The Happiest Day escrita por RayTess


Capítulo 1
Enfim, felicidade!


Notas iniciais do capítulo

oi oi oi pessoas *-*
Bem, essa é minha primeira fic e tals, não só de TM, mas de qualquer outra séria.
Então, peço que sejam bonzinhos com a inicantes aqui ><'
Mas, chega de enrolação e boa leitura ;D



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POV Teresa Lisbon

- É hoje.

Lá estava eu, olhando para o grande espelho que me devolvia o reflexo de mulher que está apreensiva. Mordi o lábio. Afinal, nunca me imaginei naquele lugar, muito menos sendo a pessoa que todos aplaudiriam no momento da dança.Olhei através do vidro da janela meio embaçado por causa do vento, e vi todos reunidos, sentados nas cadeiras e alguns em pé, conversando animadamente, cochichando sobre como Jane estava nervoso. Desviei meu olhar para o céu nublado, com cara de chuva, coberto de nuvens cinza que não permitiam que o sol se apresentasse. Seria péssimo se chovesse. Mas provavelmente seria apenas uma corrente fria tropical, eu esperava que fosse.

Foquei novamente no espelho e dei os últimos retoques no meu vestido e cabelo. Estava impecável. Pela primeira vez não me achei estranha num traje como aquele. Mas eu estava nervosa, muito nervosa.Minhas mãos suavam e a ponta dos dedos estava fria, revelando minha apreensão e ansiedade. Havia tomado uma decisão muito importante na minha vida, a decisão de construir uma família, estruturar um lar. Um lar de verdade, o qual nunca fui capaz de ter. Aquela era minha chance, e eu estava tão feliz...

Feliz e ao mesmo tempo com medo, pois apesar de tudo que havia passado, aquilo ainda era uma coisa nova para mim, uma coisa que eu ansiava experimentar, e que também tinha um certo receio de qual seria o resultado da minha decisão.

Com vontade de relaxar, caminhei cuidadosamente até a grandiosa janela, e abri as cortinas, aspirando o ar que percorreu por todo meu corpo, causando arrepios e ao mesmo tempo uma sensação de leveza. Abri meus olhos novamente, sendo brindada pela bela praia horizonte à frente. Sorri perante a exuberante visão daquele mar azul, pois estava numa grande casa de frente para ele, ouvindo o som enigmático das ondas, acompanhado pelo vento bastante frio que era arrastado constantemente pela maré. Fico por alguns segundos parada, desviando o olhar de vez em quando para o barulho de pessoas conversando logo abaixo.

Vi Rigsby, sendo sempre o alvo das brincadeiras dos demais, por ser o mais bobão e inocente. Sorri de novo. Vi algumas outras pessoas, alguns amigos e outros conhecidos, tanto meus quanto de Jane. Num certo momento, o vento bateu tão forte que fez meu véu bailar de um lado pro outro, me obrigando a fechar a janela e voltar a fitar o espelho.

De onde estava podia ouvir outras pessoas que estavam rindo descontraidamente, agradecendo por o tempo estar finalmente se abrindo, dando lugar ao imenso e amarelo-alaranjado sol, que esquentou e mandou para longe todas aquelas nuvens. Graças por isso.

Estava já passando da hora de descer, mas eu ainda queria continuar ali, tentar relaxar mais um pouco, quem sabe, pra ver se aquela minha cara de mulher que tomou um belo susto desaparecesse. Ouço uma, duas, três, quatro batidas na porta. Era Grace.

- Teresa, já está quase na hora. – ela me alertou – Precisa de ajuda? – tão prestativa... Grace e eu tínhamos nos tornado muito amigas, compartilhando emoções e tudo mais.

- Sim. – me virei para ela – Como eu estou? – perguntei enquanto mordia o lábio inferior, na expectativa de ter uma resposta positiva.

- Nervosa. – ela foi sincera – Teresa... – se aproximou de mim, pegando nas minhas mãos num gesto de carinho e conforto – Precisa se acalmar, vai dar tudo certo! – suas palavras significavam muito pra mim – E vai por mim, Jane também está nervoso. – ela apontou para a janela e me guiou até a mesma – Olhe. Ele não para de mexer na gravata e também não para de bater o pé no chão. – tentou me animar.

