Bolinho De Limão escrita por Aquela Fujoshi, Paradoxoalizar, Karu, BlossomMist


Capítulo 34
Extra: FA e... Karu?


Notas iniciais do capítulo

IAE GALERA BONITA DO MEU KOKORO!
É, atrasamos de novo....
Que droga, Izzy!
Mas temos que concordar, postar numa sexta feira fica meio inviável.... Além do que tanto eu quanto Nuke estamos em aulas ainda, e logo no fim do ano a gente se fode mais XD
Mas por enquanto vocês vão ter que me aturar nas notas dos capítulos. Uns rolos pessoais vão deixar nossa querida baixinha (não contem a ela que eu a chamei assim e.e') longe do computador por um tempo.
Aliás, amanhã eu faço uma prova de um concurso, então desejem-me sorte! Minha mãe me prometeu que se eu passar nessa prova eu tô liberada pra pintar meu cabelo de turquesa!!! ENTÃO TRATEM DE TORCER POR MIM -qqqqqq

Bem, depois dessa quase palestra só nas notas iniciais... Fiquem com o capítulo ♥



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– ARI-CHAAAAAAAAAAAAAAAAN!!!

– PARA DE GRITAR RAPARIGA MAL COMIDA DO CABAÇO!

– Ann, não fale assim comigo! – choraminga Manuke inflando as bochechas.

Izzy revira os olhos e leva uma mão até o rosto da mesma, apertando-o e ela desprende todo o ar das bochechas.

– Fale logo o que quer. – bufa. – ‘to sem paciência hoje.

– E tem algum dia em que você esteja paciente? – provocou.

–... Fala logo antes que eu arranque suas bochechas! – puxava a pele do rosto da outra.

– ISSO DÓI SUA KENGA! – estapeou as mãos de Izzy, pulando para trás e esfregando a pele avermelhada.

– É pra doer mesmo. – riu sadicamente. – fale logo o que quer.

– Ah, lembra-se de que eu falei que uma amiga minha da FA ia nos visitar?

– Sim, e...?

– Ela me passou uma mensagem e disse que já tá chegando!

– Ah... E cadê o resto do pessoal?

– Ikki tá com... – fez uma careta. – no camarim com o Alexy, acho que o Armin foi fazer um lanche ou algo assim.

– Não tá com fome? QUE MILAGRE!

Manuke estirou educadamente seu dedo do meio para Izzy que retribuiu maduramente o gesto fazendo um “O” com o polegar e o indicador.

– Você tem problemas. – disse Manuke.

– Fala como se também não tivesse. – ironizou.

A menor iria falar algo mais, mas parou ao escutar o pequeno assovio vindo de seu celular.

– Ah, a Alex já tá aqui! – sorriu ao olhar a tela.

Bloqueou o aparelho e o pôs no bolso da calça, escutando o barulho de passos rápidos no corredor.

– NUKE! CARAMBA, NUKE!!!

Olhou para trás, abrindo um enorme sorriso ao ver a outra.

– ALEXANDRA!!! – correu em direção a outra, se jogando em cima dela.

– NUKE! – pegou a garota no ar, apertando-a. – AH, CARALHO, QUE SAUDADES!

– Alex! – choramingava abraçando o pescoço da garota, sem tocar os pés no chão de tão erguida que estava. – ah, eu senti também!

– Ah, sua linda, nunca mais vou passar tanto tempo longe. – segurou-a com apenas um braço, enquanto apertava seu nariz. – minha pequena. – beijou-lhe a bochecha.

Manuke corou um pouco e finalmente foi posta no chão, tão distraída com Alexandra que sequer notava a aura negra ao redor de Izzy.

– Que porra... – murmurou Izzy esquartejando Alessandra com o olhar.

– Promete que não vai mais deixar a Nuke? – disse a menor das três fazendo uma cara de pena em direção a Alex.

