Novo Mundo escrita por rodrigostoll16


Capítulo 42
Nada Além da Verdade


Notas iniciais do capítulo

Meus deuses como esse capitulo due um trabalho desgraçado, passei a madruga escrevendo e mesmo assim, eu não terminei a tempo, me desculpe pelo atraso, mas e aí gostaram da ideia de "A" responder os comentarios, mas so valeu para o ultimo gente., nesse as coisas voltam para o normal.
Mural dos Leitores: Perseus Season Jackson, Star, Maria Clara Solino, LuuhRocha, Myllena Di Angelo, Sorvete de Limão, ReDiAngelo, A Valdez Carstairs di Angelo, Ceci Black, Miss Malfoy, Regan Cahill9, Madu Valdez, Maah Pandaruja de Nutella,Babs e Filho do Mar. Amo vcs, tantos os antigos e os novos, vcs fazem essa fic.
Bom, antes de ir pro capitulo, eu quero dizer: PEGUEI VCS DE NOVO HAHAHAHAHAHAHAHA aiaiai, agora sim...
Boa leitura ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/498142/chapter/42

POV Alison

É bom sentir poder não é? É um sentimento que te vicia e cada vez que se tem poder, você quer experimentar muito mais daquela sensação. Eu, particularmente, amo ter poder e era isso que eu mais amava nesse novo mundo, aqui do topo do Empire State, no Monte Olimpo da versão de Pain, eu me sentia poderosa do que nunca, eu estava onde eu merecia estar e eu iria dominar o mundo.

Observei no meu caminho até o palácio, algumas pessoas andando de um lado para o outro, levando baldes com algo que parecia ser chocolate, outro levavam alguns tecidos para outros estabelecimentos, estavam todos a serviço de Pain, seus escravos particulares e consequentemente, meus escravos.

Eu me sentia com sorte por não ser nenhum deles, eu lembro de quando chegar nesse mundo me sentir confusa e pela primeira vez na minha vida, com muito medo, mas então Pain apareceu para mim no meio daquela névoa negra e me explicou sobre tudo, sobre magia, sobre outras dimensões, o que ele fez e qual era o plano mestre dele, no começo, eu achei ele um louco, mas depois eu concluir que todo gênio era louco também. E além de tudo, Pain é a pessoa mais parecida com mundo em todo o mundo.

Quando eu cheguei ao palácio, vi Pain sentado de um modo desleixado no trono dele, ele olhava para um espelho fixamente como se fosse a coisa mais interessante naquele lugar, o que provavelmente era. O espelho era mágico e sempre mostrava o que Pain queria e em qualquer lugar, isso me lembrava das histórias da Branca de Neve, eu tinha quase certeza que ele havia se inspirado nessa história para criar o espelho. Percebi que ele segurava um objeto brilhante nas mãos.

– O que é isso em suas mãos? – Perguntei quando já estava próxima o suficiente dele.

Ele olhou para as mãos e sorriu – É a fonte de energia do Domo, aquele ovo idiota – Ele abriu as mãos e eu pude ver algo que parecia um ovo de galinha que brilhava num rosa-azulado – Eu tive que ir lá e pegar de “A”, eu preciso manter os habitantes de Chicago confinados até o bebê de Samantha nascer, então eu roubei isso.

Olhei para as imagens que o espelho mostrava, ele mostrava um garoto de óculos que eu rapidamente reconheci como sendo Harry Potter e do lado dele aquele irritante novo namorado da minha irmã, Leo Valdez. Como no meio do Apocalipse ela encontrava tempo para namorar, ainda mais com um otário como o Valdez era? Um sentimento de ódio repentino apareceu em mim. Vadia.

– E o que eles estão procurando? – Perguntei à Pain e ele esboçou um sorriso maior do que o anterior.

– Eu atrair Katniss Everdeen para uma armadilha – Ele falou rindo consigo mesmo – Eu coloquei o ovo bem no meio de uma rua e a idiota foi até ele e o pegou, só que aí chega a melhor parte, o chão cedeu e ela caiu num buraco criado por mim.

Franzi as sobrancelhas – E ela está viva?

Pain gargalhou – Eu sinceramente espero que não.

Pain fez um movimento com as mãos e as imagens que estavam sendo mostradas nos espelho mudaram, agora mostrava uma cena diferente, parecia ser o alto de um prédio em Chicago, um terraço para ser mais exato, eu vi uma figura encapuzada segurando uma faca e abaixo dela um corpo de um garoto de cabelos pretos, não muito distante estava uma garota de cabelos loiros caída no chão, seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar e ao lado dela, olhando perplexo para o garoto morto, estava Percy Jackson.

– Percy já descobriu? – Perguntei para ele – Sobre “A”, sobre tudo?