- Jane sempre odiou gravatas. – tentei justificar, afinal, Jane não se apavorava em, praticamente, momento algum.

Grace ergueu uma sobrancelha.

- Ninguém é de ferro. Nem mesmo Patrick.

- Eu sei. – fechei os olhos e respirei fundo, tornando a abri-los – Mas no fundo, estou muito feliz. – sorri para Grace e ela sorriu de volta – É meu maior sonho – desabafei.

- É, você me contou isso quando tive que ir à sua casa e te ajudar a escolher os arranjos de flores! – uma lembrança boa tanto pra mim quanto pra ela – Teresa, eu quero que você seja muito, mas muito feliz. Quero que saiba que pode contar comigo pro que der e vier, sou sua amiga. – aquelas palavras me comoveram tanto...

- Ai, para! – dei um tapinha nela e sorrio com os olhos cheios de lágrimas – Senão vou borrar minha maquiagem!

- Não tem mais nada que impeça você e ele de serem felizes. Nada. – me fez lembrar da morte de Red John, realmente havia sido um peso tirado de minhas costas. Alívio e tranquilidade foram os fatores que me levaram a acreditar e aceitar tudo o que estava acontecendo – Seja feliz, amiga, você merece. Saiba que eu amo você! – sorriu também prestes a chorar.

- Eu também amo você! – a abracei e ficamos ali, alguns segundos para acalmar meus nervos. Depois nos desvencilhamos.

Grace havia se tornado tanta coisa pra mim, a irmã que eu nunca tive.

- Eu ainda não contei a ele... – ela me disse, olhando para a barriga que em breve cresceria – Espero contar para ele amanhã, pois iremos sair para comemorar nossos três anos de casados. – sorriu para mim.

- Oh, Grace! Que maravilha! – pousei minha mão sobre o ventre ainda magro – Wayne vai pular de alegria! Pelo visto Ben e Maddy vão ganhar um irmãozinho. – sorri diante da emoção que era ter um filho nos braços – E eu quero ser a madrinha, viu? – sorri.

- É claro que você vai! – me disse e ficamos alguns segundos em silêncio – Você também devia contar a Jane. – ela insinuou, e depois de um tempinho, percebi ao que ela se referia. Como poderia saber?!

- O quê...!? Como você... – estava perplexa.

- Teresa, por favor! Sou sua melhor amiga. – deu um sorriso maroto para mim, arqueando a sobrancelha com ares de quem sabe tudo.

- Vou contar a ele... Hoje ainda! – abri logo o jogo. De repente, senti um calafrio, causado pela brisa fria que vinha da maré. Fui em direção a ela, o bastante pra que não me vissem ali, e fiquei a contemplar a paisagem – Sabe, Grace... – suspirei – Isso significa muito pra mim. Uma nova família, uma nova chance, uma nova vida! – levei meu olhar a ela – É um passo muito importante, uma grande página virada. Algo que nem eu mesma consigo explicar. – sorri – Está sendo um verdadeiro conto de fadas! – alarguei mais ainda meu sorriso.

- Pode crer que sim! – ela aproximou-se de mim – Você vai fazê-lo muito feliz – ela disse – Vamos! A noiva pode atrasar, mas não tanto! – ela se afastou e voltou com um buquê de rosas vermelhas – Pegue. – ela me entregou – Sua vez de ser feliz! – Sorri de novo. Grace tinha sido uma irmã pra mim em tão pouco tempo... Ela me ajudou a arrumar o véu e cuidou para que ele não prendesse em alguma farpa da casa de madeira.

- E Minelli? – perguntei sobre o homem que ia me guiar até o altar – Onde ele está? – ainda estava descendo as escadas com cuidado quando me deparei com ele.

- Estou aqui! – veio em minha direção – Teresa, você está linda, fantástica! – percorreu meu corpo dos pés a cabeça, fitando a minha face corada – Jane vai ter um piripaque quando te ver – me fez sorrir – Ele está quase desmaiando naquele altar de tanto nervosismo!

- Minhas pernas estão tremendo! – revelei.

- Deixe disso e vamos logo! – me ofereceu o braço e eu correspondi.

