Demigods in... Brazil? escrita por brubs


Capítulo 3
Acampamento Hydra


Notas iniciais do capítulo

Oi povo.
Decidi resgatar essa história e ver se ela rende alguma coisa.
Se lerem comentem, por favor.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/497838/chapter/3

– Bem-Vindos ao Acampamento Hydra! – Disse Arthur, sorrindo e apontando para o parque.

– No Parque Ibirapuera? – Perguntou Daniel. – Esperto.

– Gostou? – Perguntou Lily, sorrindo para o moreno. – Foi Zeus que criou o Acampamento quando matou uma Hydra perto da fronteira, ela virou névoa e formou o domo de proteção.

– Domo de proteção? – Perguntou Lena.

– Sim, é uma espécie de barreira que não permite que os mortais ultrapassem os limites do Acampamento e nem os monstros. Assim estamos seguros e a salvo de horas e horas de lavagem cerebral. – Respondeu Ian.

– O QUE?! – Gritaram Lena e Daniel juntos.

Os outros presentes riram. Até Arthur fazê-los parar.

– Ok, ok. Nós não fazemos lavagem cerebral, só usamos a magia da Angie pra apagar da memória o que viram do nosso mundo.

–Ah! – Disse Lena. – Isso é mais... Tranquilo.

– Esse também é um bom adjetivo. – Arthur apontou o dedo indicador para Lena, balançando em sua direção.

A morena encarou Daniel com o cenho franzido, mas ele apenas deu de ombros.

– Ah cara! – Resmungou Charlie do banco do motorista. – Zona azul de novo!

– Quer que eu vá lá buscar? – Perguntou Lily.

– Por favorzinho? – Charlie tinha um olhar pidão.

– Já volto. – Disse Lily, revirando os olhos, mas rindo da cara do garoto.

Lily desceu da van e foi até a cabine onde um policial contava os folhetos de zona azul. Era um homem de uns trinta anos, cabelos castanhos, alto e forte. A garota se aproximou e o policial levantou o olhar, analisando-a.

– Por favor, um bilhete de zona azul. – Pediu delicadamente.

– Quantas horas? – Perguntou o guarda, ainda analisando a garota como se ela fosse um jogo de xadrez.

– Ah não, nós somos da lanchonete perto do portão cinco, conhece?

O guarda levantou uma sobrancelha e tirou um dos bilhetes do bolo. – Descarregamento de carga é por trás, menina.

– Não é carga.

O policial esticou o bilhete, mas quando Lily ia pega-lo, puxou de volta, baixando o braço e se aproximando dela, que recuou assustada.

– Fique de olho nos novatos. – Falou num tom mais baixo. – São poderosos.

Lily ficou parada, processando as palavras do guarda e finalmente se deu conta de com quem estava falando.

– Os três?

– Não. – Falou lhe entregando o bilhete de zona azul. – O garoto e a garota.

Lily pegou o papel e voltou a falar. – Qual delas?

Antes que pudesse responder, outro guarda gritou do portão de metal.

– Alves? Uma ajudinha aqui? – Ele estava com um grupo de garotos com bonés de aba reta coloridos, camisas dois números maiores que eles, bermudas brancas, chuteiras pretas com cores neons e aqueles aparelhos coloridos maiores que a boca.

Alves respirou fundo e ajeitou o cinto na cintura, mas antes voltou a falar com Lily.

– Só fique atenta, criança. – Disse e lançou uma piscada para ela.

Deus idiota. Pensou Lily.

– O que temos aqui? – Alves falou para o grupo de garotos que estavam apoiados no muro. – Marcando rolezinho no Parque Ibirapuera. O que houve? Não tinham mais shoppings disponíveis? Eu estou falando com você arrombado! RESPONDE! – O garoto na mira de Alves se encolheu e baixou a cabeça. – É assim que eu gosto! Quer fazer rolezinho vai pro Rio. Andar de bonde pelo Morro. Tá achando o que? Aqui não é o Rio não! Folgado! – Resmungou mais um pouco e depois viu que Lily ainda estava lá.

– E você, garota? Cresceu raiz? Sai logo daqui!

Lily apenas revirou os olhos e girou nos calcanhares, voltando para van. Ainda podia ouvir os resmungos do Deus, e isso a fez rir.

Abriu a porta do navegador e entrou, batendo-a. Pegou uma caneta no porta-luvas e preencheu o bilhete, entregando logo em seguida para Charlie.

