Novos Começos escrita por Tenshikass


Capítulo 25
Capítulo 25 - IPPON! (Ato II - Cena II)


Notas iniciais do capítulo

AVISO: Neste capítulo, temos novamente a aparição de diálogos da peça Sonho de uma noite de verão, de Shakespeare. Por serem citações, estarão destacadas entre aspas e em preto e itálico.



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— E qual é o lugar da nossa viagem? — Ino perguntou enquanto almoçávamos.

— Ah, fica à duas cidades daqui, no interior. Era uma colônia de férias, mas agora alugam os grandes chalés. Passamos as férias lá uma vez quando pequenos, Sasuke conseguiu o contato dos locadores com o tio Fugaku.

— Hmm, o Sasuke, é? Vocês não se desgrudam mais agora, né? Eu não sei como você está se aguentando. — Ino sorria zombeteira.

— Nem eu. — Ri de volta. — Mas não estamos grudados, só estamos tomando cafés da manhã juntos.

— Isso seria perfeito se significasse que passaram a noite juntos. — Hinata se pronunciou pela primeira vez desde que começamos à comer, ela riu, mas estava corada.

— Até a Hinata está mais avançada nesses assuntos que você, Sakura. — Ino deu um tapinha nas costas da Hyuuga.

— Não é verdade, foi só uma piada. — Agora Hinata corava ainda mais.

— Então, você e o Naruto ainda não...? — perguntei e quase me arrependi de estar sendo muito invasiva, mas quem acabara de fazer um comentário indecente sobre cafés da manhã não era eu.

— Ainda não. — Hinata respondeu rapidamente e pareceu que se alguma brisa soprasse no refeitório, ela cairia desmaiada de tanta vergonha.

— Ah, estou surpresa, do jeito que vocês dois não se separam por nada, achei que já teriam avançado mais. — disse Ino ignorando a fervura de Hinata, eu podia jurar que se focasse bem o olhar, estaria saindo um tipo de fumaça de cima da sua cabeça.

— E você e o Gaara? — perguntei desviando o foco da Hyuuga.

— Não. — Ino suspirou. — Não por falta de vontade, ou tentativa. — Ela corou um pouco e sorriu maliciosamente, parecia estar recorrendo à lembranças bem picantes. — Mas temos um problema de tempo e local. — Suspirou novamente, mas o sorriso malicioso ainda estava presente no canto de sua boca.

— Entendo, eu acho. — Ri de mim mesma, eu não fazia ideia de como era, sabia que Ino não era mais virgem e, provavelmente, Gaara também não, já eu, havia beijado poucas pessoas na vida e uma delas tinha sido a poucos dias atrás de uma forma um tanto dramática, dadas às circunstâncias.

— É por isso que eu não vou perder essa viagem de jeito nenhum! — Ino falou de forma energética, erguendo um dos braços com o punho fechado.

Hinata e eu olhamos de uma para outra e começamos à rir.

— Faz tempo que não passamos um tempo assim, só nós três. — disse Hinata.

— É claro, vocês duas estão muito ocupadas namorando. — Respondi mostrando a língua.

— Olha quem fala, você não namora oficialmente, mas tá sempre pra cima e pra baixo com Uchihas e até o Hyuuga. — Ino retrucou zombando.

— Calada. — Retruquei e corei, era embaraçoso ter confundido as coisas com o Neji, mesmo que tenhamos acabado amigos.

— Vamos prometer fazer mais “programas das garotas”, ok? — disse Hinata.

— Okay! — Ino e eu respondemos em uníssono e todas batemos as mãos erguidas no ar para fechar o acordo.

...

— Bem-vindos todos para mais um ensaio glorioso! — disse o professor Jiraiya particularmente mais animado do que o habitual.

Que bicho será que mordeu ele hoje? — sussurrou Naruto para Sakura e Sasuke que estavam sentados ao seu lado no palco.

