Meus guardiões - entre o bem e o mal escrita por Gato Cinza


Capítulo 45
Desavença




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Sakura

Mal acreditei quando os vi entrando. Naruto. Sasuke e Gaara. Corri para os braços de meu namorado enquanto Ino fazia o mesmo com o irmão, até Sai os cumprimentou feliz por revê-los. Entretanto Hinata permaneceu parada olhando fixamente para Naruto, seus olhos estavam arregalados e quando Sasuke se aproximou dela, ela se afastou cobrindo a boca com as mãos.

— O que fizeram com você? – sua voz foi um sussurro audível.

— Nada – Naruto respondeu abrindo um largo e cansado sorriso.

— Mentira. Tem tanta... – ela gesticulou com ambas as mãos como se contornasse a silhueta do loiro no ar –... É como se olhasse para um deles. Gaara! O que seu povo fez com ele?

Ino e eu trocamos um olhar, não víamos nada de mais e pela expressão intrigada de Sai ele também não via nada de errado com Naruto.

— Hinata, venha comigo – chamou Sasuke estendendo a mão para a namorada que o acompanhou virando o pescoço até onde era possível para ver nosso amigo de cabelos dourados.

— O que há com ela? – Naruto perguntou com uma entonação que reconhecíamos como mentira, pois ele sempre soava inocente demais quando mentia sobre alguma coisa.

— Não comece com cinismo – o interrompeu Ino – Diga logo o que estão escondendo por que ficou obvio pelo pânico de Hina-chan que é algo muito grave.

Gaara deu de ombros e disse que precisava de um banho, Naruto o imitou seguindo para o quarto de hospedes onde ele dormia, Ino e Sai o seguiram. Fiz o mesmo, com Gaara. Infelizmente não tive nenhum sucesso, pois meu namorado se recusou a falar sobre o que havia acontecido no submundo. Ino e Sai tiveram igual sorte com Naruto que os enrolou com dezenas de historietas improvisadas. Mais tarde tentamos tirar algo de Hinata que comentou apenas que Sasuke dissera o que lhes aconteceu desde que saíram até retornarem, mas sobre o que aconteceu exatamente com Naruto ele não podia dizer, pois era algo com nosso amigo e ele nos diria quando se sentisse preparado para fazê-lo. Ficamos decepcionadas, mas não tínhamos outra opção se não aceitar a decisão deles.

Hinata

Não era mais a mesma. Ela tentou se preservar como era quando humana, porém quanto mais se adaptava ao mundo sobrenatural mais desumana se tornava. Muito tempo atrás quando caminhava com Neji para a escola lera um grafite em um outdoor que dizia: serei sempre eu mesma, mas não serei a mesma para sempre. Lembrava-se de ter comentado com o primo que aquilo era uma frase boba possivelmente saída da imaginação de algum publicitário jovem e entusiasta, mas agora sabia exatamente o que aquelas poucas palavras queriam dizer. Não era mais a mesma Hinata Hyuga que corava ao ver um menino e chegava á desmaiar, na verdade não era mais capaz de corar por motivo nenhum. Quase três dias inteiros se passaram desde que o namorado e o amigo foram buscar Naruto no inferno e quando retornaram estavam tão quietos e distantes que a jovem vampira foi consumida pelo medo. Tentou tirar alguma informação do namorado, mas este infelizmente precisou atender um chamado sobrenatural e ainda não havia retornado. Ouviu as conversas na casa, mas nem Ino nem Sai e nem Sakura conseguira descobrir nada que fosse relevante aos seus interesses, que no momento se resumia a descobrir o quão em perigo Naruto estava.

— Por que está aqui?

Ela se virou despreocupada para o loiro de olhos azuis que se sentou ao seu lado no meio-fio da calçada. Ela fechou o livro que lia e olhou para cima, estrelas brilhantes pontilhavam o manto negro da noite, onde uma pálida lua crescente se exibia magnânima.

— Sasuke foi sugado por algum motivo sobrenatural, acho que isso vai acontecer muitas vezes já que as pessoas não param de morrer em todo lugar do mundo. Como não dava para me concentrar lá dentro com tantas vozes questionando sua estadia no inferno, resolvi vir ler aqui fora.