– Ares? – Ian perguntou, se apoiando para espiar nos bancos da frente.

– Sim. – Respondeu Lily. – Dessa vez ele é Alves.

– Alves? – Perguntou Charlie.- Que nome de velho.

– O MOTORISTA OTÁRIO QUE ESTIVER DIRIGINDO ESSA SUCATA DE VAN ESCOLAR PODERIA PISAR NA PORCARIA DO ACELERADOR? OU PREFERE SER REBOCADO? – Gritou o Deus, batendo na lateral da van.

– Estou saindo, titio. – Murmurou Charlie, enquanto girava o volante.

Charlie entrou no parque pelo portão dois e dirigiu até uma parte desocupada do parque. Ian e Mason desceram da van e Lily foi para trás, ao lado de Daniel, que estava perto da porta. O garoto ficou desconfortável com a proximidade de ambos. Lily mantinha o rosto virado para a janela, mas o ombro direito encostado no de Daniel. Ela nem havia percebido. Lena, que estava de frente para Daniel achava a situação do amigo hilária. Ele não se mexia e ficava esfregando as mãos freneticamente.

– Então... – Lena tentou puxar assunto. – Como vocês vão trazer a Sophie de volta? – Ela levantou a Kadupul branca nas mãos, ajeitada cuidadosamente.

Lily virou o rosto para Lena e olhou para a flor em suas mãos.

– Ah é! Quase me esqueci da sua amiga. Angie vai trazê-la de volta com sua magia doida de vodu. Ela é filha de Hécate, então... Não se preocupe.

Aquilo não tranquilizou nem Lena nem Daniel.

– Ei, esta bem? – Lily perguntou olhando nos olhos de Daniel, que só piorou sua situação. – Parece... Nervoso.

– Nervoso? Eu? Claro que não! Imagina... Nervoso... – Daniel desviou o olhar rapidamente.

Lily ficou um pouco confusa, mas não deu importância.

Mason e Ian entraram de volta na van e avisaram que Max havia deixado o Domo aberto. Eles entrariam em solo do Acampamento Hydra definitivamente. Lily pulou para o banco do navegador, ao lado de Charlie, o motorista. Mason foi para a janela, ao lado de Lena, Ian se sentou no fundo e Bianca se sentou ao lado de Daniel.

– Então... Como esta lidando com tudo isso, garotão? – A loira brincou.

– Não muito bem. É muita... Muita informação. – Respondeu.

– Sei como é.

– Como você... Veio para cá? Quero dizer, foi como eu? Você foi capturada por um girassol cheio de esteroides?

A loira riu.

– Não. Eu vim há dois anos. Cheguei com a ajuda de Cassio. Ele é como Arthur, um sátiro, mas ainda é iniciante.

– Hum... Sátiros são aquelas criaturas mitológicas metade burro metade homem, né?

Bianca riu e balançou a cabeça.

– Na verdade, é metade bode, mas é isso aí.

– Ah! Acho que vou precisar de um tempo para decorar todas essas coisas.

– Não se preocupe. No Acampamento, você vai ter aulas sobre mitologia, e também vai aprender grego.

– GREGO?! – Gritou surpreso, fazendo com que Ian, Mason e Lena olhassem para eles. – Eu não sei nem o português, como vou aprender grego?

– Aprendendo! – A loira diz rindo. Os dois ficam alguns minutos apenas rindo, até Lily se virar.

– Chegamos! – Diz.

Á frente da van, um vasto campo verde se estendia. Ao todo, catorze sobrados de cores diferentes eram postos em duas linhas paralelas. Nas pontas de cima, seis casas de madeira, uma do lado da outra, na outra ponta, uma floresta com uma entrada de bambu. Cada sobrado tinha sua cor e um nome escrito na porta. No meio das duas linhas de sobrados, uma fogueira ainda apagada estava cercada de crianças brincando de pega-pega.

Charlie estacionou em uma parte da terra sem grama, ao lado de mais três vans. Ele e Lily desceram e Mason abriu a porta de trás. Desceu e ajudou Lena a descer. Quando todos estavam fora, Daniel percebeu como o Acampamento era bonito, cercado de natureza. Ele sempre gostou de natureza, andar pelo mato, subir em árvores e tudo mais.

– O que achou, bonitão? – Perguntou Lily, se aproximando dele, os dois ficaram frente a frente.

