Amigo Choco escrita por black rose


Capítulo 1
Capítulo único - Provando do próprio remédio


Notas iniciais do capítulo

E aí, galerinha!!! ^-^ Olha eu aqui com mais um surto, dessa vez de páscoa! Tentativa um pouco frustrada de comédia, mas espero que gostem!! Feliz páscoa!!! *-* !!!



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“Ah, como eu te odeio, Shizu-chan!” – Pensava o informante, apoiando-se nas paredes para conseguir ficar de pé até chegar ao próprio quarto e se jogando de qualquer jeito na cama, apenas para no minuto seguinte fazer uma careta e voltar o mais rápido que conseguiu para o banheiro – “Eu realmente te odeio, Shizu-chan!”

~*~

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~*~

– O que diabos deu em você? – perguntou Namie com uma sobrancelha erguida ao se deparar com o informante na cozinha, de avental e tudo, preparando chocolate em uma grande panela.

– Olá, Namie-san! Trouxe o que eu pedi?

– Sim. – colocou a sacola que havia trago sobre o balcão e viu o moreno sorrir satisfeito ao abrir o pequeno vidro e despejar seu conteúdo na panela, misturando ao chocolate – O que vai fazer?

– Sabe que dia é hoje?

– Domingo?

– Páscoa. Aqui no Japão não é comum se comemorar essa data por ser uma comemoração cristã, mas muita gente acabou aderindo à tradição de presentear pessoas com chocolates. – deu de ombros – Só estou fazendo a minha parte.

– Sei... E também faz parte da tradição colocar laxante nos chocolates?

O informante abriu um largo sorriso extremamente sádico.

– Isso é apenas um bônus.

A mulher não disse mais nada, apenas virou-se e foi embora deixando Izaya terminando seus chocolates, o que levou algum tempo já que os quadradinhos simples que havia feito deviam esfriar e depois ficar um pouco na geladeira até que estivessem firmes e prontos para desenformar. Teve o cuidado de embrulhar cada quadradinho com papel laminado colorido e voltou a guardá-los na geladeira até a hora de sair, iria na casa de Shinra, o médico clandestino havia tido a idéia de comemorar a páscoa com seus amigos fazendo um divertido jogo chamado ‘amigo choco’, no qual todos trocariam chocolates entre si e Izaya viu nisso uma excelente oportunidade de aprontar com Shizuo, que havia prometido – depois de muito custo e só por que Kasuka pediu – não tentar quebrar a cara do informante naquele dia. O sorteio havia sido feito no dia anterior e Izaya, obviamente, havia dado um jeito de pegar o nome de Shizuo, por isso estava fazendo aqueles chocolates ‘especiais’.

~*~

A comemoração no apartamento de Shinra estava bem animada. Além dos próprios moradores do local, estava a gangue de Kadota, Simon, Anri e Mikado – Kida se recusou a ir por saber que Izaya também iria –, Kasuka, Tom, Shizuo e Izaya. Todas as cestas, caixas e embrulhos contendo os doces estavam encima de uma grande mesa no canto, apenas aguardando o momento em que a brincadeira se iniciaria.

– Quem diria que o Shizu-chan iria conseguir se segurar por tanto tempo, hein!? – Izaya se aproximou do loiro que estava parado em frente à mesa com os chocolates.

Shizuo respirou fundo e tentou ignorar o informante.

– O que foi, Shizu-chan? Minha presença te incomoda? – fez bico, falsamente magoado – Shizu-chan é tão cruel...!

Shizuo rilhou os dentes, irritado, e ergueu Izaya pela gola da camisa.

– Não me provoque, verme! – rosnou – Eu disse ao meu irmão que não iria cair nas suas provocações hoje, mas eu posso muito bem mudar de idéia.

Os olhos de Izaya brilharam em divertimento e um sorriso sarcástico surgiu em seus lábios, mas antes que dissesse qualquer coisa, Shinra chamou a atenção de todos, dizendo que iriam começar a brincadeira.

Tudo ia muito bem, Shinra iniciou a troca dos doces dando uma caixa de tamanho médio cheia de coelhos de chocolate para Simon, que fez um longo discurso sobre o significado da páscoa e só depois de quase meia hora entregou uma cesta cheia de ovinhos de chocolate e um coelhinho de pelúcia rosa para Anri, que por sua vez, deu uma caixa de bombons sortidos e também um coelho de pelúcia, branco, para Celty.

A dullahan, por motivos óbvios, dividiu seus chocolates com todos e quando foi a sua vez, entregou uma enorme cesta com bombons e um ovo de chocolate de tamanho médio para Shinra. Nem é preciso dizer que o médico se agarrou à ela e ficou fazendo juras de amor eterno e como ele já havia entregado seus chocolates, outra pessoa teria que recomeçar, e essa pessoa foi Izaya.

– Nee, nee... – pegou a grande caixa de chocolates que havia trago – A pessoa que eu tirei, bom, se é que dá pra chamar de pessoa... – sorriu de canto – afinal, duvido que seja humano.

– Ora, seu...! – Shizuo rosnou, pronto para partir pra cima do moreno, mas foi impedido por Celty e Simon – Eu vou te quebrar inteiro, maldito!

