A Nova Vida de Anne escrita por Biju


Capítulo 1
Prólogo




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– Sério Ricky. Eu já disse que não! - Falei irritada pela décima vez naquela manhã.

– Só um jantar, por favor!

– Quantas vezes terei que dizer que eu e você jamais iremos existir? Desencana!

Levantei da minha cadeira e fui em direção ao galão de água e o imbecil me seguiu.

– Por que você é assim, Anne?

– Assim como? - Respondi depois de um longo gole de água.

– Ignora todo mundo. Você tem um coração? - O fitei nos olhos.

– Ter eu até tenho. Mas ele está muito bem aqui, guardado e trancafiado, agora me deixa em paz!

Voltei para a minha mesa tentando me concentrar no trabalho. O que era basicamente organizar a papelada que mais ninguém queria organizar.

– Senhorita Johnson, na minha sala.

Meu chefe ordenou sem ao menos olhar para mim e já foi caminhando rapidamente até a sua sala, eu o segui na mesma velocidade e fechei a porta atrás de mim.

– Sente-se! - Disse após se sentar em sua poltrona de couro preta.

– Sim?

– Bom... - Entrelaçou uma mão na outra - Você já está na empresa a um ano, sempre fazendo um bom trabalho, nunca reclamam de você, quero dizer, a respeito do trabalho é claro - Ele sorriu de forma irônica.

– E o que me traz aqui já que não tem nenhuma reclamação?

Sim, eu estava o apressando já que em meia hora seria o fim do meu expediente e eu queria muito ir para casa.

– Você é uma mulher adorável... - Se levantou e sentou em uma cadeira ao lado da minha - Bonita, inteligente, bem sucedida... - Tocou nas minhas coxas nuas.

– Já entendi aonde quer chegar senhor Williams - Disse da maneira mais sedutora que existe e me aproximei de seu rosto - Você quer me ver nua em cima da sua mesa ou talvez, sentada no seu colo... - Ele sorria como um cachorrinho e balançava a cabeça positivamente várias vezes - Mas isso JAMAIS irá acontecer - Falei em um tom firme me levantando imediatamente.

– Senhorita Johnson! - Ele me segurou pelo braço - Ou é nua em cima da minha mesa, ou é vestida no meio da rua. - Eu sorri maliciosamente.

– Prefiro a segunda opção.

Soltei-me bruscamente de seus braços e sai daquela sala. Aonde já se viu esse velho nojento querer tirar vantagem de uma das suas funcionárias? Peguei uma caixa de papelão que estava jogada em um dos cantos do grande escritório e fui colocando todas as minhas coisas ali dentro.

– Anne? O que está fazendo?

Pela voz, pude notar que era a Tisha - Patrícia para falar a verdade - a minha única e melhor amiga, que por muita coincidência estudou junto comigo desde o jardim até a faculdade, e agora trabalhamos juntas. Quer dizer, trabalhávamos.

– Fui demitida, não é óbvio?

– O que aconteceu?

– Aquele velho ridículo queria transar comigo na sala dele.

Não me importei que outras pessoas pudessem ouvir a nossa conversa, o que de mais grave poderia acontecer? Eu ser demitida ao cubo?

– E você aceitou? - Ela gaguejou.

– Se estivesse aceitado teria o cargo "Prostituta do mês do senhor Williams" - revirei os olhos - Claro que não aceitei, isso é coisa de mulher sem caráter!

Ela ficou em silêncio.

– Bom... Eu vou indo. Mais tarde eu te ligo pra combinarmos de fazer algo.

Ela sorriu e me deu um abraço.

– Boa sorte, Anne.

Sorri e sai do prédio. Vejamos como a minha vida está atualmente: Desempregada, com duas contas do aluguel atrasadas, com o carburador do carro queimado, com uma vizinha chata que sempre reclama que meus cachorros não param de latir... Enfim, tá tudo de mal a pior.

A primeira coisa que eu vou fazer quando chegar em casa é descansar, dormir bastante, depois arrumar a casa, dar banho nos meus bebês, levá-los para passear, vender roupas velhas que não uso mais e procurar um emprego. Mas, dormir é prioridade.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo toque do meu celular: Mãe, era o que estava escrito no visor, respirei fundo e atendi.

– Oi mãe - Falei com tédio.

– Nossa que animação em falar com a sua mãe, Anne. Eu também estou com saudades de você - Revirei os olhos.

– O que você quer?

– Já vi que teve um dia ruim.

– Como todos os outros.

Olhei para os dois lados e atravessei a rua.

– Isso é falta de homem, se você tivesse um marido tudo estaria se resolvendo.

– É a coisa mais absurda que eu já ouvi. Quem disse que felicidade gira em torno de um homem?

– Claro que gira. Quando tem que pagar as contas, quem paga? O homem. Quando quer fazer uma viagem, quem banca? O homem. Quando quer fazer sexo, quem faz com você?

– Tá, já entendi sua teoria - A interrompi - Eu fui demitida, ok? Por isso estou estressada, agora eu só quero ir pra casa e...

– CUIDADO! - alguém gritou.

Quando olhei pro lado já era tarde de mais, fui atingida por um caminhão.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, é o seguinte. Eu não tenho dia para postar os capítulos, escrevo quando estou inspirada e posto assim que revisar tudo. Mas espero que acompanhem, comentem, favoritem e recomendem e qualquer outra coisa que façam as pessoas lerem minhas fics. Eu espero que essa fic dê um futuro, pois todas as outras que escrevi sempre deixei pela metade. Thanks honey.



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