Suspirei de novo. Era a única coisa que podia fazer pra me acalmar.

- Vamos lá! – disse para mim mesma, determinada a encarar.

- Boa sorte, amiga! – Grace me sorriu e saiu na frente, alertando para que a marcha nupcial começasse a tocar.

- Pronta? – Minelli me pergunta.

- Mais do que nunca. – olhei para ele e nós dois sorrimos.

E então nós saímos, e eu pus o pé no tapete branco que era adornado por vasos de flores brancas em suas extremidades, seguindo um mesmo caminho: aquele que me levaria ao altar.

Todos se levantaram ao perceber que eu me aproximava. Eu realmente nunca tinha visto tanta gente olhando pra mim, como se nunca tivessem me visto. Mas é justo. Afinal, ninguém seria capaz de sequer imaginar – exceto Van Pelt – a agente sênior durona na CBI metida num vestido branco tendo o ex-chefe como acompanhante. Ainda mais casando com o próprio consultor. Que loucura.

Minelli notou que eu estava meio pálida.

- Tudo bem?

- Sim. – respondi de imediato e me recompus. Abri um grande sorriso e recomecei a caminhar.

POV Patrick Jane

Foi ali que meu coração parou.

A visão de Lisbon vindo em minha direção era... Inexplicável! Estava tão linda que doía o peito. Os cabelos pretos esvoaçando em companhia da brisa da praia, realçados pela pequena tiara de brilhantes junto com o véu que arrastava pelo chão. E aqueles olhos extremamente verdes em contraste com a luz do pôr-do-sol? Deus do céu, eu nunca vi mulher mais linda! Ela ainda estava sorrindo, mas notei que estava um pouco insegura. Devia ser porque, depois que a vi, não esbocei reação alguma de tão surpreso que estava perante tamanha perfeição! A cerimônia nem realmente havia começado e Grace já estava chorando litros, enquanto ficava ao lado de Rigsby.

Parecia um sonho!

Teresa Lisbon. Num altar. Vindo ao meu encontro. Feliz e sorridente. Aquele era o dia mais feliz da minha vida! Das nossas vidas!

Sorri de orelha a orelha enquanto ela se aproximava ainda mais, esbanjando simpatia. Quando ela chegou até mim, apertei a mão de Minelli, num gesto de agradecimento.

- Sejam felizes! – disse.

- Obrigado! – Lisbon e eu respondemos em uníssono.

Então tomei Teresa pelo braço e beijei-lhe os nós dos dedos.

- Você está perfeita! – não pude conter um sorriso ao ver o rubor dando uma tonalidade vermelha às suas bochechas.

- Você também não está mal. – sorriu travessa, e meu coração quase se derreteu diante de tamanha meiguice.

Nos posicionamos em frente ao altar, olhando para o padre. Ele prosseguiu como de costume, falando sobre a importância da família, do amor e do respeito mútuo, afim de que a união jamais terminasse, dizendo que o amor nunca deveria esfriar, e sim aumentar com o passar dos dias. De vez em quando, eu espiava minha Teresa. Ela parecia tão leve, satisfeita consigo mesma. Talvez devesse estar imaginando como seria a nossa vida: viagens, comemorações, filhos... Ah, filhos. Talvez um menininho de cabelos dourados com olhos grandes de um verde majestoso? Ou quem sabe uma mini Teresa de cabelos negros compridos e ondulados, com a franja lhe caindo sobre a testa e com o lindo sorriso de covinhas adornado por belos olhos azuis? Eu não sei dizer bem ao certo, mas era essa possibilidade que me unia ainda mais à Teresa. Uma criança. Sangue do nosso sangue, carne da nossa carne, um laço concreto que nos uniria para todo o sempre. Fui interrompido dos meus devaneios pela tão esperava frase que desejava ouvir:

- Patrick Jane, você aceita Teresa Lisbon como sua legítima esposa, para ama-la e respeitá-la, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?

- Aceito. – alarguei ainda mais meu sorriso e pude perceber que os olhos de Teresa, pouco a pouco, ficavam marejados.

- Teresa Lisbon, você aceita Patrick Jane como seu legítimo esposo, para ama-lo e respeitá-lo, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?