Não sei, mas é melhor do que ele gritando com a gente por sua culpa. — respondeu a rosada no mesmo tom, arrancando uma risadinha do Uchiha e uma carranca amarrada do rosto do Uzumaki.

— Hoje nós seguiremos com o segundo ato, segunda cena! Nesta cena, Titânia dorme e Oberon finalmente a enfeitiça; Lisandro e Hérmia se perdem no bosque e é aí que Puck faz sua primeira travessura, não de propósito dessa vez, que é confundir Lisandro com Demétrio e acabar o enfeitiçando no lugar do outro. Por obra do destino, também chamado de tremenda falta de sorte, Lisandro acaba se apaixonando por Helena, graças ao feitiço, e essa, prontamente o rejeitará. A cena termina com Hérmia acordando de um pesadelo, que é quase uma premonição de que o coração de Lisandro não à pertence mais, e não mais encontrando seu amado ao seu lado. Todos prontos? No palco: Hinata, Neji, Naruto, Sasuke, Sakura, Itachi, Karin e aqueles que fazem as fadas/elfos do séquito de Titânia.

— Eita que é hoje que isso aqui pega fogo! — disse a garota ruiva olhando de Sakura para Sasuke e depois para Itachi.

— Menos, Rainha Jalapeño. — disse Sakura.

— Ah, Princesinha Jujuba, relaxa, eu vou roubar ele na cena hoje, mas devolvo inteiro, tá? — Karin se aproximou da Haruno e enrolou uma mecha do cabelo da rosada em seu dedo, Sakura a afastou.

— Eu poderia gostar um pouco mais de você se fosse um pouco menos abusada, sabia? — disse Sakura se inclinando para frente e encarando Karin.

— E eu de você, se fosse um pouco menos sem sal. — Karin disse colocando um dedo na testa da rosada que arregalou os olhos.

— Sem sal é a puta- — Sakura foi para cima de Karin, mas uma mão segurou sua cintura.

— Ei, ei, calma aí. — Era Itachi.

— Pior que a sonsa atira pra todos os lados e nem repara. — Continuou Karin que também estava prestes à ir para cima da garota que se debatia tentando se soltar do Uchiha, mas duas mãos seguraram seus braços, os levando para trás a impedindo de se mover para frente.

— Karin, o que está fazendo? — Era Sasuke.

— Nada, Sasuke, me solta. — Ela se acalmou e o Uchiha mais novo a soltou.

— Você já pode me soltar agora. — disse Sakura rispidamente e então Itachi afastou suas mãos.

As duas se posicionaram em lados diferentes do palco para evitar se olharem, já o restante das pessoas presentes fazia questão de olhar as duas e cochichar entre si.

— Um ensaio, um ensaio de paz, era tudo o que eu queria! — Suspirou Kakashi.

— Que seja, se a diretora Tsunade souber de tamanha indisciplina vai recair sobre nós. E elas já pararam, os garotos foram rápidos. — Ponderou Jiraiya.

— Vamos começar! — Kakashi ordenou e despencou em uma cadeira que tinha colocado no fundo do palco, Jiraiya se sentou ao seu lado.

[Outra parte do bosque. Entra Titânia com seu séquito]

HINATA — “Vamos à ronda! Urna canção de fadas! E, após um terço de minuto, fora! [...] Cantai até que eu durma e retirai-vos a trabalhar, deixando-me em repouso.”

[As fadas cantam]

FADAS — “Serpes manchadas, feios ouriços sapos nojentos, fugi asinha; que nossas vozes vos deem sumiço enquanto dorme nossa rainha. [...]”

[Saem as fadas; Titânia dorme]

[Entra Oberon e espreme a planta nas pálpebras de Titânia]

NEJI — “O primeiro que enxergares quando daqui despertares, de gesto e formas alvares, amarás de coração, seja urso, gato ou leão. Farás dele o teu querido; terás o peito rendido como às setas de Cupido.”

