Thorns, Claws and Horns escrita por Equipe TCH


Capítulo 1
Capítulo 1 - Jackeline


Notas iniciais do capítulo

Este é o primeiro capítulo da nossa fanfic e esperamos que você goste dele. Algumas coisas não estão muito bem explicadas, mas você as entenderá com o desenrolar da história.Se você gostou, por favor deixe um comentário, isso nos incentiva muito a escrever; principalmente pois TCH é uma história muito trabalhosa de escrever, ainda mais em três pessoas.
Boa leitura!

Laís, Lara e Giovana.



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Não existe nada pior do que ser uma princesa. Acordar cedo para ter aulas de etiqueta? Não, não é legal. Furar os dedos com as agulhas de costura? Fora da minha lista de diversão. Ter que sentar em um trono duro e ouvir conversa fiada ao invés de poder dormir até tarde no 18° dia de seu nome? Realmente, poderia ficar sem isso. Mas, infelizmente, é o que estou fazendo agora.

– É realmente uma honra princesa Jackeline - Lorde Gyles estava ajoelhado nos degraus abaixo. Fiz um gesto com as mãos para que se levantasse, e ele obedeceu, continuando a falar: - Nossa casa tem sido uma vassala dos Tyrell há muito tempo, e seu pai é um grande amigo. Ver que está crescendo e tornando-se uma mulher bela e gentil como sua mãe é para mim uma grande alegria. Que os Sete estejam com você nessa jornada. E aqui está o seu presente.

Com a parte do presente abri um pouco meus olhos que ameaçavam fechar devido ao sono. Lorde Gyles era um homem bom, mas era provavelmente o centésimo que eu recebia na sala do trono. Milhares de presentes eram colocados nas pilhas e o lordes faziam sua parte como era esperado, e me desejavam vida longa e imensuráveis alegrias. Tudo bem, mas minha maior alegria agora seria minha cama, onde eu dormiria até não poder mais.

O próximo convidado era um Lorde que eu não me lembrava o nome, e sua careca reluzia.

– Princesa,para honrar o dia de seu nome, tocarei uma canção. Escudeiro!

Um jovem de cabelos marrons traz um pequeno embrulho em suas mãos. O Lorde pega o instrumento e começa a tocar uma canção animada, e todos os seus homens começam a bater palmas em incentivo. Pareciam galinhas brigando. Desvio meu olhar para o outro lado da sala, e lá está Alex, ou Alexandra, minha melhor amiga e criada. Ela também não consegue controlar o riso. Levanto-me da cadeira e desço.

– Se o Senhor me der a honra - dou os braços para outro Lorde que esperava na fila, e logo chamo outros para dançar também. Melhor dançar do que ficar sentada horas em uma cadeira desconfortável.

As portas do salão se abrem e a música para de tocar. Viro-me para ver quem chega, e é óbvio, eu já sabia quem era. Um dia não estaria completo sem a interrupção da cobra, digo, de Elizabeth Lannister, minha madrasta.

Meu pai, Julian Tyrell, casou-se com ela depois que minha mãe faleceu, dois anos após dar a luz à mim. Ninguém sabe ao certo qual doença a levou, mas sabe-se que ficou de cama meses até finalmente ir embora. Quando fecho os olhos ainda sinto o toque dela em minha pele.

Pouco tempo depois meu pai se casou de com Elizabeth e ela teve um filho, um ano depois, Edward, que nasceu com os cabelos loiros e olhos verdes iguais os da mãe; diferente dos cabelos e olhos castanhos meus e do meu pai. Mas em pouco tempo percebi que Elizabeth não seria uma mãe pra mim. Nunca foi. Na verdade seu ódio e desprezo comigo eram visíveis para mim; mas invisíveis aos olhos do meu pai. Porém com o tempo aprendi a lidar com isso.

– O que está fazendo? - ela me puxou pelo braço depois de fazer uma reverência aos Lordes da sala.

– Um pouco de diversão não vai matar ninguém - eu sorri.

– Mas vai arruinar seu cabelo - ela apontou para o que antes era uma trança, mas agora era um monte de fiapos com uma pequena tiara de ouro com rosas Tyrell detalhadas pendente.

– Eu acho que chega de presentes por hoje - disse me esquivando e correndo até o trono. Droga. Esqueci da reverência. - Meus lordes - Virei- me - Agradeço a presença de todos hoje, mas devo me retirar. A noite será longa durante o baile e preciso estar descansada. Espero que compreendam. Eles fizeram uma reverência, quase ao mesmo tempo, e foram saindo da sala. Elizabeth enrolava as mechas do cabelo dourado na mão, e quando finalmente a sala ficou vazia, exceto por criados do castelo, ela se virou para mim:

– Houve um problema com o seu vestido - disse com um ar preocupado. Realmente, ela deve estar muito triste com o fato do meu vestido estar estragado.

– O que houve? - perguntei me jogando no trono.

– Aparentemente não há seda suficiente e não há tempo de trazer mais de Myr.

– Eu tenho inúmeros outros vestidos - Respondi me levantando - E agora vou para o quarto.

Assoviei para Alex do outro lado da sala, que veio em minha direção. Elizabeth me olhou com olhar repreensivo por assoviar. Fingi que não percebi. Dei o braço para Alex e saímos do salão.

***

– Sinceramente não sei como você não recusou os beijos na mão daqueles velhos babões - Alex, sincera, como sempre.

– É esperado que eu faça as cortesias e haja como uma princesa de verdade. Vou ter que dançar com a maioria daqueles velhos babões hoje no baile. Posso até ficar noiva de um daqueles velhos babões pela manhã - disse.

– O que quer dizer?

Dobramos um dos corredores em direção ao meu quarto.

– Eu sei que meu pai quer arranjar um pretendente para mim e não é de hoje. Tenho certeza que esse baile servirá muito mais de apenas comemoração em minha homenagem. Vai ser o fim da minha vida também.

Alex me encara séria.

– Casamento - esclareço - Existe destino pior do que casamento sem amor?

– E você acha que eu conheço amor? - ela riu.

Não me importava com o fato de Alex não me chamar de milady ou Vossa Graça. Tínhamos crescido juntas. Ela era uma garota de origem pobre que trabalhava no castelo, mas crianças não vêem esse tipo de diferença. Para mim, ela era a menina que brincava comigo e me abraçava quando eu tinha apenas quatro anos e chorava por não ter uma mãe. Alex era mais que uma amiga, era quase uma irmã.

– Mas sonha com ele - eu respondi e ela sorriu de canto

– É claro que sim, quem não sonha?

Meu coração se aperta. Percebo que meu rosto toma feições tristes, e é como me sinto ao admitir o que tenho que admitir:

– Sim, todas sonhamos com amor. Mas esse é o único luxo que as princesas não podem ter.

Alex não responde. Às vezes nosso silêncio falava mais do que palavras. Por fim ela o quebrou:

– Não haverão apenas velhos hoje a noite - ela sorri enquanto chegamos a porta do meu quarto.

– E espero ver você aqui - Respondo.

– Os criados só atendem ao baile quando vão trabalhar - ela diz.

– Mas você será convidada. Mandei entregar um vestido e máscara na sua casa.

Ela tenta protestar, mas não quero ouvir. Entro no quarto rindo e fecho a porta na cara dela:

– Vejo você à noite! - grito. Abro a porta de novo, mas ela já está virando o corredor rumo à sua casa. Agora é hora de me aprontar, hoje a noite será lc


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Notas finais do capítulo

Capítulo escrito por Laís.

***
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