Inside The Blue Box - 2ª Temporada escrita por Queen Of Peace


Capítulo 1
A Cabine Azul




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Adèle não conseguia esconder sua felicidade. Ela tinha um encontro com Thomas Lefroy. O que mais uma garota poderia querer?

Ela não conseguiu desgrudar os olhos dele no primeiro dia de aula. Era quieto, passava o tempo todo escrevendo em um bloco de notas e só falava quando era chamado. O rapaz era um mistério. Ninguém sabia sua história, ou quem eram seus pais, de onde ele vinha e o que fazia da vida. Mas Adèle sabia que era ele o cara com quem ela queria namorar.

Não teve muito sucesso ao tentar se aproximar dele. Durante os intervalos Thomas sumia e ela só o reencontrava durante as aulas. Nunca conseguiu descobrir onde era sua casa já que, depois das aulas, o rapaz sempre sumia e ela não podia segui-lo.

Descobriu então que Marty era o caminho mais rápido para uma aproximação. Conseguiu fazer amizade com o rapaz (na verdade, ela até tentou seduzi-lo, jogou todo o seu charme pra cima do menino que logo estava encantando pela francesa) e não demorou muito pra que ela conseguisse marcar uma saída em grupo, com Thomas incluído. Naquele dia mal dormiu, e ficou horas e mais horas se arrumando, com o intuito de chamar a atenção de Thomas. Não deu muito certo. No barzinho, Thomas só tinha olhos pra sua cerveja e o telão que transmitia o futebol. A menina mal sabia que ele se perguntava onde estava a Doutor, e o que estaria fazendo.

Thomas não era idiota. Ele sabia que Adèle viva observando-o durante as aulas, e ele podia sentir que naquele momento estava sendo observado por ela. Deu-lhe a chance de conversarem, e acabou percebendo ali uma oportunidade fácil de conseguir o que mais precisava: Sexo. Marcaram de sair, Thomas disse que a levaria no cinema e que depois poderiam fazer qualquer outra coisa. Ele tinha esperanças de não precisar de um segundo encontro pra conseguir levá-la pra cama.

No dia do encontro, Thomas nem se deu ao trabalho de se arrumar. Apenas tomou um banho. Achou que aquilo era o máximo que poderia fazer por ela.

Já dentro do cinema, Adèle estava inquieta e envergonhada. Por que tinha feito aquilo? Por que tinha saído com Thomas? Ele mal olhava em sua direção e não parecia notar como sua mão estava estrategicamente posicionada sobre o braço da poltrona pra que ele a segurasse. Será que era tão idiota assim? Ela já estava de saco cheio. Cruzou os braços e nem ao menos se deu ao trabalho de não demonstrar que estava emburrada. Ela bufou, fazendo barulho e revirou os olhos quando percebeu Thomas movendo-se na poltrona e ajeitando sua postura. "Idiota", xingou-o mentalmente, desejando que o filme acabasse logo e que fossem embora.

Mas quem sabe ele se mostrasse um cara legal quando estivessem fora dali? Aliás, o que fariam quando saíssem do cinema? Pensou que poderia levá-lo para sua casa e... Mas não, ela não era aquele tipo de garota e com toda certeza não faria aquilo no primeiro encontro. Mesmo que o encontro fosse com Thomas Lefroy.

Enquanto uma cena complicada se desenrolava na tela do cinema, Adèle pesava os prós e contras de transar com Thomas logo no primeiro encontro. E se ele nunca mais falasse com ela? E se depois daquilo ele nunca mais nem olhasse em sua direção? Era melhor adiar o sexo até ter certeza de que ele não fugiria dela depois.

Estava sorrindo, satisfeita com sua linha de raciocínio, achando-se espertíssima por desenvolver todo aquele plano, quando percebeu a agitação ao seu redor. Como dito antes, ela não prestava atenção no filme e muito menos no que acontecia ao seu redor. Mas aquela agitação, aquele rebuliço todo não poderia estar sendo provocado por causa de uma cena com carros e tiros. E então ela viu. Achou que estava ficando maluca, que todo aquele nervosismo por causa do seu encontro tinha afetado seu cérebro e agora ela estava vendo coisas. Mas todos ao seu redor pareciam igualmente chocados e assustados, menos Thomas, que estava quase sorrindo ao ver o que estava em frente ao telão.

Uma cabine de polícia.


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Notas finais do capítulo

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