– É... Verde. Muito verde.

A garota riu e encarou Daniel.

– Que é verde eu percebi, mas... O que achou do resto? Já que a partir de agora é aqui que você vai passar suas férias.

– Olhando daqui, parece lindo.

Ela sorriu gentilmente, e se voltou para as construções.

– Certo, certo. – Arthur começou. – Lena e Daniel, vocês vem comigo. Vamos trazer Sophie de volta. Os outros... Voltem para seus afazeres, ok? Nos vemos no jantar.

– Mas... – Começou Mason.

– Não. Sem mais. Agora xô. Vazem daqui. Amanhã vocês mostram o Acampamento para eles.

Os semideuses se entreolharam e voltaram a encarar Arthur.

– Ok, ok. – Disse Lily.

– Só mantenham meus protegidos longe do Max, não gosto daquele cara. Ele pode até ser Conselheiro, mas é um completo bocó.

– Qual é, Art! Foi só uma banana. – Diz Mason, escondendo a risada.

– DA BANANEIRA DE APOLO! Tem noção do que aquele deus fez comigo por causa disso?

Os cinco calouros do Acampamento seguraram as risadas e Bianca falou.

– Ele... – Fez uma pequena pausa, controlando a gargalhada que vinha. – Ele fez uma depilação brasileira na sua comissão traseira.

Depois disso as gargalhadas não foram mais seguradas.

– PAREM DE RIR, SUAS CRIANÇAS! – Gritou Arthur.

No mesmo instante as risadas cessaram e Arthur foi fuzilado por cinco adolescentes.

– Crianças não. – Disse Charlie.

– Aí não, cara. – Disse Ian. – Aí você pegou pesado.

– Tudo bem, tudo bem. – Se desculpou o sátiro. – Crianças não. Pré-adolescentes.

– Adolescentes! – Corrigiu Bianca.

– Vão logo para suas tarefas! – Mandou Arthur.

Os calouros do Acampamento se despediram dos novos. Bianca desejou sorte á Daniel, assim como Charlie e Ian, mas Mason não falou com ele. Lily acalmou Lena, dizendo que Sophie ficaria bem, e depois foi falar com Daniel. Quando seu olhar cruzou com o da morena, as mãos dele começaram a suar, seu coração bateu tão rápido que ele pensou que todos escutariam.

– Não fique ansioso. – Falou Lily, sorrindo gentilmente. Um sorriso que, na opinião de Daniel, era lindo. – Isso só piora as coisas.

– Você não vem comigo? – Falou automaticamente. Mas se arrependeu, quando Lily corou por ele ter dito “comigo” e não “com a gente”.

– Não. – Respondeu, recuperando a tonalidade normal de seu rosto. – Mas nós nos vemos no jantar. E depois... Vamos jogar Canibal.

– O que é Canibal?

Lily riu e deu um leve tapinha no ombro de Daniel.

– É um jogo que costumamos fazer em dias especiais.

– Hum.

– Ei, Dan? – Chamou Lena, tocando as costas do amigo. – Podemos ir? Sophie esta ficando sem tempo.

Daniel olhou para Lena e depois para Lily, que sorriu e assentiu.

– Vai lá! Cuide de sua amiga. Nós nos vemos no jantar.

Antes que Daniel pudesse responder, ela virou as costas e correu para perto de Bianca e Charlie, que conversavam sobre a cama quebrada dele.

Era um mundo tão novo para Daniel, mas ele se sentia tão... Familiarizado. Ele se sentia em casa naquele Acampamento. E todos os campistas que já conheceu... Bem, parecem todos legais. Ele poderia se acostumar a viver ali. Mas não poderia dizer o mesmo de Lena, e talvez nem de Sophie.

– Vamos lá, pegador! – Disse uma Lena sorridente. – Vamos trazer nossa flor de volta!

Lena, Daniel e Arthur seguiram pelo meio das duas linhas de sobrados até as seis casas dispostas em cima. Arthur os conduziu até a penúltima casa da esquerda para a direita. Ela era branca, um branco pérola, impecável. Uma névoa roxa parecia circundar a casa, dando um aspecto fantasmagórico colorido nela. Uma pequena varanda com duas cadeiras de balanço, uma laranja e outra roxa enfeitavam a entrada. No solado da porta, um tapete escrito ”bem-vindos” com um sol sorridente em cima parecia ganhar vida.

