Instituto Forccinari escrita por someonehere, larisol


Capítulo 6
Sonhos estranhos, dias estranhos.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo!! Como eu disse, estou me esforçando ao máximo para postar pelo menos um capítulo por semana. Espero que gostem!



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ψ

G

W

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Eu estava andando pelos corredores da escola, quando escutei uma conversa entre duas pessoas:

— Você tem que fazer Ruphus, é nossa única chance! – Disse uma voz feminina muito irritante, tipo, muito mesmo!

Me escondi atrás de uma pilastra grande para que não pudessem me ver, já que essa conversa estava estranha demais para o meu gosto

— Espere – Sentia que alguém estava se aproximando de meu esconderijo – tem alguém nos observando... – Disse o homem que logo depois conjurou um feitiço em minha direção – Petrificus Totalis!

E ao mesmo tempo a mulher disse:

— Bombarda!

Em questão de segundos, estava caindo. Tudo parecia estar em câmera lenta. Alguns destroços passavam ao meu lado, tentava desviar deles só que não conseguia me mover, provavelmente graças ao lindo feitiço lançado em mim.

Queria olhar se estava chegando ao chão, mas minha cabeça estava paralisada assim como as outras partes de meu corpo, então, revirava os olhos até meu alcance da visão para tentar distinguir o chão dos muitos destroços que voavam ao meu lado.

Vejo um raio verde vindo em minha direção, mas o mesmo se dissipou ao chegar alguns centímetros perto de mim. Como se houvesse um campo de força ao meu redor. Sinto que algo está me segurando, como se o vento estivesse me acolhendo. Fui descendo mais devagar do que antes, parando nos braços quentes de alguém.

Agora estava tudo embaçado, não reconheço a pessoa que me carregava olhou para mim e deu um sorrisinho, parecia um rosto conhecido, mas minha visão estava turva e foi escurecendo.

Apenas ouvi uma voz familiar gritando:

— Gwen! Gwen! Você está bem?

Acordei na minha maca onde havia dormido na noite anterior. Me levanto bem devagar enquanto Anne me chacoalhava para ver como eu estava.

— Eu estou bem! Eu estou bem! Mas se você parar de me chacoalhar, vou ficar melhor ainda! – Digo a Anne

— OK, mas você estava gritando enquanto dormia o que queria que eu pensasse. Achei que estava, sei lá, tendo um ataque de pânico durante o sono... Não sei nem se isso existe para falar a verdade. – Nos sentamos na maca e ela retomou a falar – Ah, e obrigada por me acordar. Devia ser só um pesadelo.

— Acho que sim, mas parecia tão... – Parei bruscamente a fala porque não queria que ela pensasse que eu fosse uma garota louca a ponto de achar um sonho tão real – Deixa para lá. E então, nós já recebemos alta? A enfermeira falou alguma coisa?

—Pra falar verdade, eu não sei. Acabei de acordar.

Alguns minutos depois a enfermeira chegou e respondeu a pergunta que tinha acabado de fazer, ela nos disse que a diretora estava esperando nós três em sua sala para falar sobre o acontecimento da noite anterior e sobre a escolha de nossas casas, já que perdemos a escolha em público.

Tentamos acordar Henry. Mesmo com o menino fazendo todo o esforço para continuar deitado, conseguimos fazer com que ele levantasse. Ele estava com olheiras fundas e com o cabelo todo bagunçado, o que deixava ele fofo.

Nos arrumamos e fomos à sala da diretora Sinder, mesmo não fazendo idéia de onde ficaria o lugar. Saímos pelas grandes portas de carvalho da enfermaria e seguimos pelo corredor.

As paredes pareciam bem maiores de dia do que de noite, Anne e Henry estavam boquiabertos com tal deslumbre de arquitetura e com todos os detalhes do local: os lustres nos tetos folheados a ouro com algumas partes mais escuras, que davam um ar de velho junto com as paredes desbotadas.

Andamos por mais ou menos uns cinco minutos, sem achar pelo menos uma placa dizendo onde era. Encontramos um aluno que, apesar do uniforme ser igual aos outros, uma gravata roxa incrementava o look do menino.

Henry foi pedir informação a ele:

— Olá... Ham... Você sabe onde é a sala da diretora Sinder?

— Sim, querem que leve vocês até lá?

— Seria ótimo. – Anne falou – Mas... Você não tem aula?

— Bem, eu já estou atrasado para ela mesmo, não me importaria em ajudar.

O seguimos e, depois de alguns minutos de silencio, começamos a conversar:

— Meu nome é Logan, quais são os de vocês?

— Anne

— Henry

— Gwen – Respondemos ainda tímidos cada um seu respectivo nome

— Vocês são novos aqui, não é?

— Sim – Respondeu Henry

— Bem, eu sou do segundo ano. Depois de algum tempo vocês decoram os lugares, mas se lembre de nunca mexer com a senhora Mirela, e nem entrar em sua sala, tem boatos que ela guarda um dragão nesse lugar ou talvez seja ela mesma, por que... – Ele parou de falar por um instante. – Falando no diabo...

A mulher que deve ser a Mirela, aparece em nossa frente com um esfregão em uma mão e um balde na outra. Ela tem três verrugas peludas em seu rosto, é um pouco baixa e está claramente acima do peso. Além disso, um dos bolsos de seu avental amarelo sujeira tem um pedaço de bolo de abóbora – eu acho – e em sua boca algumas migalhas do mesmo.

