Left 4 Dead escrita por SweetCherry


Capítulo 4
Emboscada, presos e novas ameaças.




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Minhas mãos estavam escorregadias, suava frio, e meu coração batia freneticamente. Não sei em que momento aconteceu, mas Nath me abraçava numa forma de proteção, a respiração dele falhava enquanto me apertava delicadamente junto a ele, pude sentir seu coração acelerado.

― Ah, Nath... ― sussurrei, senti minhas bochechas queimarem.

― Lucy, eu... ― desvencilhe-me dele e o encarei. O rosto dele estava talvez tão vermelho quanto o meu.

― Me desculpe.

― Não precisa se desculpar. - sorri tentado aliviar a tensão do momento.

― Bem, eu vi que você estava sentindo-se mal, então eu... ― explicou-se.

― Obrigada.

Ignorei um pouco o desconforto do momento, e percebi que todos nos olhavam ― fiquei tão distraída que tinha esquecido que estava em grupo, ou seja, ignorei todo mundo. Nesse momento meu rosto ficou ainda mais vermelho, andei sem dizer nada e muito menos olhando pra ninguém.

― Pra onde vamos agora ? ― perguntou Iris.

― Achar um caminho livre, achar uma saída e informar os outros.

― É estranho não ter aparecido aquelas criaturas... ― disse a loira de farmácia, quer dizer a Ambre.

― Detesto concordar com você, Ambre, mas você tem razão...e é bom ninguém contar esse milagre para os outros ― disse irônica.

Um estrondo irrompeu o momento, era como se algo muito ― muito pesado mesmo, tivesse caído perto de onde estávamos. Minha pele se eriçou em sinal de perigo, engoli em seco e caminhei para o local que tínhamos ouvido o forte barulho. Bruscamente seguraram meu braço, fazendo meu corpo virar-se, dando de cara com um Lysandre preocupado e confuso.

― Desculpe ser rude dessa forma. Mas o que você pensa que vai fazer? ― perguntou, me soltando.

― Vou ver o que foi que houve.

― Não é uma boa ideia, seja o que for que fez esse barulho pode ser grande e muito perigoso. Pense bem.

Cogitei por um minuto, apesar do raciocínio do Lys estar certo, ainda precisava saber o que é. Não temos muitas escolhas, dependendo do que for pode mudar algo nessa guerra.

― Eu tenho que ir...mas vou sozinha.
Entreguei a arma para o Nathaniel e caminhei, ouvi um 'Cuidado' e 'Boa sorte' enquanto me afastava. Virei no corredor e fui até o fim e encontrei o que parecia uma especie de capsula, apesar da curiosidade não cheguei muito perto. A capsula moveu-se e abriu, saindo uma enorme criatura (Parecida com o Tyrant e o Nemesis, tipo uma mistura) contive o grito de panico e afastei-me silenciosamente antes de a criatura perceber minha presença. Era tipo Resident Evil e Left 4 Dead na vida real.

Antes que pudesse imaginar, alguém agarrou-me e tampou minha boca, puxando-me a uma sala, me debati violentamente na tentativa de livrar-me da pessoa.

― Calminha aí, mocinha. - sussurrou no meu ouvido.

― C...Castiel você quase me matou de susto, idiota. ― grunhi, nervosa.

― Hey, calma. ― fingiu estar ofendido. ― O que está fazendo andando sozinha ? ― perguntou-me. ― Não me diga que não suportava a presença do representante bobão ?

― Guiada pela curiosidade, além disso não queria que ninguém me seguisse. E para sua informação o Nath é uma companhia bem melhor do que a sua. ― retruquei.

― Hunf. É perigoso ficar zanzando sozinha.

― Está preocupado comigo, por acaso? ― perguntei, arqueando a sobrancelhas.

Ele me olhou e sorriu irônico, e não me respondeu.

― Ah, Castiel...

― Fala.

― Você viu a coisa lá no corredor ? ― perguntei preocupada.

― Vi, mas aquela coisa não é uma das maiores preocupações no momento.

― Como assim ?

― Não são apenas zumbis vagando por aí. Aquela coisa parece por enquanto menos perigosa.

― Menos perigosa? Você só pode estar brincando. ― indaguei, Castiel revirou os olhos.

Hoje não parece um ótimo dia pra ficar nervosa, tenho que manter a calma e pensar mais claramente. Além de mais objetos de defesa, precisamos achar itens que sejam uteis, como álcool. Analisei a situação, devemos seguir para o laboratório e a sala de utensílios (onde guardam produtos químicos, mas não sei se ela se chama assim mesmo ), mordi o lábio inferior, talvez se tivermos sorte encontramos itens que usaremos para fazer bombas ou sei-la. Mas espero que achemos algo melhor e que não tenhamos que usar isso.

― Preciso achar meu grupo. ― disse preocupada.

― Liga pra eles.

Peguei meu celular e disquei o primeiro numero que veio na minha mente, depois de só chamar, finalmente a pessoa com que eu queira falar atendeu.

