Café e Cavalo contra o Monstro de Arroz Queimado escrita por Teru


Capítulo 4
Dolores




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O menino treinou com o velho o dia todo, o sol caiu e os dois se recolheram para a casa do velho.

–Inclusive, qual seu nome? - questionou Café ao idoso sentado enquanto comia uma coxa de frango.

– Não faço idéia. - respondeu sem interesse.

– Não se importa em saber? Como esqueceu? Porque vive aqui?

– Eu não vou responder tudo isso, minha cabeça dói só de ouvir...

– Mas...

– Tudo que sei é que eu costumava ser feliz, eu devia ter uma... Esposa, isso, eu tinha uma esposa, mas não sei o que aconteceu... Ou ela me traiu ou morreu, sinceramente ja não me importa muito, a Dolores é uma grande esposa... - disse apontando Pra trás do ombro aonde tinha uma vassoura.

– Ok... - disse Café cheio de duvidas, mas decidiu não ser indelicado ao perguntar se ele realmente achava atraente uma vassoura.

– Vá dormir garoto, amanha você sai cedo - jogou um pedaço de frango pro cachorro.

– Inclusive, o cavalo pode ficar com você?

– Pode

– Ok, cuide dele por mim

– Não

– Porque não?

– Porque ele pode ser útil, leve-o com você. E leve isto também - disse o velho tirando uma besta de uma gaveta grande.

– Porque não me treinou Pra usar isso?

– Boa pergunta... Não é difícil, é só apertar esse botão aí, ele solta a corda e lança a flecha. Até uma criança sabe usar, o que é seu caso...

A conversa se estendeu um pouco enquanto eles conversavam sobre coisas aleatórias e logo café foi deitar num sofá no meio da sala.

" Estava frio e café sentia o cheiro mais repugnante do mundo, sua kriptonita, a coisa mais nojenta ja criada na face da terra. Sua respiração ficava mais difícil e o vômito lhe vinha a boca. Pegou a espada na bainha e ela brilhou, tudo parecia mais limpo e o cheiro ruim ja não existia mais, até o gosto do ar melhorou, e então ele cravou a espada na testa do inimigo daonde abriu-se uma fenda brilhante de mais que lhe ofuscava os olhos..."

Café acordou com o sol quente em sua face, "esta na hora..."

O velho estava sentado a mesa com cavalo no colo alimentando-o com biscoitinhos.

– Estou indo

– Tudo bem menino, tome cuidado, passe aqui, se puder, antes de ir de encontro ao seu destino, posso te ensinar a usar a espada...

– Não vou poder, nesse momento Amora esta presa, sabe-se lá como...

– Entendo, bom, a espada só funciona bem quando você precisa dela. Não adianta tentar usar pra ostentação, ela é orgulhosa demais para ser somente um instrumento bonito. Sabendo disso, vá logo!

E foi. Tomou nas costas todo o equipamento e partiu rumo a caverna dos lobos. Andou durante quase o dia inteiro e ja estava exausto quando decidiu sentar-se e revisar o mapa. Comeu alguma provisão e avistou ao longe uma figura medonha. Um lobo gigante negro andava de um lado pro outro com cara de irritado, provavelmente fora deixado Pra ficar de guarda, uma função odiada até entre os lobos. Um pouco atras dele o que dava Pra distinguir era uma sombra que parecia ser a caverna, "É deve ser...", ocultada sutilmente pelas brumas densas daquela noite de frio.

– Então cavalo? Vamos acabar com aqueles lobos?

– Rrraulf! - respondeu corajoso o cachorro que agora parecia não se importar com o nome.

– Então vamos! - disse Café se levantando e andando alguns passos.

O lobo que andava de um lado pro outro de repente olhou na direção de Café com um sorriso malicioso, e em menos de um segundo estavam cercados por uma alcatéia gigante.

– Merda...


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