Os Vampiros De Ohio escrita por katnissberry


Capítulo 47
Capítulo 47




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Elena apareceu descendo as escadas correndo. Ela de fato não sabia nada sobre vampiros antes daquela conversa, mas assim que notou o broche atrás de sua gravata borboleta, mandou mensagens para Damon, como sua intuição mandara. Ele pediu pra Katherine ir até lá, ameaçando estragar seus planos com Stefan. Ela entrou na casa escondida e trocou de roupa com Elena assim que essa disse que ia ao banheiro, onde ficou escondida até aquele momento.

–Ele ta morto mesmo? Não sei como isso funciona. –ela falou inspecionando o corpo.

–Mortinho. –respondeu Katherine.

–Pode entrar, Damon. –ela falou olhando pra ele na porta.

Damon entrou e começou a puxar o corpo.

–Vou enterrar no jardim, ok?

–Tudo bem. –ela disse com uma cara feia. –Agora que isso acabou, me sinto melhor.

–Quer ir pra casa do Klaus com a gente? –perguntou Damon.

–Eu não vou pra lá não. Combinei de ir no Mystic Grill com o Stefan, a July e a Caroline. Nem pergunte... –disse Katherine.

–Então vou com vocês. –suspirou Damon. –Vem com a gente?

–Não, valeu. Vou ficar casa pesquisando um vestido pro final de semana numas lojas online. –respondeu Elena.

–Nossa... Não sabia que humanos conseguiam desligar a humanidade. –disse Katherine.

–Para, Katherine. –falou Damon bravo.

–Ué! A menina acabou de perder a tia, tem um cara morto no pé dela que vai ser enterrado no jardim, nem se tocou onde ta o irmão dela, que até agora ta sendo mais inútil que o Finn, se é que isso é possível. Ah não! Esqueci que o Matt ta nessa história. Bom, isso sem contar com as dezenas de pessoas mortas e que todo mundo que ela conhece é vampiro. Mas em vez de se lamentar ou fazer perguntas... NÃÃÃOOO... Vou comprar vestido no mercado livre.

–Para de me criticar Katherine. E além do mais, o Jeremy ta na casa de um amigo. Ele me avisou.

–Claro... –ela falou em tom irônico. –To indo, Damon. Te vejo lá. E pode deixar, Elena! Se eu encontrar o Jeremy se drogando porque perdeu a tia e tem uma irmã maluca que não dá atenção pra ele eu ligo. Deixa logo o celular ligado porque é óbvio que eu vou ligar. –ela disse saindo da casa dela. –Droga! Ainda tenho que tirar essas roupas horrorosas. –ela resmungou no caminho.

–Ignora. –disse Damon revirando os olhos azuis, fazendo Elena sorrir.

–Acho que fiz a melhor escolha da minha vida te mandando aquela mensagem. –a morena suspirou, deixou Damon um pouco desconfortável. Por mais que mentisse pra July falando que amava Elena, ele sabia muito bem que seu coração pertencia a outra pessoa.

...

Klaus, Sam, Santana e Quinn observavam com cuidado cada detalhe do rosto de Sebastian, que estava acorrentado no canto do porão. Klaus tirou seu anel e abriu a cortina. Sebastian pulou de dor, sem sua proteção contra o sol.

–Eu não preciso disso! –ele gritou, fazendo Klaus fechar a cortina. –Me devolve o anel! Eu digo tudo. Nem queria tanto participar dessa coisa mesmo...

–Então vamos logo com isso. –respondeu Klaus sério. –Por que os assassinatos?

–Tudo culpa do Blaine. –respondeu Sebastian sério. –Eu era apaixonado por ele, por isso topei. Ele queria matar quantos fossem necessários pra fazer “justiça”. Queria matar os próximos dos Originais, mas ele não sabia quem eram os próximos, e quando descobriu começou a se infiltrar, na casa da July, na casa Elena, achando que era ela que tinha sido vista com você anos atrás, mas na verdade era a Katherine...

–Pra que vingança? Nem sabia quem ele era. –disse Sam.

–Nem eu. –respondeu Klaus.

–Eu não to falando de vocês dois. Eu to falando de outro Original.

Quinn e Santana se entreolharam.

–Outro original? –perguntaram ao mesmo tempo.

–Ele voltou, então? –perguntou Klaus, encarando seriamente Sebastian.

Ele se ajeitou na cadeira e olhou pra ele, também sério.

