capítulo 4: A volta do poder

Diante de tudo que Branca representava , das lembranças que ela trazia, a rainha sentia-se encurralada diante de tudo que fez.

Ela sempre convivia com esse misto de sentimentos que se referia a filha de seu Marido falecido, o rei George.

Branca trazia de Regina, o Bem que ela teve em sua vida, e o mal que ela adquiriu.

–Vai me dizer o que quer realmente comigo Branca, pois se for me matar que seja feito o quanto antes.

–Não quero te matar Regina, não sou como você.

–Como eu?- A Rainha se abriu em uma gargalhada- Não te matei, isso prova que tenho compaixão.

–Compaixão?- encantado se pronunciou, ele não queria interferir na conversa, porém ele se sentiu ofendido diante daquela afirmação que ele considerava falsa vindo da pessoa que sempre buscou tirar a paz e tranquilidade dele e de sua esposa.- O que você sabe sobre compaixão? isso é ironia.

–Ironia é a pessoa que me tirou aquilo que mais me importava estar hoje aqui falando de compaixão e direitos.

–Regina ate quando vai me culpar? Ate quando vai se basear em um ato de uma criança? ate quando?- Branca estava agora com lagrimas em seus olhos

–Até o fim dos tempo, ate que eu ache que você merece pagar por ter me destruído.

–O que eu fiz não foi intencional, entretanto você sabe exatamente as consequências de seus atos.

Anos atrás

George veio a falecer em uma manha chuvosa, Branca se debruçava em cima do corpo de seu pai já sem vida, consumido pela doença desconhecida.

Regina não amava George como se fosse sua alma gêmea, mas ela era totalmente grata pelo Rei ter visto bondade nela e ter lhe dado uma oportunidade.

–Vamos Criança- Regina segurou a mão de Branca e as duas saíram do quarto deixando os empregados fazerem seu trabalho.

–Agora eu só tenho a você

–Sim, temos uma a outra

–Você tem a sua mãe.- Branca falou a Regina

–Não é bem assim, minha mãe e eu...Bem...Não somos assim muito unidas, acho que ela sempre exigiu de mim coisas que eu não podia dar a ela.

–Ela não sabe a filha que tem.

As duas estavam se tornando unidas, e o dia do enterro se apoiaram, isso criou uma inveja grande em Cora.

A mãe da rainha, era munida de um desejo de dominação, ela via Branca como uma possível ameaça, aquela que no futuro iria retirar o trono de Regina, aquela que deveria ser eliminada assim que pudesse.

Cora já havia se livrado do Rei, agora era um paço para livrar-se da pirralha em questão.

Todos estavam em volta do caixão sendo depositado na cova, os vestidos pretos, e Branca chorando, a chuva estava fraca, mas o bastante para todos estarem com guarda-chuva.

A terra era depositada em cima do caixão, e Tanto Regina quanto Branca choravam segurando uma na mão da outra elas se retiraram.

Regina estava se sentindo cansada e decidiu se deitar, Branca ficou no salão do palácio estava tentando focar em lembranças boas de seu pai, quando Cora se aproximou da garota.

–Você agora é sozinha no mundo Criança.

Cora não demonstrava emoção alguma em estar ao lado de uma criança que acabara de perder seu pai.

–Não estou- Branca disse convicta.- tenho Regina.

Cora entrou em uma gargalhada, a intensão dela era deixar Branca assustada.

–Pensa que será a queridinha dela, esta enganada.

Nesse momento Branca sendo uma criança não assimilava as coisas, ela nem se lembrou de que Regina mencionou sua relação falha com sua mãe.

–Você acha que depois...- ela ia mencionar a gravidez de Regina, mas lembrou que a rainha disse que era para manter segredo, mas esse segredo a Cora já sabia, porém Branca não estava ciente disso, e afinal era um segredo que se guardaria por conta da doença do seu pai- Depois do bebe nascer Regina vai mudar comigo?

–Criança tola, acha que depois de ela ter um filho legitimo, ela vai tratar como igual, e se esse bebe for um garoto? seu trono como fica?

Branca como toda criança crescida no castelo, sabendo de seu destino ela temeu por isso,

–Regina não faria isso, ela sempre foi muito voa para comigo e meu pai ate o seu fim.