– Own... Prometo! – abraçou a garota, afundando o rosto dela entre seus seios.

– AH, OI ALEX, EU TO BEM, VIU?! – berrou Izzy com um falso sorriso, puxando Manuke dos braços da garota. – JÁ TÁ BOM DE ABRAÇO, NÃO ACHA, QUERIDA?

– Tsk, conveniente como sempre, Izzy. – disse a outra retribuindo o falso sorriso.

– Ari-chan, me solta! Quero matar minhas saudades da Alex!

– Não é isso que vai morrer por aqui... – murmurou Izzy apertando ainda mais Nuke.

– Não d-dá pra respirar... – disse a menor ficando roxa. – A-Ari-...chan...

– Tá sufocando a garota. – Alexandra a arrancou da outra. – deixe-a respirar direito!

–... Não me lembrava de você ser tão estressada, Izzy.

Todas as três tiveram um sobressalto ao ouvir a voz, e se viraram em direção a ela.

Havia outra garota encostada a parede do corredor, escutando atentamente a conversa e com um gorro na cabeça, escondendo parte do rosto junto ao cabelo encaracolado que lhe caia sobre os ombros.

Izzy ficou encarando a garota que retirara o pé apoiado a parede e puxou um pouco o gorro para cima, sorrindo para a outra.

– Você... – Izzy arregalou os olhos. – KARU?!

A garota puxou o gorro para trás, o retirando e ajeitando a franja cacheada atrás da orelha, indo em direção a Izzy.

– Sentiu saudades?

Izzy ainda estava boquiaberta, Karu não havia lhe avisado que dia viria, fora pega totalmente de surpresa.

– KARU-NEE!!! – Manuke largou instantaneamente Alexandra, se jogando em direção a Karu. – QUE SAUDADES! KYAAAA!!!

Karu afagou os cabelos da garota, sorrindo de canto em direção a Izzy.

– Não vai dizer que sentiu minha falta também?

Izzy abriu os lábios para falar algo, mas foi interrompida por Alexandra que passou rapidamente por ela, arrancando Manuke da outra, sorrindo para ela.

– E você seria?

Karu olhou a garota dos pés a cabeça, passando um braço ao redor dos ombros de Izzy e a puxando para mais perto.

– Uma das melhores amigas dessas duas, Karu, prazer. – olhou a garota de cima, apesar de ambas terem basicamente a mesma altura, Alexandra um pouco mais alta. – a pergunta é: “quem é você?”

– Eu? – Alexandra acabou por rir com a cabeça baixa, virando Manuke em direção as duas e se inclinando bastante para poder apoiar o queixo em seu ombro, abraçando sua cintura. – acho que a Nuke deve saber explicar isso muito bem, não é, minha pequena? – beijou-lhe o pescoço.

– An... – mesmo que fosse morena, a pele da garota ficou extremamente avermelhada e ela desviou o olhar das outras duas. – a A-Alex é u-uma amiga nossa, Karu-nee. – disse baixinho, tocando os braços que envolviam sua cintura.

– Amiga? – praticamente as três me falaram ao mesmo tempo.

Izzy erguia uma sobrancelha, conhecia Alexandra, chegando a considera-la até uma conhecida mais próxima, mas ainda não era íntima como Manuke.

Karu estranhava a garota, NUNCA a havia visto. Só ouvido falar, e definitivamente não havia ido com sua cara.

Já Alexandra...

– Como assim “amiga”, pequena? – apertou o corpo menor contra o seu. – você já se esqueceu de quando nos...

– ENFIM, EU SENTI MUITAS SAUDADES SUAS KARU-NEE!!! – Manuke soltou-se completamente vermelha de Alex.

– Também senti. – Karu sorriu afagando seus cabelos. – você cresceu?

– UM CENTIMETRO! AGORA TENHO 1,54! – dizia dando alguns pulinhos. – mas um dia eu vou chegar a 1,60! Tenho certeza!