– Que cruel, Shizu-chan! – fez beicinho – Eu aqui, com a melhor das intenções e você me ameaçando?! – pôs a mão sobre o coração de forma bem dramática antes de rir e dar um pulo para trás quando o loiro soltou o braço que Simon segurava e tentou pegá-lo pelo pescoço.

– Nii-san, por favor acalme-se. – pediu kasuka.

– Mas ele... Ele... – bufou de raiva e parou de tentar pular em Izaya.

– Vamos continuar a brincadeira, sim? – falou Shinra.

– Aqui está, Shizu-chan. – entregou a caixa ao loiro – Espero que goste dos chocolates. Coma pensando em mim. – voltou a abrir um pequeno sorriso, aparentemente inocente, mas que fez Shizuo estreitar os olhos antes de aceitar a caixa e abri-la.

– O que você colocou aqui? Veneno?

– Assim você me magoa, Shizu-chan. – fez bico.

– Não, você não colocaria veneno. – o próprio Shizuo respondeu – Você não tentaria me matar de uma forma que deixasse sua culpa tão óbvia.

O informante arqueou levemente uma sobrancelha com essa conclusão de Shizuo.

“Como um idiota que nem o Shizu-chan pode ser tão esperto?” – pensou e mal pôde conter um sorriso sádico quando viu o loiro – ainda meio desconfiado – comer um dos quadradinhos simples embrulhados em papel colorido. Havia feito os chocolates de modo que se parecessem com chocolates comuns, do tipo que se compra em qualquer loja de conveniência para não levantar suspeitas, e o laxante era sem sabor, nem daria para perceber.

– Agora é a vez do Shizuo-san! Seria tão romântico se ele tirasse o Izaya-san! – Érika, com os olhos brilhando intensamente em expectativa, começou a devanear sobre os dois.

– Menos, Érika! – falaram todos em uníssono, fazendo um bico surgir nos lábios da fujoshi. Até Shizuo e Izaya já haviam se acostumado com esses devaneios absurdos da garota.

O loiro simplesmente pegou a caixa que havia trago e a jogou na direção de Izaya. A intenção era acertá-lo bem no meio da cara, mas o moreno tinha reflexos rápidos e conseguiu segurá-la antes que fosse atingido.

– Awnn... Que amor! Shizu-chan comprou chocolates pra mim!? – falou com sarcasmo.

– Tsk. Espero que morra engasgado!

– Eles... Eles... Deram choc- chocolates... um pr-pro... KY-

Érika não conseguiu terminar sua fala um tanto confusa, pois seu nariz começou a sangrar e ela pareceu estar em transe antes de finalmente desmaiar, sendo prontamente socorrida pelo médico.

A brincadeira continuou assim que a garota recuperou a consciência e teve o sangramento nasal estancado, o que durou quase uns vinte minutos, e durante todo o tempo tanto Izaya quanto Shizuo, comeram praticamente todos os chocolates que haviam ganhado, que para a surpresa do informante, estavam bem gostosos. Não demorou para que a comemoração acabasse e cada um seguisse para sua própria casa.

– Como estavam os chocolates, Izaya-kun? – Shizuo perguntou, aparentemente calmo, quando ambos já estavam na saída do prédio em que Shinra e a dullahan moravam.

– Até que não estavam ruins. – estava achando estranho o loiro ainda não ter pulado em seu pescoço e o estar olhando de forma tão... minuciosa? Parecia estar esperando que algo acontecesse – O que foi que... você fez? – seus olhos se arregalaram um pouco quando sentiu uma dorzinha desconfortável se espalhar pela região do seu abdômen e ir crescendo aos poucos.

O loiro estreitou os olhos e sorriu de canto.

– Eu sabia que você tinha aprontado alguma coisa! – acusou.

– Como você...? O que...? – levou as mão à barriga, se curvando um pouco por conta da dor que aumentava.

– Eu tinha certeza que você ia aprontar alguma coisa, por isso aproveitei quando ninguém estava olhando e troquei os bombons da caixa que você trouxe com os da minha já que eram praticamente iguais. Como eu peguei o seu nome, se você realmente aprontasse, ia provar do próprio veneno. – sorriu ainda mais – E foi exatamente o que aconteceu, não é?

Izaya teria rido daquela ironia se as coisas não tivessem ficado feias pra si. Entrou no primeiro táxi que viu e partiu à toda para Shinjuku, amaldiçoando todos os antepassados daquele monstro imprevisível e torcendo para que desse tempo de chegar ao banheiro.

~*~

– Você... você está horrível! – Namie finalmente conseguiu dizer, depois de uma crise de risos ao ver a situação lamentável de Izaya.

– Cale a boca! – disse irritado. Sabia que estava horrível, afinal, quem poderia parecer bem depois de passar a noite inteira no banheiro pondo até as tripas pra fora?

– Acho que você finalmente provou do seu próprio “remédio”! – explodiu em gargalhadas novamente, deixando o informante com ainda mais raiva.

– O Shizu-chan não perde por esperar! – rosnou – E você também se contin... – fez uma nova careta – Ai, merda! – praguejou e correu novamente em direção ao banheiro, ouvindo perfeitamente a gargalhada de Namie do outro lado da porta.

“Eu realmente te odeio, monstro imprevisível!”


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Alguém leu??? o.O ???