A lenda de Cyro: Entre Mundos (livro 3) escrita por SpyroForever


Capítulo 31
A visita




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Arbo correu para o templo para contar suas descobertas. Estava muito animado. Ao chegar lá, foi direto para os aposentos de Spyro e bateu na porta. –Spyro! Spyro! Você está aí?

—Ei! Calma! Já estou indo! Já tou indo! –Spyro diz e abre a porta. –Arbo? O que faz aqui? Algo com Uta?

—Uh? Não, não! Eu descobri! Descobri tudo! –Ele entra com o seu livro de infância. –Com licensinha!

Spyro fica bobo. –Pelos ancestrais, Arbo. O que aconteceu? Descobriu oque?

—Porque Malefor fez tudo aquilo!

—QUE?! Como você descobriu isso? Muitos estudavam as razões de Malefor e ninguém nunca descobriu!

—Esse é o problema, meu amigo! –Arbo diz colocando seu livro em cima da cama improvisada de spyro no quarto do templo. –Este é um livro que minha mãe lia para mim. É até bem famosinho. Conta sobre os dragões roxos antes de Malefor!

Spyro se interessou. –Oh... E como ele te ajudou a descobrir?

—Bem... Ele conta que todos os dragões roxos tiveram um pouco de diversão e um pouco de treino, certo? O mais forte de todos os dragões roxos, Sophie, teve ambos na medida certa! Meio a meio! Pense comigo Spyro! –Ele vira as páginas para a página onde Malefor estava. –Aqui! Veja! “Malenis nasceu já no templo. Os guardiões tinham medo de perder novamente o dragão roxo, então Malenis começou a treinar aos 5 anos de idade...” –Arbo lê. –Percebe Spyro? Seu pai, Malenis, foi forçado à treinar com apenas 5 anos de idade! Nunca teve diversão!

Spyro estava começando a entender. –Então ele se revoltou!

—Sim! –Arbo parecia muito animado e excêntrico. –Se um dragão roxo recebe muita diversão se torna irresponsável. Se recebe muito treino enlouquece. Precisa haver o equilíbrio total!

—Entendo... Então meus anos com minha família adotiva me fez bem!

—MUITO! Se não fosse eles, você poderia ser como Malefor agora!

—Nossa! Mas... isso não explica porque Malefor... ou... Malenis fez tudo aquilo!

—Spyro, Spyro... Pense bem! “Os dragões roxos não eram feitos para aquele destino” Oque ele queria dizer com isso?

Spyro pensa e da de ombros.

—Spyro! Os dragões roxos! Como um dragão roxo é gerado?

Spyro arregala os olhos. –Ele queria me manter longe do templo?

—EXATAMENTE! Ele queria te proteger de ser tratado como um... Um... Uma coisa! Uma arma!

Spyro estava de olhos arregalados. –Ele... Só queria me proteger?

—Sim Spyro! Ele queria proteger o filhote dele para que a vida dele não fosse tão ruim quanto a própria! Foi um ato honroso. Claro... Não justifica tudo que ele fez... Mas é compreensível!

Spyro cai sentado. –Nossa! É tanta informação! Quando ele vier aqui...

Arbo arregala os olhos. –Vier aqui?! Ele vai vir aqui? Quando?! Como?! Por que?!

—Não devia ter falado isso! De madrugada! Vai vir conversar comigo!

—Posso estar junto? Quero saber se minha teoria está certa!

—Você... Quer ver meu pai?

Arbo assente pegando o livro. –Quero sim!

—Errr... Tudo bem! Será hoje eu acho! Se eu bem conheço Malefor...

—Malenis.

—Meu pai... Ele virá hoje! Logo! Bem... Vamos para minha casa! –O dragão roxo diz saindo do quarto, seguido por Arbo.

Logo chegam e os dois entram. Cynder estava fazendo a janta, Cyro a ajudando.

Ao ver Arbo, Cyro corre e pula no pescoço dele. –Olá Arbo! Veio nos visitar?

