Havia feito uma semana depois do ocorrido. Eles faziam de tudo para encontrar a âncora – Erica Reyes – mas ela havia sumido. Erica não ia mais para escola. Não aparecia em nenhuma rede social, e ninguém, absolutamente ninguém sabia do paradeiro da garota.

Estava se tornando cada vez mais difícil a cada dia concluir o plano. Ninguém mais sabia o que fazer, nem mesmo Stiles. Todos ali estavam cansados. Sem saber o que fazer. Nem com os feitiços de localização de Stiles era possível achar a âncora. Nem com os poderes de Lydia, conseguiam encontrá-la. Elena não sabia o que fazer. Caroline não sabia mais onde era a casa de Erica, já que ela tinha se mudado.

Agora, estavam todos na sala do apartamento de Elena, tentando arrumar um jeito de encontrá-la.

– E se a gente procurasse por outra âncora? – falou Lydia com um tom esperançoso.

– Não existe outra âncora.

E a esperança de Lydia sumiu.

– Como assim Stiles? Com sete bilhões de pessoas no mundo e só existe UMA âncora?

– A âncora não é tipo vampiro ou bruxo que a cada esquina é encontrado. Âncora é uma só, uma única pessoa responsável pelo outro lado.

– Tem outro jeito de abrir a porta ou sei lá o que do outro-lado?

– Tem Elena. Mas precisaríamos que no mínimo uns cem seres sobrenaturais morressem para retardar e sobrecarregar Erica.

– Gente! Eu posso saber onde Erica está. Sei a localização exata dela.

– Onde?! – Todos ali na sala centraram as atenções em Lydia.

. . .

Jackson passara a noite em claro. Não conseguira dormir, mesmo depois da longa noite com a loira. Ele estava acordado, deitado em sua cama. E quando virou seu corpo para o outro lado da cama, ela estava olhando para ele.

– Respondendo sua pergunta de noite a noite: eu não posso dizer por que vim para cá. É totalmente segredo e você não entenderia. – Falou ela levantando da cama.

Jackson franziu o cenho.

– Por que não? Eu odeio quando você esconde as coisas de mim.

– Porque não. Só quero que quando eles aparecerem, você diz que não sabe onde eu estou.

– Argh, tá bom Erica. Agora vem cá.

Ele puxou-a de volta para cama e selou seus lábios com os dela, beijando-a.

E quando Jackson se preparava para tirar o sutiã da loira, fora interrompido por algo. Alguém para ser mais preciso.

– Jackson! – Sua irmã Lydia estava batendo na porta de seu trailer.

– São eles! Lembre-se, você não sabe onde eu estou! – falou Erica levantando e correndo para se trancar no banheiro.

Jackson sem pressa nenhuma se levantou da cama e foi em direção a porta do trailer e a abriu.

– Ótimo. – Falou Lydia adentrando ao trailer do garoto, juntamente com Stiles – Onde ela está?

Lydia e Stiles saíram vasculhando o trailer de Jackson, abrindo a porta dos armários e do guarda-roupa.

– Vocês dois, por favor, podem parar com essa palhaçada, e saírem daqui para eu poder dormir de novo?

– Coitado, mal sabe ele por que está sendo usado. Mal sabe por que ela está te usando. – Pronunciou Lydia – Ela está se escondendo da gente, querido.

Lydia foi até a porta do banheiro, e tentou abri-la, mas ela estava trancada.

–Stiles, a porta do banheiro está trancada. E por dentro.

Stiles foi até lá e se preparou como se fosse empurrar a porta – o que fez Jackson rir. Mas ele só fechou os olhos e canalizou sua força. Fazendo a porta abrir.

– Que diabos...? – indagou Jackson.

Stiles entrou no banheiro e saiu de lá com Erica, que estava se esperneando feito louca.

– Eu não vou ajudar vocês! – ela gritava.

– Vai sim ajudar a gente, querida. Querendo ou não. – Falou Stiles carregando Erica para fora do trailer.

Jackson tinha se preparado para dar um murro em Stiles, mas ele só levantou o dedo para Jackson e havia paralisado-o.

– Tenha mais cuidado antes de se meter com um bruxo, idiota.

E assim, eles saíram do trailer de Jackson com Erica protestando, tentando se soltar de Stiles e voltar para o trailer. E Jackson tinha ficado ali, mesmo depois de a paralisação ter acabado, tentando entender o que havia acontecido.

. . .

Casa Salvatore.