Naruto olhou o livro no colo da morena, fez uma careta divertida ao ler o titulo:

— Fantasmática?!

Hinata assentiu e ergueu a capa do livro onde tinha uma mão aberta sobre o fundo negro, com inscritos vermelhos.

— Achei na biblioteca do pai da Sakura, é uma leitura sobre a segunda grande guerra, conta sobre um homem que busca pela família, para encontrá-los ele se arriscou a se aliar ao exército inimigo, salvou muitas vidas e ainda não cheguei ao final. Mas se quiser te empresto depois.

Naruto fez uma careta de pavor, como se a ideia de ler fosse algo inimaginável.

— Que tal terminar de ler e me contar apenas as melhores partes? – perguntou naquele tom despreocupado que ele sempre usava, como se nada o afetasse.

— Como quiser. Hum. Naruto, você está bem? Digo, essa realidade sobrenatural é meio que distorcida em comparação aos livros e filmes. Ás vezes me sinto como se estivesse perdida no sol. Igual àquela música, eu vejo o mundo em preto e branco manchado de sangue, corro para a sombra, mas sou apenas uma adolescente vampira perdida no sol...

Naruto tampou as orelhas, fazendo a vampira se calar.

— Como uma vampira pode cantar tão mal assim? – o loiro perguntou debochado.

Hinata riu. Outrora teria ficado vermelha e desmaiado de vergonha apenas por se imaginar cantando perto de Naruto, mas agora nem a observação do amigo lhe causava ofensa, na verdade ela concordava, cantava muito mal.

— Naruto, são as sereias quem cantam bem, elas e os anjos.

— Existem sereias?

A morena deu de ombros, ainda não sabia quantos seres mitológicos eram reais e quais era imaginação. Naruto se deitou para trás, colocando as mãos atrás da cabeça, a vampira teria lhe dito para não deitar-se na calçada que ia sujar-se, mas quem é que se importava com isso? Ela voltou a ler, mas foi interrompida pelo loiro que se sentou de repente.

— Já ouviu o Sasuke cantando?

— Nunca, por quê?

— Acabou de dizer que sereias e anjos cantam bem, ceifador ou celestial, ele é um anjo, não é?

Hinata concordou. De repente eles já estavam cogitando possibilidades de fazer o anjo moreno cantar, queriam testar a teoria de que anjos tinham uma voz mágica para música. No meio de suas conjecturas, Hinata disse que devia ter pensado nisso quando o namorado ainda era um ser divino e não agora que ele servia a morte, ao que Naruto respondeu:

— Quando Esperança estava aqui ela disse que as almas não mudavam depois da morte, Sasuke ainda deve ser o mesmo que era antes.

Hinata franziu o cenho.

— Será que ele foi humano antes de virar anjo? Por que, sabe, ele tem um irmão que é a cara dele e já vi outros anjos que não tem muito de parecido uns com os outros.

— Talvez um dia ele fosse humano, como você era humana antes de virar sanguessuga, mas ele já deve ter se esquecido de como é. Você é vampira há quase dois anos e já mudou tanto que quase não dá pra reconhecer.

— Não mudei não – ela o contradisse – Na verdade nunca mudarei, sempre terei dezessete anos, um mês e quinze dias. Vou ser a mesma quando seus netos tiverem netos.

Naruto riu daquilo. Embora não fosse no sentido físico que Hinata havia mudado que ele falara. E se lembrou da oferta de Kurama quando estavam lá, no inferno. Hinata como ele tinha passado por um grande trauma sobrenatural.

— Quando me levara lá pro inferno – ele contou fechando os olhos – Me trancaram um lugar estranho, um tipo de cela, onde tinha um monstro sinistro como se fosse uma raposa gigante de fogo. Aquela coisa falava, ele disse que se chamava Kurama e queria que eu fosse a casca dele. Eu resisti no começo, mas acabei cedendo e disse sim.

— Foi possuído por um demônio? – ouviu a voz surpresa de Hinata.

