El Principe Azul escrita por Andrezza Braga


Capítulo 6
Capítulo 6




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*Jorge contando*

Vou para meu quarto, tomo um banho e me deito. Demoro um pouco para dormir pensando na Anna – Como era estranho isso, mas era simplesmente assim. Eu parava para pensar e ela sempre vinha em minha mente – Eu não posso me apaixonar por ela, como ficaria minha reputação? Eu sou um jogador de futebol, os jogadores namoram líderes de torcida. – Sempre me dizia isso quando me pegava pensando nela. Quando estava quase pegando no sono a Stephie me liga:

– Oi amor, preciso falar contigo.

– Fale Stephie.

– Você está diferente, o que deu em você?

“Eu já escutei isso” – pensei.

– Não tenho nada. Mas diga o que quer me falar?

– Eu queria saber se você vai à festa do Henrique amanhã.

Fiz uma voz meio confusa: - Meu amor, eu não sei amanhã a gente vê isso, preciso dormir. – Eu nem fazia ideia desta tal festa.

– Mas Jorge, o que eu fiz?

– Nada.

– Então por que está assim tão seco comigo?

– Eu não estou seco, só estou com sono. Agora se não tiver mais perguntas vou dormir. Boa noite Stephie.

– Cadê meu. Boa noite princesa?

– Ai Stephie, tudo você reclama...

Desligo o telefone e fecho os olhos para dormir, não demora muito e pego no sono. No dia seguinte escuto o despertador e me levanto, tomo banho e desço para tomar meu café da manhã. Descendo as escadas me deparo com Anna parada na sala. Ela me olha e sorri, seu sorriso me deixa hipnotizado. - Como conseguia ser tão linda! – Fico um tempo ali parado olhando-a, mas sou interrompido com uma voz a me chamar:

– Acordaaaa

Olho e vejo que é a Stephie.

– Oi Stephie, o que faz aqui?

– Eu sou sua namorada, vim te ver.

Ela me dá um beijo e tenta me abraçar, porém eu me agasto um pouco. Anna nos vê e sai da sala:

– O ruim de vir para cá é ter que olhar para cara desta nerd.

– Stephie, não a chame assim.

– O que houve? Você está bem? Desde quando você defende essa garota?

– Eu só não quero que a chame assim e pronto, não tenho nada.

Ela fica me olhando por um tepo e depois se senta no sofá:

– Tudo bem, já que você quer assim – diz com um ar irônico.

Sento-me ao seu lado, conversamos e passamos a manhã ali juntos. Depois ela voltou para casa para ajudar seu pai com alguma coisa lá que ela havia dito, porém não dei atenção. Quando ela foi, procurei logo a Anna e ela estava na praia – nossa casa é em frente à praia – Fui até ela...

Ela estava sentada na areia olhando o mar, me sentei ao seu lado:

– A Stephie já foi?

– Sim, ela tinha que fazer alguma coisa lá com o pai dela.

– Como você consegue namorar com ela?

Não entendo muito bem a pergunta dela e faço uma cara de desentendido:

– Digo você é um garoto tão legal, apesar de ser um pouco metido, meio egocêntrico, irritante...

– Não tenho qualidades não? – sorrio.

– É, deve ter. – ela diz com um ar zombador e rindo.

– Nossa. Muito obrigado!

– É brincadeira, você tem sim qualidades, mas é que às vezes você não as usa.

– Mas porque você perguntou sobre o porquê deu namora-la?

– É por que vocês não se combinam, ela é muito sem graça para você. Eu só acho.

– E quem você acha que combina comigo?

Vejo que ela demora a responder: - Não sei eu, mas você merece pessoa melhor.

– Tipo você?

– Quem sabe?

Ela fica toda vermelha e dá um sorriso bem tímido, porém lindo:

– Você diz que eu não combino com ela porque tem ciúmes né?

– Jorge, por que eu teria ciúmes?

– Me diga você.

Começamos a rir. Levanto-me e a chamo para se levantar:

– Ai não. Estou com preguiça.

– Pare de preguiça, venha.

Ela se levanta e a levo até uma pedra ali na praia mesmo, o detalhe é que a pedra mais parecia uma espécie de “caverna”.

– O que viemos fazer aqui Jorge?

– Eu gosto de vir aqui quando estou quero ficar sozinho, refletir.

– Um homem das cavernas. – ela ri ao dizer isso.

– Não zombe de mim.

– Você sempre zombou de mim, agora é a minha vez.

– Tudo bem, você está certa.

Dentro da “caverna” ela ficou olhando ao redor e eu continuei falando:

– Esse lugar me traz boas energias. Acredita que eu nunca trouxe ninguém aqui?

– Mas agora trouxe.

– É.

– E isso quer dizer alguma coisa?

– Não sei, mas eu queria conversar contigo...

– Tudo bem, diga.

Estava um pouco nervoso por dentro, porém tentei ao máximo não demonstrar estar:

–Eu quero te fazer uma pergunta.

– Faça.

– Você acha mesmo que eu e a Stephie não combinamos?

– Sim, foi o que falei.

– E nós dois, combinamos?

Vi que ela ficou meio sem jeito e não conseguiu responder:

– Eu sou seu amigo certo? Você acha que isso daria certo?

– Não sei, mas por que da pergunta?

– Eu só queria saber o que iria dizer.

– E se eu dissesse que combinaríamos. O que iria acontecer?

– Eu iria dizer que sou irresistível.

Ela me da uma tapa de leve e ri:

– Seu bobo. Podemos voltar agora?

– Não, eu quero ficar aqui escondido contigo.

– E porque quer se esconder?

– Estou brincando, não quero me esconder. Só quero ficar a sós contigo sem que tenha alguém nos olhando.


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