Os Vampiros De Ohio escrita por katnissberry


Capítulo 50
Capítulo 50


Notas iniciais do capítulo

50!!!!!!!!!!!! Mas já?!!!!



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*Damon

30 de novembro de 2013

Meu corpo tremia, em cada milímetro de carne, em cada miligrama de osso e em cada mililitro de sangue. July estava apagada no chão da minha cozinha. Eu tremia tanto que não conseguia saber se era o coração dela batendo ou era a minha mão mesmo. Parti pra minha audição, entoa tentei ouvir os batimentos, o que deu certo, me deixando bem mais calmo. Botei mais uma vez o meu sangue em sua boca, e depois de umas quatro tentativas ela finalmente engoliu. Peguei ela e pus deitada no sofá, então fiquei sentado em sua frente a observando dormir. Já eram umas duas da manha quando ouvi a porta abrindo, enquanto July ainda dormia.

–Já mandei você ir pra casa. –disse Stefan para alguém que ainda não tinha aparecido.

–Não vou. –respondeu Katherine finalmente aparecendo.

–Como ela está? –perguntou Stefan preocupado olhando para July deitada no sofá.

–Um pouquinho tarde, né Stefan? Faz umas cinco horas que eu to tentando te ligar. Mesmo assim, ela parece bem. O Jesse entrou no corpo dela e se esfaqueou, mas acho que a faca não chegou a atingir o coração, acho que foi perto, mas meu sangue já curou as feridas, ela só está descansando. Quanto ao Jesse, o Klaus pegou ele assim que ele acordou de volta em seu corpo.

–Nossa... –suspirou Stefan. –Eu queria ter vindo antes, mas alguém resolveu me sequestrar. Você já conseguiu o que queria, né? Estragou a minha noite, a minha relação, a minha dieta de nada de sangue humano, estragou tudo... Eu te odeio, Katherine Pierce, e não quero mais te ver. Damon, me ajuda a tirar ela daqui.

–Vai embora logo, Katherine. –falei sem paciência.

–Não se faz de bonzinho não, Damon. Você já sabia faz tempo do meu plano e em vez de me impedir ficou me chantageando, nem por isso ta sendo expulso. Não entendo vocês, Salvatore. –ela falou saindo da nossa casa.

–Como assim, Damon?! –perguntou Stefan nervoso e chocado.

Dava pra ver em seus olhos a decepção.

–Eu... Eu... –eu não sabia o que dizer.

–Você sabia que a Katherine me fez matar pessoas só pra eu me alimentar delas? De gente inocente? Ela me fez matar a Quinn, mas por sorte a meia noite chegou antes e hipnose não fez efeito. Eu podia ter matado ela e podia ter matado mais gente. A July podia estar pior e eu estaria lá, sem dar a mínima enquanto eu podia estar aqui, ajudando ela. Damon, você parecia estar melhorando, mas pelo visto continua o mesmo de sempre. Talvez aquele seu discurso de fazer a mal a July e não poder ficar com ela fosse verdade. Acho melhor você se afastar. Dar a vida que ela merece.

Eu tinha passado dos limites e eu sabia. O Stefan se culparia por dias das vidas que ele tirou e podia ter sido bem pior. A July podia ter morrido por minha causa, ele tava certo. Ela merecia coisa melhor. Eu devia uma vida boa a ela.

Stefan me deixou sozinho com a July na sala, e algumas horas depois, quando ela acordou, eu fiz o que eu deveria ter feito antes. Olhei bem em seus olhos depois de tirar tudo com verbena de seu corpo e falei com a voz calma:

–July, a partir de hoje você vai viver uma vida normal. Não vai lembrar de nada sobrenatural, ou de mim, ou de nenhum vampiro. Você vai viver a vida que sempre sonhou e mereceu. Uma vida feliz.

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*Damon

30 de novembro de 2014

Fazia um ano. Um ano desde aquele sábado terrível e eu estava bem. Me considerava bem. Tinha gente que negava falando que as madrugadas com mulheres, sangue e bebida não eram nada boas, mas... Eu me considerava bem. Como resumir esse ano? Pra mim, produtivo não seria uma palavra boa. Stefan e Elena estavam juntos há uns 10 meses, e antes, eu jurava que ela tinha uma quedinha por mim, mas agora... Ela nem parecia prestar atenção no outro Salvatore. Acho até que ela tem um certo medo, ou nojo... Enquanto isso, Klaus sumiu do mapa. Não, o Klaus nem ta tão sumido, a gente é que não quer nada com ele. O original ta calminho, de acordo com ele mesmo, “de férias”. O Sam ta namorando a Santana, e tão amigos da Quinn, que ta namorando o Finn. Não sei direito o que separou o Stefan dela, mas só sei que hoje em dia eles nem se falam direito. A Katherine sumiu. Foi pra Europa brigada com o meu irmão e não deu mais sinal de vida. O Jesse foi trancado em um baú num rio, que nem ele tava antes. Na realidade, se livrar desse aí foi bem fácil. Por último, mas não menos importante, como anda a July? Bom... Acho que ela anda bem. Prometi a mim mesmo que não voltaria atrás, então depois de hipnotizá-la, a levei pra NY pra viver com um casal que parecia simpático, que eu também hipnotizei. Óbvio que eu sinto saudade, mas é a vida... O que posso fazer? Ela agora devia ser feliz e os pais viviam viajando, o que ajudava a me manter longe, já que eu nunca sabia onde ela estava. Além disso tudo, eu e Stefan fizemos as pazes, mesmo assim, acho que ele tenta evitar um contato entre a namoradinha dele e eu.

