Uma Nova Chance Para o Mosca escrita por Sophie Salvatore


Capítulo 9
O Baile




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Assim que chegaram ao baile, Mili esperava com um belo vestido braço no saguão.

–Gente! Vocês chegaram! Que bom! Agora ponham as mascaram e tirem seus casacos, mas sem nenhum menino espiar as meninas nem ao contrário. Vamos ver se alguém acha seu par perfeito mesmo sem saber quem ele é. –ela disse.

Todos os meninos botaram suas máscaras e as meninas tiraram seus casacos e pegaram suas máscaras.

–Ei, Mosca. –disse Mili chegando perto. –Usa essa máscara prateada, vai ficar de mais.

–Mas, não é pra gente achar alguém sem saber quem ela é? Então é melhor que você também não saiba. Vai que é você?

Ela deu um leve sorriso, e virou as costas brava. Ela tinha planejado tudo para que ficasse com o Mosca durante a festa, mas... Como ele não usou a máscara tinha tudo ido por água a baixo.

Os meninos fora pra dentro de um banheiro e botaram as máscaras. Mosca pôs uma preta e entrou no baile.

–Mili?- perguntou Duda chegando perto da menina.

–O que é, Duda?

–Calma! Ta chateada?

–To, porque o Mosca não quer cooperar com o meu plano pra ficarmos juntos!

–Ui...

–O que você quer?

–Qual é a cor do vestido da Luize?

–Eu lá, vou saber, Duda?

–Obrigada, priminha... –ele disse irônico entrando no baile, junto a Mili.

O salão estava lotado. Cheio de meninas dando em cima de meninos, e eles por sua vez, tentando encantá-las pra não ficarem sozinhos na pista de dança.

–Você vai ficar aí? Sozinho?- perguntou Rafa para Mosca. –O Thomas tá ali, e o Binho lá. Eu também quero um par, e você?

–Vai você primeiro, Rafa.

–Ta bem. –Rafa falou saindo e chegando perto de uma garota de vestido lilás. –Oi. Você aceita dançar comigo?

–Eu adoraria. –ela disse sorridente.

Rafa piscou para Mosca, que bufou e olhou em volta. Devido ao brilhante plano de Mili, de ninguém se reconhecer ali, Mosca só sabia quem era o Rafa, o Binho e o Thomas pois botaram as máscaras juntos. Ele continuou olhando em volta, sem saber quem era quem. A maioria das garotas tinha par. E Mili também tinha sumido, já que botou a máscara e tirou seu casaco. Ele continuou olhando em volta, procurando alguém, quando viu uma menina, de cabelo castanho preso, e um lindo vestido azul, sentada numa cadeira.

–Oi, quer dançar? –ele disse estendendo a mão.

–Claro. –ela falou pegando a mão dele.

Os dois foram pra pista, e aproveitaram a música lenta para dançar um pouco de valsa. Assim que a música acabou, os dois ficaram parados. Um olhando para o outro.

–Você dança muito bem. –disse Mosca.

–Obrigada. Você também é uma graça dançando.

–Você vai querer continuar aqui? Ou quer dar uma volta?

–Vamos. –ela disse sorridente.

Mosca foi na frente, até uma varanda grande no segundo andar.

–Eu nunca tinha vindo nessa parte da casa, tem uma bela vista.

–Pois é. A Mili me mostrou outro dia.

A menina foi até a borda da varanda e começou a admirar o céu estrelado.

–A noite ta linda, né? –perguntou Mosca.

–Ta maravilhosa.

–Qual é o seu nome?

–Ué? Eu não posso contar... São contra as regras do baile de máscaras.

–Ta, então como eu vou te chamar?

–Pode ser a menina misteriosa, a menina do vestido azul...

–Então ta, menina do vestido azul.

–Ok, máscara preta.

Os dois deram uma leve risada.

–Então do que vamos falar? Não posso perguntar quem é você, nem onde estuda, nem onde mora.

–Do que você gosta?

–Como assim?

–Joga bola? Matérias favoritas?

–Gosto de quase todo de quase todo o tipo de jogo ou brincadeira, principalmente futebol. Adoro a aula de educação física. E gosto de geografia, conheço quase todo o bairro. Sua vez.

–Gosto de ler, escrever, contar e histórias e sonhar.

–Sonhar?

–Isso. É um mundo de possibilidades. Nada é impossível.

–E com que tipo de coisas você sonha?

–Filmes, livros, histórias, amizades, pesadelos, amor...

–E que matérias você gosta?

–História e redação.

–Faz sentido. –ele falou fazendo a menina rir. –Cor favorita?

–Verde água.

–Filme favorito?

–Jogos Vorazes.

–Livro?

–A Culpa é das Estrelas.

–Esporte?

–Vôlei.

Depois de responderem e perguntarem rapidamente, os dois riram.

–Você é bem legal.

–E você também. –ela falou sorrindo.

Os dois continuaram conversando por um tempão, enquanto isso, Mili continuava a procura de Mosca, e Duda de Luize. Rafa dançava e se encantava cada vez mais com o seu par.

