Uma trouxa em Hogwarts escrita por fuckwn


Capítulo 2
Today is a new day


Notas iniciais do capítulo

*Lumus*

OMG! Meu primeiro review! Obrigada té!
Estou tão feliz *0*
Enjoy xxD



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II - Today is a new day

Realmente, eu pensei que iria desmaiar.

Não era preciso saber sobre muitas coisas sobre Harry Potter para reconhecer aquela locomotiva, que transportava os aluninhos bruxos até aquela maravilhosa escola chamada Hogwarts; por exemplo, eu nem Harry Potter lia/via!

Então o mundo de Harry Potter existe! – pensei. - Aquele mundo mágico e cheio de monstros, feitiços, poções... Não pode ser...

Suspirei, pensando no monte de coisas que lá deveria ter.

Você não tem material, roupas, nem sequer é uma bruxa – "disse" minha consciência. – Duvido que vão te aceitar lá HAHAHAHA.

Então toda aquela alegria foi por água a baixo. Minha consciência tinha razão, eu não tinha uma varinha ao menos. E o pior: eu nem era uma bruxa.

– Com licença – falei enquanto ia em direção a um lugar mais afastado. – Licença!

Nessa mesma hora trombei com uma garota da minha idade, uns 14 anos. Ela tinha o cabelo loiro, liso (super liso!), pele clarinha, os olhos saltados e usava uma calça preta bem justa, uma camiseta branca, um casaco marrom e, por incrível que pareça, ela usava uma touca - nem sabia dizer na verdade se aquilo era uma touca, já que tinha a forma de um leão.

– Oh, desculpe – pedi a ela. – Não te vi.

– Não foi nada – falou a menina num tom sonhador. – Meu nome é Luna.

Ela se levantou, estendeu sua mão e eu a apertei.

– Jullie, prazer – disse educadamente.

– O prazer é todo meu – falou Luna. – Então, você é nova não? Nunca te vi aqui.

– Sou, bem, na verdade sou... – cheguei bem perto do ouvido dela, para que ninguém que estivesse por perto escutasse. – uma humana.

– Oh, não! - exclamou, ou melhor, gritou a garota.

– O que foi? - perguntei aflita.

– Trouxas não podem vir aqui! - exclamou ela novamente. - Pelo jeito os zonzóbulos estão bagunçando minha cabeça, já que estou imaginando coisas. Estou vendo que o repelente que papai fez não está funcionando, vou ter que mandar uma carta para ele assim que chegarmos em Hogwarts...

– Zonzó-o-que? - perguntei e Luna se apressou em responder:

– São zonzóbulos. Eles são invisíveis, entram pelo nosso ouvido e embaralham nosso cérebro.

– Mas eu não sou fruto da sua imaginação, acredite, eu sou real.

– Se você é real, o que você está fazendo aqui? – perguntou Luna. – Dumbleodore deveria ficar sabendo disso.

– Eu realmente não sei, nem sei como entrei aqui – respondi.

– Acredito em você - disse ela simplismente.

Ao ouvir isso, dei um sorriso de alívio. Pelo menos alguém ali poderia me ajudar.

– E se você tentar voltar sabe? Na barreira – sugeriu Luna.

– Onde?

– Da parede, de onde você veio – disse ela como se fosse algo óbvio.

– Não custa tentar. – falei esperançosa.

Ela foi andando na frente e eu a segui. Andamos até chegar a então barreira, a parede, pela qual eu havia vindo.

– Tente agora – falou Luna. – Só que não sei se vai dar certo, a barreira fecha às 10:55 e só abre de novo às 11:15.

– O.k. – disse tentando não me desesperar, o que era muito difícil.

Calma – disse baixinho para mim mesma. – Vai dar tudo certo.

– Está tudo bem, Jullie? – perguntou Luna usando ainda aquele tom sonhador.

Céus, será que eu falava tão alto assim?

Murmurei um “ahã” e dei dois passos grandes para trás, assim como tinha feito para entrar, e sai correndo. Fechei os olhos e senti uma pancada muito forte na minha testa... É, pelo jeito a barreira tinha fechado e eu neste momento estava com um baita galo na cabeça.

– É, pelo jeito já fechou – falou ela envergonhada. – Eu achei que ainda estava aberta, desculpe.

– Não, não foi nada – falei me levantando.

Todos em minha volta estavam me olhando e provavelmente pensando: essa menina é doida ou o que?