— Fui sim. Mas não durou muito, ele queria sair de lá e tentou matar Gaara e Sasuke e os outros dois demônios que estavam com eles. Não sei como, mas consegui impedir que ele fizesse aquilo e não sei bem o que aconteceu, mas quando voltei ao normal... Tinha corpos por todos os lados, Shikamaru e a aquela loira não estavam mais lá, Gaara carregava o corpo da amiga dele que ele marcou com um sinal estranho quando paramos no deserto, então ela desapareceu. Eles disseram que ainda tenho alguma coisa da raposa em mim, e que talvez fique aqui para sempre.

— Ah! Então você está... marcado pelo demônio?

— Marcado não é bem a palavra certa, está mais para ter sangue de demônio – ele riu abrindo os olhos.

Hinata olhava-o, chocada.

— Eu sinto muito – murmurou – Sinto muito mesmo.

— Sente por quê? Não foi por sua culpa que fui levado, eu que fui bobo em pensar que Shikamaru tinha voltado e cai em uma armadilha.

— Mesmo assim, eu não fiz nada para impedir que isso tudo acontecesse, nossa cidade virou uma cidade fantasma e a única coisa que eu me permiti fazer foi proteger Sakura.

— E o que há de errado em protegê-la?

— Ela ficaria melhor se parasse de ser medrosa e escolhesse logo um lado, anjo ou demônio qual a dificuldade de escolha?

— Ela não quer deixar de ser humana.

— Então não se apaixonasse por um demônio. Sabe, Naruto, quando recebi a informação de que meu sobrinho havia nascido eu planejei não voltar mais. Ficar em Suna, por muito e muito tempo. Mas então tive que transformar Neji em um vampiro para que ele vivesse por mais alguns anos e minha nossa, eu estava prestes a virar as costas para tudo só por que queria ser normal e eu não sou normal, estou morta.

— Então por isso que voltou? Consciência pesada?

— Não, acho que nem tenho mais isso ai. Mas Konoha é meu lar. Minha casa é meu santuário, onde entram aqueles á quem convido e mesmo meu inimigo pode contar com a segurança de meu lar.

— Hey! Conheço isso.

— Você disse isso.

Naruto abriu um largo sorriso, típico dele. Então teve uma ideia boba que resolveu compartilhar com a vampira.

— O que acha de fazermos de Konoha um santuário sobrenatural?

— Hã?

— Sabe, tipo um reino encantado para fadas só que este seria um santuário apenas para seres sobrenaturais como vampiros e bruxas e quem mais quisesse viver em paz sem caçadores e sem guerras mágicas.

— Uma cidade fantasma para sobrenaturais terem uma vida de verdade. Parece uma boa, mas acho que não daria certo, e os humanos que quisessem voltar para casa?

— Que voltassem, moro em uma casa com uma vampira, um demônio, um anjo, uma bruxa-demônio-anjo, uma aprendiza de feiticeira e um caçador que vê gente morta. E nenhum de vocês ainda tentou beber meu sangue ou me cozinhar ou devorar minha alma.

Hinata meneou a cabeça, a ideia parecia legal, mas era uma das fantasias de Naruto, então encarou como uma brincadeira e entrou no jogo:

— Mas precisaremos de um administrador-chefe, alguém que mantenha a ordem política entre as espécies.

— Eu sei, posso assumir o cargo de prefeito de Konoha e manter a ordem. Você podia ser a líder dos vampiros e Ino a líder das bruxas isso se ela conseguir fazer magia de verdade.

Hinata riu da ideia, ela sendo líder. Ia opinar sobre alguma regra de convivência, mas ouviu a voz de Gaara em sua cabeça. Se sentou e informou onde estava, num piscar o ruivo estava parado na sua frente. Parecia furioso.

— Temos que conversar á sós – informou em um tom de ameaça que fez a vampira ficar em pé.

— Fala logo o que é, o Naruto já sabe de tudo que acontece no nosso mundo mesmo.

— Que seja – disse o demônio bagunçando os cabelos – Sakura me disse o que a fez passar nessas duas noites que estive ausente. No que estava pensando quando resolveu usar suas habilidades para causar pesadelos na minha namorada?

