Frozen 2 - Faces de um Espelho escrita por Bardo Maldito


Capítulo 4
Capítulo III - Encontrar a Resposta


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui está o novo capítulo. Acho que esse é o capítulo mais equilibrado que eu fiz, pois tem partes sérias, partes emocionantes e partes engraçadas. E, além disso, coloquei mais algumas referências.
Aliás, uma coisa: em capítulos com música, eu coloco o nome do capítulo com o nome da música. Mas nesse capítulo tem duas músicas. Uma delas é essa, "Encontrar a Resposta", mas a outra é "O Herói dessa História".
Espero que gostem!



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Uma voz alta gargalha em um dos navios.

A festa já chegara ao fim, e aqueles que não ficaram alojados no castelo de Arendelle retornaram a seus navios, ou acampamentos (os que vieram por terra). E, no navio que ostentava o símbolo das Ilhas do Sul, uma roca cruzada por uma rosa, estava o príncipe Adrian, que bebia e ria alto, largado em uma poltrona, enquanto era observado pelo príncipe Hans e por Lady Hela.

– E é o que eu lhes digo! - diz o príncipe, com voz cheirando a vinho, a enorme pança surgindo por baixo da camisa parcialmente aberta - Meu casamento será a coisa mais bela que já houve nas Ilhas do Sul! Finalmente vou assumir o trono, e farei todas as mudanças mais importantes que nosso reino precisa!

– Sim... certamente, seu reinado será recordado por toda a eternidade, e seu nome, eternizado como um dos mais bondosos reis que as Ilhas do Sul já tiveram. - diz Lady Hela, sorrindo sarcasticamente

– A primeira coisa que vou fazer é trocar essa porcaria de brasão! - diz o príncipe Adrian - Quem teve a idéia idiota de colocar uma roca e uma rosa? Nosso objetivo é o poder, temos que ser mais fortes que todos os nossos inimigos e possíveis inimigos! E que rei pateta vai se intimidar com um reino que usa coisas de mulher como brasão de seu reino?

– Tem toda a razão, Sua Alteza. - diz Lady Hela - É um símbolo de muito mau gosto.

– Você ao menos sabe a origem do símbolo de nosso reino, Adrian? - perguntou Hans, a voz saindo como um rosnado

Adrian o encara, os olhinhos provavelmente tentando focar no irmão mais novo.

– Eu sei lá! Só sei que é um símbolo ruim. Por quê? Algo contra?

– É por causa de nossos antepassados, que unificaram as Ilhas do Sul em...

– Chega, não me interessa saber dessa história! É um símbolo ruim, e pronto! - diz o príncipe Adrian, dando um soco na poltrona - E quem você pensa que é? Quem precisa saber dessas histórias passadas? É passado, passou, não importa mais!

Hans encara o irmão com frieza.

– Quer saber? - continuou o príncipe Adrian - Quando eu virar rei, acho que vou te transformar no contador de histórias oficial da corte. Aí, eu te chamarei quando quiser ouvir algumas dessas histórias entediantes pra pegar no sono. Ando sofrendo de insônia, sabe?

O príncipe Adrian gargalha da própria piada, e Lady Hela o acompanha no riso, enquanto Hans fuzila o irmão com os olhos.

– Ou então, melhor! - ele diz, entre lágrimas de riso - Eu posso transformá-lo em bobo da corte! Nem precisa dizer nada, basta que olhem pra essa sua cara, que toda a corte rolará de rir! - ele retoma a gargalhada, acompanhado de Lady Hela

Hans encara o irmão com ferocidade por uns instantes, antes de se levantar e ir para seus aposentos. Lá, encara a própria imagem no espelho, cheia de fúria e raiva reprimida. De um irmão caçula, que nunca seria nada. Patético.

Cheio de ódio, Hans dá um soco no espelho, rachando-o e fazendo sua mão sangrar.

– Sete anos de azar agora, Sua Alteza.

Lady Hela surge na porta, o encarando com seu sorriso habitual e insuportável, cheio de sarcasmo.

– O que me importa? - diz Hans - O que são sete anos, pra quem já teve os vinte e quatro anos mais azarados do mundo?

Hans se senta em sua cama. Lady Hela se senta ao seu lado.

– Há de se ter paciência, Sua Alteza. - diz Lady Hela - Isso é necessário. É preciso que haja um tolo no trono, para que todos vejam. Tolo é aquele que pensa que os poderosos são aqueles que estão no topo, à vista de todos... a astúcia é mais poderosa que a força.

– E como diabos ter o idiota do Adrian no trono vai trazer algo de bom? - resmunga Hans

– Ele é um idiota que pode ser facilmente empurrado em qualquer direção. Pessoas assim são as melhores.

– Assim como você fez comigo? - perguntou Hans, sarcasticamente

– Não entendo o que quer dizer, Sua Alt...