–Damon. – Stefan chamou, entrando na sala.

Eram umas 13h e eu tinha acabado de acordar. Limpei o sangue que escorria da minha boca.

–O que? –perguntei bocejando.

–Carta pra gente. –ele falou entregando um envelope. –Lê aí.

–Muito cedo pra ler... –reclamei.

–São 13h! Eu preciso pegar a bolsa da Elena, que ela esqueceu no meu quarto.

–Pelo visto sua noite foi agitada... –comentei.

–Aposto que não tanto quanto a sua. As meninas saíram daqui hoje cedo. –implicou Stefan.

Depois de fazer uma careta, abri o envelope. O convite, bem requintado, apresentava com letras cursivas um convite inesperado.

–Stefan! Desce aqui! –gritei.

–O que foi, Damon? –ele perguntou, de saco cheio. –Leu? –ele completou, curioso.

–É um convite de casamento. Em Nova Iorque.

–Meu Deus! A July vai se casar? –ele perguntou chocado.

–Não. –respondi rápido, tão chocado quanto ele. –Mas a Katherine vai!

–Eu não vou nisso. Provavelmente vai ser contra a vontade do noivo. Não quero participar de nem mais um truque dessa safada.

–Ela mandou um bilhete preso no convite. –falei balançando um papel branco. –Aqui diz: “Queridos irmãos Salvatore. Saudades dos olhos azuis, mais ainda mais do meu querido e amado Tefinho. Espero que esse ano tenha sido tão bom pra vocês quanto pra mim, assim como espero que já tenham esquecido tudo aquilo da hipnose. Bom, espero que venham pro meu casamento, já que será um dia de muitos reencontros. Estarei esperando a confirmação de vocês, ou então, farei algo que irão se arrepender. O que estou falando? Óbvio que vocês vêm! Beijinhos, Katherine.”

–Não vamos. –ele disse sério.

–Por favor, Stefan! Aposto que você está morto de curiosidade pra ver quem é o coitado do noivo dela. Para de ser chato!

–Ok, ok. Só pra ela não fazer nada de que possamos nos arrepender depois.

–Medroso... –suspirei, dando fim a nossa conversa.

...

Na manha seguinte, Stefan chegou cedo da escola. Eu ainda estava deitado na sala, brincando com uma mulher. Se eu não me engano o nome dela era Channel. Mas também podia ser uma Stela ou uma Dapnhe, talvez uma Bruna... Que seja. Stefan chegou rápido e olhou nos meus olhos surpreso.

–Você não sabe quem eu vi na arquibancada hoje. –ele disse com os olhos arregalados.

–Fala logo. Sua animação ta me deixando com dor de cabeça. –resmunguei.

–Loira, olhos verdes... Algum palpite.

–Nossa! –disse irônico. –Sua ex vampira. Que surpresa... Todo mundo sabe que a Quinn estuda lá.

–Acontece que não era a Quinn, porque a Quinn tava no campo treinando.

Meu corpo congelou. Larguei a menina que acabou caindo no chão e olhei nervoso pro Stefan.

–Você tem certeza disso?

–Absoluta. –ele falou sério.

–Mas... Você falou com ela?

–Não. Achei que talvez você quisesse falar. A Elena puxou assunto com ela, mas foi rápido. Ela reconheceu. Disse que lembra dela de quando tinha estudado lá na escola ano passado, mas não lembra de mim nem da Caroline.

–Faz sentido. Falei pra ela esquecer dos vampiros.

–Ela ainda deve estar lá. Elena me contou que ela vai fazer teste pras cheerios. Acho melhor você ver isso, porque vai ser estranho quando ela perceber que é idêntica a Quinn e não faz a mínima ideia sobre quem é ela.

–Eu não posso. Vai você.

–Mas...

–O motivo disso tudo era pra eu me distanciar dela. Não vou abrir mão disso. Mas também não vou tirá-la de Ohio, ela deve ter vindo por algum motivo.

–Isso é maluquice. Vocês vão acabar se esbarrando.

–Depois a gente resolve esse problema. Mas... Você tem certeza absoluta que é ela?

–Eu vi, Damon. Tirei até os óculos escuros pra ver melhor. Seu cabelo loiro no vento é inconfundível, a não ser com o de Quinn, mas ela tava no campo treinando, tenho certeza.

Era verdade. A July estava de volta.


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