Pain revirou os olhos – Mas é claro que não, ele é sempre o último a saber de tudo e bom, parece que “A” conseguiu preparam um bom plano para enganar ele.

Ele pareceu ficar entendia, fez mais um movimento com as mãos e dessa vez o espelho não mais mostrava nenhuma imagem, na verdade ele havia ficado totalmente negro. Pain se levantou do trono e desceu de lá, hoje ele usava uma calça preta, sapato social preto, uma camisa preta e um blazer por cima que era uma estranha combinação, mais nele ajudava a reforçar aquela imagem de vilão fashion que ele tinha.

– Não importa – Ele falou – Nós só vamos poder agir daqui há seis meses e meio no nascimento do meu sobrinho, não há nada que a gente possa fazer por enquanto a não ser esperar.

Dessa vez fui eu que revirei os olhos – Não sei se tenho paciência para esperar, enquanto estamos aqui sem fazer nada, minha irmã arranja um namorado novo e fica pulando feliz por aí, isso não é justo eu tenho que acabar com ela.

– Paciência Alison, você vai ter sua vingança contra Courtney, nós só precisamos ter que esperar – Ele falou e andou até o meu lado, estendeu o braço e eu enlacei o meu braço no dele, como só melhores amigos fazem, eu me sentia feliz por ser amiga dele – Daqui há seis meses e meio, eu vou conseguir fazer meu tão sonhado feitiço e então nós vamos dominar o mundo juntos, vamos poder controlar qualquer um e criar um final feliz para nós dois – Pain sorriu sonhador.

Sorri também, eu mal podia esperar para esse dia chegar.

*******************************************************************************************

POV Samantha

Eu continuava correndo, mesmo que eu saiba que não posso ficar correndo graças a minha gravidez, mas o desespero em mim era maior que qualquer racionalidade em mim. De acordo com a minha dedução, Percy estava em encrencas, Percy havia me contado sobre a tal mensagem de “A” que ele mandou escolher entre Nico e Annabeth e se eu estava certa, era exatamente isso que estava acontecendo.

Mas mesmo que nós tivéssemos essa informação, eu e Finnick não sabíamos onde Percy poderia ter ido se encontrar com “A”, Chicago era um cidade grande pode ser em qualquer lugar, não havia tempo para procurar a cidade toda por ele.

Eu e Finnick estávamos correndo pela rua principal da sede da Abnegação tentando achar qualquer coisa que indicasse que havia algo estranho ali, mas o lugar estava completamente vazio, eu passei pela frente da casa queimada de Harry e Gina, onde o garoto quase havia morrido e a garota não teve tanta sorte assim. De repente, aquelas frases dos livros não pareceu tão boa assim. O menino que sobreviveu, Finnick começou a parar de correr.

– Tempo – Ele falou e se sentou em uma calçada arfando e cheio de suor e sangue, da batalha que ele havia acabado de participar – Não tem condições de qualquer um de nós continuar, você está grávida e essa corrida toda pode te fazer mal e eu... – Ele deu um grande suspiro cansado – Pareço que corri a distancia de Marte até aqui.

Franzi as sobrancelhas – Não tem com você correr de Marte até Terra, você sabe que esse lugar fica no espaço e no espaço não se pode correr, não é?

Finnick revirou os olhos – Não se finja de burra, você sabe que eu quis dizer no sentido figurado da coisa.

Ri e sentei do lado dele sentindo todo o cansaço finalmente chegando em mim, encostei minha cabeça no ombro dele e senti todo meu corpo ficar em paz, já fazia tempo que eu não tinha um momento desse com Finnick e eu gostava da sensação que esses momento traziam em mim, ele pegou pela minha cintura me puxou para mais perto e acariciou minhas costas.

– Às vezes eu só queria ter um pouco de paz – Ele falou pensativamente – Eu não achei que voltar a vida seria tão difícil sabe? Eu sinto como se tudo estivesse desmoronando a minha volta e eu não soubesse como fazer isso parar, eu odeio esse sentimento de impotência, eu não consegui salvar minha família e agora eu não consigo nem salvar meu amigo

Peguei ele pelo queixo e o virei para olhar para mim – Lembra que eu falei uma coisa antes, que se a gente lutar por uma coisa a gente pode acabar conseguindo, é só uma questão de acreditar, talvez se nós acreditarmos que as coisas vão melhor, talvez elas realmente melhores.

Ele se inclinou e deu um beijo terno no topo da minha cabeça, eu me apertei mais com ele. Eu não sei como eu conseguia tirar essas palavras poéticas se eu mesma me sentia assim, perdida, achando que tudo jamais acabar, que eu nunca iria saber o que era felicidade novo.