Arthur deu exatas três batidas na porta de carvalho branco. Ela se abriu sozinha quando ele afastou o punho. O sátiro olhou dentro da casa, depois se virou para os dois amigos, com a Kadupul branca nas mãos de Lena.

– Angie e suas travessuras! – Ele revirou os olhos sorrindo e entrou na casa.

Daniel se sentiu na Avenida Paulista no meio de uma parada gay, mas sem as pessoas. Era tudo colorido. Rosa, azul, vermelho, verde, amarelo, laranja, roxo... Dava pra ver um arco íris em cada coisa dentro daquela casa. Arthur andava tranquilo em meio ás cores e de vez em quando trotava quando passavam por pôsteres de famosos. Chegaram ao pé de uma grande escadaria de madeira que subia em uma curva.

– Uau! – Disse Lena. – Me sinto na casa do Ney Matogrosso!

– Me sinto na parada gay da Avenida Paulista! – Disse Daniel, olhando abobado para o lustre de cristal.

– Jura? – Disse uma voz do topo da escada. – Eu queria mesmo que a casa tivesse esse efeito! Sabe, eu adooooro cores! O arco íris é... Fascinante!

– Essa é a Angie, - Sussurrou Arthur. – ela é filha de Hécate, mas tem sérias tendências de ser filha de Íris.

– Ah. – Falaram Lena e Daniel juntos.

– Angie! – Saudou Arthur. – Estou com um sério problema.

– Own, tadinho!

– Não, não é... Não é comigo.

– Ah, certo! Então é com o garotão ali? Sabe, na hora que passou no meu tapete de boas vindas eu soube que você era importante, filho do Um.

– O que? – Perguntou Daniel confuso. – Filho do Um?

– O que quer dizer? – Perguntou Lena. A conselheira mirou seus olhos castanhos na garota, e Lena pode jurar que eles ficaram brancos momentaneamente.

– Ah, filha do mar, sabia que você descobriria o caminho do seu lar, mais cedo ou mais tarde.

– Como é? – Questionou Lena.

– O que? Vocês não sabem? – Angie se virou para Arthur. – Eles não foram reclamados ainda?

– Não. Acabamos de chegar. Precisamos urgentemente de ajuda.

– Ah sim, claro! O que houve?

Arthur deu um passo ao lado e deixou que Daniel falasse.

– Nossa amiga, Sophie, tocou em uma das... Uma das mudas de Perséfone. Uma muda de Kadupul branca. Quando tocou uma das pétalas, ela se transformou na flor. Temos pouco tempo... Ah... Senhora. A flor só desabrocha á meia noite, e morre ao amanhecer. Pode nos ajudar? Sophie é nossa melhor amiga e...

– Garoto, pare de falar. – Mandou Angie, e Daniel se calou. – Essa rachadura rosada na horizontal que você chama de boca me tira a concentração.

Daniel hesitou. Ele não sabia se ficava agradecido ou constrangido. Angie sorriu radiante e passou por ele. Seguiu por alguns corredores até entrar em um cômodo com uma porta de ferro como a de um elevador. Angie era a única conselheira mulher do Acampamento, ela era alta, morena, cabelos até um pouco acima do ombro, olhos castanhos, mas que de vez em quando assumiam um tom de branco, usava um macacão cinza, com uma grossa listra preta nas laterais do corpo e uma capa com capuz preta.

– Me dê a flor, querida. – Pediu á Lena.

Sem hesitar, Lena entregou a Kadupul branca para Angie, que a colocou sobre uma mesa de metal.

– Arthur? – Chamou Angie. – Pegue o grimório preto em cima da bancada, por favor.

Arthur saiu de trás de Lena e Daniel e foi até a bancada. Um grande livro preto, com “Hécate” escrito no centro, em grego, com letras douradas. O sátiro entregou o livro para a conselheira e voltou para onde esteva. Angie folheou algumas páginas do grimório até achar o que queria.

– Achei! – Falou. – É melhor se afastarem um pouco.