– Coitada... – disse Izzy num tom de deboche, lançando um olhar maléfico para Manuke – COMO SE UM DIA VOCÊ FOSSE CRESCER, SUA ALPINISTA DE ASFALTO! – riu sadicamente.

– Q-Que... QUE CRUEL ARI-CHAN! – berrou Nuke batendo o pé. – Tá vendo o que ela faz comigo Karu-nee?! É por isso que eu fico complexada com a minha altura!

Izzy só fez rir ainda mais e Manuke cruzou os braços, com um bico irritado nos lábios e virou o rosto para o lado, emburrado.

– Own, vai ficar irritadinha? – Izzy sorriu, olhando para Manuke e logo apertando suas bochechas. – tadinha dela, só por que não cresce mais!

– Se continuar a me chamar de nanica eu juro que vou te bater Ari-chan! I-Isso dói! – disse ainda com uma expressão infantil irritada no rosto, tentando afastar as mãos de Izzy.

– Como se essas suas mãos de criança MINUSCULA fossem me machucar. – provocou.

– ARG! SUA KYOJIN FOSFORESCENTE! – berrou Nuke, estapeando os braços de Izzy. – SOLTE AS MINHAS BOCHECHAS!!!

– Me obrigue!

–... ALEX-CHAN, MANDE ELA PARAR DE ME TORTURAR! – choramingou.

Alexandra rapidamente se aproximou, segurando o braço de Izzy e o afastando de Manuke.

– Ela não gosta disso, não tá vendo? – indagou passando um braço ao redor de Manuke, que afagava as bochechas avermelhadas e maduramente estirou a língua para Izzy.

– Hm... – empinou o nariz. – claro que estou vendo. – puxou bruscamente Manuke de volta, apertando o braço da garota. – vamos mostrar o lugar pras duas, né?

– Ah, sim. – ajeitou os óculos um tanto tortos no rosto. – ah, Ari-chan, isso machuca. – disse baixinho.

– Desculpe-me. – afrouxou o aperto, mas não a soltou. – vamos?

– Uhum. – virou o rosto em direção às outras duas. – Alex-chan, Karu-nee, venham, vocês vão gostar dos bastidores.

Karu rapidamente foi para o lado de Izzy, jogando conversa fora com a garota enquanto Alessandra se mantinha um pouco mais afastada, observando de longe as três e suspirando discretamente, logo pousando o olhar sobre Manuke.

– Complicada. – murmurou num tom que só ela mesma pudesse ouvir.

Chegaram até o estúdio, onde as cadeiras da plateia estavam milagrosamente vazias, e as luzes quase todas apagadas.

– Aqui é bem diferente sem toda aquela papagaiada. – disse Karu, passando a mão numa das cortinas vermelhas.

– Papagaiadas teu boga. – Izzy estirou educadamente o dedo médio, parando no meio do palco.

Manuke conseguiu se desprender de Izzy e saiu saltitando pelo palco.

– Aqui tem um ótimo eco! – disse ela, dando ênfase quando sua voz ecoou pelo local.

– Percebi. – riu Alexandra. – ah, Nuke, estou com fome. – disse ela franzindo a testa. – tem alguma lanchonete por aqui?

– Tem sim! Mas o café aqui da frente é melhor, as tapiocas de lá são tão... – disse a menor suspirando.

– Para de babar Nuke. – Izzy revirou os olhos, jogando um paninho na cara da outra.

– Que tipo de pessoa anda com isso no bolso? – indagou a menor atirando o pano de volta.

– Uma pessoa prevenida. – empinou o nariz. – a sala onde guardamos os cenários e baguios é chata, vamos logo pro camarim. – “e isso terminará mais rápido”, completou mentalmente.

– Vocês dividem o camarim? – perguntou Karu, olhando para Izzy.

– Sim, também temos um camarim masculino, mas os garotos estão de folga hoje. – respondeu Izzy, coçando a nuca. – aff... Só por que eu ia pedir pro Alexy me fazer uma massagem.

