Nightmares Of Glass escrita por Kiseki Akira


Capítulo 1
Mais um aniversário tedioso...


Notas iniciais do capítulo

E aí, gente linda! '3'
Eu não pretendia começar a postar essa fic hoje, pois minha vida anda muito corrida e tal... Mas também está muito rotineira, então vou voltar a escrever.
Minha conta estava parada há um milênio e.e
Esse capítulo está meio chatinho, mas espero que gostem.
Boa leitura~ ♥



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Era o aniversário de dezesseis anos de Annie Leonhardt. Dia 22 de março. Por incrível que pareça, foi a primeira coisa em que ela pensou ao acordar, embora não fosse nenhuma grande apreciadora de aniversários.

O sol entrando pela janela de vidro do quarto a incomodava. Pelo visto, Annie esquecera-se de puxar a cortina para cobri-la de novo. Não estava quente, pelo contrário, aquela era uma manhã bastante fresca, mas a luz parecia que ia cegá-la. Ainda tinha treze minutos antes de o despertador tocar. Não sabia nem mesmo porque havia programado o despertador: era sábado, seu aniversário, e Annie não tinha compromisso algum. No entanto, não sentia vontade de dormir.

Levantou-se arrastadamente como sempre fazia e fitou seu quarto bagunçado. Já até havia parado de iludir a si mesma dizendo: “amanhã arrumarei isso”. Annie sabia que só iria organizá-lo quando, por algum milagre e num futuro distante, sentisse vontade.

Cancelou o despertador e foi até o banheiro, empurrando com os pés alguns livros e sapatos que estavam jogados pelo caminho.

Ao se olhar no espelho, Annie viu que seu cabelo estava mais bizarro que o normal: ele sempre amanhecia parecendo um ninho, mas aquilo ali era uma verdadeira mansão para passarinhos. Começou a pentear preguiçosamente os fios louros e pálidos, enquanto fitava seu reflexo inexpressivo, e encarava seus olhos de um tom claríssimo de azul.

Ao desfazer o ninho, amarrou os cabelos louros num coque como sempre fazia e começou a preparar seu banho.

Era uma manhã comum, sem nada de diferente em si, e Annie fazia exatamente as mesmas coisas que fazia toda manhã numa lentidão que era algo normal dela ao acabar de acordar. No entanto, sentia algo em seu coração que não conhecia bem, algo que ela não costumava sentir nem mesmo em seus aniversários.

Procurou em sua mente a palavra certa:

Talvez preocupação? Mas com quê?

Expectativa? Annie raramente criava alguma.

Ansiedade?

Ou, mais estranho ainda... Seria algo como esperança?

Ela preferiu expulsar os pensamentos de sua mente. Annie não sabia o que estava sentido, mas forçou-se a pensar: é só um dia comum e você está mais velha. Grande coisa. Não há nada de especial no dia 22 de março.

E, com isso, continuou seu dia.

Mais tarde, como era esperado, Bertholdt e Reiner apareceram na casa de Annie sem avisar (bem, eles sempre faziam isso) com um bolo pequeno, porém bonitinho para quem gosta de coisas fofas.

Aconteceu como sempre: Bertholdt forçava Annie a soprar as velhinhas enquanto Reiner chorava de rir, todos eles jogavam jogos estranhos que alguém inventava na hora, Reiner zombava no nariz de Annie e eles se entupiam de bolo. Em resumo, era isso.

Quando a noite chegou e seus amigos foram para suas casas, a Leonhardt já não tinha mais nada para fazer, e algo pareceu morrer dentro dela. Talvez o tal sentimento misterioso que ela vinha carregando desde a manhã, e isso pareceu confirmar que o que Annie sentia era expectativa.

Expectativa de que mais alguém, além de seus dois melhores amigos, se lembrasse de seu aniversário. De que ela fosse especial para mais alguém. De que esse aniversário não fosse simplesmente igual a todos os outros.

Annie se repreendeu por pensar nisso e até sentiu seu rosto esquentar. Era algo idiota, disse a si mesma. Ela só estava ficando mais velha, afinal.

Mesmo assim, quase não receber ligações e mensagens com “feliz aniversário” doía, mesmo que fosse de forma discreta. O pai de Annie estava a trabalho na Suécia e havia lhe mandando apenas uma mensagem breve pelo computador. Fora isso, recebera mensagens apenas de Armin, Reiner, Bertholdt, Mina, Eren e alguns outros poucos colegas com quem tinha contato.