–Interessante que seu pai foi ficar doente assim de repente, sendo ele um homem saldável toda sua vida.

Cora sabia que estava plantando desconfianças na garota, e ficou satisfeita em ver que que os olhos dela estavam mais cheio de lagrimas do já estavam, a garota saiu correndo em direção ao seu quarto.

Depois de algumas horas Regina já se sentia melhor então decidiu descer e verificar a situação que se seguiria, ela assumiria o trono até que Branca atingisse a sua maior idade e o assumisse.

Ela estava ao alto da escada quando Branca abriu a porta de seu quarto, ela estava assustada, e um homem estava junto dela, Regina reconheceu, era ele o Senhor das trevas, mas como ele estava bem apessoado sua pele sempre escamosa estava perfeita, ela deduziu, um feitiço de ocultação de aparência, mas o que ele fazia ali ainda mais conversando com Branca.

–Regina, é verdade?- A garota estava decidida a saber a resposta de algo que nem mesmo Regina sabia.

Enquanto ela estava dormindo, o Senhor das trevas a pedido de sua própria mãe veio ate o castelo, ele disse a Branca que tinha a resposta da morte de seu pai tão repentina.

–Não sei do que está falando Criança- Regina sorriu sem graça, ela não sabia exatamente o que ela se referia, o Senhor das Trevas sabia de um antigo segredo dela, mas nada que pudesse deixar Branca tão impetuosa da forma que estava.

–Meu pai foi envenenado?!

A pergunta soou como uma acusação, Regina se indignou, porém ela olhou para o Senhor das Trevas e desviou o olhar para baixo da escada e sua mãe estava lá, Regina então ligou as coisas, mas nesse instante ela ainda deduziu o que poderia ter acontecido.

–Sim creio que ele foi envenenado

As lagrimas tomaram conta de Branca que ficou agitada e foi em direção de Regina.

–mas calma eu não tive nada a ver com isso- Regina se voltou em direção a sua mãe a encarando, ela sabia que tinha sido Cora, somente ela teria essa coragem.

–Não? Você gora é Rainha, e tem um filho dele, e eu vou ser jogada, ou terei o mesmo destino de meu pai, você é má Regina, você é uma Rainha Má.

Branca estava revoltada e sem pensar em nada ela estava atacando Regina, que não queria machucar a menina e ao se desviar, ela desiquilibrou e caiu pela escada, rolando.

Neste instante Regina sentiu uma grande dor em seu baixo ventre, ela percebeu ali enquanto rolava escada a baixo que estava perdendo o que carregava , seu filho.

Branca percebeu o que fez, mas era tarde, e quando regia estava em seu leito, ela não mais pensava, ela somente queria paz depois de tudo, mas uma coisa começou a crescer em seu coração, algo negro, algo que foi se alimentando pela amargura.

Regina expulsou sua mãe ela sabia que foi ela quem envenenou o rei, e ela nunca mais queria olhar Branca, que por sua vez fugiu do Castelo encontrando na floresta um grupo de anões que a acolheu.

Dias de hoje:

–Intencional ou não, você me tirou tudo.

A discussão não parecia evoluir, o plano inicial era capturarem a Rainha e ele fluiu tão bem, porém a segunda parte estava sendo a mais difícil.

Tentar convencer por bem Regina não era uma opção, mas Branca também sentia grande remorso e por isso ela ainda tinha pena da Rainha Má.

Quando ela estava pensando em agir como estavam decidido, manter a rainha presa e tomar o reino, algo aconteceu.

Uma rajada de vento irrompeu a aldeia, a porta foi aberta, e uma grande luz invadiu todo ambiente.

Regina sentiu a sua força, seus poderes sua magia, estavam de volta, e fora dos limites do castelo.

Ela se sentiu novamente poderosa, então ela sorriu em direção a Branca que sentiu medo, se encolheu, porém Regina observou a seu redor, e viu o pequeno garotinho nos braços de Robin, seus olhar se encontrou com o Ladrão por um momento, ela viu ali algo especial, algo que ela queria negar,

Sua ação foi somente lançar um feitiço que a ajudasse escapar, ela em segundos ela lançou uma fumaça roxa e desapareceu aos olhos de todos.