–Chega. –disse Duda. –To cansado de procurar por ela. Já perdi metade da festa fazendo isso. Vou tirar a primeira pra dançar.

–Faz o que você quiser. Eu vou continuar atrás do Mosca.

Duda foi até a pista de dança, e perguntou a uma garota de branco de queria dançar.

–Você é muito delicada. –ele disse elogiando a garota.

–E você é muito divertido. –ela falou, girando e voltando ao seus braços dançando. –É como se...

–Como se o que?

–Não, deixa... É bobagem.

–Pode falar!

–É como se eu tivesse finalmente achado o meu príncipe encantado.

Ele sorriu e continuou dançando com ela até o final da noite.

–É como se eu já te conhecesse. –disse a menina do vestido azul para Mosca, ainda na varanda.

–Eu também sinto isso, mas devo estar errado.

–Por que?

–Porque se fosse verdade, eu nunca teria deixado uma garota tão legal e bonita escapar.

–Obrigada. É uma pena não poder saber qual é o seu nome.

–E é uma pena não saber qual é o seu.

–Ei! –gritou Mili entrando na varanda. –A festa é lá embaixo.

Luize sorriu pro Mosca e foi para o salão. Mosca ia logo atrás, mas Mili segurou o braço dele.

–Mosca?

–Como você sabe?

–Eu sou a Mili, seu bobo. Pensei que esse lugar fosse só nosso.

–Desculpa, Mili. Eu achei...

–Você não achou nada. Agora vai lá pra baixo que eu tenho uma surpresa pra você.

Ele sorriu e ela foi na frente. Mosca entrou na multidão, e então achou a menina de vestido azul. Ele sorriu e ficou petinho dela.

–Bom... –começou Mili em cima do palco, com o microfone na mão. –Podem não estar me reconhecendo, mas eu sou a Mili. Agora, eu quero agradecer a todos por terem vindo. E quero agradecer especialmente ao meu avô, por tornar tudo isso e possível. Então, eu quero apresentar uma música para um antigo amigo, que eu já não vejo a muito tempo, desde que fui pra Minas Gerais. Essa é pra você! –ela começou a cantar.

“Me passam coisas que não compreendo Está em tudo o que eu penso Sonho, desperto com teu olhar Quando me olha, me sinto linda

Me passam coisas quando eu te vejo Estou diferente, há algo novo Me dá vergonha se ele descobrir É tão difícil dizer”

Enquanto ela cantava, muitos dançavam. Mosca começou a olhar firme pra Mili, em cima do palco. E se lembrou de todas as coisas que já tinha passado com ela. Sua cabeça estava na lua. Mas tudo foi interrompido, quando a menina do vestido azul apertou a sua mão. Ele olhou pra ela e tirou a menina pra dançar. Mili se roeu de inveja. Mas não parou de cantar. Assim que a música acabou, Mili pegou o microfone e desceu pro salão, perto da menina de azul.

–Oi, então qual é o seu nome?

–O legal da festa não é fazer mistério?

–É claro... –falou Mili desapontada. –Então por que não da uma palhinha?

–Como assim? Por que eu?

–Está com medo?

–Eu? Não... Só acho que seria melhor se outra pessoa cantasse.

–Vai! Canta! Canta! Canta!- todos começaram a bater palmas pedindo pra que ela cantasse.

–Vai, canta. –disse Mosca no ouvido dela.

–Ta bem. –ela disse subindo no palco.

“Não consigo olhar no fundo dos seus olhos E enxergar as coisas que me deixam no ar, deixam no ar As várias fases, estações que me levam com o vento E o pensamento bem devagar

Outra vez, eu tive que fugir Eu tive que correr, pra não me entregar As loucuras que me levam até você Me fazem esquecer que eu não posso chorar”

Mosca não tirava os olhos da menina em cima do palco. Sua voz era muito doce e incrível. Nem a mão da Mili tirou sua atenção de lá. Assim que ela acabou, ele abraçou a menina. Mas então, Ernestina entrou no salão e começou a gritar:

–Orfanato Raio de Luz, entrada! Agora!

–Ta na hora de ir embora. –disse Mosca.

–Também acho. –falou a menina. –Eu também já vou.

Mosca foi até a entrada, tirou a máscara e o terno, enquanto isso, as meninas botavam o casaco e tiravam as máscaras indo pra vã.

–Como foi? –perguntou Chico, dentro do carro assim que todas entraram.

–Foi incrível! Achei o amor da minha vida! –suspirou Vivi.

–Eu também... –disse Cris.

–Eu achei um garoto lindo que dançou e brincou comigo a festa toda! –falou Tati.

–Eu também. –disse Ana animada.

–E eu achei o meu príncipe encantado. –falou Luize, olhando pras estrelas pela janela.

–Eu achei um cara da hora. –disse Pata.

–É... Até que o par não era nada mal. –falou Bia.

–E vocês garotos? Se divertiram? –perguntou Chico.

–Muito... –falou Mosca, também encarando o céu estrelado.


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