– Chega de brincadeiras! - exclama Hans, dando um soco no colchão - Estou cheio de ouvir tudo que você diz! Você sempre diz que tudo melhorará, que eu serei melhor que meus irmãos, mas até agora: nada! Por sua culpa, fiz coisas que não queria fazer! Por sua culpa, vim novamente pra essa droga de Arendelle! Por sua culpa, eu vi... eu vi... - Hans a encara com ódio no olhar

– Com todo o respeito, príncipe Hans... - diz Lady Hela - Sua Alteza fez o que queria fazer. Tudo o que fiz foi lhe dar coragem para isso. Precisava que alguém lhe dissesse que estava tudo bem sentir inveja de seus irmãos. Precisava que alguém lhe dissesse que era certo lutar por seu lugar. Precisava ouvir alguém lhe dizer que quem ousa, vence. Se lhe falta coragem... eu o darei toda a coragem que quiser.

Hans ouve Lady Hela, ainda a fuzilando com os olhos. Então, desvia o olhar, antes de dizer:

– Saia.

– Certamente, se é seu desejo, Sua Alteza. - Lady Hela se curva antes de se retirar

Hans deita em sua cama e fecha os olhos.

– Droga, Anna... - diz ele, enquanto tenta ignorar as palavras que Lady Hela acabara de lhe dizer

*

Elsa não consegue dormir.

O restante da festa fora uma agonia. Explicara a Kristoff que Anna estava muito estressada e que não voltaria para a festa, mas que reconhecera que fora injustamente grosseira com ele, e que amanhã o procuraria para conversarem. Kristoff saiu um pouco mais aliviado, mas ainda assim preocupado. Mas se Anna viria conversar com ele no dia seguinte... estava tudo bem. Iriam se acertar.

Era perturbador ficar ali e conversar com todos aqueles nobres empolados, enquanto sabia que sua irmã estava em um estado muito fragilizado. Queria acabar com tudo isso logo, e conversar com sua irmã.

Até que, finalmente, todos os convidados foram embora. Já era tarde, e talvez Anna estivesse dormindo... então, Elsa decidiu deixar pra conversar com ela amanhã. Mas... como conseguir dormir, com todas essas dúvidas em seu ser?

Incapaz de dormir, Elsa se levanta... e, caminhando silenciosamente, vai até o quarto de Anna.

Hesitante, Elsa bate na porta.

– Anna?

Uma situação reversa da que acontecera por muitos anos. Encarando a porta de madeira, Elsa começa a cantar:

Minha irmã, pode me ouvir?

Desejo entrar, e essa porta abrir

Já a abandonei, já te fiz mal...

Mas nunca mais eu agirei igual

Seu choro eu quero secar...

Sua dor eu quero amparar...

Quero encontrar

Um jeito de mudar

Para abandonar

Tudo que te magoar...

Elsa não ouve resposta, inicialmente. Então, se prepara para sair.

Porém, quando começa a sair, escuta a voz de Anna dentro do quarto:

Minha irmã... isso não pode evitar

Pode me ajudar

Mas não pode sempre me poupar...

Sei que me ama, e como eu sei

Sei que só quer o meu bem

A tempestade chegou, não me alertou

Mas isso faz parte também

Não pode me poupar, sofrer no meu lugar

Mas venha, minha irmã, me abraçar...

Ouvindo essas palavras, Elsa abre a porta do quarto. Anna está com sua roupa de dormir, sentada na cama, observando a paisagem noturna de Arendelle através do vidro da janela. Enquanto caminha até a cama, Anna recomeça a cantar:

Eu não sabia como lidar

Queria correr e chorar

Tanta raiva e humilhação

Vieram me exaltar

Passado fica pra trás

Mas às vezes, vem me cobrar

E minha mente toda bagunçar...

– Sabe, Elsa... - diz Anna, assim que Elsa se senta na cama, à sua frente - Eu sei que eu não amo realmente o Hans. Nunca amei de verdade. Mesmo que ele não tivesse mentido pra mim... não era o verdadeiro amor que eu sonhava. Mas... - Anna fecha os olhos, as lágrimas correndo enquanto sua voz fica embargada - ...mesmo que seja um falso amor, a traição, o modo como ele me usou, ainda dói muito...

– Anna... - diz Elsa, meio hesitante - A conselheira-mor do reino das Ilhas do Sul veio me procurar. Disse que Hans foi enviado até aqui pelo pai justamente para pedir desculpas formais pelo que fez com você. E também... me convidar para o casamento de príncipe Adrian, herdeiro do trono e irmão mais velho de Hans.

Anna olha para Elsa, uma expressão nem sequer indignada, apenas incrédula.

– Eu sei. Também acho difícil de acreditar. - diz Elsa - Mas... Anna... como eu lhe disse, nossa família veio de lá. E... a conselheira-mor fez certas... insinuações.

– Que insinuações? - pergunta Anna

– De que... a origem, e a explicação de minha mágica, esteja nas Ilhas do Sul. Olhe isso... - Elsa mostra a Anna o floco de neve que Lady Hela lhe dera

– O que é isso?

– É difícil explicar... - Elsa mira o floco de neve, esculpido e trabalhado como uma bela obra de arte - Mas eu sinto esse floco de neve como se fosse parte de mim. Como se fosse algo que eu criei. Como o Olaf, como o castelo que fiz no meio da montanha de neve... não sei, é... como se eu sentisse algo ligando eu e esse floco de neve, a partir do momento que encostei nele pela primeira vez.