Passou nos encarando correndo com seu rebolado, acho que era algo bem importante.

— Ela é quem limpa os banheiros daqui – Disse Logan retomando a fala – Então não espere que ela dê um sorriso.

Nós rimos e continuamos a conversar. A sala da diretora era muito escondida já que tivemos subir três andares para chegar a uma escada em espiral, bem longa por sinal.

Agradecemos a Logan e batemos na porta.

— Podem entrar – Disse a diretora

Entramos e nos sentamos nas cadeiras mais confortáveis que poderia ter sentado em toda a minha vida, que estavam na frente de uma mesa de mogno junto a uma cadeira enorme de estofado vermelho, mas sem ninguém sentado nela.

Ela estava em pé no segundo andar que na verdade era também a varanda alimentando seu lobinho de estimação.

Ela desceu e falou:

— Até que vocês chegaram rápido, já que muitos alunos se perdem no caminho.

— Foi um menino chamado Logan que nos ajudou – Eu a disse

— Há vários Logans nesse colégio querida – Faço uma cara de encabulada por não ter pensado nisso – Mas acredito que só um deles mataria a primeira aula do ano. Ele é um ótimo menino, e se ele não fizesse algumas palhaçadas e brincadeirinhas, além de matar aula, seria um aluno exemplar. – Ela deu uma pausa e continuou – Bem, vamos falar do motivo que chamei vocês aqui... O acontecimento na floresta.

Dissemos tudo que sabíamos sobre, e ela falou sobre o outro assunto que já tinha até me esquecido:

— Com tudo o que vocês falaram depois irei investigar mais afundo e tomar providencias, mas agora temos que decidir... – A batida na porta a interrompeu – Entre!

Um velho corcunda e de cabelos longos e bem brancos e uma barba que chegava a encostar no chão entrou no local, ele era vesgo e tinha um olho de cada cor: um verde e o outro roxo. Usava vestes brancas com sapatos pontudos azuis claros.

A diretora cumprimentou-o e disse:

— Como estava falando, nós temos que decidir suas casas e chegando na hora em ponto como sempre, o meu grande amigo vidente, Elliot, vai nos dizer para onde que cada um de vocês irão.

Fiquei um pouco ansiosa sobre o assunto, e aposto que meus amigos também estavam. Ela nos disse que são quatro casas:

Norte representado pelo verde e um beija-flor, seus pertencentes geralmente são calmos, leais e ansiosos;

Sul representado pelo branco e um urso, seus pertencentes geralmente são valentes, corajosos e perfeccionistas;

Leste representado pelo roxo e um camaleão, seus pertencentes geralmente são silenciosos, relaxados e traiçoeiros;

Oeste representado pelo laranja e um esquilo, seus pertencentes geralmente são otimistas, inteligentes e cabeças quentes.

Ela também nos disse que existem exceções e você estava na sua casa por algum motivo. Elliot estava com uma bola de cristal na mão, que eu tive a pequena e estranha impressão de que ele havia a tirado da barba.

Em primeiro foi Anne. Ela seguiu o que a Diretora dizia: Colocara sua mão na bola. Uma névoa se formou dentro da bola. Os olhos do velho Elliot que antes eram verde e roxo ficaram completamente brancos. Segundos depois, uma aura roxa de rodeou Anne. Pela aura, se percebia que era um camaleão, com um rabo e uma cara de réptil.

Anne estava em Leste, o que nos deixou impressionados já que ela não é nem um pouco parecida com nenhuma dessas características.

Depois foi Henry. Mesma história: olhos brancos, névoa sinistra... E depois de alguns segundos, uma aura de esquilo alaranjada apareceu sentado na bola de cristal, com o que parecia um chocolate em suas patas. Henry estava em Oeste, o que era de se esperar.

Logo foi a minha vez e eu apenas torcia para que ficasse pelo menos com um deles. Entrei na frente da bola de cristal e coloquei minhas mãos nela. A mesma névoa apareceu e ela ficava girando ali dentro. Esperava que aparecesse uma aura logo, como na vez deles, só que comigo foi diferente. Elliot tremia suas mãos mais que o normal, olhei em sua direção e seus olhos estavam totalmente brancos, como se não houvesse íris, eles até pareciam estar emitindo luz. Ele parou por uns instantes. Penso que ele está morto. Mas em alguns segundos, com uma voz um pouco mais grossa e mais poderosa do que antes, disse:

Em pouco tempo O Oráculo despertará,

Cuidado com os poderes que terá que tomar,

Pois se deixar lhe persuadir

Poderá não mais existir.

Parara de recitar a profecia e voltara ao normal, parece que não sabia o que tinha acontecido, e começou a olhar a bola de cristal de novo.

Eu estava perplexa, na verdade todos estavam inclusive a própria diretora. Olhei para a bola de cristal novamente e tinha e a névoa havia ficado verde, e a aura verde também de um beija-flor começou a voar por toda a sala da diretora. Em pouco tempo ele sumiu, e levou o resto de distração que ainda havia na sala.

***

A diretora Sinder tinha nos dispensado e me disse queria falar comigo novamente, mas a sós.

Fomos para os nossos dormitórios e nem havia dado tempo para conversamos sobre o assunto. A única coisa que pensava era a profecia, a ficava repetindo em minha cabeça. A última coisa que queria, era ir para assistir aula amanhã.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Comentem!



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