A lenda de Cyro: Entre Mundos (livro 3) escrita por SpyroForever


Capítulo 28
Revelações




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Os seis dragões voavam em direção ao temido covil do mestre das trevas, Spyro com Zikayes em suas costas. Cyro estava extremamente nervoso. Ele iria ver Malefor pela primeira vez e isso estava o dando muito medo.

Seu pai pôde perceber o medo o afligindo e se aproximou dele. –Se acalme filho. Não há com o que se preocupar. Eu irei lhe proteger com toda a minha força!

–Não é isso, pai... É que... As coisas que você e a mãe falaram para mim sobre ele e a convexidade me fazem pensar: E se eu perder o controle lá?

Spyro lambe o rosto de seu filho. –Eu estarei lá para lhe ajudar, filho. Todos estaremos.

Alguns minutos a mais e já podiam ver o grande vulcão. Para espanto de Spyro, estava intacto, parecendo que nunca havia sido destruído.

–Oque? Como?! O vulcão caiu por cima de mim e Cynder! Como ele está assim? Isso não é possível! Droga... Realmente ele voltou! –O dragão roxo diz, suspirando.

Pousaram perto e investigaram a área. Não havia nenhum guarda, o que Brutus achou que fosse para não alarmar ninguém que passasse por perto.

Entraram devagar, sigilosamente, olhando ao redor para se certificar que ninguém os via. Andando aos poucos para não serem percebidos eles chegam até uma área gigante, cheia de goblins trabalhando em maquinários mais avançados que antigamente. Liderando eles estava um jovem dragão roxo de chifres amarelos mostarda. Nenhum dos dragões conhecia aquele jovem dragão, mas Zikayes logo disse quem ele era.

–Malefor...

Todos se espantam e Spyro olha para o lobo em suas costas. –Como assim? Aquele dragão é um jovem! Da idade de Cyro!

–Eu não sei o que aconteceu, mas aquele é Malefor! Eu vivi minha infância inteira ao lado dele! Reconheço até seu cheiro.

Todos olhavam fixamente para o jovem. Olhando bem ele realmente tinha muita semelhança com o mestre das trevas.

–Oque faremos, pai? –Cyro Perguntou, meio confuso.

Spyro pensou um pouco. –Brutus... Precisamos de um terremoto! Mate o máximo que você puder! Se conheço bem Malefor, ele irá querer se salvar e buscará abrigo.

–Certo, Spyro! –Brutus diz e fecha os olhos, raspando as garras no chão sentindo o peso de todos, focando o tremor nessas áreas.

Tudo começa a tremer. Malefor ergueu a cabeça olhando para os lados e farejou o ar. –Spyro... –Ele dá uma leve sorrida e fecha os olhos então decola.

–Eu sabia! Ele não liga para a vida dos súditos, apenas com a dele mesmo! –Spyro diz.

Malefor então dispara em direção do chão, caindo nele de pé, fazendo o terremoto parar instantaneamente.

Brutus arregalou os olhos. Ele não estava conseguindo mais iniciar o tremor.

Nisso a voz de Malefor pôde ser ouvida atrás deles. –A quanto tempo que não te vejo, Spyro!

Os sete olharam imediatamente para trás, vendo o jovem dragão roxo, deitado lambendo a própria pata.

–Calma... Calma... Não vou machucar vocês. Temos um inimigo em comum agora.

–O único inimigo aqui é você, Malefor! –Spyro diz ficando na frente de todos, abrindo as asas.

Malefor olhou para cima. –Você cresceu, filho...

–Não me chame disso!

–Te chamo como eu quiser! Agora cale-se! –Ele diz olhando as garras. –Já disse que não irei atacar ninguém, desta vez.

Spyro continua em guarda. –Então por que está aqui novamente? Quem te reviveu? Por que todas essas máquinas?!

–Ora... Vamos falar primeiro do meu neto! –Malefor diz olhando para Cyro por baixo das pernas de Spyro.

Spyro rosna alto. –Não ouse olhar para ele, monstro.

Malefor colocou a pata no peito. –Isso machuca, mas oque posso fazer né? Hehehe... Sou mesmo! Mas bem... Qual o nome dele?

–Não te interessa.

–Ahhh! Para de frescura, Spyro! Se eu quisesse poderia ter matado todos aqui!

Malefor tinha um ponto. Spyro rosnou. –Cyro.

–Mhhh... Bonito nome, tenho que admitir! Ele tem os olhos da Cynder...

–Diga logo oque você quer!

