Demigods in... Brazil? escrita por brubs


Capítulo 1
Sophie, sua flor!


Notas iniciais do capítulo

Primeiro cap! Ai ai... Esse a gente nunca esquece!
Brincadeira.
Espero que gostem da fic, e não esqueçam de comentar!
Recomendações também são aceitas.



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– Muito bem! – Disse o monitor Thiago do Jardim Botânico. – Vamos fazer assim: Colégio Marista aqui comigo, Colégio CETEC com a Dani e Colégio Nossa Senhora das Graças com o Júlio.

– Vamos, Daniel. – Disse Lena, puxando o garoto pelo braço.

– Espera a Sophie. – Puxou o braço de volta, olhando a morena que vinha logo atrás.

Quando os três estavam juntos, Daniel deu uma última olhada para ver se não deixaram nada para trás. Foi assim que ele a viu. Uma garota de cabelos castanhos escuros cacheados, pele branca, usava uma calça jeans, uma camiseta listrada em branco e preto, tênis pretos e uma mochila preta e dourada nas costas. Havia outra garota ao seu lado, loira, calça jeans cinza, uma blusa roxa e sapatos roxos.

Daniel não percebeu que encarava a garota até a mesma perceber e acenar para ele, um pouco corada. O garoto travou.

– Quer uma ajuda? – Perguntou Sophie, ela e Lena tinham sorrisos maliciosos no rosto.

– O-oque? – Balbuciou ainda olhando para a garota.

– Deixa comigo! – Falou Lena dando dois passos a frente. – Ô MORENA, O MEU AMIGO AQUI ADORARIA TE DAR UNS PEGAS NA ESTUFA...

– ELENA! – Bronqueou Nicolas. – Você é sútil como uma granada!

– Você não queria que ela te notasse? Então!

– Lily! Bianca! – Gritou uma voz. – Ah, achei vocês! – Era um garoto alto, cabelos escuros cacheados, bonito, na opinião de Lena.

– Xonei. – Disse Lena num suspiro.

– Quer dar uns pegas nele na estufa dois? – Brincou Daniel.

– Nesse deus? Daria mais que uns pegas!

– Lena! – Bronqueou Sophie.

– O que?

– Vamos os dois. – Falou Sophie. – Não viemos ao Botânico para vocês ficarem pensando nessas coisas.

Os três deram meia-volta e seguiram os outros alunos, mas Daniel não resistiu em dar uma última olhada na morena, que, para sua felicidade, também o olhava. Quando os olhares se encontraram, a garota corou e desviou, seguindo seu caminho com a loira e o garoto.

– Ah, aí estão o trio parada dura! – Disse o professor Arthur - Vamos logo! Temos muitas tulipas para documentar! – O professor era um sujeito engraçado. Tinha cabelos dourados, olhos azuis e uma barba rala também dourada, sempre usava conjuntos marrons ou beges e tinha óculos tampinhas de garrafa. Ele era o professor de história, não era para estar em um passei de ciências, mas a professora Silvia ficou doente e ele a substituiu.

Quando se aproximaram dos outros alunos, o professor saiu para se juntar ao monitor. O responsável pelo Colégio Marista era o monitor Thiago. Conforme iam se aproximando, o trio pode ouvir uma parte da explicação.

– As florestas estão entre os ecossistemas mais ricos em organismos, mas também entre os mais ameaçados. A maior parte já sofreu diversos impactos negativos e hoje a fragmentação representa uma das principais ameaças a conservação da biodiversidade. – Dizia, mostrando algumas das paisagens enquanto os alunos atravessavam a ponte. – Nós vamos passar pela ponte, que vai dar direto no pátio, lá vocês poderão andar livremente com seus parceiros e anotarem as partes importantes. O Colégio CETEC vai estar lá também, então tentem ficar por perto, para não se perderem, ok?

Os alunos murmuraram um “ok” e o monitor seguiu falando.

– Ei, Sophie, você já teve a sensação de não conhecer alguém, mas esse alguém ser estranhamente familiar pra você? – Perguntou Daniel, para Sophie enquanto caminhavam.

– Não, nunca. Por quê? – A morena perguntou anotando cuidadosamente as palavras do monitor.

– Sei lá... É só que... Eu tive a impressão de conhecer aquela garota, não sei da onde, mas conheço.

– Hum, você acha que tem a ver com aqueles sonhos que você?

Fazia um tempo que o garoto não se lembrava dos sonhos. Eram sempre bem parecidos: Uma tempestade forte em uma espécie de parque, uma garota morena ou um senhor já grisalho com terno cinza risca de giz apareciam no meio da tempestade, pareciam procurar por algo. Só que Daniel sempre acordava antes de descobrir o que era.

– Não sei. Provavelmente não. Deve ser só um dejà vu.