Às vezes eu ficava pensando no dia em que eu conheci Percy e Finnick, foi o mesmo dia em que eu vi minha mãe viva pela última vez, eu lembro dos sentimentos confusos que me enchiam e da confusão que meu cérebro estava naquele dia, eu também olhava para trás e via o quanto eu havia mudado, eu lembro que aos meus 12 anos, mais ou menos na tempo em que eu estudei com Courtney (Que na época eu conhecia como Madison), eu era um pouco má e gostava de humilhar as garotas com baixa autoestima, era uma forma de tirar os problemas de casa da minha cabeça.

E depois as coisas haviam se invertido, eu lembro que na primeira escola que eu estudei no Brasil, os outros adolescentes gostavam de zombar do meu sotaque totalmente gringo e do quanto eu errava no português, tanto do jeito que eu falava, quando do jeito que eu escrevia e se não era isso, era sempre outra coisa, minha falta de habilidade em Educação Física (Que é responsável por parte da minha obsessão por praticar lutas como eu praticava nas épocas), minha pele branca demais que não pegava nenhum bronzeado ou inventando fofocas sobre mim. Isso de alguma forma me ajudou a me tornar competitiva.

Uma pergunta surgiu em minha cabeça, uma que sempre surgia, mas eu não tinha coragem de proferi-la – Finnick, se você tivesse a oportunidade de ter toda a sua vida de volta, tipo voltar para Panem, viver com Annie e esquecer esse mundo, você aproveitaria essa oportunidade.

– Hum, não sei dizer – Ele falou pensativo, seus olhos verdes pareciam ir quase para um azul na luz do luar – Eu poderia ficar longe de perigos, ter uma família como eu queria ter, mas eu também acho que o que está feito não pode ser tirado, você não pode mudar o passado e eu também – Ele se virou para mim – Gostei de conhecer você.

Encolhi os ombros – Lembra que eu falei que ter conhecido vocês foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida? – Perguntei e ele assentiu – EU continuou achando que eu estava certa.

– Samantha – Ele passou as mãos em meus cabelos – Por que você faz isso comigo?

– Isso o quê? – Perguntei inocentemente.

Finnick riu – Mesmo depois de você ter engravidado de outro, que aliás é meu atual melhor amigo, mesmo depois de reencontrar com a pessoa que eu achei que era o amor da minha vida, você simplesmente não sai da minha cabeça.

Curvei-me para mais perto do rosto dele – Isso é uma declaração? Sabe achei que você tinha desistido de mim?

– Eu estava com raiva de você, muita, mas... – Ele falou e passou a mão pelo meu rosto – Eu não sei qual é a macumba que você usa, mas faz uma merda de efeito forte em mim.

Gargalhei – Você tem ficado tão sério ultimamente que eu tinha me esquecido que você tem sendo de humor – Encostei minha testa na dele e sussurrei – Eu gosto disso, eu gosto de tudo em você.

– Eu também – Ele sussurrou de volta.

E então nos beijamos, como há algum tempo não nos beijávamos, eu tive a mesma sensação do dia em que ele me beijou pela primeira vez, lá naquele quarto de hotel, o mesmo modo terno que os lábios dele dançavam contra o meu, a mesma delicadeza com as mãos e o modo de como ela exploravam pelo meu corpo. Ele conseguia o equilíbrio perfeito entre o agradável e o apaixonante como poucos conseguiam.

Eu não sei quanto tempo nós passamos naquela calçada sentados nos beijando, eu só sei que quando terminamos, eu me sentia feliz como uma criança em uma loja de brinquedos e chocolate, mais felicidade que isso só se a loja fosse de brinquedos de chocolate. Os olhos de Finnick brilhavam e eu não lembrava de ter visto um sorriso mais brilhante que esse em lugar nenhum.

– Acho que nós já descansamos mais do que suficiente – Ele se levantou e eu me levantei junto – Só queria te avisar que eu vou te ajudar a criar esse filho que tá na sua barriga e eu vou cuidar dele como se fosse meu.

Franzi a testa – E você acha que Percy vai deixar? Você já viu como ele é possessivo com algumas coisas?

Finnick deu uma risada fraca – Pois ele vai ter que se conformar comigo por perto – Ele passou a mão pela minha barriga que já estava im pouco protuberante – Agora nós temos que ir e salvar um dos dois pais que essa criança vai ter.

Eu não pude deixar de gargalhar, de repente, toda aquela sensação de desespero que se instalava sobre mim pareceu desaparecer de mim, eu finalmente eu conseguia enxergar um futuro para mim, com Finnick ao meu lado, apesar do conceito de casamento não ser muito atraente na mente, se fosse para casar com alguém, seria com Finnick que eu iria.

Começamos a andar quase correndo pelas ruas de Chicago, saímos de perto da casa da Abnegação e começamos a nos aproxima dos arredores do prédio que servia como sede para a Erudição, lá o clima parecia mais macabro do que na Abnegação e do resto da sociedade, de alguma forma, meu sexto sentindo sabia que algo de ruim estava acontecendo naquela região.