—Hahaha! Vim sim pequenino! Sapeca! –O dragão marrom diz rindo segurando Cyro.

Cynder sorriu fazendo a comida.

Horas se passam. Spyro já havia contado a descoberta de Arbo para seu filho e sua esposa e estavam todos comendo quando as velas e tochas se apagam de repente. Os 4 dragões olham ao redor e ouvem uma voz em meio a escuridão.

—Eu não fui convidado para a Janta? –Malefor sai das sombras, ao lado de Zikayes.

Os quatro os olham e Arbos estranha. –Por que ele está como criança? Reencarnou?

Malefor olhou para Arbo, se aproximando devagar, nada ameaçador. –Quem me dera fosse isso, jovem! Uma maldição caiu sobre mim! A origem? Quem eu achei que iria me ajudar! Bem... Posso me juntar à vocês? Essa comifda parece muito boa!

—Mamãe que fez! –Cyro diz sorrindo.

Spyro e Cynder obervavam cada minúsculo movimento que ele dava. –Pode sim! Sente-se do meu lado! –Spyro diz.-Obrigado filho... Hehehe...

Malefor se senta e começa a comer como se fosse normal.

—Então... oque falou para Zikayes?

—Tudo! –Responde ele.

—E tenho que falar... Foi esclarecedor! –Zikayes diz se juntando à mesa ao lado de Cyro.

—Acho que eu já sei o motivo de você fazer todas aquelas atrocidades! Arbo me ajudou com isso! –Spyro diz.

Malefor levantou uma sobrancelha. –Ó sim? Creio que já sabe sim!

—Primeiramente seu nome é Malenis.

Malenis olhou para a carne e sorriu. –Não sou chamado assim dês de que minha mãe morreu... Bem... Então oque descobriu?

Spyro esperou um pouco e falou. –Você queria me proteger de ser mal tratado como você foi!

Malenis não tirou os olhos da comida, mas deu um grande sorriso. –Finalmente! Como descobriu?

—Eu li a sua história e a história dos dragões roxos anteriores à você! Descobri também que um dragão roxo, para ser forte, deve ter tanto diversão quando treinamento, na medida certa! Sophie, a dragonesa roxa, foi a mais forte até hoje pois teve meio a meio! Ela é a mais forte até hoje! Para uma comparação rápida, ela é mais forte que vocês três juntos! –Arbo diz com os três dragões roxos olhando para ele. -Inclusive... Essa é a primeira vez que três dragões roxos estão vivos juntos! Sempre algum morria por alguma doença...

Malenis assente. –Realmente... Porque acha que aquele... Maldito que eu confiava me transformou em criança? Pois nessa idade... 15 anos... Foi a pior época da minha vida. Vivia com dores, ferido, arranhões, cortes, câimbras... E só conseguia me divertir com meu irmão escondido!

Spyro arregala os olhos. –Eu tenho um tio?

Malenis riu um pouco. –Sim! Era o único que me dava um pouco de alegria... Eu... Realmente não queria o matar...

Spyro arregala mais os olhos.

—Meu irmão era Ignitus, Spyro. Meio irmão! Apenas de parte de pai, como sabe, um dragão roxo só pode ter um filho.

—Pelos ancestrais... Ignitus sabia que ele era meu tio?

—Mais que seu tio...

—Como assim?

—Sua mãe, ahhh... Sua mãe... Eu a amava, até ela me largar... Ela levou seu ovo para os guardiões. Ela deixou uma carta. Nela estava escrito que deixava Ignitus como seu padrinho!

Spyro sorriu. –Ele sempre cuidou de mim.

—Eu acredito. Agradeço a ele por isso! Eu o amava muito... –Malenis olha para baixo.

—Então por que o matou? –Cynder finalmente fala, olhando para Malenis. Ela o odiava.

—Não fui eu que o matei! Ele se sacrificou por vocês! Não foi culpa minha! Eu tive muitas chances de matar ele... Mas eu nunca quis! Ele foi o dragão mais importante na minha vida! –A voz dele falha e ele fecha os olhos, emocionado e esconde o rosto com a asa.