A vida de Damon não estava sendo a mesma. Não ia ser a mesma até ele voltar para Elena. Mesmo com uma namorada, mesmo sendo melhor amigo do capitão do time de lacrosse – Jackson – mesmo com uma vida “perfeita”, ele não estava feliz. Damon não era feliz. Era apenas um vampiro de mal com o mundo que estava a mil anos naquela terra.

Agora, Damon estava em seu quarto deitado em sua cama. Pensando em como conseguir o perdão de Elena para poder conquistá-la de novo. Mas nada em que pensava fazia sentido.

Até que Malia entrou em seu quarto.

– Oi, meu amor! Bom, eu estava pensando de hoje a gente ir jantar fora, ir para o cinema ou sei lá, o que você preferir. O que acha?

– É, pode ser.

Malia franziu a testa e fuzilou Damon com um olhar.

– Como assim tanto faz? – ela o observava e ele continuava calado – É Elena, não é? Por que você ainda pensa nela?

– Eu a conheço faz mil anos. Sou apaixonado por ela há mil anos. Não é um amor fácil de esquecer.

– Ah certo. Entendi. No caso eu sou uma distração. Algo reciclável. Que você usa depois joga fora.

Damon continuava calado. Olhando para o teto.

– Porque eu te amo de verdade. E eu sinto por você o que você não sente por mim, Damon. – ela fez uma pausa – Quer uma distração? Então procure outra. Porque eu cansei, eu desisto!

– Malia! – Damon a chamou.

Mas ela já havia ido embora.

. . .

Caroline estava na praça. Ela precisava se distrair, esquecer aquela história toda. Estava só, apenas com seu celular em mãos. Então decidira sair da praça. Precisava andar. Se acalmar. Atravessou a rua, e começou a andar, sem rumo.

Mas algo havia lhe chamado a atenção. Elena havia mandado uma mensagem para ela. E no momento que ela abaixou a cabeça para olhar para o celular, ela havia tombado em alguém. E, consequentemente, seu celular havia caído.

– Deuses! Como eu sou desastrada. – falou ela indo em direção ao chão, pegando seu celular – Você me desculpe – então ela havia voltado e olhou para o homem que estava a sua frente – Ahn... M-me desculpe. Eu estava olhando por onde andava. Eu estava vendo uma mensagem no celular e...

– Não – o homem riu – a culpa foi minha. Tá tudo bem, relaxa.

– Eu que abaixei a cabeça na hora errada. – Eles riram. – Bom... Sou Caroline. Prazer...?

– Ahn, ah sim! Prazer Caroline, sou Nik.

– Prazer, Nik. Você... Hum... Quer companhia?

– Seria uma ótima! Te pago um sorvete? Eu devo porque eu te fiz derrubar o telefone. – Ele riu.

– Certo, mas eu que te pago por ser tão desastrada assim.

Eles riram, indo em direção à sorveteria.

. . .

Finalmente eles estavam matando a saudade. Kol e Elena juntos. Eles riam e conversavam. Falavam das coisas que estava acontecendo. Elena falou do plano de trazer Bonnie do outro-lado, e havia colocado Kol a par de tudo que acontecera – tirando a parte que ela teve um sonho dele com Klaus. Kol quase deixara escapar que tinha um plano com Klaus – mas havia contornando com uma mentira.

Eles estavam realmente felizes.

– Amor, vou fazer um lanche pra gente, pode ser? Volto já.

E no mesmo momento o celular de Kol alarmou com uma mensagem. Era Klaus.

“Adiante logo com o plano e venha para cá. Precisamos encontrar Katherine Pierce.” Klaus dizia na mensagem.

Nesse momento, Elena já estava na conzinha preparando o lanche.

“Quando o cãozinho aprendeu a usar celular?” Kol ironizou.

“Eu não estou brincando, Kol. Não a mate. Apenas ponha um certo medo na garota e venha para cá. Quero matar Katherine antes de Elena.”

“Argh. O.k.”

– Quem era? – Elena apareceu de súbito na porta da sala.

– Ahn, a operadora. – Kol forçou o riso.

Elena voltou para cozinha. E Klaus mandou mais uma mensagem.

“Logo!”

Kol no fundo, não queria decepcionar Elena. Mas, por outro lado, ele queria ajudar seu irmão. Não podia deixá-lo na mão.

– Quem era? – pressionou Elena.

Ela foi até a mesa de centro e colocou o lanche, ansiosa. Kol estava olhando fixamente para ela. Sério.

– Kol, quem era na mensagem? – Falou Elena olhando nos olhos do moreno.

Kol suspirou.

– Klaus – ele fez uma pausa –, e ele está vindo atrás de você.

– Ai meu Deus. – Falou Elena com uma voz amedrontada.