– Talvez. – Disse Sophie voltando a escrever em seu caderno.

Daniel se deixou levar por seus pensamentos até chegarem ao tal pátio, muitos alunos zanzavam pelo lugar com cadernos ou celulares, documentando cada detalhe.

– Vamos lá, Daniel, esse passeio vale 70% da nota do segundo trimestre e eu estou precisando. – Disse Sophie.

– Estou indo. – Disse ainda absorto.

Os dois zanzaram pelo pátio, pegando mudas de plantas, identificando as flores e escrevendo as características de cada uma. Sophie ia á frente, falando sobre cada espécie de verde do Botânico, enquanto Daniel ia atrás, pegando as mudas de plantas. Quando estavam em frente á escadaria de pedras que dava para a mata em volta, Daniel avistou o garoto. O mesmo que havia se juntado a garota morena e a loira logo na entrada do passeio. Ele presumiu que a morena estaria junto a ele, mas não. Nem sinal dela ou da loira.

– Olha, – Chamou Sophie tirando Daniel dos devaneios. – uma flor... – A morena hesitou e procurou no caderno. – Flor Kadupul, ela é tão frágil que vive apenas algumas horas e depois morre, mas... – Ela parou.

– Mas...? – Incentivou Daniel.

Sophie balançou a cabeça negativamente – Ela só floresce á meia-noite e morre durante a madrugada. Como estaria viva até agora?

– Você tem certeza que ela só floresce á meia-noite?

– Sim. Eu pesquisei ontem, só para garantir.

Os dois ficaram em silêncio e Sophie analisou a flor com curiosidade.

– O que vocês dois acharam aí? – Chamou alguém as costas deles.

– Uma curiosidade. – Disse Sophie se aproximando cada vez mais da flor. Ela se agachou e tocou uma das pétalas com a ponta do lápis.

– Uma curiosidade? – Perguntou o professor Arthur. – Deixem-me ver.

Daniel se afastou e o adulto se postou ao seu lado, vendo então a linda flor branca aberta em meio ás folhas. Ele logo identificou a muda preciosa e empurrou Daniel para trás.

– Sophie se afaste da flor agora! – Mandou com a voz firme.

– Só um instante, preciso ver a textura das pétalas e...

– Se afasta agora! – Mandou outra vez.

A garota não lhe deu ouvidos e avançou, tocando as pétalas brancas. Uma névoa dourada envolveu a morena e ele saiu do chão.

– Mas o que...? – Falou enquanto olhava chocada para a névoa que envolvia suas pernas.

– Sophie você esta... Flutuando! – Constatou Daniel.

– Eu avisei que não tocasse na flor, mas você não me ouviu. Agora sofra com as consequências de Perséfone.

– O-oque... – A morena começou, mas sua voz sumiu e a névoa ficou mais intensa.

Quando desapareceu por completo, a garota voltou para o chão, mas não era mais humana, era uma Flor Kadupul formada e aberta.

– Mas o que...? – Daniel não sabia o que dizer.

Acabara de ver sua melhor amiga virar uma flor sinistra. Isso não acontecia sempre na sua vida.

– Eu queria leva-los de uma maneira discreta e com todos os membros “inteiros”, mas parece que vamos ter que fazer isso do jeito direto. –O professor falou, tirando um pequeno aparelho Nextel do bolso.

O costumeiro barulhinho tocou e o adulto levou o Nextel ao ouvido.

– Ian? – Uma pausa. – Graças a Pan! Traga o BM, houve um imprevisto. – Outra pausa. – Não, não, os três estão inteiros. – Pausa. – Sim, sim, a Lily, a Bianca e o Mason também, traga o BM junto com o Charlie e me espere na entrada do Jardim Botânico. – Uma pausa e o professor revirou os olhos fazendo uma careta. – Sim, Jardim Botânico, não, não é coisa de viado, agora anda logo, não sei quanto tempo á garota tem até a flor morrer.

Mais uma vez o toque da Nextel soou e o professor devolveu o aparelho ao bolso da calça marrom.

– Muito bem! Vamos á fuga! – Disse batendo uma mão na outra. – Daniel? Ei, garoto? Olhe para mim, não ouse vomitar. Se você vomitar de deixo aqui!

– Eu não... – O garoto estava mais confuso que mariposa na luz.

– Vamos lá! – O professor deu um tapa nas costas do garoto e se afastou. – Pegue a Sophie, mas com cuidado, você precisa pegar com a raiz, se não ela morre.

– ELA MORRE? – Daniel se exaltou.

– Sim, agora ande logo, vou procurar a Lena. – O professor disse indiferente. – Ah, se duas garotas e um garoto aparecerem aqui me procurando, você explica o que aconteceu, ok? Ok.