Finnick parou – Você ouviu isso? Eu acho que estou ouvindo alguma coisa.

– Cuidado Finnick pode ser os fantasmas dos mendigos te chamando – Brinquei, mas depois percebi que ele me olhava com seriedade, então tentei forçar meus ouvidos, mas eu não identificava nada, estava tudo silencioso – Não consigo ouvir nada Finnick, acho que é só o vento.

Ele balançou a cabeça – Não, eu ouvi alguma coisa por aqui, parecia um choro...

Comecei a ficar inquieta, algo estava errado – Finn, eu não ouço nada, acho melhor a gente ir embora...

Foi então que eu ouvi era um choro baixo, parecia que era de uma criança e se meu senso de direção não estivesse errado ele estava vindo de um beco, eu troquei um olhar com Finnick, ele parecia dizer: Eu vou lá. Finn começou a andar na direção do beco, bem devagar e silenciosos, eu ia atrás dele, sempre olhando para os lados, esperando que isso fosse uma armadilha.

À medida que a gente chegava perto o choro se tornava mais forte e agora eu podia dizer com toda a certeza que vinha de uma criança. O choro parecia vir de uma daquela grandes latas de lixo que se encontrava logo na entrada do beco, Finnick se virou para mim e fez um sinal de silêncio e eu assenti, ele foi devagar e numa rapidez e força impressionante ele abriu a porta do lixão.

Meu coração afundou, lá dentro havia um garoto de aproximadamente dois anos, ele tinha cabelos castanho-claros e estava em posição fetal chorando descontroladamente, eu o reconheci rapidamente, era o filho de Finnick, o garoto que eu gostava de chamar de Junior. Finn praticamente se jogou dentro do lixo abraçou e garoto e o pegou no colo.

– Calma – Ele falava num tom baixo enquanto saia da lata de lixo – O papai está aqui, não vai te acontecer nada de mal.

O garoto se agarrou ainda mais forte com Finnick ao ouvir aquelas palavras, eu senti uma pontada de tristeza em mim, Finnick era um bom pai, um pai melhor do que o meu aliás. O garoto precisou de alguns minutos para poder parar de chorar, depois que parou, Finn o colocou em pé e se agachou para ficar do tamanho dele.

– Ei me conta o que aconteceu com você, quem fez isso e onde está mãe – Finnick perguntou num tom incrivelmente calmo.

O garoto fungou – Ele disse que a gente ia passear, ele disse que minha mãe não ia se machucar, mas ele mentiu! Ele levou a mamãe e agora ele está lá naquele prédio bem em cima, ele disse que tem que terminar algo – Junior falou apontando para o prédio da Erudição, troquei um olhar com Finnick. Ele?

– Filho, você acabou de dizer que a pessoa que te sequestrou era ele, um homem, você sabe o nome dele? – Finnick perguntou e o garoto assentiu – Então me diga quem é ele.

Eu tive que pedir duas vezes para o filho de Finnick repetir o nome do garoto, por que eu simplesmente não acreditava, mas de repente algumas coisas começaram a fazer sentido. Provavelmente havia sido ele quem recruto Calipso e Robert, era ele que estava infernizando minha vida e dos meus amigos. Mas por quê?

– Nós precisamos ir agora – Falei.

*******************************************************************************************

POV Percy

O sorriso tímido e meio fantasmagórico de Nico sobrevoava na minha cabeça como uma lembrança da minha falha, tudo que eu havia vivido com ele simplesmente voltava na minha cabeça, quando nós nos conhecemos, quando ele me culpou pela morte da irmã dele, quando ele virou um herói na minha primeira batalha contra Cronos, quando eu soube que ele era apaixonado por mim, a primeira vez que ele me beijou.

Cada lembrança dessa parecia dizer em alto e bom som: Isso é tudo culpa sua! E no fundo eu sabia que era, eu era culpado de tudo, culpado por não esclarecer as coisas entre nós, culpado por ter deixado a irmã dele morrer na primeira vez, culpado por fazer ele se apaixonar por mim. Se todo esse sentimento de culpa pudesse matar, eu estaria morto e estaria sofrendo eternamente nos campos de punição.

Eu me levantei de devagar e fui até o corpo já morto de Nico, eu me ajoelhei ao lado dele e encostei minha cabeça no peito dele, eu não aguentava mais o choro tomou conta de mim, as lágrimas simplesmente se recusavam a parar de sair dos meus olhos, mas sabia que eu não podia segurá-las e eu sabia também que essa era apenas minha primeira penitência por causar a morte de Nico.

– Por quê? – Perguntei entre soluços – Por que você matou ele?

