Odd's in your favour escrita por MyG


Capítulo 3
Alguém esta de volta


Notas iniciais do capítulo

Ola povos e povas.. *u* Eu disse que nao iria demorar, e nao demorei u.u
Boa leitura



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A noite se passa, e eu reviro em meu cômodo. Eu fico em um cômodo sozinha e isolada, não tenho mãe ou irmã como Katniss.

Descobri a pouco, que minha mãe morreu.

Morreu ou foi assassinada... Quem sabe?

No entanto, eu não senti a dor de uma perda realmente.

Ela me abandonou, eu sobrevivi sozinha.

Não espero que as pessoas entendam a minha falta de amor por ela, mas é algo que eu não consigo perdoar. Eu não sinto raiva ou ódio. Eu sinto uma estranha sensação de nada. Quando me falam dela, nada se agita, nada muda, não sinto nada.

Se ela não tivesse me abandonado, talvez eu não estaria tão pronta para o que estou vivendo agora.

No distrito 13, você esta sempre rodeada de pessoas, porem, é como se eles fossem fantasmas.

Passam por você, silenciosos ou atarefados com suas coisas, e não ligam para você.

Eu ainda não sei, se são eles que não existem, ou se eu não existo.

É tão complicado.

Ethan esta na Capital, junto com Cato, Peeta, Johanna e Brutus.

A única pessoa que tenho é Katniss, que esta tão perturbada quanto eu. Talvez, ate em estado pior que o meu. É deprimente a ver tão distante e vazia, ela tem sonhos e pesadelos a noite, grita, chuta o ar. Presenciei apenas um deles. E toda vez que eles acabam, ela assegura um perola em seu peito, as vezes fica brincando com ela... Aquilo a tira do ar por tempos curtos ou longos, depende. Ela parece por sua força naquilo, e eu realmente não a culpo.

As horas passam, e o silencio do cômodo me estressa de tal maneira que se torna insuportável. Quando finalmente saio para saber o meu horário (Que não é nada menos que um carimbo depositado em seu pulso, com o que você deve fazer durante o dia, e que só sai a noite quando você vai tomar banho) vejo que tenho café da manha e então o comando.

O comando não é o local mais legal que existe no distrito 13. Na verdade, o único local que parece ser legal aqui, são os “esconderijos” que eu e Katniss quase sempre estamos.

Almoxarifados, salas de limpeza ou dutos de ventilação.

Nada é mais agradável que eles.

Pego minha bandeja, que hoje contem purê de nabos, e me sento na mesa destinada a mim, Enobaria, aos Everdeen, Hawthornes e mais alguns refugiados.

A porção de nabos, é baseada em sua altura, peso, tipo de corpo, saúde e quantidade de trabalho físico exigido pela sua programação... Tudo que você come, dura nem mais e nem menos, ate a próxima refeição.

Sento-me junto a Katniss e Gale, que discutem sobre a comida.

Me mantenho em silencio. Na presença de pessoas além de Katniss ou Enobaria, sou praticamente muda e desligada. Muitas vezes deixo minha mente correr para longe, para o distrito 2 e para a minha mesa de café da manhã quase vazia, que eu deixava toda bagunçada e ia diretamente para o centro de treinamento.

– Clove você concorda? – Olho para frente e encontro Katniss e Gale me olhando com espera.

– Podem repetir? Eu me desconcentrei... Desculpe. – Falo e Katniss assente.

– Sobre sermos os tordos, condições. – Não entendo direito o que Katniss quis dizer e Gale parece perceber.

– O que estávamos pensando seria... Que para vocês aceitarem ser os tordos, eles deveriam aceitar algumas condições que vocês iriam propor. Uma delas seria eu e a Katniss poder caçar na floresta.

– Você poderia pensar em algo que você queira, e as exigir. – Katniss completa e eu assinto devagar.

– Entendi. Irei pensar em algo.

– Perfeito. – Sibila Gale e eu sorrio de canto.

Na sala de comando, todos os olhares recaem sobre mim, Katniss e Gale quando adentramos. Eles parecem impassíveis, sempre carrancudos, nunca sorriem e Coin tem um o ollhar tão duro, tão frio... Ela me causa mais arrepios que Snow.

Sentamos onde nos foi designado, eu não sei o que pedir.

Que propósitos eu teria?

Não tenho uma família para proteger, não tenho um distrito que me ama...

Brutus, Cato, Ethan, Capital.

As palavras me rodam por um instante e eu observo que devo ter perdido algo, pois Coin alcança a Katniss um papel.

Ela começa anotar algo, se perde as vezes e então eu paro de prestar atenção.

Preciso de motivos.

Os meus motivos para aceitar ser o tordo e eu já sei qual serão eles.

Depois de cerca de 20 minutos Katniss diz que acabou.

Eu suspiro aliviada, cada minuto a mais nesse lugar, me deixa zonza.

Ela me olha e espera um sinal de “ok” de minha parte.

Assinto concordando e ela pigarreia.

– Nos aceitamos ser o tordo de vocês. – Katniss diz, e nenhum movimento de empolgação ou surpresa na sala. Tao felizes quanto uma porta, eu diria.

– Mas... - Começo, erguendo os olhos enquanto todos se viram para me observar. – Temos algumas condições.

– O nosso gato fica. – Diz Katniss, e esse pequeno pedido, gera um infinito de explicações do “por que isso não será possível”. Mas, no final, acaba se decidindo que Katniss e sua família, serão transferidas para o nível superior, onde existe uma janela acima do solo para o gato pode ir e vir.

– Continuando.. – Pigarreia Katniss. - Eu quero caçar. Com Gale. Na floresta.

– Nós não vamos longe. Usaremos nossos próprios arcos. Você pode ter a carne para a cozinha. – Completa Gale.

Mais argumentos que parecem ser infinitos de o “Por que eles não poderem ir caçar” se seguem e eu abaixo a cabeça, colocando as mãos na nuca, respirando frustrada.

– Deixe eles irem. Deem duas horas por dia, deduzidas do seu tempo de treinamento. Um raio de milha de quadrante. Com unidades de comunicação e tornozeleiras perseguidoras. Qual é o próximo? – Coin da um fim no assunto, literalmente.

– Gale vai comigo.

Coin começa um discurso sobre como precisamos manter a estratégia de “os amantes desafortunados do distrito 12” viva, e eu simplesmente saio de lá.

Minha cabeça começa a girar, se eu ficasse mais um segundo dentro daquela sala, enlouqueceria mais do que já me sinto enlouquecer.

Caminho sem lugar, sem direção, sem rumo.

Ate perceber que estou na ala hospitalar. Existem muitas pessoas feridas aqui.

No final do corredor, depois de uma fileira de macas, para as pessoas que não estão com ferimentos tão graves ficarem, uma discussão acontece.

– Eu preciso ir ver ela! Eu quero saber o que esta acontecendo! – Meus músculos começam a enrijecer, eu conheço esta voz.

Meus passos, se transformam em uma corrida, que chegando ao destino se transformam em um choque repentino.

– Você... – Murmuro ao passo que todos percebem a minha presença e me encarram. – Você esta aqui!


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Notas finais do capítulo

E ai... Quero opinioes... Quem voces acham que ta ai ? :3 Vejo voces nos comentarios.. ^^