Depression escrita por Medicat3d


Capítulo 5
Asleep?


Notas iniciais do capítulo

AMOOOOORES, muito obrigada por terem esperado tanto tempo, e as minhas mais sinceras desculpas, sei que demorei demais e não dediquei tempo suficiente à história nem a vocês, eu estava super atarefada com os trabalhos e provas do colégio e acabei demorando mais que de costume, talvez eu demore um pouco mais para postar w.w mil perdões por isso, mas eu jamais abandonaria vocês, meus doces cookies u.u, bom aqui está o capitulo 5, espero que gostem



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[Mais uma semana depois]

Shun estava novamente sentado na cadeira ao lado da maca do pequeno Riki, começara a perder as esperanças, mas continuava a visita-lo, algo dentro de si dizia que ele deveria continuar indo, ele não saberia dizer se era amor ou alguma outra coisa, apenas sentia aquilo, e não queria deixar aquele sentimento morrer em vão, suas visitas eram sempre iguais, e, naquele dia, não houve motivo para ser diferente, a dor, as lágrimas e todo o lamento e melancolia de sempre invadindo a janela como sempre. Não demorou muito para um enfermeiro qualquer daquele hospital frio e triste aparecer para chuta-lo do único lugar em que queria estar, ao lado de seu pequeno, mas assim o fez, apanhou sua mochila, sua dor e o pingo de esperança que tinha, beijou as cicatrizes no braço de Riki e assim, foi para casa, sozinho e pensativo.

[Algumas horas depois]

Riki acorda repentinamente num profundo suspiro, seus olhos arregalados, a princípio, sem entender onde estava ou o que estava acontecendo ao seu redor, ouvia o barulho de uma maquina, um eletrocardiograma e percebeu que havia uma cânula em seu nariz, ajudando-o a respirar, tentou lembrar-se de algo, mas as únicas coisas que vinham a sua mente naquele instante, eram os brutamontes desprezíveis que o perseguiam, e Shun, Shun ao seu lado na ambulância, seu olhar desesperadamente melancólico, as lágrimas e seu toque, tão macio quando um pedaço de algodão, lembrava-se das impactantes palavras ditas pelo maior na ambulância, contestava-se se eram verdadeiras ou se era apenas desespero da parte do maior...Segurou o choro novamente e sentou-se na maca, no mesmo momento, uma enfermeira entrou no quarto olhando uma planilha

–Senhor Riki...Eu não esperava vê-lo acordado, d-digo

–Não, tudo bem, mas...

–Espere um instante, vou ligar para os seus pais

–Mas...

E assim a porta se fechou novamente, sem dar nem tempo de Riki perguntar nada a enfermeira, o que deixou-o ainda mais confuso. Naquele momento haviam tantas perguntas na mente dele "Por quanto tempo dormi?", "Que dia é hoje?", "Será que já poderei ir embora?" e "Onde será que está Shun?". Muitas coisas corriam na sua mente, mas procurou manter a calma, a última coisa que queria era se desesperar num momento como aquele,era uma tarefa difícil para o garoto, nunca conseguia se acalmar por completo.

Levantou-se da maca, um pouco zonzo, foi até a janela, observou a paisagem até onde seus olhos questionadores conseguiam enxergar, garoava lá fora, mas ainda havia um pouco de Sol, e, neste momento, percebeu que uma lágrima corria por sua bochecha, não queria conter sua dor no momento, a única cena que passava por sua mente, eram a dos mesmos rostos conhecidos que sempre o causavam dor, nem lembrar-se de Shun o estava ajudando, Tacos de basebol. Onde estaria Shun? Chutes. Ele veio visita-lo? Xingamentos. Porque ele não está aqui agora? Sangue. Será que ele vai me proteger? Dor. Eu queria tanto que Shun estivesse comigo nesse momento...

–Porque sempre me fodem desse jeito? Filhas da puta, bando de cornos, espero que um dia paguem pela dor que me fazem passar sempre, filhas da puta, filhas da puta, filhas da puta. Eu sou mesmo esse erro tão grande que eu pareço ser?- Pensava consigo mesmo enquanto as lágrimas se tornavam mais intensas . Finalmente tomou iniciativa para abrir a janela, apoiou-se no parapeito, sentiu a garoa fina tocar seu rosto e se misturar com suas lágrimas, de alguma forma aquilo o acalmou, e em alguns minutos já havia parado de chorar. Nesse momento, algo veio em sua mente, o toque de Shun na ambulância, quando seus sentidos estavam sendo perdidos, mas ainda havia consciência para saber o que acontecia ao seu redor. Questionava-se se o maior o visitava com frequência, ou simplesmente passava para vê-lo quando tinha tempo...Procurou pensar positivo em relação a isso...Logo, decidiu dormir novamente, provavelmente demoraria até seus pais chegarem.