“A” deu um riso – Por que era exatamente isso que eu queria ver isso em você, eu queria que você se culpasse e nada melhor do que matar a pessoa que você mais estragou a vida, a única pessoa que te amou incondicionalmente Percy.

– Você não tem o direito de falar dele – Eu gritei, mas minha voz falou na palavra dele.

“A” riu de novo – Olhe para ele Percy, olhe para a vida que você tirou, olhe para a vida que você destruiu, é isso o que você faz com as epssoas que te amam, você as destrói, você merece ser morto Jackson!

O ódio tomava conta de mim – Cala essa merda de boca!

– Não Percy! Olhe o que você fez, ele te amava Percy Jackson, ele sempre te amou e olhe o que você fez com ele! – “A” gritava – Se você tivesse o amado como ele merecia ser amado, talvez as coisas não tivessem sido dessa maneira, talvez ele estivesse vivo.

– Já chega! – Eu gritei mais forte, minha garganta ardia , as palavras de “A” me atingiam como uma bomba, por que lá no mundo eu sabia que era todas verdades, eu era o culpado de tudo, eu havia matado Nico.

“A” riu secamente – Mas olha, aí está o grande herói que salvou o mundo diversas vezes, ele não passa de um assassino, preferiu uma loira vadia do que a pessoa que mais amou ele. Você mercê tudo isso.

– Cale a merda dessa boca, eu já mandei, você não sabe de nada do que eu senti – Gritei – Você não o conhecia, eu o...

Se “A” não estivesse uma mascara, eu tinha certeza que expressão dele seria de triunfo – Você o quê? Diga Percy, quem sabe se você disser essas palavras eu não deixo você sair vivo daqui, diga que ama Nico di Angelo.

Eu me sentia vencido, era o máximo que eu podia fazer por Nico – Eu amo Nico di Angelo.

E era sério, eu o amava, mas não da mesma forma que ele me amava, eu sempre olhei para Nico como se ele fosse um irmão mais novo que eu não tinha tudo, eu me sentia responsável por ele, desde que Bianca morreu pela primeira vez e me disse para cuidar dele era assim que eu me sentia, responsável. Eu o amava como irmão.

– Talvez essa seja sua hora de se redimir Percy – “A” falou num tom estranhamente calmo – Olhe para baixo.

Olhei para o corpo de Nico e percebi que os cabelos deles começavam a esclarecem e ficarem mais longo, os traços do rosto dele mudavam também, ele até mesmo parecia mudar de tamanho, o cabelo dele estava ficando ruivo e longos como os de uma mulher, os traços deles mais femininos, foi só então percebi que eu não estava mais olhando para Nico di Angelo, sim para uma mulher familiar. Era Annie Cresta.

– Poção polissuco – “A” falou – Não achei que você fosse cair no mesmo truque, quem levou a facada foi Annie e não Nico.

Meu estômago embrulhou – Onde está Nico?

Mesmo antes de tudo acontecer meu coração já estava batendo a mais de mil por hora, “A” levou as mãos até o capuz que cobria cabeça e o abaixou revelando cabelos totalmente pretos e curtos, então “A” começou a tirar a mascara devagar, revelando um rosto pálido e olhos negros familiares, exibindo um sorriso que eu não conseguia associar aquela pessoa, eu não conseguia mais respirar. “A” era Nico di Angelo.

– Surpreso? – Ele falou em contemplação – Eu sei, você nunca poderia imaginar que eu era o debochado e sarcástico “A” certo? E como poderiam imaginar eu nem tenho “A” no nome, não é?

Eu não conseguia responder, eu estava chocado demais com o que eu via, Nico bem ali na minha frente parado exibindo um sorriso confiante e malicioso que não se parecia nada com o sorriso do garoto que eu conheci há algum tempo, aquele não podia ser Nico.

– Ah Percy, não me olhe assim, como se fosse tão difícil acreditar que eu sou um gênio do mal? – Nico falou sorrindo – Você não sabe o que o amor e ódio misturado podem fazer com uma pessoa, eu estou melhor agora e tudo graças a você.

Eu ainda não conseguia responder, eu não conseguia acreditar que fora Nico quem havia feito todas aquelas atrocidades, matado Piper, Gina, tentado matar eu, Harry, Tris e tantas outras pessoas.

– Foi tão legal ver você se destruindo, sabe, cavando a própria cova, a sua e dos seus amigos, é tão bom me vingar da vadia da Samantha e do otário do Finnick – Nico falou com um sorriso enorme estampado no rosto – A melhor coisa da minha vida foi virar “A”.

Eu puxei uma grande quantidade de ar – Eu não entendo, como? Eu não consigo entender, por que você fez tudo isso?