–Mês passado. Nos encontramos na Europa. Os Warblers são uma gangue de vampiros relativamente recente, do ano 2000. Sempre fomos unidos. Quando seu irmão matou um dos nossos ficamos revoltados. Ele fugiu antes que pudéssemos fazer qualquer coisa. Viemos pra atrair ele e conseguir vingança, mas aposto que Blaine queria outra coisa. Nunca aceitou o fato de seu irmão ser hétero. Mas ontem, no meio da luta recebi informações de que seu irmão está na cidade, e ao contrário do que pensávamos, estávamos ajudando ele. O idiota quer destruir vocês dois.

Klaus olhou para Sam.

–De quem vocês estão falando? –Quinn perguntou nervosa. –Quem é o terceiro original?

–Jesse. –responderam ao mesmo tempo.

–Ele encontrou um dos nossos ontem. Ele disse que ia tirar tudo o de mais precioso de vocês. –respondeu Sebastian.

–Alguém vai atrás da July. AGORA. –gritou Klaus correndo em direção a porta.

...

27 de novembro de 2013

July estava sentada na mesa do lado de fora de um restaurante em frente à escola. Ela olhava intrigada para um caderno em cima da mesa. Sozinha, ela rabiscava em seu diário um desenho da paisagem. Meninos e meninas saindo das escolas conversando. O garçom passou por ela e perguntou se queria alguma coisa, mas a resposta “não, obrigada” o espantou rapidamente. Ela gostava daqueles momentos sozinha, onde ela fingia ser normal. Fingia ter um namorado normal e bonito, uma melhor amiga engraçada e convites pra festas. Às vezes ela sonhava com um irmão mais novo com quem brigasse sempre, e pais que a amassem mais que tudo.

–Com licença, senhorita. –disse uma voz irreconhecível.

Ela olhou pra frente e viu um menino que aparentava ter a sua idade, tinha cabelo cacheado e se vestia como um garçom, mas não era aquele que estava servindo.

–Pois não? –ela perguntou um pouco assustada.

–Tem um senhor te chamando nos fundos do restaurante. July, certo?

–Isso mesmo. –ela respondeu firme e confusa.

Ele a guiou para um beco sem saída, assim que fechou uma porta do restaurante que dava da cozinha pro beco. Ninguém a acharia ali. Ninguém estava ali.

–Quem tava me chamando? –ela perguntou assustada.

O garçom sorriu e pôs os dentes no pescoço de July, enquanto ela gritava. Alguns segundos depois, July estava no chão, e o garçom estava brigando com outra pessoas. Os dois lutavam por um tempo. O garçom parou e sorriu.

–Avisa pro Klaus que o irmão dele voltou. –disse o garçom, indo embora.

July estava um pouco tonta, com falta de sangue, mas assim que se recuperou, viu uma mão estendida oferecendo ajuda. Ela aceitou e se levantou.

–Você ta melhor? –perguntou uma voz que conhecia muito bem.

–Obrigada, Damon. –ela disse, sem responder a pergunta.

–Eu escutei seu grito daqui de perto. Eu pensei que você tivesse morrido ou coisa do tipo. –ele falou a abraçando. –Eu não sei o que eu seria capaz de fazer se você tivesse morrido. Eu teria matado ele. Eu teria me matado.

–Damon, eu não quero mais isso. –disse July, chorando. –Eu quero uma vida normal. Eu quero poder andar por aí sem ter um vampiro envolvido. Eu quero poder desenhar em um restaurante sem me preocupar em ser mordida.

–July... –ele disse, se sentindo culpado.

–Eu quero ter um pai, uma mãe. Eu quero ter um irmão e uma família feliz. Eu não quero uma hipnose, algo de mentira. Eu quero ser feliz de verdade.

–July, eu juro que eu daria tudo, tudo mesmo pra te ver feliz.

Ela o olhou por um tempo, ainda se recuperando.

–Desculpa, eu não queria te culpar desse jeito. Eu só não queria ter que lidar com tudo isso. Não é justo.

–Eu sei que não. –suspirou Damon.

–Não é justo lidar com isso tudo sozinha.

–E quem disse que você precisa lida com tudo isso sozinha? –perguntou Damon se aproximando. –Eu to aqui, July. Eu sempre vou estar. Eu to cansado de esconder. –ele disse a beijando.

–Mas... Mas e a Elena? –ela perguntou confusa.

–Que se dane a Elena. Eu gosto de você, July. Eu sempre gostei. Eu te amo, July.

–Eu te amo Damon. –ela disse o beijando.

Ele se afastou por uns segundos.

–Você sabe quem era aquele cara? –Damon perguntou curioso.

–Menor ideia. –ela falou, voltando pro beijo.


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