- Sim, eu aceito. – então uma lágrima solitária banhou seu rosto, traçando caminho até a boca, mas o mais importante era saber que essa lágrima essa de felicidade.

- Então, pode beijar a noiva.

Me virei para ela e acariciei seu rosto por sobre o véu que lhe cobria, levando pra longe aquela lágrima. Era uma visão maravilhosa. Ali, na minha frente, estava a minha Teresa, minha melhor amiga, namorada, e minha mulher. Ergui as mãos e lhe tirei delicadamente o véu, que devagar ia revelando aquele rosto perfeito. E depositei-lhe um beijo casto na testa, para depois seguir caminho à sua boca convidativa, deliciando-me com seu gosto e cheiro inebriantes.

POV TERESA LISBON

Meu Deus, como eu amava aquele homem! Quando provei daquele beijo, parecia que o mundo havia parado, e agora girando em torno de nós em passos vagarosos. Nossas línguas dançavam conforme o ritmo suave composto por aquela brisa gostosa de fim de tarde, fazendo-nos ficar ainda mais colados. Somente quando o ar se fazia necessário foi que nos separamos, ficando de testas coladas e com sorrisos maiores que o mundo, recebendo os aplausos de todos que estavam ali. Agora sim, eu seria uma mulher completa e feliz.

(...)

- Por que isso é tão engraçado?! – protestou Wayne, que tentava limpar a manga do paletó sujo de vinho tinto – Foi um acidente. Isso é normal!

- Não é normal alguém ir tranquilamente pegar sua taça de vinho e simplesmente se estatelar no chão, tropeçando nos próprios pés! – Jane disse irônico, bebericando seu champanhe.

- Mas até que não está tão ruim assim. – Cho se pronunciou.

- Sério?

- Não.

- Ah, que se dane! – Wayne tirou o paletó e o jogou na mesa.

- Não seja tão grosseiro! – Summer deu um tapinha em Cho, repreendendo-o pelo ato.

- Mas eu só disse a verdade... – Summer revirou os olhos

- Então guarde para si. – ela disse – Vem, vamos ver como estão as crianças. – Summer o puxou pelo braço.

- É, tenho que ir... – desculpou-se – Mulheres...

Essa cena nos fez rir. Rigs... O coitado sempre foi atrapalhado, mas isso que o faz ser uma pessoa terna e até fofa. De repente senti uma mão passeando por minhas costas e pousando na minha cintura.

- Quer mais champanhe, querida? – Patrick beijou minha têmpora, cheirando meu cabelo.

- Não, amor, eu estou bem. – sorri sem mostrar os dentes.

Jane semicerrou os olhos, desconfiado.

- Sra. Jane... O que deu em você pra não querer nem beber um golinho no dia do seu casamento?!

Eu não respondi, apenas sorri e lhe dei um beijinho rápido. E o deixei lá, me observando atentamente, enquanto eu ia ao encontro dos meus irmãos.

- Reese! – Tommy me abraçou – Mais uma vez, meus parabéns!

- É, Reese, você arranjou um ótimo partido! – James brincou.

- Vamos ver isso daqui a alguns meses. – John disse e eu não entendi.

- Como assim?

- Ah, você sabe... – Tommy sorriu matreiro e eu finalmente entendi, corando instantaneamente. – Quando estiver com a barriga quase no fim da rua e o menininho nascer, veremos se Patrick fez mesmo um bom trabalho na cama! – realmente não acredito que ele disse isso.

- Meninos... – sorri – Mas e você? Como vão as coisas com Kate? – indaguei me referindo a mais recente namorada de Tommy, tentando mudar de assunto.

- Vão muito bem. Torço muito para que ela se entenda com Annie... você sabe: ela é dura na queda. – ele apontou para uma mesa ao canto, onde Kate e Annabeth estavam papeando. Quando ela viu que nós a observávamos, veio a passos rápidos até mim.

- Tia!

- Olá, Annie! – a abracei.

- Você está linda, aliás, perfeita! – me olhou de cima a baixo, me fazendo corar – Não. Você é perfeita. – sorrimos juntas.

- Então, como vai com a nova namorada do seu pai?