Magoava. Mas ela jamais admitiria isso.

Ficou ali, sentada em seu sofá enquanto encarava fixamente a televisão desligada.

Mas que porcaria de dia vazio.

Irritada, decidiu levantar-se e procurar algum livro para ler, pegar seu notebook... fazer qualquer coisa que ocupasse sua mente. Mas assim que se moveu para fora do sofá, alguém tocou a campainha.

Annie franziu a testa. Quase nunca recebia visitas, nem mesmo em seu aniversário. Talvez, pensou ela, Bertholdt ou Reiner tivessem se esquecido de algo. Olhou rapidamente pela janela da sala e não viu ninguém do lado de fora. A rua escura estava deserta. Annie bufou, pensando em criancinhas que tocavam a campainha e corriam, e assim que ia fechando a janela, teve um pequeno vislumbre de algo parado à porta.

Ao observar direito, deparou-se com uma caixa retangular de papelão que fora deixada ali. Annie tentou observar a rua e procurar algum sinal de vida por lá, mas não havia ninguém. Como a pessoa deixara aquele pacote ali tão rápido? Muitos pensamentos de desconfiança passaram-se pela cabeça da garota, mas ela perdeu a linha de raciocínio ao olhar para o céu.

Ele estava muito escuro. Completamente negro, sem nenhuma estrela o pontilhando. Talvez fosse noite de eclipse e por isso a escuridão, mas era difícil algo assim acontecer sem que todo mundo saísse por aí espalhando.

Annie puxou rapidamente seu canivete de uma gaveta, para o caso de ser alguma espécie de armadilha. Abriu lentamente a porta e olhou para todos os lados com desconfiança, e assim seus olhos bateram na lua cheia de tom amarelado, opaca e parcialmente cercada por nuvens escuras. Era uma visão sinistra.

Annie puxou o retângulo de papelão para dentro de casa e fechou a porta, trancando-a em seguida.

Com o canivete, foi abrindo a caixa ali mesmo na sala.

Havia um grande embrulho de papel-jornal lá dentro e um pequeno bilhetinho de cor vermelho-vinho. Nele estava escrito brevemente: “de Rose Leonhardt para Annie, com amor.” Quem era Rose Leonhardt? Annie nunca ouvira falar nela.

Desembrulhou o suposto presente e deparou-se com algo bonito, porém estranho.

Um espelho de tamanho mediano, retangular, com uma moldura de prata trabalhada para que parecesse um emaranhado de caules espinhosos de rosas, e pequenas flores de suposto ouro esculpidas nele. Parecia algo antigo, porém conservado e, sem dúvida, muito belo.

Mas era bem estranho receber um espelho (um presente um tanto incomum), e logo de uma suposta familiar que Annie nem conhecia.

Mas, de qualquer forma, pelo menos Rose, seja lá quem fosse, lembrara-se de Annie naquele maldito dia. A garota pegou o espelho com cuidado e com ele subiu as escadas em direção a seu quarto, evitando machucar as mãos nos espinhos de prata. Prendeu o espelho na parede ao lado de sua cama, de modo que ela pudesse ver seu reflexo logo ao sair dela (como se Annie fosse ficar muito tempo em frente a ele...).

Logo em seguida, trocou as roupas que usava por uma simples camiseta branca. Soltou os cabelos e foi escovar seus dentes. Ao voltar, parou um segundo na frente do espelho, e nesse segundo, Annie viu algo muito estranho atrás de seu reflexo.

Voltou seu olhar ao espelho e começou a encará-lo fixamente. Tinha alguém atrás dela; Annie podia ver de soslaio sua silhueta escura parada há apenas uns dois metros de distância. Moveu-se alguns centímetros para a esquerda, ainda olhando para o reflexo, e a sombra a seguiu. Annie se moveu para a direita e novamente, a silhueta se moveu junto, insistindo em permanecer bem atrás dela.

Annie estava pálida e sentiu como se dedos gelados tocassem sua nuca.

Lentamente, com o coração batendo forte em seu peito, olhou para trás.

E não havia ninguém lá. Ninguém atrás dela.

Continua...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? 'u'
Vou demorar um pouco para postar, já que tenho pouco tempo para isso, mas gostei da ideia dessa fic e não quero ter que abandoná-la U_U.
Kissus e bye.



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