[Uma hora mais tarde]

Riki acorda novamente, sentindo um toque conhecido na mão, abre os olhos e se depara com sua mãe do lado direito da maca, seu pai do lado esquerdo, e Shun perto da janela, os olhos das três figuras conhecidas arregalaram-se ao ver o garoto acordado

–Filho...E-Eu- Disse a mãe de Riki com os olhos molhados.

–R-R-Riki...Nós esperamos tanto por isso- Disse o pai entre soluços

Shun, com os olhos encharcados, abraçou o menor com força e sussurrou em seu ouvido

–Riki, meu pequeno Riki, por favor, não me dê outro susto desses nunca mais

Riki abraça Shun com força

–Desculpe...

Os pais se juntaram ao abraço dos dois jovens e todos choraram juntos, mas dessa vez, depois de muito tempo, eram lágrimas de uma alegria descomunal.

[...]

Conversou com os pais, descobrindo o que acontecera nesse meio tempo em que esteve desacordado e se explicando devido aos espancamentos, que nunca contara aos pais. No fim, ambos o compreenderam, ficaram um tanto apreensivos, mas afinal, eram sua família, e sempre estariam alí. Após uma longa conversa, os pais do pequeno decidiram ir embora, já que Riki ainda teria de ficar em observação por alguns dias no hospital, deixando Shun, que até agora apenas observara, e Riki sozinhos no quarto.

Shun sentou na maca em frente ao menor

–Você me deixou preocupado- Disse Shun com o rosto sério

–Me desculpe por isso...

–O que é isto no seu braço?

Riki gelou, mas não poderia mentir para o garoto que achava estar amando

–Shun...Eles me fazem mal, eu sou um garoto doente, eu não consigo me conter apenas com remédios...Eu me mutilo, eu não sei como amenizar isso, essa dor, eles são meu pesadelo, eles fazem isso comigo.

–Você não precisa disso, tem muitas pessoas ao seu lado pra te ajudar, inclusive eu!

–Eu sei...Me desculpe.

Riki baixou a cabeça, Shun deu um sorrisinho

–Não peça desculpas, eu imagino como você se sente, e ao episódio de algumas semanas atrás, não foi culpa sua, você apenas não conseguiu se defender...Me desculpe por não estar contigo naquele momento.

–A culpa não foi sua! Eles...Insistem em me perseguir.

Shun agarrou a mão de Riki e puxou-o num abraço, encostando a cabeça do menor em seu peitoral definido

–Não precisa ter mais medo, enquanto eu estiver aqui, enquanto eu for teu, nada nem ninguém poderá te fazer mal, eu não permitirei que nada te machuque.

Riki agarrou-se no maior no momento em que o mesmo segurou seu queixo e o beijou. Riki pasmou, mas deixou-se levar pelo sentimento, o encontro das línguas e a sensação ardente que o beijo do maior o trazia. Sentia-se bem, e de certa forma completo, admitia a si mesmo que esperou um bom tempo para aquilo, e também, sentia-se completo de certo modo. Shun conduziu-o durante o beijo, o menor tinha que admitir, Shun beijava incrivelmente bem, aquilo durou por um bom tempo até que os dois parassem para se olhar, se abraçaram e trocaram mais alguns selinhos. Riki estava feliz, estava realmente feliz depois de tanto tempo, Shun sorria para ele, e ambos sentiam-se em paz. E assim terminou aquele dia, com os dois garotos dividindo uma maca de hospital, com Riki deitado no peitoral do maior, conversando sobre tudo, até que alguma enfermeira chegasse, anunciando que o horário de vistas havia terminado

–Nos vemos amanhã?- Perguntou Riki

–Por você, eu passaria a noite na porta deste hospital para ser o primeiro a entrar e poder te ver. Até amanhã Riki

–Até amanhã, Shun...E-Eu...Eu te amo.

Shun sorriu

–Eu também te amo.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso, obrigada a todos que vem me acompanhando até aqui, espero que estejam gostando, e me desculpem novamente pela demora...Bom, nos vemos no próximo capitulo o/