Silêncio absoluto até que Malenis volta a falar após se recompor.

—Por que nunca falou para ele que você já o encontrou muitas vezes mas eu mandei você não interferir em nada, Cynder?

—Uh? Ah... Eu... Não achei que fosse importante... Mas... Agora que você tocou no assunto... Por que me impediu?

Spyro só escutava, atento.

—Ora... Eu queria impedir que ele tivesse a mesma vida que eu! Ele vivendo com aquela família de libélulas ele teve infância! Brincava! Se divertia! Não havia preocupações! E você acha que eu fiz aqueles macacos irem lá quando ele tinha 8 anos porque? Eu o levei até meu irmão!

Spyro relembra sua infância. –Eu sabia que eu sentia alguém me observando! Achei que fosse apenas minha imaginação!

—Querendo ou não, eu cuidei de você, meu filho! E te treinei! Acha mesmo que me derrotou? Hahaha! Eu estava te treinando!

Spyro da um leve sorriso e olha para Malenis.

—Eu... Sempre te amei filho! Sempre te protegi!

—Mas então... Por que fez a guerra? Por que queria destruir o mundo? Isso não faz sentido para mim!

—Nós, dragões roxos, temos um poder absoluto! A convexidade! Com ela podemos reconstruir o mundo!

—Eu sei! O cronista me falou bem... quando o mundo estava se desfazendo!

—Bem... Eu ia fazer isso, mas... mais tarde, quando tudo já estivesse destruído! Eu queria recomeçar com você, meu filho!

—Isso é um absurdo! Você iria matar todos! Mas se todos os dragões estivessem mortos... Como iríamos sobreviver?!

—Nem todos morreriam! Muitos ficariam vivos!

—Mesmo assim... É um completo absurdo! Nunca aceitaria isso!

—Eu sei... Percebi isso... Mas o importante é que agora tudo acabou! Desisti de destruir o mundo pois... afinal... você já é um adulto! E tenho um netinho! –Ele olha para Cyro.

Cyro sorriu, abanando um pouco a cauda.

—Você já tem alguma namorada, Cyro? –Pergunta Malenis.

Cyro assente mordendo um pedaço da carne em seu prato. –Labareda! Filha de Chama e Brasa!

—Brasa? Eu... Acho que conheço esse nome... –Malenis busca em sua memória.

Spyro assente. –Minha meia irmã? –Spyro sorri.

Malenis olha para Spyro. –Ah sim! Sua mãe sempre disse que queria uma filha chamada Brasa! Até... ela botar o seu ovo...

—Por que?

—Seu ovo era roxo! Eu estava escondido! Era um fugitivo do templo! Matei os 4 guardiões daquela era. Então fugi e pintei minhas escamas. Você tinha que me ver de vermelho! Hahaha! Enfim... Conheci Brasa! Dei meu novo nome, Malefor, e falei que eu era um dragão de fogo. Como eu tinha o elemento fogo, ela acreditou! Eu a amava muito! Eu dava muito carinho para ela... até que então... Aconteceu... Ela botou seu ovo! Um lindo ovo... Roxo...

—Mhhh... Isso te denunciou! –Cynder disse.

—De fato... Ela fugiu, com o ovo, e te levou para o templo. Eu fiquei muito mal... Fugi da minha casa que eu tinha com ela e fui para uma caverna. Pensei, pensei e decidi te pegar. Eu tinha passado muitos anos com sua mãe, então já era adulto. Voei para o templo, com muita raiva. Estava chorando. Estava disposto a matar qualquer um para te ter comigo. Mas então... chegando lá, me deparei com os 4 novos guardiões... Volteer, o tagarela que sempre me dava nos nervos, Cyril, o metido a certinho, Terrador, o brutamontes sem emoção nenhuma e... –Ele faz uma pausa, olhando para baixo, seus olhos novamente se enchendo de lágrimas. –Meu irmão Ignitus... Eu... Fiquei paralisado. Não imaginava que meu irmão se tornaria um guardião. Não pude fazer nada! Nunca quis machucar ele! Então... eles me aprisionaram no mundo das trevas, onde consegui meus outros 4 poderes, os quais Cynder possui. O resto... é história de fazer dragãozinho dormir. Mandei minhas forças te pegarem do templo, eles pegaram o ovo errado, o de Cynder, choquei ela, a transformei em adulto (Foi aí que me apaixonei por ela, mas apenas pela beleza).