– Eu? – Alexandra ergueu uma sobrancelha.

– Tu não, o Alex homem! – Izzy abanou a mão. – vamos logo...

– Está de mal humor, Ari-chan? – perguntou Manuke enquanto saltitava no corredor ao lado de Izzy.

– Ah, você notou? – disse sarcasticamente a outra.

– Hm, você é muito cruel! – a menor parou de saltitar, agora andando a passos duros, só queria saber se a outra estava bem! – olha o camarim é ali! – apontou para uma porta branca com a placa prata e dourado na frente.

Passou rapidamente na frente das outras, abrindo a porta.

– Não é fofo? – indagou, correndo para dentro e se largando no sofá-cama.

As outras três entraram, Izzy sentou-se ao lado de Manuke, um tanto emburrada, com os braços cruzados sobre o peito.

– Sim, é. – Alexandra disse, olhando ao redor. – ah, vocês vem todo intervalo para cá?

– Aham! – respondeu Manuke com um sorriso. – é confortável, né?

– Sim. – sentou-se do outro lado dela.

Karu andava pelo lugar, vendo as roupas penduradas nas hastes longas.

– Eu nunca vi vocês vestindo nem metade disso. – disse a garota rindo. – saia? – ergueu uma sobrancelha. – é sério isso? – retirou a saia plissada cor de creme do cabide. – é pra rir ou chorar?

– Eu nem sei pra que a gente tem esses baguio. – Izzy relaxou um pouco, dando os ombros. – deve ter umas vinte saia intocadas aí.

–... Eu não visto, mas acho bonitinho. – grunhiu.

– Oh, então você gosta de saias, Nuke? – Izzy se voltou para a garota. – qhem diria, hm? Virando uma mocinha!

– Morra. – fuzilou-a com o olhar.

– HMMM... Eu duvido que você vista isso aqui. – provocou Karu, jogando a saia para Manuke.

– E não vou vestir mesmo! – virou o rosto, ajeitando os óculos.

– Ah, Nuke tu é muito fresca. – Izzy estirou a língua.

– EU NÃO SOU FRESCA! – berrou batendo no sofá-cama.

– Ui, soltou a franguinha agora! – debochou Izzy.

– Para de fazer isso! – reclamou chorosa. – eu visto! Mas para!

Izzy riu e arrancou os óculos de Manuke.

– Eu paro. – disse esticando o braço para que a outra não pudesse pegar o objeto. – mas só te devolvo quando você se trocar.

– Hunf, tá. – bufou, pegando a saia com raiva e indo batendo o pé para o banheiro.

– Você provoca ela demais. – observou Alexandra, ajeitando os cabelos para trás.

– É a minha função. – olhou de canto para a outra. – ah, por que esse interesse repentino em vir aqui?

– Eu queria ver a Nuke, não posso? – ergueu uma sobrancelha, franzindo os lábios.

– Pode ué... – a apresentadora revirou os olhos. – só não vejo pra que ficar tanto tempo, justo na nossa folga.

– Por que não diz isso a sua amiguinha aí? – a de cabelos mais longos alfinetou, lançando um olhar significativo para Karu.

– Está falando de mim garota? – Karu disse, desencostando da parede, ainda com as mãos nos bolsos.

– E com quem mais seria, amiguinha? – ajeitou a postura, já com olhar frio sobre a cacheada.

– Bem, pelo menos eu sou a “amiguinha” aqui, e você, o que é? – retribuiu o olhar.

Izzy engoliu em seco, não era a sua intensão fazer o clima ficar realmente pesado daquele jeito...

– PRONTO! FELIZES?! – A voz escandalosa de Manuke soou, junto a batida da porta do banheiro se abrindo com tudo.

As três garotas desviaram o olhar, e atenção, da discursão que estava acontecendo e olharam para a garota.

