Estrelas escrita por Chrys Monroe2


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Gente, essa one foi escrita há muito tempo, antes deu me reciclar e me tornar uma escritora de comédia. Espero que gostem! Ela é dedicada a Tamires, uma amiga incrível que me deu um super apoio para posta-la.
Boa leitura :D



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Morte?

Muitos dizem que não tem medo da morte, mas a verdade é que todos nós temos certo temor á ela.

Seja no cuidado ao atravessar a rua, nas idas constantes aos hospitais... Todos nós tememos esse momento. Mas, por que ter tanto medo de algo natural? Afinal, todos nós vamos passar por isso um dia... Ou não.

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- Acorda Mac! – Stella falou, cutucando Mac, que dormia como um anjo.

- Não... Eu to com sono. – ele murmurou, virando para o outro lado da cama.

- Nós temos que ir para aquele lugar. Você sabe que temos. – ela insistiu. Mac esfregou os olhos e olhou a hora no despertador.

- Stella, ainda está de madrugada! – Stella foi até as janelas e as abriu.

- Sim. Mas está uma noite linda. Do jeito que você sempre gostou. A neve está bem alva e branquinha. E as estrelas, estão piscando. – Mac se sentou na beira da cama, com uma expressão triste.

- Nós temos mesmo que ir? – perguntou, choramingando.

- Você sabe que sim. Como todos os anos. – ela confirmou, assentindo com a cabeça.

- Está bem. – falou se levantando e indo até o banheiro. Stella foi atrás, descalça e saltitante. Mac se despiu, tirando o pijama e abrindo o chuveiro.

Ao vê-lo nu, Stella sentiu um forte desejo, aquele desejo que sempre sentiu, de se jogar nos braços dele, de se entregar. Mas que agora, não podia mais realizar. A única coisa que queria, era ficar perto dele, pelo menos mais uma vez. Decidiu sair dali, voltando para o quarto. Mac tomou uma ducha rápida, se enrolou na toalha e voltou ao quarto. Stella estava de costas para ele, olhando para a janela, pensativa.

- Que flores você quer?

- Todo ano você me faz essa pergunta e eu digo a mesma coisa: orquídeas.

- Ah, mas eu também comprei tulipas. Que tal variarmos um pouco?

- Não. – Stella ficou séria. – Eu gosto só de orquídeas. E você sabe disso! – eles ficaram quietos, se olhando, por infinitos segundos. Até que ele quebrou o silencio:

- Engraçado... Você está sempre assim.

- Assim como? – Stella perguntou, arqueando uma sobrancelha.

- Jovem. Toda vez que eu te encontro, você está sempre assim; linda e jovem.

- Em compensação, você está mais velho. Mas continua sexy! – falou, dando um sorrisinho de canto, que foi retribuído. Mac sabia que ela estava certa. Estava mais cansado que o habitual.

- Eu não tenho mais os dezoito anos de quando a gente se conheceu. Você ainda lembra?

- Claro! Como poderia me esquecer? Logo de cara me encantei pelo seu belo par de olhos azuis! Eu ainda me lembro de tudo! Do nosso primeiro beijo, da nossa primeira vez... – Mac terminou de se vestir. Colocou um casaco preto pesado, sapatos e calça de moletom.

- Você vai assim? – falou, apontando para ela, que vestia um vestido azul curto, de tecido leve e, estava descalça.

- Eu não sinto tanto frio como você. Vamos!

- Tá. Olha, eu vou levar as orquídeas. E as tulipas também.

- Está bem, você venceu Mac Taylor!

(...)

No caminho, a neve caia e as estrelas brilhavam...

- Curioso! Ainda sinto as neves nos pés, o vento... – Stella falou, brincando na neve.

- Todo ano você diz isso e eu respondo a mesma coisa: Claro que você está sentindo a neve! Está descalça! Vem! – Mac deitou na neve e Stella se deitou ao seu lado e, juntos, ficaram olhando as estrelas no céu. Ele pôs sua mão sobre a dela. Uma lágrima teimou em cair dos olhos da cor do mar dele. – Uma vez, você me disse que se tornaria uma estrela no céu.