Nico se aproximou de mim devagar e colocou mão meu ombro – Por que eu te amo Percy, te amo mais do que tudo nesse mundo, você nasceu para ficar comigo e é por isso que eu vou te dar mais uma chance, fuja comigo, vamos para outro lugar viver juntos, no Rio de Janeiro, é uma cidade linda, esqueça suas coisas antigas.

– Eu... – As palavras estavam presas na minha boca.

– Eu posso até deixar Annabeth e seus amigos vivos e em paz, só venha comigo para longe, nós vamos ser felizes – Nico falava – Eu prometo que nós vamos.

De repente todas as coisas que Nico fez caíram sobre mim, como se só agora eu tivesse o dimensionamento da gravidade do que ele fez, tudo que ele prejudicou, as pessoas que ele matou e mesmo que Nico não tenha matado Jace e Clary, eu tinha quase certeza que ele tinha participação nisso, no fundo ele era culpado de tudo, ele havia planejado tudo, ele era “A”. O ódio de antes apareceu com muito mais força do que antes.

Cerrei os punhos – Eu jamais ficaria com você Nico, você me dá nojo, otário!

Nico pareceu atordoado demais para falar qualquer coisa, eu aproveitei o momento de distração e o empurrei com toda a força que eu podia colocar nos braços ele voou para trás praticamente e caiu de costas, eu levei minha mão até meu bolso e tirei minha caneta-espada de lá, eu destampei e agora eu tinha nas mãos uma espada de bronze celestial.

Nico se levantou e levou sua mão para dentro das sombras e de lá tirou uma espada um pouco maior que a minha, primeiro eu pensei que fosse a famosa espada de ferro estígio dele, mas em vez disso, era um espada que tinha um brilho estranho, não demorou muito para eu reconhecer a espada como sendo a antiga de Luke, mordecostas.

– Bom, se é assim que você quer... – Nico falou e avançou para mim.

Eu desviei do primeiro golpe dele e defendi o segundo, Nico havia melhorado muito mais como espadachim nas ultimas semanas, ele atacava com uma rapidez quase incomum e eu desviava ou defendia como eu podia, ele tentou golpear minha barriga e eu desviei rolando no chão, eu tinha que manter ele longe de Annabeth que estava deitada no chão, perplexa demais para fazer qualquer coisa.

Nico se moveu numa velocidade relâmpago e já estava avançando sobre mim tentando me golpear eu defendi com a espada, cada vez que ele errava um golpe ele parecia mais determinado a me matar, eu quase podia sentir a aura de morte que ele produzia, todo o ódio dele sendo refletido naquela aura.

– Eu te amei seu merda! – Ele criou tentando golear minha cabeça, mas eu defendi o golpe com a espada – Tudo o que eu fiz foi por você, todas as pessoas da qual eu matei eu fiz em seu nome, você é tão culpado quanto eu!

Dessa vez fui eu quem atacou e Nico precisou se defender – Não me culpe por suas atitudes Nico, nada disso precisava ser assim, você não vê o que fez?

Nico gargalhou enquanto tentava me golpear outra vez – Eu acho que minha irmã já falou isso uma vez para você, que o ódio é como um veneno para os filhos de Hades e você é meu veneno Percy, você m mata um pouco todo o dia e eu te odeio por isso.

Então, logo que ele terminou de falar as sombras pareceram engolir o corpo dele e ele desapareceu. O silêncio tomou conta do terraço, eu me virei para todas as direções tentando ver de onde viria o ataque que eu sabia que viria, mas o silencio ainda reinava no local e eu senti um arrepio subir pelo meu corpo, de algum modo eu sabia que ele ainda estava lá. O golpe veio pelo lado, eu senti um murro bem na minha bochecha e outro na minha barriga.

Eu caí no chão atordoado demais para me levantar e Nico continuava desferindo murros e chutes contra todas as partes do meu corpo que estavam expostas, o meu senso de localização me dizia que eu estava na beira de uma queda do prédio, então Nico parou com os chutes e murros e me segurou pela garganta e apertou com uma força quase inumana.

– Nós poderíamos ter sido tão feliz Percy – Ele falou com lágrimas nos olhos – Ter vivido juntos, mas você quis assim, então tenha uma morte triste cabeça de alga.

Senti Nico me empurrando mais para o precipício e eu sabia que aquela era a minha morte, mas o resto dos acontecimentos foram bem rápido, em um segundo Nico estava quase me jogando para uma queda de 50 andares, então ele não estava mais, eu levantei a minha cabeça a tempo de ver Finnick empurrar Nico e depois da um murro nele.

O garoto se desiquilibrou e caiu, então eu percebi que ele havia caído para fora do prédio, eu vi em câmera lenta o modo como Nico olhava para Finnick enquanto ele caia, sua expressão passou de surpresa para ódio mortal e então ele desapareceu noite adentro, eu esperei ouvir o barulho de um corpo caindo violentamente contra o chão, mas eu não ouvi. Eu olhei para o asfalto lá longe, mas não havia nenhum corpo lá, eu não conseguia ver.