–Paz. Isso que eu quero! Diferente do que vocês acham, eu não sou o mestre das trevas! Eu fui usado.

–Mentiroso! –Zikayes diz descendo das costas de Spyro.

Malefor o olhou e sorriu. –Zikayes... A quanto tempo, meu amigo.

–Não me chame de amigo! Você me traiu! Por sua culpa perdi quase toda minha vida!

–Sim, sim... Eu sei. Me desculpe por isso. Foi a ordem mais difícil para mim. Eu realmente gosto muito de você, Zi...

–Não me chame assim! –Zikayes diz com lágrimas no rosto.

Malefor se levantou, fazendo Spyro rosnar. Malefor não dá nem atenção e se aproxima de Zikayes, estendendo a pata. –Sei que nenhum de você poderia me perdoar. Também não quero o perdão de você. Mas agora quero vingança!

–Vingança de quem? Do que está falando?

–De quem me comandou fazer tudo. Eu quis, sim, mas cumpri ordens! Como você me derrotou, meu mestre me chutou e me transformou em um... filhote. –Malefor rosna. –Quero me vingar dele! Nunca o vi, mas sei que irei conseguir, com ou sem a ajuda de vocês!

–Por que te ajudaríamos? Você quis destruir o mundo! –Spyro diz.

–Por isso mesmo! Ele quer destruir o mundo como antes, mas agora eu decidi que não quero mais, pois ele tirou minha imortalidade. Agora quero recomeçar. Primeiramente matando ele e então vivendo minha vida longe de tudo, pois sei que ninguém gosta de mim.

–Não confiamos em você! –Cyro diz.

–Eu sei, netinho. Eu sei! Por isso falo para simplesmente voltarem para Warfang e me deixarem aqui! Quando for a hora eu irei até vocês, sozinho, sem exército, e lhes pedirei ajuda. Agora... Com sua licença! Tenho armamentos para fazer! –Ele diz caminhando ao lado de Spyro, indo para a área. –Tchauzinho filho... Até logo!

–Nunca lhe perdoarei pelo oque fez! Nunca lhe chamarei de pai! Nunca!

Malefor olhou para Spyro sem virar o corpo. –Eu sei. Somos oposto. Ying e yang. O bem e o mal. Sei que nunca me chamará de pai e não desejo seu perdão, principalmente porque não pedi. Eu ainda quero te matar. Como eu quero! Mas decidi que não farei isso, pois você é o marido da dragonesa que eu já amei...

Todos arregalam os olhos.

–Agradeça a ela por eu não querer fazer mal ao mundo. Pelo contrário, quero livrá-los de um mal maior que eu, mas não pense que estou bancando o bonzinho. Estou fazendo isso para meu próprio bem. Recuperar minha imortalidade e idade real. Viver sozinho.

–O que pode me dizer que você não irá querer destruir o mundo, como antes, depois que derrotarmos esse tal mestre, se é que existe.

Malefor levanta a asa, mostrando uma cicatriz. –Sim, existe. Detalhe: lembra que eu disse que eu nunca o vi frente a frente? Exato...

Cyro engole em seco. –Pai...

–Calma filhote... Vai ficar tudo bem.

Malefor olhou para os dois, rindo um pouco. –Spyro... Cuide do meu netinho ok? Ele será um bom sucessor seu. Apesar de eu achar besteira o dragão roxo servir os outros, vejo que o coração dele é tão melado quanto o seu. Que nojo... Chega a ser enjoativo. Bem... Saiam daqui agora. Se preparem se quiserem me ajudar. Em duas semanas farei uma visita para você, filho. Ninguém irá me ver. Não quero ser visto. Irei pelas sombras, no meio da noite.

–Vão... –Spyro diz falando para todos saírem.

–Eu não vou ir, Spyro. Eu preciso conversar com ele. –Zikayes diz e Malefor para de andar, olhando para trás.

–Tem certeza? –Spyro pergunta.

–Sim. Depois voltarei. Amanhã já estarei lá.

–Certo. Tome cuidado. Sei que ele foi seu amigo, mas ele está mudado de antes.

–Muito! –Malefor acrescenta em um tom zombeteiro.

Spyro suspira. Se ao voltar até depois de amanhã iremos considerar que Malefor nos traiu, certo?

Zikayes assente e vai em direção à seu amigo de infância.

Ignitus... Me ajude.-Spyro diz em sua cabeça e sai, pensativo.


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Notas finais do capítulo

E então? Confiariam ou não?



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