– Viu? Não falei? Sua perna caiu por acaso quando você vestiu? – riu Izzy.

– Há-há. Muito engraçada, to morrendo de rir, por dentro. - Manuke revirou os olhos.

Karu riu e sentou-se ao lado de Izzy, pondo um braço ao redor dos ombros da garota.

– Está fofa, Nuke. Certo, “Ari-chan”? – sorriu de lado para a outra.

– ... Não... – Manuke cerrou os punhos. – NÃO CHAME A ARI-CHAN DE ARI-CHAN!

– Nuke? – Izzy ergueu as sobrancelhas.

– Ué, por que não? – Karu olhou-a, confusa.

– S-Só... Só eu posso chamar a Ari-chan de Ari-chan! – cruzou os braços, virando o rosto para o lado, irritada.

Izzy abriu a boca, um tanto corada.

– Nuk...

– Ah, ficou muito boa em você, Nuke! – disse Alexandra, indo até a garota e segurando sua mão. – uma voltinha? – indagou sorrindo.

A garota fez o pedido, sentindo-se um tanto acanhada, mas Alexandra logo a tranquilizou.

– Fica bem em você, não sei por que não veste no dia-a-dia. – sorriu carinhosamente para a menor que sentiu o coração palpitar mais forte.

– A... – balançou a cabeça, se concentrando. – acha mesmo?! – disse surpresa, abrindo um enorme sorriso.

– Mas é claro. – Alexandra continuava a olhá-la mansamente, enroscando os dedos em sua franja e a pondo para trás. – vá pegar seus óculos, hm.

A pequena foi até Izzy, estendendo a mão.

– Pode me dar.

– hm... – a apresentadora se livrou do braço de Karu em seus ombros, que fez uma careta com aquilo. – venha aqui pegar. – se pôs de pé sobre o sofá-cama, esticando o braço que alcançou o teto.

– ISSO NÃO É JUSTO! – a menor saltou sobre o sofá, esticando o braço. – me dá Ari-chaaaan!!! – disse irritada.

– Ah, é ó você pegar, eu estou o dando pra você! – disse balançando os óculos no ar. – não quer eles de volta, hm?

– Me dá, me dá, me dá! – pulava, o móvel chegava a tremer. – devolve por bem que eu não quero te machucar! – falou com uma expressão emburrada.

– Então pegue-os, ué. – sorriu de canto.

– ...Eu avisei, Kyojin. – bufou, acertando um soco, não muito forte, no estomago da outra.

– Nnn! – Izzy mordeu os lábios, dobrando a coluna, com o rosto todo vermelho, largando os óculos que Manuke rapidamente pegou de volta.

– Bem feito! – estirou a língua, saltando para fora do sofá-cama (esquecendo totalmente de que trajava uma saia), indo para o lado de Alexandra. – isso só aconteceu por que você não cumpriu sua palavra. – empinou o nariz como a outra fazia.

Izzy fez uma careta, se sentando.

– Hunf, fique na sua, nanica. – fuzilou Manuke com o olhar.

– Você está bem? – perguntou Karu, olhando para Izzy que esfregava a barriga.

– Eu pareço bem? – disse mais baixo, com o olhar alternando entre Manuke e Alexandra que passaram a conversar animadamente, a outra tocando a menor demais para o gosto de Izzy.

Karu seguiu o olhar da outra, soltando um suspiro.

– Não, não parece. – sussurrou para mesma. – você quer sair daqui?

Izzy desviou o olhar, coçando a nuca.

– Talvez.

– Ah, o que vocês duas tão cochichando aí? – perguntou Manuke interrompendo sua conversa com Alexandra e indo até as duas. – não ficou chateada, né Ari-chan? – sorriu um tanto sem graça, pondo a mecha irritante de seu cabelo atrás da orelha.

Retirou o olhar do chão para Manuke, o rosto um pouco vermelho com a proximidade.