— Ah! É isso? – Hinata deu de ombros – Disse-me para ajudá-la, estou fazendo o que mandou.

— Não me lembro de tê-la mandado ameaçar a Sakura.

— Não ameacei, apenas avisei. Sakura de repente se tornou egoísta demais, chorona demais, sensível demais. Eu sei que a vida dela virou de cabeça para baixo, mas não ajuda em nada ela ficar se lamentando o tempo todo, se ela não quer te perder aceite logo ser um demônio ou se prefere ser um ser celestial que seja. Naruto, Sai e Ino que são humanos estão lutando e ela só consegue choramingar.

— Ela não está preparada para isso, Hinata.

— Dez anos, já se deu conta que ela conhece o mundo sobrenatural há dez anos? Você, os ceifadores, os anjos, outros demônios, vampiros, fantasmas, bruxas e até zumbis. O que mais ela espera ver do nosso mundo para aceitar logo que ela não é normal? Fadas e unicórnios? Pare de tratar sua namoradinha como se ela ainda fosse a garota de doze anos que viu a mãe ser morta por bandidos e comece a tratá-la como a mulher que tem no sangue a chance de derrotar Lilith.

— Desde quando você fala assim? Quando foi que abriu mão de suas emoções para ser tão racional?

— Quando te chamei e você não veio. A única vez em que precisei de sua ajuda e te chamei, mas você não veio. Naruto quase morreu, Sasuke quase morreu, eu quase fui reduzida á cinzas e a única coisa que você precisava fazer era responder ao meu chamado, mas em vez disso você disse, Perdoe-me Hinata.

— Eu estava protegendo a Sakura.

A vampira gritou furiosa interrompendo o que ele dizia, seu rosto sereno e bonito estava contorcido em ira.

— Sakura não precisaria de você se deixasse que ela se tornasse o que deve ser. Pare de tentar ser bom, Gaara, você não precisa ser protetor e bom apenas para que ele te aceite. Você é um demônio e deixe ser. Quando aceitei sua missão o fiz por que confiei em você, mas agora tenho duvidas. Não importa o quanto eu sacrifique de minha existência para protegê-la você sempre vai escolher me matar para que ela fique viva por mais um dia.

— O que está acontecendo? – ouviram Ino gritar mais alto que a voz da vampira.

O trio na calçada olhou para trás, os gritos de Hinata e Gaara haviam despertado todos na casa e eles estavam ali, do outro lado do portão, observando desesperados a dupla que se encarava tão de perto que parecia se beijar. Hinata teria se afastado, mas a expressão enciumada de Sakura a enfureceu, ela podia sentir o cheiro de ciúmes da rosada á metros de distancia como se fosse sangue fresco.

— Escolha, Shukaku – sussurrou apenas para Gaara ouvir – Minha lealdade eterna ou o afeto de uma garota que prefere brigar por ciúmes á lutar pelo que quer?

Gaara sentiu mais do que viu, Hinata falava tão seriamente que a linha tênue que os unia em semelhanças se tornou uma muralha que os separava em medo, tristeza e magoa. Ele a olhou, os olhos perolados e tão humanos estavam marejados, ele tinha magoado Hinata tão profundamente que uma palavra podia custar tudo que conquistara até ali, mas por outro lado. Ele olhou para Sakura do outro lado da cerca. Beijou a testa da amiga.

— Minha pequena vampira, sempre estarei aqui para você, mas não posso perder a Sakura. Eu a amo.

— Não confunda amar com amor, meu amigo. Se precisar de mim, sabe como me achar.

Ela sorriu para Naruto e desapareceu tão rapidamente, que nem Gaara soube dizer em qual direção ela fora.