Senti braços me apertando forte e me levando para longe da beira do terraço – Você está bem? – Era Samantha, seus olhos azuis-safira estavam tempestuosos – Que bosta, mais alguns segundo e Nico teria te matado.

Notei que Finnick segurava minha espada, ele foi até a beira – Não vejo nada, nem sinal de corpo algum – Ele se virou e jogou a espada na minha direção – Eu consegui desferir um golpe na barriga dele com a sua espada.

– Eu não consegui acreditar que era Nico – Samantha falou com desespero e ajudando Annabeth a se levantar também – Por que ele fez tudo isso?

O peso de tudo o que aconteceu finalmente caiu sobre mim e eu me senti tonto e impotente, eu não vi o momento em que Finnick percebeu o corpo de Annie, eu não o vi chorando desesperado, eu não conseguia distinguir nada eu ainda estava perplexo demais. Mas eu deveria ter tirado esses pensamentos da minha mente.

Assim, eu não teria ouvido a risada fantasmagórica de Nico.

*******************************************************************************************

POV Finnick

O grande último ato de “A” tinha sido matar Annie Cresta, a primeira garota que eu amei na minha vida. Eu lembro que quando eu encontrei o corpo dela, já com uma poça de sangue o redor, eu me senti desesperado, meus sentimentos por Annie não eram mais o mesmos que antes, mas eu ainda sentia um carinho muito grande por ela e quando você vê alguém que você amou naquele estado, acho que é aí que se conhece a verdadeira dor.

“A”/Nico mesmo morto como eu achava que ele estava, ele ainda parecia zombar de mim e de toda a Chicago, já que o ovo que era o único modo de sair daqui havia desaparecido, causando a quase morte de Katniss, por sorte a garota apenas ficou com uma perna e um braço engessado, os médicos disseram que ela não demoraria para se recuperar totalmente.

Jonathan e Tris já estavam bem também, o garoto estava apenas ainda internado ele havia perdido muito sangue, ele sempre recebia visitas constantes de Samantha, o que sinceramente me causava ciúmes, ainda mais depois que soube que Sam havia beijado ele. Tris estava bem melhor, apesar de ela de vez em quando ter ataques de pânicos, aparentemente a sensação de ser enterrada viva bagunçou com a cabeça dela.

Eu já não podia dizer que os irmãos de Max estavam bem, Alec e Isabelle, eles não nos culparam, mas eles também não dirigiam a palavra a nós, na verdade, eu os evitava o quanto eu conseguia, eles me lembravam bastante o pequeno garoto de 9 anos que eu tive que matar.

E aqui estava eu tendo que falar palavras que sequer expressavam tudo o que eu sentia para outras pessoas, algumas inclusive desconhecidas, ou que eu não era próximo, eu não gostava de enterros e se Samantha não tivesse ao meu lado, eu provavelmente não teria conseguido suportar, eu segurava a mão dela com a força, enquanto eu via enterrarem pouco a pouco o caixão contendo corpo dela. Estava tudo terminado.

Eu segurava com força um cordão que pertencia a Annie e que eu pretendia entregar a Junior, para ele ter uma lembrança sobre a mãe dele, algo para o qual ele pudesse se ligar. Atualmente, ele estava na casa na Sinceridade, Emily Fields e Hanna Marin haviam aceitado cuidar dele enquanto o enterro acontecia, eu não tive coragem de trazê-lo, o conceito de morte ainda complicado para ele.

Alguns minutos depois o enterro já havia acabado, Tris e Tobias se despediram de mim me dando abraços, Annabeth também, depois Harry e cada um dos meus amigos, até mesmo os mais novos, como Jason Grace, ou Courtney, a namorada de Leo, cada um deles me davam um abraço e diziam que sentiam muito, há algum tempo eu teria ignorado isso, mas eu sentia que naquela hora era o que eu precisava, todos já tinham ido e só Samantha que continuava segurando minha mão e Percy haviam ficado.

– O que vocês acham que vai acontecer daqui para frente – Perguntei para os dois.

Percy encolheu os ombros – Espero que nada, eu preciso de um tempo em paz, para esclarecer as ideias, um tempo só com os amigos – E então ele me deu um tapa no braço.

Ri – Definitivamente, não aguento mais vilões tentando me matar, quero um pouco de paz.

– Concordo com você – Percy falou rindo, mas quando eu olhei para Samantha, e ela mantinha uma expressão séria – E você Samantha?