– Claro que não, nanica! – virou a cara, cruzando os braços sobre o peito. – eu sei que você é idiota mesmo.

– Você é muito má! – disse Manuke com um bico nos lábios.

– Agora fale uma novidade. – a maior provocou, erguendo uma sobrancelha.

–Ari-chan fica fofa com essa cara.

– QUE?! – a de cabelos mais curtos engasgou, sentindo o rosto ficar completamente vermelho.

– Annn, Ari-chan tá com vergonha! – riu, se afastando um pouco e voltando a ficar do lado de Alexandra, abraçando a cintura da maior. – eu vou com a Alex-chan no shopping aqui do lado, nos vamos lá pra casa depois ver uns filmes, as duas querem ir? – perguntou alegremente, ajeitando os óculos sobre o nariz.

Izzy abriu a boca para falar, mas Karu rapidamente se pôs de pé.

– Eu e a Izzy temos outros planos, certo, Izzy? – lançou um olhar significativo para a outra que a encarava confusa. – lembra-se do que combinamos?

– An... – olhou para Manuke, que ainda lhe lançava um olhar de expectativa. – s-sim, é verdade! Eu e Karu já marcamos de ir a alguns lugares que ela disse que queria visitar hoje.

– Oh... – a menor diminuiu o sorriso, com uma expressão um tanto frustrada. – entendo... Hm, quando estiver livre me ligue, então.

Rapidamente foi até Izzy, se inclinando para frente e dando um beijo cálido na bochecha da outra.

– Até logo, Ari-chan. – sorriu, afastando-se e log se apressando em agarrar o braço de Alexandra.

– Agora vamos? – perguntou a maior, esboçando uma expressão terna para a morena menor.

– Claro. – sorriu, voltando o rosto para trás. – foi muito bom te rever, Karu-nee! – acenou para a mesma, logo acompanhando Alexandra para fora do camarim.

Assim que as duas sumiram no corredor, Karu pôs uma mão sobre a cabeça de Izzy, afagando seus cabelos.

– Não faça essa cara. – murmurou encarando-a calmamente.

– Pra você é fácil falar. – Izzy revirou os olhos, piscando com força ao sentir os mesmos arderem, logo respirando fundo e se voltando para Karu.

– Por que eu sei que isso não vale a pena. – sorriu. – vamos, levante. Não íamos sair?

– Mas isso não era invenção sua? – arqueou uma sobrancelha. – eu quero ficar sozinha.

– Nada disso, que frescura! Venha aqui. – puxou-a pelo braço, a forçando a se levantar. – nos vamos nos divertir e ponto, fui clara?

– Como água. – Izzy não pode evitar rir. – então aonde vamos?

– Você vai adorar. – repuxou o canto dos lábios, num sorriso agradável.

Segurou Izzy pelo pulso, a arrastando para fora do camarim.

“Doida” foi o que pensou a garota de cabelos mais curtos, olhando para as costas da cacheada e logo se deixando levar.

Em outro lugar, num dos restaurantes da praça de alimentação do shopping, Alexandra e Manuke conversavam animadamente, a maior se alegrava ao ver a pequena morena com tanto bom humor.

– Então, Alexy-chan, o que achou da Karu-nee? – perguntou com ambas as mãos apoiadas no queixo, lançando um olhar curioso para a outra.

– Hm, ela é legalzinha.

Manuke ergueu uma sobrancelha.

– Conheço o seu “legalzinha”, o que houve Lex-chan? – perguntou lançando um olhar suplicativo a outra, falando seu ‘apelido’ carinhosamente.

– É complicado. – de madeixas longas afagou os cabelos da outra. – não fique preocupada com isso, vamos comer que é melhor!

– Sim! – logo o sorriso tornou a adornar seus lábios, a garçonete não demorou muito a chegar com os pratos.

Passaram a comer e conversar ainda mais, entretanto, algo não saia da cabeça da menor.