[Sai Oberon]

[Entram Lisandro e Hérmia]

SASUKE — “De tanto andar, querida, estás cansada. Para ser franco, erramos o caminho. Hérmia, repousarás, se isso te agrada; o escuro poderá te ser daninho.”

SAKURA — “Um leito, então, ajeita em qualquer ponto, que neste banco o meu já se acha pronto.”

SASUKE — “De um punhado de relva, travesseiro poderemos fazer. O verdadeiro amor nunca divide: uma lealdade, dois corações num leito, sem maldade.” — O Uchiha mais novo sorriu de um jeito malicioso, mas seu rosto corava.

— Que isso hein, Sasuke, já pulando todas as etapas ganharão? — Naruto falou alto suficiente para sua voz ecoar no teatro e arrancar risadas de todos, Sakura estava vermelha dos pés à cabeça, e Hinata também.

— Cala a boca, Naruto! — Sakura berrou com o loiro, o que fez mais pessoas rirem do seu constrangimento.

— Haruno, continue, por favor. — pediu o professor Kakashi que à essa altura já não ligava mais para as interferências desde que eles apenas decorassem suas falas.

— Desculpa, professor, desculpa. — A garota de cabelos rosa se desculpou fazendo algumas reverências, respirou fundo e voltou a se concentrar, seus olhos capturaram os de Sasuke que ainda a olhava sugestivamente, e em seu melhor tom provocador e de incredulidade, continuou.

SAKURA — “Não, Lisandro; nem mesmo num deserto convirá que de mim tu durmas perto.”

SASUKE — “O querida, ofender-te não que queria com o que propus. É fruto da alegria quanto avancei. Só disse que no peito me bate um coração, a ti sujeito; e que eles, juntos, formam neste instante um coração apenas, muito amante.” — Sakura engolia em seco, Sasuke a olhava com tanta ternura que ela não conseguia pensar em mais nada além de que queria beijá-lo ali mesmo, mas ela tinha que se concentrar, era só uma encenação, por mais que tivesse certeza de que os sentimentos dele correspondessem ao seu papel. — “[...] em teu leito, portanto, me consente, porque contigo sempre estou presente.”

— Boa garoto. — Gritou Sagi da plateia, arrancando mais risos pelo teatro, Sakura apenas fingiu não ouvir seu irmão inconveniente e continuou.

SAKURA — “Lisandro se mostrou muito eloquente. Padecerá demais minha altivez, se eu disse que ele fala com dobrez. No entanto, amigo, prova o teu carinho. [...] Por cortesia e amor de mim te afasta.” — Sakura corou ao pensar que queria exatamente o contrário de Hérmia, na verdade, mal podia esperar para estar tão perto do Uchiha que perdesse até o ar. — “[...] neste instante, de o dizer não coro, exige o imperativo do decoro que entre um rapaz virtuoso e sua amada barreira se interponha adiamantada. Por isso, adeus; que dure quanto a vida a lealdade de tua alma estremecida.”

— É isso aí irmãzinha, não entrega o ouro tão fácil assim! Aiii! — Sagi acabou levando um tapa na cabeça de Konan que estava ao seu lado e o encarava com o cenho franzido.

SASUKE — “Amém; eis como encerro essa oração. Sem teu amor, me pare o coração.”

[Lisandro se afasta]

SASUKE — “Eis meu leito; que o sono te acalente.”

SAKURA — “E te conceda um sonho sorridente.”

[Dormem]

[Entra Puck]

NARUTO — “Todo o bosque hei percorrido, sem que ateniense garrido pudesse achar, porque o amor transmudasse com esta flor. Noite e silêncio. Que vejo? Traje ateniense e varejo? Eis o homem de que meu mestre falou, de peito silvestre, que de todo não se agrada a ateniense apaixonada. Coitadinha! Está tão longe deste bruto e frio monge!”

