Lei da Paixão escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 13
O Início da Vida a Dois


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo para vocês!! Desculpem a demora!!
Espero que gostem!!!!



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Ela mal esperara que Grissom saísse do quarto e já se sentou na grande cama de casal. Sentia-se exausta física e emocionalmente. As emoções que vivenciara nas últimas vinte e quatro horas bastariam para uma vida inteira.

Olhou para o aro dourado, lembrete de que agora era uma senhora casada, que repousava em seu dedo anelar esquerdo. Onde ela estava com a cabeça para aceitar aquela proposta maluca? Ela sabia que era loucura dar continuidade a um casamento que já nasceu fadado ao fracasso. Como um casamento como esse poderia dar certo? Se tantos matrimônios realizados em sã consciência, de livre e espontânea vontade não davam certo, imagina esse que ocorreu de forma inesperada!

Ela suspirou enquanto levantava todos os contras de seu recente casamento. No entanto, mesmo que achasse o enlace matrimonial um absurdo, faria o possível para que ele desse certo.

A batida na porta a trouxe de seus pensamentos. Ela levantou-se e abriu a porta sem hesitar, pois já sabia muito bem quem era.

_ Aqui está a camisa que eu havia prometido – disse Grissom entregando para ela uma enorme camisa azul escuro xadrez.

_ Obrigada! – ela agradeceu e recebeu a camisa.

_Precisa de mais alguma coisa? – ele insistiu.

_Não, obrigada! Preciso somente de um bom descanso.

Ela não precisava dizer nada mais. Estava claro que não queria conversa. Fechou a porta atrás de si, deixando-a a vontade.

Assim que se viu sozinha novamente, Sara despiu-se e tomou um banho rápido. Precisava refrescar-se, aliviar as tensões. Vestiu a camisa que Grissom lhe havia emprestado. Era muito grande. Chegava aos seus joelhos. Ela aproximou a camisa do seu delicado nariz. Aquela peça estava impregnada com o cheiro dele. Um perfume amadeirado, másculo. “Desgraçado!” Ela o xingou mentalmente. Tinha quase certeza de que ele havia feito aquilo de propósito. Seria difícil dormir com o cheiro dele perturbando seus sentidos.

Puxou os lençóis alvos e macios, deitou-se confortavelmente e cobriu-se. Fechou os olhos e alguns minutos depois, dormia embalada pela fragrância deliciosa de Grissom.

–o-

Ela acordou assustada. Havia sonhado que tinha se casado com Grissom e que morava com ele. Isso era um absurdo! Embora fosse o seu desejo mais secreto, aquilo não poderia ter acontecido. Ele não a amava.

Espreguiçou-se gostosamente. Aquela cama era tão macia... Não se lembrava da sua possuir aquela maciez.

Abriu os olhos, olhou ao seu redor e seu espanto foi ainda maior. Não estava no seu quarto, no seu apartamento. Aos poucos foi tomando consciência de onde se encontrava. Estava na casa de Grissom. “Nossa casa”, ela se corrigiu sarcasticamente em pensamento.

Levantou-se devagar. Foi ao banheiro, lavou o rosto e escovou os dentes. Ela admirou-se. Ele havia pensado em tudo. Havia até providenciado uma escova de dente para ela. Secou o rosto delicadamente. Sua aparência não era má. Estava bem. Por incrível que pareça, havia descansado bastante. Trocou de roupa. Nem em sonho apareceria para ele somente de camisa.

Abriu a porta sem fazer barulho. Não sabia se Grissom já havia acordado. Atravessou o corredor e desceu as escadas. Sentia-se inexplicavelmente excitada. O que aquele dia lhe esperava? Abandonou este pensamento. Naquele momento, tudo o que mais desejava era uma boa xícara de café e comer alguma coisa, pois estava morrendo de fome.

Chegou à sala de jantar e para sua surpresa Grissom já havia acordado e preparado o café da manhã. A mesa estava impecavelmente arrumada. Embora só tivesse café e pão integral para o desjejum. Um pequeno de flores artificiais dava um toque especial para a mesa.

Grissom puxou a cadeira para que ela se sentasse. Ela assim o fez.

_ Bom dia, Sara! – ele a saudou alegremente. Depois indagou em tom malicioso – Dormiu bem?

_ Como um anjo – ela respondeu secamente. Não entraria naquele jogo.

Ele percebeu e mudou o rumo da conversa.

_ Está com fome?

_ Faminta – ela respondeu sinceramente.

_ Me desculpe pela simplicidade do café da manhã, mas não estou acostumado a ter companhia... – ele se justificou.

Nos poucos e breves romances que tivera, nunca levara uma mulher para casa. Ele acreditava que só deveria partilhar seu lar com aquela que seria sua esposa. Entretanto, Sara não precisava saber disso ainda.

_ Temos que comprar mantimentos – ele afirmou – Como sempre vivi sozinho, tinha somente o essencial.

Ela confirmou. Agia da mesma forma em seu apartamento. Tinha somente o essencial. Eles eram parecidos.

_ Do que você gosta? – ele pensou melhor – Podemos ir juntos às compras. O que você acha?

Ela não sabia o que pensar. Será que era uma boa ideia? Mas por fim respondeu:

_ Tudo bem. De minha parte, preciso comprar apenas frutas, suco e queijo branco.

_ Quando voltarmos do nosso turno, faremos as compras.

_ Grissom... – ela falou meio indecisa. Seria hora de tocar naquele assunto?

_ Diga minha querida.

Teria que se acostumar com aquelas palavras. Ela tomou coragem e falou:

_ Como ficará nossa situação no trabalho? Ecklie não deixará que trabalhemos juntos e eu não quero sair do laboratório – ela falou quase em lágrimas.

_ Não precisa se preocupar. Nem você, nem ninguém deixará o laboratório – ele disse acariciando a mão de Sara que repousava na mesa. Ela tirou a mão abruptamente. Não estava preparada para sentir aquele calafrio que percorreu o seu corpo – Eu convenci o Conrad a que todos nós permanecêssemos juntos.

_ E como você conseguiu convencê-lo a que toda a equipe permanecesse junta? – ela mal podia acreditar. Devia ser um sonho. Ela continuaria trabalhando no laboratório. Sorveu um longo gole de café enquanto aguardava a resposta.

_ Eu tenho meus trunfos – ele respondeu sorrindo amavelmente para ela.

Sua doce Sara não precisava saber que ele usara de chantagem para que toda a equipe, principalmente ela, ficassem no mesmo turno. Quando Conrad Ecklie soube que ele e Sara haviam se casado, ficou uma fera e ameaçou despedi-la. Grissom então falou que se ele não aceitasse seu pedido, pediria demissão. Todos sabiam que Grissom era o melhor entomologista forense do país. Ecklie não era doido de perdê-lo. Por isso, pôs seu orgulho de lado. Se viu de pés e mãos atados. Não pode fazer nada a não ser acatar o pedido de Grissom. Entretanto, disse que ficaria de olho em qualquer deslize da equipe.

Sara desfrutava daquele momento. Era estranho. Aquela cena parecia tão íntima...própria de um casal. Ali se dava o início de sua vida a dois.


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Notas finais do capítulo

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