Lei da Paixão escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 23
Tentativas Frustradas


Notas iniciais do capítulo

Agradeço os reviews, são lindos e me inspiram a escrever
Gostaria de dedicar esse capítulo a Ray que me deu uma ideia para uma das cenas. Espero que você goste do fiz florzita! e a Flor_77 que me incentivou bastante a continuar escrevendo a fanfic. *-* À vocês, meu muito obrigada!
Espero que gostem da leitura!



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Após deixar sua mãe e a acompanhante dela no quarto em que elas deveriam permanecer, Grissom voltou rapidamente para junto de sua esposa. Por mais que estivesse com saudades de sua querida mãezinha, o entomologista não queria ficar muito tempo longe de Sara, afinal de contas, eles ainda estavam no início da vida conjugal – ainda que fosse uma mentira, era uma vida conjugal – e como ele poderia provocá-la e tentar conquistá-la se não permanecesse próximo a ela? Sim, ele havia decidido que era hora de voltar a atormentar sua bela esposa.

Ele bocejou e comentou:

—Bem, também precisamos descansar, pois logo mais começará nosso turno. Vamos para o nosso quarto – ele propôs, frisando bem a palavra nosso.

A morena acompanhou-o sem emitir uma única palavra. Não lhe agradava dividir o mesmo dormitório que Gil, no entanto não tinha escolha. Ou tinha? Prendeu a respiração ao ver-se diante da porta do quarto que a partir daquele momento também seria seu.

Grissom abriu a porta e eles entraram. Ainda que já tivesse entrado naquele cômodo uma vez antes daquele momento, sentia como se fosse a primeira vez. Era impressionante como o quarto de Grissom combinava com ele. Havia poucos objetos, apenas os essenciais. Ela observou a enorme cama de casal colocada no centro do quarto encostada na parede. Era convidativa. Tinha quase certeza de que era muito macia.

— Muito bem, como nos arranjaremos para dormir? – ela indagou curiosa. Haviam arrumado seus pertences ali, no entanto não combinaram como dividiriam o quarto, como dormiriam.

— Se você pensa que vou dormir no chão, esqueça! Nem adianta pedir. Não tenho mais idade para isso. Além do mais, a cama é espaçosa, há lugar suficiente para nós dois – ele respondeu , sentando-se na cama e mostrando a ela a dimensão da cama com um sorriso pícaro no rosto.

Sara permaneceu calada e ficou desolada. Lá se fora por água abaixo sua ideia maravilhosa. Como ele sabia o que ela estava pensando? Seria tão transparente assim? Não, ele não podia estar falando sério.

Grissom levantou-se da cama e pôs-se a mexer em suas roupas. Sara percebeu.

— O que você está fazendo? – ela perguntou ao constatar que ele estava apenas de cueca e que não tivera o mínimo de respeito por ela, com um short de seda em suas mãos.

— Estou trocando de roupa para dormir – ele respondeu enquanto vestia a peça de roupa que estava em suas mãos – Aliás, você também deveria fazer o mesmo, querida – ele completou.

Ele deu um meio sorriso e arqueou a sobrancelha.

— Ah! Eu durmo do lado direito – ele avisou e deitou-se comodamente do lado que havia mencionado com satisfação.

Sara estava indecisa e para falar a verdade, um pouco curiosa também. De um momento para outro, Grissom voltara a provocá-la e ela não entendia por que. Ela conseguia perceber através de suas palavras aparentemente inocentes, a segunda intenção por detrás delas. Agora que a mãe viera para Vegas, Gil misteriosamente resolveu provocá-la. Tinha de haver alguma explicação. Sara somente não sabia se isso a deixava feliz ou extremamente furiosa.

Seguiu em direção ao guarda roupas, pegou uma camisola e seguiu até o banheiro a fim de se trocar. Em poucos minutos voltou ao quarto. Grissom lançou um olhar em direção a ela. Como estava linda extremamente desejável! Não ousou falar nada, apenas ficou observou quieto ela deitar-se no lado que lhe cabia. Sentiu inebriado o cheiro de seu perfume. Seria difícil pegar no sono daquela maneira.

Em poucos minutos ambos dormiam o sono dos justos. Como estavam dormindo, não perceberam que Grissom ao mexer-se na cama durante o sono, abraçou Sara e ela ajustou-se ao abraço dele, como se fosse a coisa mais natural que pudesse acontecer. Permaneceram em conchinha, dormindo agarradinhos e felizes com um sorriso nos lábios em um encaixe perfeito.

–o-

Furiosa! Era assim que Sara se sentia: um poço de fúria. Primeiro estava furiosa consigo mesma, pois no dia em que dona Beth e a senhorita chegaram a sua casa, ela e Grissom passaram a dormir na mesma cama. E como se não bastasse, na primeira vez que a compartilharam, eles acabaram se abraçando. Quando ela acordou, notou horrorizada que havia acontecido. Tratou de afastar-se. Também estava furiosa com sua sogra e com a companheira dela. Se soubesse que um desastre estava prestes a acontecer não teria aceitado o desafio proposto pela genitora de Grissom.