“Ari-chan não me parecia feliz...”, pensara, suspirando baixo e logo voltando a conversar com Alexandra em busca de não pensar naquilo.

Em algum outro lugar...

– Sério, qual o propósito de não querer ir ao fliperama? – Perguntou Karu, seguindo Izzy pelos corredores do shopping, de braços cruzados, mas não abandonando um sorriso divertido do rosto.

– Você vai ver. - A morena respondeu, andando na dianteira, a atenção desviada para as pessoas que passavam à sua volta.

– Tá bom, senhorita Mistério. - Balançou as mãos em desdém, se divertindo com a atitude de Sherlock súbita da outra, tirando o gorro preto do bolso e colocando-o de volta na cabeça. - Mas eu até já sei o motivo.

Izzy se virou para a cacheada com uma expressão exagerada.

– Então por que perguntou, criatura de Amadeus?!

– A-mãe-de-quem? - Karu fez uma careta de confusão.

– Nada, esquece. - Ela segurou a outra pelo braço alheio, puxando-a em direção à praça de alimentação.

Karu soltou o braço do aperto da garota, acompanhando o passo apressado que logo se tornou mais lento, furtivo.

Izzy se colocou ao lado de uma pilastra, observando de longe e soslaio a mesa onde se encontravam Manuke e Alex, fingindo não estar ali.

– O que é isso agora, um filme de espião? - A castanha pôs-se a rir, vendo o quão ridícula Izzy se encontrava no momento. - Só veio aqui para estragar o momento delas?

– Delas? - Izzy voltou a olhar para a amiga, uma sobrancelha erguida. - Não seria "aquela" garota que havia estragado o "nosso" momento? - bufou.

O comentário fez Karu abrir um sorriso travesso.

– "Nosso"?

Izzy virou a cabeça para o lado, escondendo o leve rubor nas bochechas com o cabelo e cruzando os braços.

– Tá - Karu voltou à seriedade -, eu entendo aonde você quer chegar...

– Me dá um guardanapo! - Interrompeu-a.

– O quê?

– Me dá a porcaria do guardanapo, cria de Hera!

– Ah, tá bom, não precisa insultar nesse nível. - Karu pegou um guardanapo da mesa vizinha, um pouco incomodada de ter que atrapalhar o lanche de alguém por uma besteira. - Dói aqui no meu kokoro.

– Dramática. - Izzy pegou o papelzinho da mão da outra sem encará-la, amassando-o em uma bolinha.

– Ah, tá. A dramática sou eu. - A cacheada deu um cutucão na cintura da outra, fazendo-a se contorcer naquela direção. - Filha de uma... - começou a estapear a garota, rindo e recebendo as tapas de volta.

– Poxa, quando eu finalmente venho você só faz é dar bola pra Manuke! Assim eu fico com ciúmes!

– E-eh... Desculpa - Izzy jogou a bolinha de guardanapo no chão, sem mais vontade de jogá-la em Alex, mas não encarando Karu.

A outra bufou, pondo uma mão sobre o ombro alheio, fazendo Izzy fitá-la.

– Vai ficar deprê? - Ela riu do seu jeito contagiante - Anda, vamos lá nós duas "fazer amizade" com elas, sua tapada.

SAfada. – Corrigiu, sorrindo de volta, - Eu exijo respeito! - Brincou, acompanhando a cacheada até a mesa onde Alex e Manuke se encontravam.


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Notas finais do capítulo

E novamente o desenho da fic é meu :3 (qualidade bosta...)
Não que isso seja importante...
E nem que eu queira elogios, não, nada disso...
—q
Bom, queridos pandas, foi isso por hoje! Não esqueçam de mandar as perguntas de Ao No Exorcist! O prazo final é só até o próximo capítulo. E pelo amor de Zeus, se alguém tiver perguntas para o casal que NÃO seja Yukio x Rin, a gente aceita também, ok? ^^ hu3
Kissus!



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