Arthur puxou Lena e Daniel para trás. A conselheira começou a recitar em grego o texto do grimório. Por hora, nada aconteceu, mas depois de alguns segundos, uma névoa verde envolveu a flor na bancada, fazendo-a levitar. Angie recitava ainda mais alto. A névoa ficou mais densa e não dava mais para ver a flor através dela. A voz de Angie soava cada vez mais alta e sua cabeça pendeu para trás, seus olhos assumindo a tonalidade branca novamente. As luzes da sala piscaram, explodindo e estourando. A voz de Angie soou alto com as luzes explodindo. De repente tudo parou e ficou escuro, um barulho de algo caindo sobre a bancada de metal quebrou o silêncio.

– Caramba, nem pra por uma almofada aqui? – Era a voz de Sophie.

– Desculpe, querida. Mas eu não costumo usar essa bancada como maca. Uso-a mais para dissecação de alguns monstros para estudo.

– Eca! – Sophie disse, e Daniel e Lena podiam visualizar sua careta de nojo.

– Sophie! – Disseram juntos.

– Uia! Quem disse isso? E por que está escuro? Deixaram de pagar a conta de luz?

– Você voltou! – Disse Lena, dando um abraço em Sophie, mesmo no escuro.

– Oi Lena. – A morena respondeu, abraçando a amiga de volta.

– Pela doninha de Hácate! Perséfone sua desalmada! – Gritou Angie no escuro. – Olha o que seu feitiço idiota fez! Sabe quanto tempo eu vou levar para recuperar minhas energias? É isso mesmo! Dez segundos do meu precioso tempo para concertar esse... Esse... Esse desperdício de magia que você causou! Sua egoísta!

– Ei, ei, Angie? – Chamou Arthur, acalmando a conselheira. – Deu certo! Você a trouxe de volta!

– É claro que trouxe, seu bocó! Tinha alguma dúvida? Olhe o estrago que isso me causou! Duas lâmpadas fluorescentes novinhas! Pedi semana passada para Sebastian!

– Tudo bem, nós pagamos outra se você quiser.

– É claro que vão pagar! Acha que eu tenho árvore de dinheiro? Não, só tenho o arbusto! Mas ele é para casos de emergência, e isso, meu amigo, não é uma emergência. Agora vão! Saiam antes que causem mais danos. Rápido, rápido! Desinfetem da minha casa!

Angie foi empurrando os quatro até a varanda, e quando saíram, fechou a porta com força.

– Me desculpem por isso! Angie fica um pouco... Bipolar depois que usa magia.

– Sem problemas! – Disse Lena.

– Bom... Agora que estão todos aqui, vamos ver Sebastian. – Disse Arthur.

– O tal Conselheiro? – Perguntou Daniel.

– Sim. Acredito que Max e Finn devem estar com ele.

Os três seguiram o sátiro até a casa que ficava no meio das seis casas no topo das linhas de Chalés. Era uma construção de madeira simples. Arthur subiu os três degraus trotando e bateu na porta três vezes. Um homem de vinte e poucos anos abriu a porta. Era loiro com olhos cor de mel, alto e forte. Usava uma calça jeans escura, uma camisa verde e all star preto. Ele sorriu e cumprimentou Arthur.

– Olá, companheiro.

– Oi, Max. Sebastian está ai?

– Esta na sala, com Finn. Quem são? – Apontou com a cabeça para Lena, Daniel e Sophie.

– Semideuses da missão de resgate.

– Ah tá. Todos voltaram bem?

– Sim. Estão por ai fazendo as atividades do Acampamento.

– E... E Lily?

Rapidamente a atenção de Daniel foi atraída para o Conselheiro. Por que estaria perguntando sobre Lily? Ele seria o namorado dela? Afastou tais pensamentos e olhou para Arthur, que olhava de soslaio para ele. O sátiro voltou a responder.

– Deve estar com Bianca ou Charlie.

– Tudo bem. Entrem, Sebastian vai gostar de saber que os novatos chegaram.

Os quatro seguiram o até a sala de estar. Paredes brancas, com uma lareira, três sofás de couro marrom estavam ao redor de uma mesinha de centro. Dois adultos estavam sentados ali, conversando. Um deles era loiro, olhos verdes, alto e forte, usava uma bermuda de surfista e estava sem camisa, os cabelos loiros molhados e bagunçados. O outro tinha cabelos curtos castanhos, olho verde, alto e forte, usava uma calça jeans e uma camisa social branca com alguns botões de cima abertos.

– Ei, Sebastian? – Chamou Max. – Venha conhecer seus novatos.

Daniel percebeu de cara que talvez não se desse muito bem com o Conselheiro Max.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Demigods in... Brazil?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.