Uma semana havia se passado desde Grissom e a senhorita Williams, as adoráveis visitantes, chegaram a Vegas. Uma semana inteira que Sara queria esquecer. Sua sogra de tudo reclamava nada do que ela fazia era bom o suficiente para dona Beth. É claro que na frente do filho agia como se tudo estivesse perfeito.

Como se não bastasse tinha a senhorita Bia, a ruiva prestativa. Tinha a nítida sensação de que a linda senhorita estava flertando com seu marido. Nada era às claras, no entanto embora não fizesse uso, ela era mulher e conhecia as artimanhas do jogo da sedução, e aquela jovem estava fazendo isso. Ela usava como desculpas para ficar próxima de Gil, o fato do entomologista e supervisor do turno noturno do Laboratório de Criminalística de Las Vegas tê-la ajudado – pelo menos era assim que ela pensava – a conseguir a tão sonhada vaga de emprego. Na verdade o que mais a ajudou a conseguir aquela vaga foi uma carta de recomendação que ela trouxera do laboratório onde trabalhava na cidade onde morava. Assim sendo, Sara além de ter de suportar a presença da senhorita Williams em sua casa, também tinha o desprazer de encontrá-la no ambiente de trabalho, pois por ironia do destino ou não, Bia trabalhava no mesmo turno que eles.

O ponto chave de tudo, a última gota, o que a fizera ficar furiosa foram o comentário e o desafio proposto por sua adorável sogra. Dona Beth desde que chegara a sua casa, tomara conta da cozinha para fazer os pratos favoritos de seu querido filho. Com sua perspicácia, percebeu que a não era a nora quem preparava as refeições, por isso comentou que uma esposa que se prezasse devia saber fazer pelo menos o básico. Depois disso veio o desafio. Dona Beth pediu que Sara fizesse um bolo de chocolate, a sobremesa favorita de Gil.

Fora por isso que ela se atrevera a fazer o bolo. Era uma receita simples, com certeza conseguiria fazê-lo, bastava seguir tudo o que estava escrito no papel. Como estava enganada! Ela juntou todos os ingredientes conforme estava na receita, colocou na forma e colocou no forno. Pronto! Agora era esperar quarenta minutos. Alguns minutos depois ela ouviu Dona Beth dizer:

— Tem algo queimando – ela advertiu apurando o olfato.

— Meu bolo! – Sara falou e saiu correndo para a cozinha.

Ela observou decepcionada a mistura que estava na forma dentro do forno. Era para ser um lindo bolo de chocolate, não aquela massa horrível que teimava em derramar. Havia seguido direitinho a receita! Não entendia onde havia errado.

Sara bufou irritada enquanto retirava do forno o que sobrara: uma mistura solada e a colocava em cima da mesa. Mais uma falha sua para a enorme lista de sua sogra. Beth e Gil seguiram para a cozinha. A senhora Grissom mais velha, observava tudo com aparente satisfação.

Foi inevitável. De um momento para outro lágrimas desceram pelo seu rosto sem pedir licença. Uma explosão de sentimentos a invadiram: impotência, incapacidade, inaptidão. Queria muito provar para dona Beth que podia ser uma excelente esposa para Gil, mesmo que por pouco tempo. A todo tempo sua sogra fazia questão de fazer louvores às virtudes da senhorita Williams, de tudo que ela sabia fazer e de como ela era perfeita em tudo, por isso ela tentara com muito esmero fazer a simples sobremesa e fracassara.

Grissom aproximou-se dela e sem nada falar a abraçou.

— Eu... Eu... não sei fazer nada direito – Sara falou entre soluços.

O perito acenou para que a mãe os deixasse a sós. E ela assim o fez.

— Não é verdade querida – ele a contradisse.

— Como não? Olha isso aqui! – mostrou o que era para ser o bolo – Nem fazer um simples bolo eu sei – ela suspirou.

— Hey – ele chamou sua atenção e limpou as lágrimas – não chore minha querida. Você pode não saber cozinhar, mas domina muito bem outras áreas...

— Quais, por exemplo? – ela quis saber um pouco animada, também suspeitando que ele a estivesse provocando naquele momento.

— Você é uma excelente CSI – ele afirmou sem uma única sombra de provocação.

— Mas o que sua mãe vai pensar de mim? – ela insistiu.

— Não importa o que ela pensa, mas o que eu penso. Você não precisa se preocupar. Foi até bom o bolo não ter dado certo porque eu preciso fazer um regime – ele disse mostrando a barriga um pouco volumosa.

Os dois caíram na gargalhada e ficaram em silencio apenas trocando olhares enquanto limpavam a cozinha.


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Notas finais do capítulo

Aguardando os reviews lindos de vocês!!
Bjinhos da Bia ( a boazinha kkkkkk) e até o próximo capítulo!



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