[Espreme a flor nas pálpebras de Lisandro]

NARUTO — “Acorda logo; já vou, porque Oberon me chamou.”

[Sai Puck]

[Entram Demétrio e Helena, a correr]

KARIN — “Para! Ainda mesmo que me dês a morte.”

ITACHI — “Fora! Não me persigas desta sorte.”

KARIN — “Deixas-me neste escuro e vais sozinho?”

ITACHI — “Para trás! Não me cortes o caminho.”

[Sai Demétrio]

KARIN — “Esta caça amorosa me fez lassa; aumento com os pedidos a desgraça. Hérmia é feliz, esteja onde estiver...”  Espero eu que no inferno, ou será que você prefere estar no tártaro? Faz mais o seu estilo! — a ruiva se enfureceu novamente e disparou em direção à Sakura que esperava deitada no banco do cenário.

— Você enlouqueceu foi? Eu não te fiz nada, Karin, mas se quiser eu posso muito bem amassar umas pimentas. — disse a Haruno se colocando de pé e indo de encontro com Karin, as duas pararam frente à frente e se encararam.

— Manda ver, Jujubinha.

Tudo aconteceu muito rápido, e antes que as pessoas em volta pudessem intervir novamente, Karin avançou segurando Sakura, que era alguns centímetros mais baixa que a ruiva, pelos cabelos. Ao ver que a ruiva pretendia jogá-la no chão, e assim tomar vantagem sobre si, em um reflexo muito rápido a Haruno colocou seu braço sobre o de Karin que estava esticado na direção do seu cabelo e o usou como apoio para desferir uma joelhada em seu abdômen, o que a fez recuar para trás curvada. A Haruno não perdeu tempo e ficando de costas encaixou-se embaixo da ruiva, apoiando seu ombro embaixo da axila de Karin. Com as duas mãos livres pegou o braço da ruiva que ainda continuava erguido, posicionou bem seus pés no chão, jogou o peso do seu corpo contra o de Karin empurrando-o para trás ao mesmo tempo que puxava seu braço para frente, tirando-a do chão utilizando seu próprio peso, e assim, jogando-a de costas no palco, em cima dos colchonetes que Sasuke usava um segundo antes para deitar-se em sua cena. Sem demora, a Haruno pulou em cima de Karin se sentando sobre sua barriga e prendendo seus braços no chão com as mãos.

O silêncio que se fazia era mortal, muitos estavam boquiabertos, até que Ino, Sasuke, Itachi, Sagi e Naruto correram até as meninas.

— O que merda foi isso? — disse Ino, tentando se controlar para não rir na cara de Karin.

— IPPON! Minha irmãzinha arrebenta, fala aí? — disse Sagi se gabando.

— Vocês estão bem? — perguntou Sasuke.

— Elas parecem saber se cuidar muito bem. — respondeu Itachi rindo, fazendo seu irmão bufar em desaprovação.

— Vocês duas são malucas? Dattebayo! — Se desesperava Naruto ao ver a melhor amiga e a prima parecendo terem saído de um tatame de judô.

— Satisfeita? — disse Sakura ofegante ignorando o falatório dos seus amigos ao redor.

— Caralho, Jujubinha, você é mais forte do que parece. — Karin respondeu também ofegando e agora sorrindo.

— Na verdade, mais rápida, um pouco de artes marciais e aulas de defesa pessoal, que eu nunca pretendi usar contra você. Fala logo, o que tá rolando? — disse Sakura saindo de cima de Karin, mas a conversa não pôde continuar.

— Levantem-se, terminem a cena e depois diretoria, entenderam? — disse Kakashi sério, seu rosto mostrava várias rugas de irritação. — Vocês não vão estragar a minha peça, então continuem.

— Continuem, ótimo, castigo maior que esse não tem. — Resmungou Karin.