- É... ela é legal... – disse sem jeito – Mas ela que nem pense em ficar com meu pai só pra ela.

- Não seja boba, Annie. Ninguém vai tomar seu lugar. – Tommy disse.

- Nem um novo irmãozinho? – ela perguntou e Tommy espantou-se um pouco com a possibilidade, até porque, ainda era muito cedo até para um noivado ou casamento, quanto mais filhos. Mas ele resolveu tranquiliza-la.

- Nem um novo irmãozinho! – Tommy sorriu e eu fiquei pensando por um tempo se eu seria uma boa mãe. Então, uma voz ao microfone me tirou dos meus devaneios.

- E agora, é a hora do casal da noite dançar! – um cantor ruivo de olhos castanhos disse.

Ah não! É agora! Eu não sei dançar, como vou fazer isso?! Meu Deus, é a noite do meu casamento e eu devia ter me preparado. Percebo que não tenho como fugir quando vejo Jane vir ao meu encontro sorrindo lindamente.

- Está na hora de mostrar o que pode fazer, Sra. Jane. – ele estendeu a mão, me convidando para a dança, enquanto as pessoas se reuniam, fazendo uma roda em volta para assistir ao “espetáculo”. Então eu ouvi a melodia. A melodia tão conhecida por nós dois e que havia embalado nossos corpos e corações há muito tempo.

Saying 'I Love you'

Is not the words I want to hear from you…

E as lágrimas chegaram cedo aos meus olhos.

It's not that I want you not to say

But if you only know

Mas eu as segurei.

How easy it would be to show me how you feel

Então tomei a sua mão, e colei meu corpo junto ao seu.

More than words.

Ele abraçou minha cintura com a mão, enquanto a outra segurava a minha junto ao seu coração, e colou a testa na minha, fechando os olhos e saboreando o momento. Percebi que a iluminação ficou fraca, pra dar aquele clima romântico, e uma leve luz vermelha saía de uns dos refletores, iluminando-nos. Dançávamos conforme a música, dando uns passinhos pra lá e outros pra cá, sempre unidos fortemente.

Is all you have to do to make it real

- Eu amo você, Teresa Lisbon, incondicionalmente! – Patrick me disse, seus olhos fixos nos meus, e eu senti vontade de explodir em lágrimas de tanta felicidade.

Then you wouldn't have to say

- Eu também amo você, Patrick Jane! – sorri – Incondicionalmente.

That you love me 'cause I'd already know

Então ele me beijou, e eu senti que, ali, a partir daquele momento, Patrick seria o meu mundo, o meu chão, o meu tudo. Eu o amava mais que tudo. Seríamos felizes, mesmo eu sabendo que em alguns momentos seria difícil lidar com o jeitão todo orgulhoso dele. Mas isso valeria a pena, muito a pena. Levamos mais de 12 anos para finalmente assumirmos o que sentimos um pelo outro, e agora é preciso aproveitar cada minuto, cada segundo ao lado dele. Jane me apertou mais forte, dando mais intensidade ao beijo, e eu cedi a espaço para que sua língua possuísse a minha. Passei os braços em volta de seu pescoço, e pude sentir cada toque, acompanhado por cada arrepio, que atravessavam meu corpo de uma ponta a outra. E então a falta de ar veio atrapalhar, fazendo com que tivéssemos que nos separar, recebendo, mais uma vez, os aplausos de todos.

(...)

POV PATRICK JANE

Eu sabia que ela estava me escondendo alguma coisa, só não sabia o quê. Isso é tão estranho... assim, não saber das coisas. Pela primeira vez Teresa Lisbon conseguiu disfarçar suas expressões e gestos. Mas isso agora não importava. A recepção estava quase no fim, e Tessie já cumprimentava algumas pessoas que iam embora.

- Desejo muita felicidade aos dois! – me aproximei e pude ouvir Minelli – E cuide bem dela, charlatão! – sorri.

- Não se preocupe, Virgil. – cumprimentei-o. – Faça uma boa viajem de volta e mande um beijo para Kassie.

- Pode deixar. Sejam felizes. – então o vi entrar no carro, dando partida e desaparecendo conforme se afastava.

