El Principe Azul escrita por Andrezza Braga
*Jorge contando*
Vou para meu quarto, tomo um banho e me deito. Demoro um pouco para dormir pensando na Anna – Como era estranho isso, mas era simplesmente assim. Eu parava para pensar e ela sempre vinha em minha mente – Eu não posso me apaixonar por ela, como ficaria minha reputação? Eu sou um jogador de futebol, os jogadores namoram líderes de torcida. – Sempre me dizia isso quando me pegava pensando nela. Quando estava quase pegando no sono a Stephie me liga:
– Oi amor, preciso falar contigo.
– Fale Stephie.
– Você está diferente, o que deu em você?
“Eu já escutei isso” – pensei.
– Não tenho nada. Mas diga o que quer me falar?
– Eu queria saber se você vai à festa do Henrique amanhã.
Fiz uma voz meio confusa: - Meu amor, eu não sei amanhã a gente vê isso, preciso dormir. – Eu nem fazia ideia desta tal festa.
– Mas Jorge, o que eu fiz?
– Nada.
– Então por que está assim tão seco comigo?
– Eu não estou seco, só estou com sono. Agora se não tiver mais perguntas vou dormir. Boa noite Stephie.
– Cadê meu. Boa noite princesa?
– Ai Stephie, tudo você reclama...
Desligo o telefone e fecho os olhos para dormir, não demora muito e pego no sono. No dia seguinte escuto o despertador e me levanto, tomo banho e desço para tomar meu café da manhã. Descendo as escadas me deparo com Anna parada na sala. Ela me olha e sorri, seu sorriso me deixa hipnotizado. - Como conseguia ser tão linda! – Fico um tempo ali parado olhando-a, mas sou interrompido com uma voz a me chamar:
– Acordaaaa
Olho e vejo que é a Stephie.
– Oi Stephie, o que faz aqui?
– Eu sou sua namorada, vim te ver.
Ela me dá um beijo e tenta me abraçar, porém eu me agasto um pouco. Anna nos vê e sai da sala:
– O ruim de vir para cá é ter que olhar para cara desta nerd.
– Stephie, não a chame assim.
– O que houve? Você está bem? Desde quando você defende essa garota?
– Eu só não quero que a chame assim e pronto, não tenho nada.
Ela fica me olhando por um tepo e depois se senta no sofá:
– Tudo bem, já que você quer assim – diz com um ar irônico.
Sento-me ao seu lado, conversamos e passamos a manhã ali juntos. Depois ela voltou para casa para ajudar seu pai com alguma coisa lá que ela havia dito, porém não dei atenção. Quando ela foi, procurei logo a Anna e ela estava na praia – nossa casa é em frente à praia – Fui até ela...
Ela estava sentada na areia olhando o mar, me sentei ao seu lado:
– A Stephie já foi?
– Sim, ela tinha que fazer alguma coisa lá com o pai dela.
– Como você consegue namorar com ela?
Não entendo muito bem a pergunta dela e faço uma cara de desentendido:
– Digo você é um garoto tão legal, apesar de ser um pouco metido, meio egocêntrico, irritante...
– Não tenho qualidades não? – sorrio.
– É, deve ter. – ela diz com um ar zombador e rindo.
– Nossa. Muito obrigado!
– É brincadeira, você tem sim qualidades, mas é que às vezes você não as usa.
– Mas porque você perguntou sobre o porquê deu namora-la?
– É por que vocês não se combinam, ela é muito sem graça para você. Eu só acho.
– E quem você acha que combina comigo?
Vejo que ela demora a responder: - Não sei eu, mas você merece pessoa melhor.
– Tipo você?
– Quem sabe?
Ela fica toda vermelha e dá um sorriso bem tímido, porém lindo:
– Você diz que eu não combino com ela porque tem ciúmes né?
– Jorge, por que eu teria ciúmes?
– Me diga você.
Começamos a rir. Levanto-me e a chamo para se levantar:
– Ai não. Estou com preguiça.
– Pare de preguiça, venha.
Ela se levanta e a levo até uma pedra ali na praia mesmo, o detalhe é que a pedra mais parecia uma espécie de “caverna”.
– O que viemos fazer aqui Jorge?
– Eu gosto de vir aqui quando estou quero ficar sozinho, refletir.
– Um homem das cavernas. – ela ri ao dizer isso.
– Não zombe de mim.
– Você sempre zombou de mim, agora é a minha vez.
– Tudo bem, você está certa.
Dentro da “caverna” ela ficou olhando ao redor e eu continuei falando:
– Esse lugar me traz boas energias. Acredita que eu nunca trouxe ninguém aqui?
– Mas agora trouxe.
– É.
– E isso quer dizer alguma coisa?
– Não sei, mas eu queria conversar contigo...
– Tudo bem, diga.
Estava um pouco nervoso por dentro, porém tentei ao máximo não demonstrar estar:
–Eu quero te fazer uma pergunta.
– Faça.
– Você acha mesmo que eu e a Stephie não combinamos?
– Sim, foi o que falei.
– E nós dois, combinamos?
Vi que ela ficou meio sem jeito e não conseguiu responder:
– Eu sou seu amigo certo? Você acha que isso daria certo?
– Não sei, mas por que da pergunta?
– Eu só queria saber o que iria dizer.
– E se eu dissesse que combinaríamos. O que iria acontecer?
– Eu iria dizer que sou irresistível.
Ela me da uma tapa de leve e ri:
– Seu bobo. Podemos voltar agora?
– Não, eu quero ficar aqui escondido contigo.
– E porque quer se esconder?
– Estou brincando, não quero me esconder. Só quero ficar a sós contigo sem que tenha alguém nos olhando.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!