– Se não dá pra voltar, acho melhor você vir com a gente, sabe, com os alunos e depois falar com Dumbleodore – aconselhou Luna.

– Tudo bem – disse enquanto a gente ia andando em direção à locomotiva.

Luna ia na frente e eu, consequentemente, atrás. Quando chegamos ao Expresso, escolhemos uma cabine vazia e entramos.

Luna começou a guardar suas coisas no bagageiro e eu fiquei sentava observando, até que então eu vi sua varinha que estava "guardada" em sua orelha. Resolvi não questiona-la.

– Vocês fazem aqueles feitiços iguais dos filmes ou dos livros? – perguntei e ela se sentou.

– Que filmes?

– Ah, não é nada - achei melhor não contar a ela, afinal, não sabia se ela daria uma de louca e sairia gritando por aí. - Acho que os zonzóbulos também estão na minha cabeça.

– Quer que eu peça para o papai fazer um repelente para você? - perguntou ela inocentemente.

– Hã, não, obrigada. Acho que os zonzóbulos vão sair da minha cabeça logo logo.

– Tudo bem - falou ela.

– Qual é a do leão? - perguntei me referindo a touca.

– Oh, meu Merlin, me esqueci - disse Luna enquanto tirava o leão da cabeça e colocava no seu malão. - É que é para ser uma surpresa, sabe?

– Mas surpresa para quem?

– Não é para quem, e sim para o que– respondeu ela, sua resposta meio que não fez sentido para mim. Ela percebeu isso e prosseguiu. - É para o quadribol, quando houver o primeiro jogo da Grifinória vou usa-lo, quero que ele surpreenda a todos! Ele até ruge!

– Ah - falei me questionando o que seria quadribol.

Ela se levantou novamente e pegou uma revista do seu malão.

– Posso ver essa revista? - perguntei.

– É claro! - exclamou ela com um sorriso.

Fui folheando até que vi um artigo sobre runas antigas. Segundo a revista, se a pessoa observasse as runas de cabeça para baixo elas revelariam um feitiço para transformar as orelhas de um inimigo em cunquates.

Virei a revista de cabeça para baixo e não enxerguei nada, mas mesmo assim continuei olhando para ver se achava algo.

– Oi Luna, podemos entrar? - perguntou uma garota ruiva que estava na porta da cabine.

Luna a analisou e fez um "sim" com a cabeça.

– Obrigada.

Ela entrou, junto de mais outros dois meninos e se sentaram. Luna não desgrudava os olhos de um deles.

— Boas férias, Luna? — perguntou a ruiva, interrompendo o silêncio.

— Boas — disse Luna sonhadora, sem tirar os olhos do garoto. — É, foram bem divertidas, sabe. Você é Harry Potter — acrescentou.

— Eu sei que sou — respondeu ele.

O outro garoto riu. Luna voltou então seus olhos claros para ele.

— Eu não sei quem você é.

— Não sou ninguém — respondeu ele, apressado.

— Não, não é não — disse a ruiva com rispidez. — Neville Longbottom, Luna Lovegood. Luna está no mesmo ano que eu, mas é da Corvinal.

— O espírito sem limites é o maior tesouro do homem — disse Luna entoando o ditado.

– E você, quem é? - perguntou a ruiva, se referindo a mim.

– Jullie, Jullie Wettears. E você?

– Gina, Gina Weasley. - ela se apresentou. - É nova?

– Hã, sim, bem na verd... - disse e Luna me interrompeu.

– Ela era da Beauxbatons - falou ela piscando para mim, como se dissesse "não fale nada só me acompanhe, acredite, vai ser melhor pra você".

– Então você ainda não tem uma casa. Geralmente quando é assim, o aluno escolhe a casa que quer ficar - explicou Gina.

– Que injustiça - reclamou Harry. - Os alunos do primeiro ano não podem escolher, mas de outros anos podem!

– Regras são regras meu querido - falei e todos riram, mas ninguém riu mais que Luna.

Riu tanto que acertou-me um belo soco e me fez deixar a revista cair no chão.

– Posso ver? - perguntou Harry, em meio as gargalhadas de Luna.

– Pode - disse.

Ele pegou a revista do chão e começou a folhear e a crise de riso de Luna foi cessando.

– Oi gente - falou um garoto ruivo que acabara de aparecer pela porta, junto de uma garota com os cabelos rebeldes.