Dentro da pequena casa de Branca, todos ficaram perplexos.

–Mas como ela conseguiu fazer isso?- encantado indagou.

–Não sei, mas acho que imagino.- Branca deduziu pensativa, em sua mente ela tinha a resposta.

–O que foi que ouve? se ela estava com a sua magia porque não a usou antes? ou ate mesmo nos matou algo do gênero?- Robin perplexo perguntava.

–Ela teria usado sim a Magia se pudesse, mas você perceberam, ela mesmo ficou perplexa com o que aconteceu, aquilo que veio de fora, não veio dela.

Branca raciocinava, observando ao seu redor, aquela força era maior do que se podia imaginar.

–Eu creio que a magia esta novamente na Floresta encantada.- Encantado falou.

–Isso é obvio, a pergunta aqui é: Como?

–Não é bem Como Branca, é quem? Alguém trouxe essa magia.

–Esperem, se eu bem sei a Própria Rainha retirou a magia como ela voltaria assim, e sem ela ter ciência disso?- Robin perguntou- Roland Vá brincar lá fora.

–Mas papai!!

–Não se preocupe, os anões e João estão lá fora, agora vá.

O garoto saiu, quando Branca começou a falar.

–Regina no dia que dei a luz a minha filha, como uma vingança por eu ter feito ela perder o seu filho, e por ter tomado o Reino quando me casei com Encantado.

–Mas ela te fez dormir por anos.- Robin se indignou

–Regina escureceu seu coração com tudo que lhe aconteceu, ela me enfeitiçou com uma maça, Encantado retirou o feitiço com o beijo do amor verdadeiro, nos casamos, mas ela queria vingança.

–Então quando Branca deu a luz a nossa filha, ela lançou a maldição , ela pegou toda magia do reino e a colocou no bebê, Eu tive abrir mão dela, tive que a mandar a outro lugar para seu bem, muito a queriam morta.

–Porque a queriam morta? Robin perguntou.

–Ela teria a magia nela, assim, quem a matar terá controle dessa magia, é uma maldição em um reino onde várias pessoas querem esse domínio.

Então Robin entendeu, Regina queria vingança era algo exagerado, porém para uma pessoa magoada e amargurada isso era de se esperar.

mas o que todos se perguntavam era o que a própria Branca chegou a conclusão.

–Se essa magia esta novamente aqui, só pode significar uma coisa.- Branca ao mesmo tempo que ficou temerosa, ficou feliz. -Nossa Filha está aqui.

Novamente ao castelo a rainha ficou feliz de ter escapado a seu conforto, mas ela sabia que isso só foi possível porque havia magia naquele lugar, aquela força, aquilo foi a volta da magia, isso só poderia significar que ela a Salvadora estava aqui neste reino.

Ela não queria ter de fazer isso, mas ela teria de saber , foi novamente ao quarto que pertenceu a sua mãe e descobriu novamente o espelho magico.

–Espelho ...Espelho meu...Mostre-me a Salvadora.

Naquele momento o espelho começou a formar a imagem, e uma garota loira acompanhada de um Pirata apareceu eles estavam caminhando entre as trilhas.

Regina respirou fundo, ela queria acabar com tudo isso, ela não aguentava mais estar presa no seu castelo, mas outra coisa lhe veio a mente

Ela sentiu-se observada , ela foi atrás do senhor das trevas e não o encontrou, quando ela buscou o senhor das trevas para fazer essa maldição tinha um preço ela sabia, a garota carregaria com ela para sempre o poder sobre toda essa magia, e quem a matasse teria esse domínio, se ela estava novamente na Floresta alguém a trouxe, alguém que desejaria ter esse domínio.

–Espelho...Espelho meu...Mostre-me quem é responsável por trazer a garota a este Reino.

Em instantes o espelho se desfocou, mas nenhuma imagem apareceu, regia sabia o que isso significava, somente a dona do espelho podia manipular a magia dele, Cora, ela estava por trás de tudo

Regina era responsável por isso, e ela sabia que Cora não poderia ter esse poder nas mãos, então Regina teria de proteger a garota, e evitar que ela caísse em mãos erradas

Depois de tanto trabalho, seu próprio feitiço se voltou contra ela.