Cynder cora um pouco e Spyro percebe. –Eu te disse que você é a dragonesa mais bela de todas, meu amor! –Ele diz e a beija.

—Awww... Spyro... –Ela fica totalmente sem graça.

Malefor dá uma pequena risada. –Então... É isso! Essa é a minha história, meu filho... Não sou ao todo mal...

—É sim! –Cyro diz fazendo todos rirem muito, inclusive Zikayes, que estava apenas escutando tudo.

—Tá! Admito! Fiz muitas coisas terríveis...

—De fato... –Uma voz vem de trás deles.

Todos olham, exceto Malenis, que estava estático, de olhos arregalados, reconhecendo a voz. –I... Irmão? –Ele olha e lá estava Ignitus, com seus cintos cheios de pergaminhos. –V... Você virou o cronista?! –Seus olhos se enchem de lágrimas.

—Sim... –Seu olhar não era de felicidade. –Por que escondeu sua história de todos, inclusive do cronista? Só agora que um livro com a sua história foi escrito! Agora que você contou! Por que não quis mostrar para ninguém?

Malenis se levanta, se aproximando de seu irmão mais velho. –Ignitus... Eu... Eu nunca quis te machucar!

—Me responda!

—E... Eu tive medo! –Ele diz com vergonha. –Medo da rejeição!

—E para tal feito fez todas as atrocidades?!

—Me desculpe! Sei que errei, mas... Eu estava louco! Todo aquele treino... Como todos me tratavam... Eu enlouqueci! Me perdoe irmão!

Ignitus o olha e coloca a pata em seu ombro. –Você não deve perdão à mim, Malenis!

Malenis se deita no chão, chorando para o espanto de todos lá. –Eu errei! Sei que errei! –Ele volta a olhar para Ignitus. –Mas foi pelo meu filho!

—Agora eu sei disso, irmão! Mas isso não justifica seus pecados...

—Eu sei! Eu... Eu sei! –Malenis volta a olhar para baixo.

—Se levante irmão! –Ignitus manda.

Malenis se levanta e então é surpreendido com um abraço de seu irmão.

—Senti falta do antigo Malenis, aquele que sempre brincava comigo na infância e que ajudava os outros...

Malenis estava de olhos arregalados. Então seus olhos voltaram a se encher de lágrimas e ele abraça Ignitus também. –Irmão... Me perdoe por tudo que eu fiz!

—Perdoar... Eu não posso... Nunca... Mas compreender... Sim.

Malenis não parava de chorar.

—Sabe que terá que viver isolado do mundo certo?

O dragão roxo suspira. –Sim... Eu sei... Já estou acostumado com a solidão...

Zikayes pensa um pouco e vai até Malenis. –Eu irei lhe visitar sempre, Mal!

O dragão olha para Zikayes e sorri. –Eu sei que irá, Zy. Seu pulguento.

—Escamoso! -Ele diz rindo.

Ignitus sorri. –Sabe que sempre que precisar de companhia eu estarei com você também irmão...

—Obrigado Ignitus... Muito obrigado mesmo... Agora... é melhor eu voltar. Alguém pode me descobrir aqui! Ah... Antes... Irmão... Sabe de alguma forma de eu voltar ao normal?

—Por que? Você fica tão bem assim!

—Ig...

—Hahaha! Estou brincando! Mas desculpe... Não sei não! Nem sei como você ficou assim! Há algo bloqueando isso!

—Hunf... Nem eu sei que é ele... mas é poderoso...

—Tenho medo disso... –Ignitus diz. –Mas sei que Spyro poderá deter! Tenho fé nisso!


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