A Nova Vida de Anne escrita por Biju


Capítulo 21
Goodbye and Hello


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora da atualização. Estou sem computador e pelo jeito ficarei até metade de julho. Fiquei muito mal por ter deixado vocês na mão, por que eu particularmente odeio quando as escritoras demoram para atualizar uma fanfic. Mas, existem amigos realmente bons, uma prova disso é que minha melhor amiga me emprestou o notebook dela para eu atualizar esse capítulo para vocês.



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Chloe e eu estávamos em seu carro a caminho do aeroporto. Ela e Dilan cuidariam de Mike e Lucy até o meu retorno. Eu não queria me despedir de ninguém, não estava indo viajar por diversão, e sim por necessidade. As dúvidas e pensamentos estavam me matando, só queria viver sem me preocupar com minhas decisões, quem magoaria ou quem deixaria. Nashville parecia o lugar perfeito para isso.

– Então eu abri a caixinha vermelha e lá havia esse anel junto com um papel escrito "namora comigo?" - Chloe terminou de contar como foi o tão esperado pedido de namoro, o qual eu não prestei muita atenção.

– Belo anel - Sorri ao ver a cara de apaixonada que fazia enquanto dirigia.

– Anne... Tem uma coisa que o Dilan me falou e eu acho que pode te ajudar - Estacionou o carro e olhou para mim - Não haja por impulso e não deixe de agir por medo. As nossas escolhas dependem de nós mesmos e dos nossos sentimentos. Eu sei que falta algo para a sua felicidade estar completa, mas lembre-se: Enquanto você estiver feliz, fará quem te ama feliz.

– Chloe eu... Eu nem sei o que te dizer.

E realmente não sabia. Se Chloe tivesse algum super poder, com toda a certeza leria mentes. Nosso abraço foi caloroso e acolhedor, pude sentir seu cheiro de frutas frescas. Sai do carro e em seguida um funcionário ajudou-me a pegar as malas. Chloe acenou e eu disse um até logo.

...

Aguardava o embarque sentada no banco da sala de espera lendo uma revista Vogue, a qual havia uma propaganda que Dilan e Chloe participaram. A foto ficou tão natural e apaixonada, um casal feito na medida certa. De dar inveja a muitas pessoas, incluindo a mim. Poucos minutos se passaram e a voz eletrônica anunciou que meu voo decolaria em 15 minutos. Levantei-me, peguei minha mala e caminhei até o check-in. Meus passos ficavam pesados a cada encontro dos meus pés ao chão espelhado, as vozes ecoavam em minha cabeça e tudo começou a escurecer, senti meu corpo se inclinando para a esquerda lentamente. Pisquei os olhos e me deparei com outra Anne ao meu lado com o lápis de olho levemente borrado e a ponta do nariz avermelhada.

– Anne! - Alguém gritou - Anne por favor!

Maurício apareceu correndo com os olhos marejados e puxou-a delicadamente pela mão. A mesma rejeitou seu toque e caminhou com passos pesados para o check-in, porém ele insistia.

– Me solta Maurício!

– Anne, por favor. Não faz isso comigo.

– Fazer o que, Maurício? - Respirou fundo e o encarou chorando - Ir embora e pensar em mim? Sim, eu farei isso, mas saiba que é por mim e não por você!

– Anne me perdoa, eu amo você. Foi um mal entendido! - Aumentou o tom de voz.

– Um dia eu posso até te perdoar - limpou as lágrimas com a manga do casaco - Mas jamais irei esquecer.

Caminhou apressadamente até uma moça apresentando a passagem enquanto Maurício gritava seu nome tentando se livrar do segurança que o impedia de segui-la.

Tudo escureceu e acendeu rapidamente. Meu corpo ainda caía para esquerda, como se o tempo tivesse congelado durante a memória que presenciei, me equilibrei antes de cair e a tontura passou.

– Anne!

Aquele déjà vu tomou conta de mim. Era o Maurício!

– Anne... - disse ofegante - Espera!

Virei-me e esperei o mesmo se recuperar.

– Eu te imploro. Não me deixe de novo.

Segurou minha mão com os olhos marejados.

– Ah Maurício... - Suspirei com um sorriso de canto - Isso não é um adeus, e sim um até logo.

– Até logo?

– Isso. Estou viajando para conhecer minha família... E pensar, é claro. Não ficarei lá para sempre.

– Eu vou com você então!

– Não... Preciso ir sozinha.

– Anne você não pode ir sozinha!

– Por que não? - Arqueei a sobrancelha.

– Por que... Você nem se lembra onde sua mãe mora!

– Já está tudo sob controle.

– Não vou conseguir te convencer, não é mesmo?

– Não - Ri da sua expressão.

– Quando você volta?

– Em breve.

– Ei... - puxou-me pelo braço e selou nossos lábios - Eu te amo.

– Última chamada. Voo 152 para Nashville - Disse a voz eletrônica.

– Tenho que ir.

– Até breve - Sorriu.

– Até.

...

Dormi a maior parte da viagem, no relógio marcava 16h da tarde. O plano era ficar em um hotel e na manhã seguinte ligar para minha mãe. O aeroporto estava uma loucura, havia muitas pessoas segurando placas com nomes escritos, pelo o que eu entendi os militares estavam de volta as suas casas. Lágrimas e sorrisos tomaram conta do local.

Pegar a mala estava sendo mais difícil do que eu imaginava. Homens fardados absurdamente altos tampavam minha visão. Meus pulos eram em vão, mas antes que eu desistisse minha mala vermelha chamativa passou pela esteira. Um homem de mais ou menos uns 50 anos estava na minha frente. Tentei me esticar para pegá-la, mas o que eu consegui foi perder o equilíbrio e cair no chão. Nenhum ser vivo foi capaz de me ajudar. Na verdade, acho que ninguém reparou que eu caí, por conta da minha altura abaixo da média. Levantei-me com raiva e encontrei minha mala ao lado do homem que estava em minha frente.

– Está mala é da senhorita?

Assim que seus olhos verdes esmeraldas se encontraram com o meu, não tive dúvidas de quem era. Minha vista foi embaçando-se aos poucos e quando abri, vi os olhos baixos do mesmo homem, porém sem barba. Abriu seus braços e senti uma outra Anne passando pelo meu corpo, como se eu fosse o Nick quase-sem-cabeça do Harry Potter. Ela chorava em seus braços.

– Vai ficar tudo bem... - Dizia tentando diminuir o choro da garota que vestia as mesmas roupas da lembrança que tive no aeroporto de NY.

– Acabou - Soluçava - Tudo acabou.

Minha vista foi embaçando novamente e voltei ao tempo real, o homem sorria largamente para mim.

– Pai! - Gritei e quando dei por mim já estávamos em um abraço caloroso.

– Minha menina... Quanto tempo!

– Você não tem noção!


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Notas finais do capítulo

Isso foi o máximo que eu consegui para hoje, última semana de aula e os professores resolvem passar trabalhos e provas tudo de uma só vez.
Bom, se vocês encontrarem algum erro de português me avisem nos comentários por que eu escrevi na pressa. Sabe como é, escrever no papel e passar pro computador conversando com alguém...
Senti muito a falta de vocês. Comentem e recomendem haha. Até julho



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