Sakura e Karin se recompuseram e logo todos se dispersaram, Ino fazia um sinal de “É isso aí!” socando o ar com os punhos para Sakura, que apenas sorriu sem graça de volta, não acreditava que tinha explodido daquela maneira, muito menos com Karin, a qual jurava estar se entendendo melhor.

KARIN — “[...], mas que vejo? Lisandro aqui? Não pode ser gracejo. Está dormindo ou morto? Nem ferida percebo, nem qualquer arma homicida. Lisandro, despertai! Estais doente?”

[Lisandro desperta]

SASUKE — “Ó transparente Helena! Incontinenti me atirarei por ti no próprio fogo. A natureza mostra, neste afôgo, sua arte sublimada, permitindo que através desse peito, casto e lindo teu coração eu veja. Dize-me: onde Demétrio, aquele vil, ora se esconde? Oh, que nome vilíssimo! De nada vale, senão para cortá-lo a espada.”

Itachi se incomodava com o jeito que o irmão falava o mirando, mesmo sem estar em cena, a provocação era nítida.

KARIN — “Não, bom Lisandro; não digais tal coisa. Somente porque a Hérmia amar ele ousa? Ela vos tem amor; ficai contente.”

SASUKE — “Com o amor de Hérmia? Não, não. Como lastimo as horas que ao seu lado passei, cheias de tédio, a meu mau grado! Amo a Helena; a tal Hérmia me era estorvo.”

KARIN — “Por que nasci para tamanha afronta? Que vos fiz?”

Eu também adoraria saber... — Sakura resmungou baixinho.

KARIN — “Essa fala me amedronta. Não basta, jovem, nunca eu ter podido prender Demétrio ao meu coração fido, para que com tão grande inconveniência venhais zombar de minha insuficiência? [...] Porque um moço despreza uma donzela, não se conclui que um outro abuse dela.”

[Sai Helena]

SASUKE — “A Hérmia não percebeu. Dorme até o dia, que em mim não tem poder tua magia. [...] No amor vou revelar-me verdadeiro, sendo de Helena bela o cavaleiro.”

[Sai Lisandro]

[Hérmia desperta]

SAKURA — “Lisandro, acode! Tira-me a serpente que no seio me causa dor pungente. Só em ti, meu Lisandro, acho guarida; vê como o medo me deixou transida. Quis parecer-me que uma serpe o peito me devorava, e tu tão satisfeito! Lisandro! Fala! Já te foste embora? Não me respondes? Fala sem demora. Tremo de susto. Onde te ocultas? Onde? Por todos os amores me responde. Sinto que não te encontras ao meu lado; pois vou te achar e dar remate ao fado.”

[Sai Hérmia]

Antes que Kakashi pudesse relembrá-las sua ordem, Sakura e Karin já estavam passando pela porta do teatro e se dirigindo para a diretoria. Jiraiya agradeceu a todos pelo ensaio e saiu atrás das garotas para acompanhá-las. Logo apenas Sasuke, Naruto, Sagi, Konan, Hidan, Sasori e Itachi tinham ficado no prédio do teatro.

— É, Sasuke, se você sair um dedo fora da linha, você tá morto, dattebayo. — disse Naruto se jogando nas costas do amigo.

— Cala a boca, Naruto, eu não sou você. Mas o que será que deu na Karin?

— Eu não sei, minha prima sempre exagera naquele temperamento. — O loiro bufou.

— A Sakura também não fica atrás, o que foi aquele IPPON? — riu o moreno.

— Ela tá mais em forma do que a gente. — brincou o loiro.

— Graças à mim, bobões. — Sagi se aproximou. — Acham que eu deixaria minha irmã linda e indefesa andando sem uma arma secreta por aí?

— Ela não pareceu nem um pouco indefesa. — Concluiu Naruto.

— Uau, quem diria, aquela sua cadel... quer dizer, a garota do cabelo rosa, botou pra quebrar. — Hidan ria e falava alto como sempre, chamando atenção dos três garotos.