Ela pareceu nos notar só agora – Hã? Acho que também quero, mas... – EU conhecia aquela expressão, ela estava preocupada – Não podemos esquecer Pain, ele ainda está por aí em algum lugar, esperando. E eu acho que Nico não está morto.

Olhei ao meu redor, naquela manhã havia nevado em Chicago, o primeiro sinal de que o inverno estava chegando, a neve de alguma forma conseguia tornar o cemitério ainda mais macabro, um frio fantasmagórico congelou minha espinha e eu olhei para trás, não havia ninguém ali, mas eu tinha a sensação de que havia sim.

– Acho que nós devemos esquecer por enquanto – Percy falou esboçando um sorriso – E se qualquer um deles vier, Nico ou Pain, eu vou dar um chute no nariz deles e além de tudo, nós estamos juntos nessa.

Sorri, era disso que eu precisava no momento, achar que as coisa iam finalmente melhorar para mim, talvez que sabe elas realmente melhorem. Olhei para Sam e a puxei mais para perto, Percy chutava distraidamente algumas pedras, Sam é a garota certa para mim e Percy era o melhor amigo que eu poderia arranjar. Eu percebi que todos os momentos de felicidade que eu havia tido nesse mundo, eles estavam por perto e de repente eu soube de uma coisa:

Nós estávamos juntos e nós íamos ficar bem.

*******************************************************************************************

POV Nico

Você já sentiu tanto ódio que não podia pensar em outra coisa a não ser o próprio ódio? Era assim que eu me sentia, com raiva, com ódio, frustração, tudo misturado, todo o trabalho que eu tive, todos os planos que eu montei, todas as pessoas que eu tive que matar pareceram ser inúteis agora, tudo o que planejei foi por agua abaixo.

Eu fui um tolo, Pain me disse uma vez que o gato brinca com a presa antes de comê-la, mas se você esperar demais para comer a presa, ela escapa, havia sido uma das poucas coisas boas que Pain realmente me ensinou, é graças a ele que eu era “A”, ele não sabia disso, mas foi ele que me tornou o que eu sou hoje.

Esmurrei um travesseiro com toda a minha força e logo senti uma pontada de dor passar pelo meu estomago, bem onde Finnick Odair me cortou, aquele otário desgraçado, ele nem se lembra do que fez para mim, assim como aquela vadia da Samantha Jenner, quando eu resolvi me tornar “A”, eles eram meus principais alvos, eu havia recolhido ódio pelo que eles fizeram a mim, eles mereciam pagar tanto quanto Percy merecia.

Revisei todo o meu plano mentalmente, vendo todos os meus erros, eu deveria ter enfiado uma espada naquele idiota do Percy, mas em vez disso eu havia ficado esmurrando-o e acabei me distraindo e não vi o momento que Finnick chegou, mas além de tudo eu não imaginava que alguém ia me achar, eu me certifiquei que ninguém soubesse onde eu estava, mas mesmo assim, eles descobriram.

Agora aqui estava eu, me sentindo derrotado, interrompido, eu tive que usar meu esconderijo super secreto nos esgotos de Chicago, ninguém vinha para cá, ou seja, ninguém me acharia. Joguei um copo de vidro cntra uma parede, eu havia falhado, eu não aceitava isso, eu tinha que arranjar um jeito de matar Percy, de concluir meu plano.

Suspirei bem alto. Eu conseguiria, eu iria atrás de Percy de novo e dessa vez eu faria as coisas melhores, eu definitivamente destruiria tudo, eu também acabaria com Samantha e Finnick e fariam eles pagarem pelos pecados que os dois cometeram, podia demorar, mas eu iria conseguir tudo o que eu queria com um pouco de paciência, eu sei disso. E como eu sei?

Por que eu sou “A” e eu sei de tudo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei, fui troll mais uma vez, mas eu não sabia que vcs iam cair no truque do polissuco de novo kkkkkk eu me amo, o que acharam? "A" não está morto, agora a gente já sabe a identidade dele (Bom vcs sabem, eu já planejava isso desde do capitulo 2), mas isso não quer dizer que "A" vai se retrair, uma hora ele vai voltar, sedendo de sangue e for Pain que está cada vez mais ansioso para concluir seu plano, estamos entrando na reta final gente eu ja to me sentindo nostalgico.
Bom gente, comente, diga o que vcs acharam, ainda mais pq esse capitulo realmente deu um trabalho monstro para fazer, favoritem, recomendem, espalhem para os amigos e me sigam no TT: @rodrigostoll16, assim, o proximo capitulo sera um especial e eu não sei se vai sair na Quarta, como ele não é grande pode ser que ele saia, vamos ver, fiquem de olho e não se esqueçam de comentar e passar la no spin-off, eu pretendo lanças dois capitulos dele nessa semana. Bom, até quarta, eu acho...
"Toda a história de mentira e ódio tem início no amor"