzou os braços, emburrada. – E ele sem sequer me notava. – grunhiu, irritada.

– Mas você ainda é aquela bobona apaixonada, só luta com todas as suas forças para deixar de ser. – assentiu, e mais um ponto para Hugo, porque ele sempre sabe o que as pessoas estão sentindo.

– E pra piorar, nem vou poder ir para a droga do baile, porque ninguém mais me convidou! – exclamou, derrotada, se jogando para trás, na grama.

Por um segundo, eu tive muita pena de Lucy, mais do que de mim. Só durou um segundo, porque, no segundo seguinte, eu acabara de ter a ideia mais brilhante de todos os tempos.

– Lucy... – chamei, enquanto me deitava ao seu lado. – Você não é a única que está frustrada consigo mesma. – virei meu rosto em sua direção, e ela abriu um sorriso terno.

– Quer me contar dos seus problemas? – neguei com a cabeça.

– Nah, não posso, você é muito bocuda e nunca conseguiria guarda. – recebi um tapa pela minha indelicadeza.

– Idiota. – dei de ombros.

– Um idiota que vai ser o seu par no baile, que você acha? – foi a primeira vez que eu notei o quão infantil era o sorriso de Lucy, ela parecia uma criança que recebera um brinquedo novo.

– Acho uma excelente ideia.

X

Faziam cerca de dois dias que eu estava ignorando Albus e Lysander, quer dizer, não pode se dizer que eu estava ignorando, logo que eu dera um belo de um soco no Albus da última vez que ele veio falar comigo, quer dizer “Eu não sabia que você iria agir como uma garotinha indefesa quando você é maior brutamontes que eu conheço.” Não é, nem de longe, algum tipo de desculpas. Então, foi muito bem merecido. Lysander não havia tentado muita coisa, na maior parte do tempo, ele parece mais distante que o normal, parece esta perturbado com alguma coisa, o que é aceitável, contudo, não justifica seu modo grosseiro de agir.

Estávamos dividindo a mesa, não por minha opção. A maioria dos grifinórios não sentam ao meu lado por medo de levar porrada por serem aproveitadores, e bem, os ravinos me odeiam por eu ser tão inteligente quanto eles. Lysander é um caso especial, ele não julga ninguém, e tem uma mente aberta, bem aberta mesmo, aberta até de mais.

O ravino colocou seu pergaminho sobre meu livro, e haviam algumas palavras escritas nele.

“Ei, quer ir ao baile comigo?”

Certo, eu sei que não deveria ser tão mole com ele, porém, sei que tem algo errado, e ele é meu amigo, não posso deixar de perdoa-lo. Puxei minha pena, e, após molhar no tinteiro, respondi.

“Se quer pedir desculpas, é só dizer. Eu vou aceitar.”

Coloquei o pergaminho sobre a mesa dele, no exato momento em que o Krum afirmou o final da aula. Rapidamente, arrumei meus livros, e levantei, querendo sair dali o mais rápido possível, antes que eu e a coragem de grifana que tenho, me fizessem ir até o professor se ele era o cara das mensagens anônimas. Nos últimos dois dias, eu recebera cerca de 10 bilhetes, e isso estava me deixando completamente louca.

Quando eu estava passando pela porta, uma voz me chamou.

– Srta. Weasley, poderia vir aqui. – com um suspiro pesado, dei meia volta e fui em direção ao cara que fazia da minha vida um barco a remo do meio do oceano durante uma tempestade.

– Algum problema? – perguntei, sem encara-lo.

– Não é bem um problema. – seu tom era calmo, e, mesmo sem eu querer, como um tipo de magnetismo, os meus olhos foram levados até os seus. – A senhorita Longbottom está com um pouco de dificuldade na minha matéria, e eu queria saber se a senhorita poderia ajuda-la. – eu estava pronta para ter a reação mais esperada por todos: Rir com escarnio, responder com ironia e sair de lá me sentindo completamente ofendida por ela agir como se eu tivesse cara de professora particular.

Mas eu não fiz isso.

O seu olhar sobre mim era tão cheio de gentiliza, que pensar em agir daquela forma, dava uma sensação terrível de desconforto e imaturidade. Como se agir daquele jeito, seria o mesmo que agir como uma garotinha mimadinha de três anos de idade. E, tendo certeza de que a insanidade estava me consumindo, eu sorri delicadamente, e pronunciei as seguintes palavras:

– Claro, por que não? – o homem abriu um sorriso que disparou o meu coração.

– Fico muito agradecido, a senhorita não sabe como isso irá me ajudar. – e ele, mais uma vez, representava toda a perfeição que uma mulher poderia querer.

– Sem problema, sempre que precisa. – sentir meu rosto ficando cada vez mais rubro, e antes que eu cometesse algo gafe, virei-me para sair de lá.

Assim que eu passei pelas portas da sala, um braço puxou o meu, e, por reflexo, preparei o punho para me defender. Algo o segurou, e percebi que era alguém que me conhecia o bastante para saber que eu seria capaz de fazer algo assim.

– Calma ai. – a voz de Scorpius me surpreendeu.

– O que faz aqui? – ele deu de ombros.

– Estou te perseguindo, pode? – revirei os olhos e estirei a língua.

– Só se quiser vira meu saco de pancadas particular. – seu sorriso se abriu ainda mais.

– Vou pensar sobre isso. – brincou. – Enfim, você vai para o baile? – franzi o cenho. Ele não iria me chamar para o baile, iria?!

– Não sei ainda. – menti.

– Bem, se decidir não ir, me avisa, ok? – franzi o cenho.

– Por que?

– Ah, é que eu não vou para o baile, dai, se você não for, a gente pode, sei lá, ir jogar xadrez bruxo. – arregalei os olhos, totalmente chocada.

– Por que não vai? – um longo suspiro surgiu em seus lábios.

– Não tenho mais o mesmo animo de antes para essas coisas. Eu sou vou participar do leilão, porque é para ajudar em uma boa causa. Então, caso você não me compre, eu vou ter que me preparar mentalmente para isso. – Quem era aquele e o que fizera com o Scorpius?!

– O que merda deu em você? – um sorriso sarcástico surgiu em seus lábios.

– Já ouviu falar em uma coisa chamada crescer? Pois é, estou virando um desses velhos que não gostam de nada. – e eu ri! Eu ri da piada mais tosca de todos os tempos. – Bem, se decidir não ir, lembre-se de me avisar, ok? – assenti. Ele passou o braço pelos meus ombros, e beijou o topo da minha cabeça, pegando-me totalmente desprevenida. – Até mais. – sussurrou, antes de sair andando.

Fiquei lá, parada, totalmente surpresa. Levei minha mão as minhas vestes, e retirei um pequeno pedaço de papel, que explicava o motivo de eu ter tanta certeza de que eu iria aquele baile.

“Uma chance é o que te peço, para que no baile onde todos se escondem, dê-me a oportunidade de mostrar-me como realmente sou e ao contrário da cinderela, as badaladas da meia-noite, encontre-me sob aquela que denominaram Sirius.”


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam???? Sejam sinceros :DDD