Angelina esteve lá, riu comigo e chorou junto a mim. Confortou-me, mesmo quando ela mesma também precisava de consolo, quando ninguém mais conseguia. Sem ela, eu provavelmente ainda estaria sofrendo e amargurado pela morte de meu irmão. Não teria me tornado quem sou, nem teria as maiores preciosidades de minha vida.

Ela foi a minha força e o meu porto seguro. Olhou-me com gentileza, enquanto os outro me olhavam com pena e desespero. Guiou-me durante os momentos mais escuros, e aqueles em que nem mesmo meus familiares me entendia, segurou a minha mão, e me deu forças para continuar.

Cativou-me. Irritou-me. Enlouqueceu-me. Amou-me. E assim, conseguiu chegar ao fundo do meu coração, local onde nenhuma pessoa, além de meus pais e irmãos, conseguiram chegar. Cuidou de mim, até que eu finalmente estivesse livre para viver. Devo minha vida a ela, e a pago com todo o amor que ela despertou em mim.

No fim, ela se tornou meu orgulho, meu amor e minha vida. Contudo, eu a chamo daquilo que ela realmente é, um anjo, o meu anjo.