– Oi - todos fizeram coro e eles se sentaram.

– Você é? - perguntou a menina.

– Jullie, sou de Beauxbatons - falei e pisquei para Luna, que deu um sorriso.

– Ah, que legal. Sou Hermione Granger. Esse é Rony Weasley - disse ela se apresentando e apresentando o amigo.

— Adivinhem o que ganhei de aniversário? — perguntou Neville.

— Mais um Lembrol? — perguntou Harry.

— Não — respondeu o garoto. — Até que um Lembrol viria a calhar, perdi o antigo há séculos... Não, olhe só isso...

Ele enfiou na mochila a mão livre — a outra segurava um sapo firmemente — e, depois de procurar um pouco, tirou um vaso contendo algo parecido com um pequeno cacto cinzento, exceto que era recoberto de pústulas, em vez de espinhos.

Mímbulus mimbletonia — disse orgulhoso.

Olhei para a coisa. Pulsava levemente, o que lhe dava a aparência sinistra de um órgão interno avariado.

— É uma escrofulária realmente rara — comentou Neville radiante. — Nem sei se na estufa de Hogwarts tem uma. Mal posso esperar para mostrar à Profª Sprout. Meu tio-avô Algie conseguiu-a para mim na Assíria. Vou ver se consigo multiplicá-la.

— Ela... hum... ela faz alguma coisa? — perguntei.

— Muita coisa! — respondeu Neville, orgulhoso. — Tem um fantástico mecanismo de defesa. Tome, segure o Trevo aqui para mim...

Ele largou o sapo no meu colo e tirou uma pena da mochila. O garoto segurou a escrofulária próxima dos olhos, a língua entre os dentes, escolheu um ponto e espetou com força a planta.

A planta espirrou líquido de todas as pústulas; jatos verde-escuros, malcheirosos, espessos. Eles bateram no teto, nas janelas, e paredes; Gina, que ergueu os braços para proteger o rosto bem em tempo, ficou parecendo que usava um chapéu verde pegajoso, mas eu, cujas mãos tinham estado ocupadas com Trevo para impedir que o sapo fugisse, recebi o jato em cheio no rosto.

Cheirava a estrume rançoso.

Neville, cujo rosto e tronco também estavam encharcados, sacudiu a cabeça para limpar o excesso dos olhos.

— D-desculpem — disse gaguejando. — Eu não tinha experimenta do isso antes... não pensei que seria tão... mas não se preocupem, esta escrofulária não é venenosa — acrescentou ele, nervoso.

— Tudo bem — disse Gina, procurando consolar o garoto. — Olhe, podemos nos livrar de tudo isso facilmente. — E puxando a varinha ordenou: Limpar!

A escrofulária desapareceu.

— Desculpe — tornou a dizer Neville, com uma vozinha tímida.

Harry voltou a ler a revista e ficou assim por um bom tempo, até que a fechou.

— Alguma coisa que preste aí? — perguntou Rony.

— Claro que não — respondeu Hermione, antes que Harry pudesse responder. — O Pasquim só tem bobagens, todo o mundo sabe disso.

— Desculpe — disse Luna; sua voz perdeu momentaneamente a vagueza. — Meu pai é o editor.

— Eu... ah — disse Hermione, constrangida. — Bem... tem coisas interessantes... quero dizer, é bem...

— Pode me devolver, obrigada — disse Luna com frieza, e, curvando-se para frente, puxou-a das mãos de Harry.

O tempo permaneceu indefinido à medida que o trem andava. A chuva salpicou as janelas, depois o sol apareceu e logo as nuvens o encobriram. Quando anoiteceu e as luzes foram acesas nos carros, Luna enrolou O Pasquim, guardou-o cuidadosamente na mochila e nos encarou, um a um.

– Que silêncio - falou ela, e todos concordaram com um "ahã".

Finalmente o trem começou a reduzir a velocidade e ouvimos a zoeira que provavelmente deveria haver sempre quando os alunos corriam a preparar a bagagem e os animais de estimação para o desembarque.

Eles pegaram os malões e desceram do trem.

Assim que olhei à minha volta, a única coisa que consegui dizer foi:

Ruínas?


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Notas finais do capítulo

Se você não entendeu o final, vou lhe explicar: trouxas quando veem Hogwarts veem ruínas de um prédio se não me engano.
Reviews, please!

*Nox*



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