Sakura

Não entendi o que havia acontecido. Gaara e eu estávamos na cama nos beijando calorosamente quando me perguntou o que estava me preocupando, lhe contei sobre os meus pesadelos com Hinata e aquilo o deixou zangado. Saiu de repente do quarto vestindo-se com um estalar de dedos – literalmente – então tudo ficou estranho. Ouvi os gritos da Hinata e os dele, pareciam furiosos, não consegui compreender muito além de nomes gritados entre as conversas, quando sai encontrei Ino e Sai olhando da porta a briga deles na calçada, estavam tão pertos um do outro que se não fossem os berros podia-se pensar que se beijavam, corri na direção deles para evitar que a discussão se desdobrasse em socos – por mais que Gaara e Hinata sejam amigos sei que ele não evitaria dar uns tapas nela se fosse preciso. Fiquei atordoada quando ouvi Hinata dizendo que Gaara sempre a mataria por mim, embora não tenha entendido bem o contexto da discussão, entendi que era por mim. Então ela sussurrou algo para ele e ele me olhou, seus olhos tinham tanta aflição que por um segundo temi o teor daqueles sussurros vampirescos. E Gaara beijou a fronte de minha amiga e murmurou algo mais. Hinata deu um passo para trás e disse em seu tom normal de voz, baixa e audível:

— Não confunda amar com amor, meu amigo. Se precisar de mim, sabe como me achar.

Vi o olhar fraternal que ela trocou com Naruto, e tive certeza que ela não era mais a minha amiga de infância que olhava com idolatria ao nosso amigo loiro. Ela se foi de todos os modos. Abri o portão e me juntei á eles na calçada, assim como Ino e Sai. Abracei Gaara que não correspondeu meu toque, na verdade ele nem percebeu minha presença ao seu lado até que eu perguntei:

— Para onde ela foi?

— Embora – ele respondeu me olhando, estava triste – Escolhi deixá-la partir.

— Ela nos abandonou? – o tom de Ino me cortou o coração – O que será de nós sem a Hinata?

— Como assim sem a Hinata? – perguntei ofendida – Gaara e Sasuke ainda estão aqui.

— Para o inferno com seu namorado, Sakura – Ino explodiu em fúria – Ele só está aqui por que você está, se você decidir ir embora ele vai atrás de você como um bichinho bem treinado. E Sasuke, pode até querer nos ajudar, mas ele não é mais seu anjinho da guarda agora ele vai á onde mandam que ela vá sem ter muita escolha.

— Não fique assim Ino – ponderou Sai – Hinata nunca vai abandonar os amigos, ela sempre voltou depois de partir. Quando esfriar a cabeça ou quando nós precisarmos ela vai voltar.

— É mesmo, Hinata nunca trocaria a lealdade dos amigos por uma paixão mortal que pode destruir o mundo humano na qual foi criada – Ino disse maliciosa e eu me perdi por completo – Adoro uma boa fofoca, avermelhado do capeta, aprendi ler lábios antes mesmo de aprender a falar.

Olhei de minha amiga que fuzilava Gaara com os olhos, para ele que parecia constrangido demais para olhar para a loira irritada.

— Do que esta falando Ino?

— Hinata não me deixou muitas opções – disse Gaara se afastando de mim e não respondendo minha pergunta – Tenho muita estima por ela, mas eu quero a Sakura tanto que não posso perdê-la.

Olhei para Ino que bateu os pés de modo infantil. Depois apontou o dedo para Gaara, estava tão vermelha de raiva que não me surpreenderia se saísse fumaça pelas orelhas.

— Vocês malditos canalhas são todos iguais, pensam apenas em prazer, nunca nem por um segundo lhe ocorreu que se Hinata te deu uma escolha era por que ela queria que você se escolhesse? Não ela ou a rosada e sim você mesmo. Custava dizer que não ia deixar a Sakura, mas que não abria mão dela? Mas o que esperar de um demônio? Confundiu amar com amor, seu grande idiota.

Ino empurrou Gaara que sequer moveu, depois voltou para dentro de casa puxando Sai pela mão. Naruto deu de ombros fazendo um comentário sobre “TPM” e foi dormir, posso jurar que o vi sorrindo. Gaara pediu que eu entrasse, quando o fiz ele parou na porta, me deu um beijo no rosto e desapareceu. De repente me senti tão solitária. Por que Hinata tinha que estragar tudo?


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