O adulto foi embora, deixando Daniel de mãos atadas. O garoto ignorou a confusão e se aproximou da amiga flor.

– Tudo bem. É só a Sophie. Você esta colhendo a Sophie. Meu Deus! Isso é ridículo!

Daniel cavou a terra envolta da flor e, quando avistou a raiz, começou a puxar o caule para cima, com cuidado.

– Eu... Ahn... Sophie me desculpe se eu estiver tocando em alguma parte... Ahn... Bem... Você me entendeu.

Daniel se sentia um idiota falando com uma planta, mas se essa planta era sua amiga, e morreria se ele não desenterrasse, ele seria o maior idiota do universo.

O garoto retirou toda a planta da terra e apoiou-a na palma das mãos em forma de concha. Um pouco desconfortável, se virou, procurando o professor Arthur, mas não o encontrou.

– Hm, não vemos isso todos os dias. – Uma voz masculina soou atrás do garoto.

Daniel se virou rapidamente se deparando com os três que havia visto mais cedo. O garoto moreno e alto, que Lena havia “xonado”, a loira de roxo e a morena que havia sorrido para ele. Mais de perto ele podia apreciar a beleza da garota. Cabelos longos castanhos escuros e cacheados, pele branca, olhos castanhos que pareciam transbordar em malicia, o rosto delicado como porcelana, as mesmas roupas e certo rubor em suas bochechas.

– Mason! – Ralhou a morena.

– O que? – Perguntou Mason. – E então? O que exatamente você esta fazendo com essa flor, cara?

– Ela... Ela meio que era minha amiga e se transformou em uma Flor Kadupul. – Daniel percebeu o quanto suas palavras soavam vergonhosas. O que só foi comprovado com a alta gargalhada de Mason e Bianca.

– Parem vocês dois! – Pediu a morena, que se controlava para não rir também. – Não tem graça!

– Até que tem um pouco. – Daniel disse olhando para a garota, que retribuiu o olhar.

Ela riu e voltou a falar. – Onde esta o Arthur?

– Ele foi procurar a Lena.

– Ah sim, a terceira! Zeus avisou que eram três. – Disse Mason.

– Zeus? Tipo, o Zeus? Da mitologia? – Perguntou Daniel, visivelmente confuso.

– Sim.

– Mas...

– Olhe, eu vou te explicar tudo, mas no momento, precisamos tirar sua amiga daqui o mais rápido e levar você e essa Lena para o Acampamento Hydra.

– Acampamento Hydra? Hydra não é aquela coisa do filme do Capitão América, que tinha o cara vermelhinho? Que também tinha alguma coisa a ver com Hitler? – Perguntou Daniel, mais confuso ainda.

– Por favor, para de fazer perguntas. Depois vou explicar tudo, ok? – Pediu a morena.

– Ah... Ok. – Falou Daniel, se sentindo envergonhado.

– Ah! Aqui estão! – Falou o professor Arthur que se aproximava seguido por Lena. – Lily, vejo que você e Bianca fizeram a documentação das tulipas. Muito bom!

A morena, Lily, sorriu orgulhosa seguida da loira.

– Arthur, o que raios aconteceu com a outra garota? O amigo aqui disse que ela virou Flor. – Perguntou Bianca.

– Sim, sim. Sophie tocou na Flor Kadupul tomada por Perséfone. E então foi transformada na flor. Só que Perséfone sabe quando tocam em suas mudas e deve estar vindo para cá.

– Entendi... Sophie, sua flor! – Bianca caiu na gargalhada, seguida por Lily. – Desculpa, não resisti!

– Parem com isso! – Pediu o professor rindo também. – Vamos logo. Eu já liguei para o Ian e ele esta vindo com o BM.

– Certo, certo. Ian vai nos esperar onde? – Perguntou Mason.

– Na entrada do Jardim Botânico. – Respondeu o professor Arthur.

– Então vamos, conhecendo Perséfone como conheço, sei que nem Hades acalma aquela franga. – Falou Lily.

– Espera aí! – Se interpôs Lena. – Eu não estou entendendo merda nenhuma aqui.

– É simples, morena. – Disse Mason ficando de frente para Lena. – Você e seus amigos são semideuses, meio humanos meio deuses, filhos de um deus grego ou deusa. Vocês precisam ir para o Acampamento Hydra, lá vocês vão estar seguros, por que quando sabem que são semideuses, seu cheiro fica mais forte, e os monstros os encontram. Pegou?

– O que? Eu não... – Lena murmurou encarando descaradamente o moreno a sua frente.

– Temos que sair daqui antes que... – Arthur começou.

– Ora, ora, ora... – Uma voz feminina soou atrás do grupo. – Se não são minha adorável enteada e seus companheiros!


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Notas finais do capítulo

continuo?



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