― Violette...

― Lu...Lucy onde você está ?

― Estou com o grupo do Cast.

― Lucy, você esta bem ? ― pergunto-me, a voz mudou e era do Nath.

― Estou sim.

― Nath, eu... ― A ligação caiu. - Droga.

Virei-me para Castiel, sem pestanejar:

― Eu tenho um plano.

― Diga.

― Vamos até o laboratório, pegamos materiais importantes como álcool e ácidos...

― Não me diga que pretende fazer uma bomba ? ― interrompeu Castiel, bufei.

― Mas como você...Ah, esqueci, estou falando com o delinquente. Tem algo que o mal caráter, o badboy dessa escola não tenha feito? Será que já nadou pelado no lago Sweet Valle? Ou melhor, roubou um carro? ― disse usando todo meu tom sarcástico e irônico.

― Não exagera, tabua.

― Olha aqui...

― Ô casal...não é hora para uma DR. ― disse Armin, nos lembrando da sua presença. ― Vamos ir logo ao laboratório e pegar os tais itens.

Saímos cautelosamente da sala, o corredor estava escuro e silencioso, encontramos o laboratório e pegamos tudo que era necessário. A vibração do meu celular me incomodou, peguei e atendi.

― Lucy ?

― Oh, Lizzie. Algum problema ?

― Sim e não.

― Quer ser mais especifica.

― Bem, a escola esta cercada de zumbis e não vejo saída.

― Onde você esta ?

― No terraço.

― Hm, Lizzie, não acho uma boa idéia tentarmos sair por lugares obvios, porque não usamos a passagem de esgoto na sala da caldeira ? ― disse convicta, assim que lembrei-me dele. Talvez se tivesse lembrado antes não teria tido todo trabalho de pegar essas coisas. ― Lizzie se conseguir ligue para o Nath e avise a ele. Não consigo contata-lo.

― Olha não vou te perguntar nada, mas está bem, te encontro lá. ― desliguei o celular, espero que Lizzie e os outros cheguem bem até lá.

― Então...pra onde ? ― perguntou Iris.

― Vamos sair pela passagem de esgoto.

― Isso está parecendo cada vez mais Resident evil...

― Concordo. ― eu e Armin rimos.

O caminho foi silencioso, ninguém se atrevia a quebra-lo. Mas apesar do aparente silencio monótono, aquele foi o momento mais calmo desde que a escola foi invadida por mortos ― sem contar que o silencio me fazia pensar melhor. Seguimos para a sala da caldeira.

― Chegamos.

― Não sabia que tinha um lugar assim na escola.

― Também achei estranho na primeira vez. ― olhamos para a passagem, estava escura e o único meio de passar por ela era passar pela grade de proteção e pela escada.

― Bem, eu vou primeiro. ― disse Castiel, enquanto cortava a fina grade com um canivete.

― Porque? Ficou maluco? Não quero que vá...e.

― Porque não quer que eu vá ?

― É perigoso, apesar de você ser um chato com C maiúsculo, eu não quero que se machuque, eu... ― senti meu rosto esquentar, Castiel franziu o cenho e mordeu o lábio inferior, poderia dizer que era um daqueles momentos que ele ficava convencido. Recuei, mas ao mesmo tempo que ele vinha em minha direção, sem ter mais por onde escapar fiquei encolhida na parede fria da sala, mas isso não o impediu de nada, colocou seus braços um de cada lado ― bem próximo a mim, devo acrescentar, me encurralando, algo me dizia pra tentar fugir, meu corpo sequer se moveu fiquei parada, diferente do que eu imaginava que ele faria ― consequentemente poderia pensar que ele me zoaria, digno dessa raspadinha de morango. Ele me beijou.

Ok, pensa Lucy.

Empurrei levemente, ele agora tinha um sorriso.

― Porque fez isso? ― indaguei atordoada, efeito Castiel.

― Era um beijo de boa sorte. ― sorriu irônico. ― E queria provar algo antes de irmos.

― Provar o que ?

Ele não me respondeu ― cara, era a segunda vez que essa pimenta me deixava no vácuo, qualé, eu tenho direitos e um deles é o direito a uma resposta clara e sem rodeios. Apesar dos meus protestos, ele desceu as escadas. Estava preocupada, é com se eu soubesse que se entrasse nesse esgoto algo ruim irá acontecer ― e não tem nada a ver com o cheiro ou ficar com as roupas sujas e molhadas, algo realmente ruim. Espero que seja apenas coisa da minha cabeça.

― Algum problema, Lucy ? ― perguntou Iris, virei-me para encara-la.

Suspirei e balancei a cabeça.

― Nenhum...é só um mal pressentimento. ― sussurrei a ultima parte, não queria preocupa-los mais. Descemos as escadas e seguimos pelos 'becos' escuros daqueles esgoto, iluminados pelos nosso celulares (mil e uma utilidades, celular com lanterninha, chique bem xD)


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