- E me tornei. Eu sou uma estrela. E fico no céu, perto da sua casa. Cuidando de você. Venha! Temos que ir. Os dois se levantaram e voltaram a andar. Após um tempo, chegaram lá. – Não gosto daqui... – Stella disse, abaixando a cabeça.

- Acho que ninguém deve gostar. Venha! Veja como as flores ficaram lindas! – falou, depositando-as sobre o túmulo de mármore. Stella se aproximou lentamente e, em voz alta, leu:

- Stella Bonasera Taylor. 1970-2001. – era estranho e até desconfortável ler seu nome escrito em sua própria lápide.

- Stell, você não tem saudades?

- De que?

- Ah... De viver.

- Eu sinto sim... Um vazio dentro de mim. Que só é preenchido quando estou com você. – ela se ajoelhou, ficando de frente para ele e, olhando nos seus olhos, que já estavam cheios de lagrimas.

- Por que tinha que ser assim? Por que eu tive que te perder? – Stella acariciou o rosto dele, secando suas lagrimas.

- Você não me perdeu. Nem nunca vai perder. Eu estou aqui agora, não estou?

- Você sabe do que estou falando. Daqui a pouco você vai embora. De novo.

- Pense que é como nos contos de fada! Em que a princesa tem que ir embora á meia-noite.

- É, mas depois o príncipe e a princesa ficam juntos no final.

- E quem disse que nós não vamos ficar juntos? – ela disse, tentando sorrir, mas queria mesmo chorar. Nunca chorava na frente dele. Não queria deprimi-lo. Mas, depois de dez anos, se permitiu pela primeira vez, chorar.

- Está frio, Stella.

- Eu sei. – Stella se aproximou dele. De testas coladas, ficaram olhando um nos olhos do outro. Ela roçou seus lábios nos dele, que abriu a boca, tornando um beijo quente, intenso. Poderia ser pela última vez. O beijo parou por falta de ar da parte dele, pois por ela, poderiam ficar se beijando sem parar... Por horas e horas. Mac se sentiu aquecido pelo beijo e sorriu. – Vamos, feche os olhos, Mac.

- Não. Eu não quero que você vá embora.

- Você tem que me esquecer. Sabe disso.

- Eu sei, mas não consigo. – ele abaixou a cabeça. – E não quero.

- Mas é injusto com você. Todos os anos eu venho te acordar para fazermos a mesma coisa, o mesmo ritual e... Eu sinto que estou matando você aos poucos. Você precisa viver!

- Mas eu preciso disso. Nem que seja uma vez ao ano. Pra tentar continuar.

- Sabe que quando você me esquecer, eu vou sumir.

- Por isso que eu não quero te esquecer. Pra você nunca sumir.

- Está chegando a hora, eu tenho que ir. – falou, se levantando.

- Me leva com você, Stella. – ela deu um sorriso fraco.

- Sabe que não posso. – ela se abaixou e deu um beijo na testa dele. Um beijo cheio de ternura e de carinho. – Não me chame mais, Mac, pro seu bem.

- Não vai, Stella, não vai! Eu te amo! Não quero ficar sem você! – lagrimas caiam dos olhos de ambos.

- Eu também te amo! E vou te amar pra sempre! Isso não é uma despedida, tá? Um dia, nós vamos nos encontrar e aí, sim! Vamos ficar juntos por toda a eternidade! – ela começou a desaparecer.

- Não, Stella, não vai... – ele tentou abraça-la, mas ela sumiu no ar... Tinha ido embora. Novamente.

Ele a amava, e não queria ficar longe dela. Ele ia a esperar. Até o último dia de sua vida. Com as mesmas orquídeas, com o mesmo amor... E sempre que a saudade apertasse, ele olharia para as estrelas, pois tinha certeza que ela estaria lá. E assim, renasceria a esperança de te-la novamente consigo.

Até o dia em que pudesse se juntar para ela. Para só então, não se sentir mais sozinho...

Para finalmente, ser feliz!

Fim...!


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem! Espero que tenham gostado! Beijos e comentem :D