(...)

Entramos em casa esbarrando em tudo: cômodas, estantes, sofás... até que, sem querer, pisei na barra de seu vestido, e caímos os dois no chão, em meio a gargalhadas.

- Machucou? – perguntei, elevando o torso para que a pudesse olhar nos olhos.

- Não. – ela sorriu – Mas não posso dizer o mesmo a respeito do vestido. – ela disse apontando para a barra, onde havia rasgado.

- Meh, não importa. Você não vai precisar dele tão cedo. – sussurrei ao seu pé do ouvido, aproveitando para mordiscar sua orelha, gemendo com a voz cheia de promessas e desejos.

- Patrick... – ela arfou sob mim.

- Não diga nada. – pousei meu indicador sobre sua boca, acariciando o lábio inferior lentamente. Ela fechou os olhos. – Melhor tirar esse vestido. Não queremos que algum acidente aconteça, não é mesmo? – ela me sorriu com malícia.

- Sim.

Levei minhas mãos até seu vestido, onde desci lentamente o zíper com uma mão, enquanto a minha outra acariciava cada pedaço daquela pele macia exposta. Seu murmúrio de satisfação foi o suficiente para me empolgar. Levantei-nos, erguendo-a nos braços, me encaminhando para nosso quarto.

Empurrei a porta com o pé, fechando logo em seguida, pondo Teresa no chão.

- O que vai fazer comigo? – ela abriu a boca para falar, me banhando com seu hálito fresco, seus olhos libidinosos queimavam os meus.

- Veremos. – sorri e me aproximei de supetão, terminando de retirar seu vestido. Apenas a observei por alguns segundos. Céus, como ela era linda. Perfeita. Nunca vi algo tão maravilhoso na minha vida.

- E você? Vai ficar de roupa? – ela disse enquanto mordia o lábio. Não esperou minha resposta, e me despiu, lenta e sensualmente, até que ambos ficássemos apenas com as roupas íntimas.

Eu não aguentava mais, era demais pra mim. Agarrei e a beijei com sofreguidão, dando a ela tudo de mim. Suas mãos passeavam pelas minhas costas nuas, agarrando meus ombros, me puxando para si, tornando-nos apenas um. Emaranhou seus dedos por entre meus cabelos, dando puxões leves, me arrancando gemidos quase inexprimíveis. Com passos apressados, guiei-a até a cama, onde a deitei gentilmente, cobrindo seu corpo com o meu.

- Ah, Teresa... – murmurei em puro prazer, enquanto beijava cada parte de seu pescoço e me deliciava com seus gemidos descontrolados.

- Patrick, por favor... – ela já estava no limite? Assim, tão rápido? Não, não. Eu não havia nem começado a brincadeira.

-Shhhh.

Desci beijos molhados por seu pescoço, ombros, clavícula, seios, barriga... e recomecei todo o caminho, voltando a atenção para a sua boca. Lisbon me apertou ainda mais, enroscando as pernas na minha cintura, me estimulando, eu não aguentaria por muito tempo. Apertei sua coxa, e, quando não pude mais suportar, me afastei apenas para me livrar da cueca, e voltei a beija-la.

Mais uma vez, segui aquele mesmo caminho, parando nos seus seios fartos. Abri o fecho do sutiã, e sem aviso prévio, possuí-os com minha boca, fazendo movimentos circulares com a língua, vendo Teresa pender a cabeça para trás, gemendo alto. Isso era muito bom, ver que era eu o responsável por seu prazer.

Agora sim, eu que estava no limite. Rapidamente, tirei sua calcinha e a penetrei devagar, enquanto me abraçava fortemente, nos unindo ainda mais naquela dança lenta e sensual, nossos sentidos se embaralhando juntamente com as nossas sensações, nos fazendo perder a noção do real. Então eu acelerei, precisava de muito mais que aquilo. Foi se tornando frenética, ousada, necessitada, assim como nossas respirações entrecortadas.

Então ela atingiu o clímax, sendo acompanhada por mim.

Exausto, me deixei cair por cima dela, e Teresa me abraçou, afagando meus cabelos. Podia sentir a batidas de seu coração, aquele coração que tanto me amava, que me sustentava nos meus piores dias. Eu me sentia um menino indefeso, tentando buscar paz e conforto em quem mais amo. Passei meus braços em volta dela, colando nossas testas.