— Hidan, eu posso quebrar você também se não tomar cuidado com o que diz. — respondeu Itachi que estava ao seu lado.

— Ah calma aí garanhão, você tá todo “estressadinho” porque não conseguiu comer ela, né?

Cerca de cinco segundos depois Hidan caiu para trás sentado com o nariz sangrando. Sagi, Sasuke e Itachi tinham avançado no garoto de cabelos platinados juntos, mas os punhos de Sasuke o alcançaram primeiro, colocando toda sua força em um soco direcionado ao meio do rosto de Hidan.

— PORRA, SEU PIRADO, VOCÊ QUEBROU MEU NARIZ! — gritou Hidan.

— Lava essa boca maldita pra sequer pensar em falar nela de novo. — falou Sasuke, logo se virando para o seu irmão o encarando cheio de raiva. — É assim que você permite que seus amigos falem da garota que você jurou gostar de verdade? — O moreno não esperou resposta e logo saiu, Naruto saiu correndo atrás do melhor amigo.

— Escuta aqui seu bosta, — Sagi abaixou-se por cima de Hidan e o agarrou pela camisa. — Você primeiro tentou mexer com a minha amiga, e agora acha que eu vou deixar passar batido você falando merda da minha irmã? — Sagi desferiu outro soco em Hidan, e não parecia ter intenção de parar, então Itachi segurou seu braço quando ele ergueu o punho mais uma vez.

— Me solta, Uchiha. — Bradou Sagi se levantando.

— Te solto, e aí você perde o controle, faz merda, e depois o que? Você sabe que ela não iria querer isso. — disse Itachi se referindo à Sakura.

— Ele tem razão, Sagi, não vale a pena, vai por mim. — disse Konan se abaixando ao lado de Hidan, o ajudando a sentar-se.

— Merda, que se foda. — disse Sagi se levantando e saindo.

Assim que os três saíram, Sasori foi buscar algo para estancar o sangue que ainda jorrava do rosto de Hidan para que pudessem levá-lo à emergência do hospital, já que parecia mesmo que ele quebrara o nariz — já não sabiam se era efeito do primeiro soco ou do seguinte. Ficaram apenas, Hidan, Konan e Itachi sentados no palco do teatro.

— Minha vez. — disse Itachi calmamente se levantando e se aproximando de Hidan.

— Não, Itachi, o nariz quebrado já é o suficiente! — disse Konan.

— E você acha que esse imbecil aprendeu? — Itachi chutou o peito de Hidan, que estava sentado, com força o suficiente apenas para deitá-lo, mas com o pé em cima do seu peito, aplicou um pouco de pressão. — Eu devia te quebrar umas costelas também, mas to em uma “vibe boa”, sabe? — ele aplicou um pouco mais de pressão, fazendo Hidan gemer de dor, o Uchiha estava curvado para que pudesse olhar seu rosto de cima.

— Ah, cara. — Foi tudo o que Hidan conseguiu dizer enquanto segurava seu nariz com uma das mãos e o calcanhar de Itachi com a outra, tentando aliviar a pressão em seu peito.

— Eu to cansado dessa merda, Hidan, eu te avisei para não mexer com minhas amigas de novo. Você tem que crescer e aprender a respeitar pelo menos a droga das pessoas que ainda te aguentam. — Itachi levou à mão ao rosto em sinal de cansaço, depois a deslizou pela testa e afastou seu cabelo para trás, e foi quando capturou os olhos de Hidan. — Cai fora da minha oficina. Até você aprender pelo menos isso.

Itachi retirou o pé de cima do Yagakure, que arfou aliviado e rolou para o lado, e se virou para sair. Sasori estava retornando com um kit de primeiro socorros que conseguiu na secretaria alegando ser o pedido de um professor. Antes que o Uchiha passasse pelas portas do teatro, disse: — Leva logo esse idiota pro hospital, depois manda a droga da conta pra mim.

...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler ♥



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