- Eu te amo. – fechei os olhos – Mais do que tudo nesse mundo. – tornei a abri-los e me deparei com uma Teresa Lisbon totalmente entregue, a mercê de seus próprios sentimentos.

- Eu também te amo. Mais do que tudo nesse mundo.

Então nos beijamos. Um beijo lento e terno para aplacar o calor de nossos corações. Saí de cima dela, e deitei ao seu lado, abraçando-a logo em seguida, fazendo-a recostar a cabeça em meu peito. Nunca havia me sentido tão realizado num só dia.

- Então... – puxei assunto – Não vai me contar?

- Contar o que? – ela ergueu a cabeça, me olhando nos olhos, se fazendo de desentendida.

- O que você veio escondendo o dia inteiro.

- Não estou escondendo nada.

- Sério? – falei desdenhoso, arqueando a sobrancelha.

- Não acredito que o tão célebre leitor de mentes Patrick Jane não descobriu! – ela parecia uma criança que conseguiu pregar a peça em alguém.

- Mas eu descobri! – falei – Só preciso ouvir da sua boca. – lhe dei um beijo rápido, puxando de leve seu lábio inferior.

- Ué, então diga! – protestou.

- Quer mesmo ouvir? – perguntei.

- Sim.

Segundos de silêncio.

- Você está grávida. – falei com um sorriso vitorioso.

POV TERESA LISBON

Ok, eu admito. Como pude pensar que esconderia alguma coisa dele? Patrick é um mentalista, saberia das coisas de qualquer modo, mesmo se que não quisesse. Mas de qualquer jeito, não pude deixar de ficar boquiaberta. Estar grávida era uma novidade pra mim também. Patrick já foi pai uma vez, sabe como lidar com essas coisas. Mas eu... eu nunca fui mãe. Não consigo conter o desespero na frente dele. Seria eu uma boa mãe?

- Hey, querida. Não se apavore. – sentou-se, me abraçando apertado. – Tenho certeza que será uma boa mãe. Aliás, uma ótima mãe.

- Como pode ter tanta certeza?

- Porque você é perfeita. – colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. – E além do mais, eu vou sempre estar aqui pra te ajudar, pra te dar uns cascudos quando você estiver sendo muito cabeça-dura. – não pude deixar de sorrir após esse comentário.

Instintivamente, Patrick passou a mão na minha barriga, acariciando levemente. Vi um sorriso bobo brincar nos seus lábios.

- Eu vou ser pai. – sorriu ainda mais – De novo! – ergueu os olhos, encontrando os meus. – Obrigado, Teresa. Obrigado por me fazer o homem mais feliz desse mundo. – me abraçou.

Depois de alguns minutos, o silêncio se instaurou, mas era aquele silêncio confortável. Olhei para Patrick e ele fitava o teto, pensativo, sorrindo de vez em quando. Talvez já estivesse se imaginando pegando o bebê no colo pela primeira vez.

- Em alguns meses teremos uma pequena Lisbon. – ele se pronunciou, sorrindo.

- Ou, quem sabe, um pequeno Jane.

- Ou, quem sabe, os dois! – seu sorriso se alargou.

- Calma aí, espertinho! Uma coisa de cada vez! Uma criança já novidade demais pra mim.

- Você vai ser sair bem, eu sei que vai. – me deu um beijo na testa.

O abracei forte, recostando a cabeça em seu peito. O cansaço já começava a me vencer, me forçando a fechar os olhos lentamente, encaminhando-me para uma terra de sonhos. Sonhos que moldariam e seriam meu futuro, com certeza.

- Amo você, Teresa. – Me deu um beijo casto na boca, antes de adormecer junto comigo.

- Amo você, Patrick.

Talvez ele já não pudesse me ouvir, eu sei. Mas ele já sabia disso. Era o bastante.

Então, definitivamente, adormeci, indo rumo aos sonhos que eu um dia realizaria, ao lado do homem que amava.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram?
Desculpem os erros.
Comentem, please, amo vocês ♥ *-*



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