– E acha que, se isso veio das Ilhas do Sul, lá você vai descobrir de onde vem a sua mágica? - pergunta Anna

– Eu...Anna, eu quero muito saber isso. Quero saber por que sou assim. Mas... - Elsa segura a mão de Anna - Não quero fazer você sofrer. Diga uma palavra apenas, e me recusarei a ir para as Ilhas do Sul. Mas... se eu puder, quero muito ir.

Anna mira Elsa, em silêncio. Em seguida desvia o olhar, respira fundo e torna a encará-la, com a expressão decidida.

– Está certo. - diz Anna - Nós vamos até as Ilhas do Sul, e encontraremos essa resposta.

– Nós? - Elsa se surpreende

– É claro! Eu também vou! - Anna diz com uma expressão decidida, que não deixava dúvidas

– Mas... Anna, não é necessário que vá. Por favor, fique.

Porém, Anna responde cantando:

Vamos procurar a sua resposta

Pois a minha já encontrei

Você me protege demais

Agora eu que a protegerei

– Arendelle pode sobreviver um tempinho sem sua rainha e sua princesa. Eu quero ir, Elsa. Eu... - ela hesita um pouco antes de falar - Eu quero provar pra mim mesma que posso seguir em frente. Que nunca mais deixarei Hans me fazer mal. É importante pra mim.

– Anna... - começa Elsa, antes de responder Anna em verso:

Você é minha irmã e eu a amo

Minha igual, minha amiga e consolo

Mas por mais que eu deixe você me proteger

Como vou me sentir ao ver você sofrer?

A isso, Anna responde:

Sofrer é viver, e viver é sofrer

Com isso eu aprendo, e não vou morrer

Enquanto te ajudo e te amparo

Pra que tudo, mais tarde, fique claro

Após Anna dizer isso, as duas cantam juntas:

Podemos encontrar a resposta

Para tudo que nos rodeia

Uma resposta que traz a paz

Enquanto a escuridão clareia

Podemos encontrar a resposta

Para a vida prosseguir

Encontraremos nossa resposta

Pois o amor está aqui...

Após o último verso, as irmãs se abraçam.

– Então, está decidido. Nós vamos para as Ilhas do Sul. - diz Anna

– Desisto de tentar lutar contra sua teimosia. - diz Elsa, sorrindo - Mas... me diga uma coisa. E Kristoff?

– O que tem ele?

– O que ele vai pensar sobre isso?

– Ah, qual é, Elsa? - diz Anna - Ele é a pessoa mais compreensiva e compassiva desse mundo. E ele me entende melhor que ninguém. É claro que ele vai me apoiar.

*

– Anna, você ficou louca?!

Os dois estão sentados na praça central da cidade, na beira do grande chafariz. Kristoff a olha com uma expressão incrédula, enquanto Anna o olha bufando, com uma expressão de quem está apenas vendo uma grande ironia. Compreensivo, compassivo, é claro que vai apoiar...

– Não vejo razão para eu estar louca. - diz Anna

– Anna, vamos recapitular. - diz Kristoff - Hans tentou te matar. Hans é das Ilhas do Sul. Acho que uma pessoa ir pra um lugar aonde tem gente que pode matá-la é sinal de loucura, sim.

– Elsa vai estar comigo. - diz Anna, impaciente - Além disso, toda a família dele vai estar ali. Ele não vai poder fazer nada.

– Não sei, Anna... isso é muito perigoso. - diz Kristoff, pensativo

Sven, que estava ali por perto, encosta o focinho em Anna, que se sobressalta, mas logo nota a expressão triste nos olhos do animal.

– Ah, Sven... logo estarei de volta. - diz Anna, acariciando o focinho de Sven

– Bom, se você está decidida a ir... eu vou com você. - diz Kristoff, prontamente

– O quê? Não! - exclama Anna

– Por que não?

– Ora, Kristoff... você tem família aqui, você tem seu negócio de gelo, você...

– Anna. - diz Kristoff - Você é princesa de Arendelle. Quer mesmo discutir sobre pessoas com prioridades?

– Mas... sério, Kristoff. Eu tenho que fazer isso sozinha. Só eu e a Elsa.

– Isso tem algo a ver com o Hans, não tem?

Anna vai responder algo, mas trava.

– Ahá! Eu sabia! - exclama Kristoff

– O quê? Não é nada de mais! Eu... eu só quero provar pra mim mesma que deixei ele pra trás.

– E pra isso, eu não posso estar perto.

– Na verdade... não.

Kristoff amarra a cara.

– Kristoff... não me diga que está com ciúmes do Hans. - pergunta Anna

– O quê? É claro que não! - exclama Kristoff

– Primeiro o Olaf, agora o Hans?

– Pela última vez, eu não estava com ciúmes do Olaf! E nem do Hans! É só que... que...

Anna, então, dá um beijo em Kristoff, fazendo ele engolir as palavras que estava tentando formular.

– Kristoff... confia em mim?

Kristoff olha para Anna, que o mirava com um olhar autenticamente carinhoso e terno.

– Que pergunta... é claro que confio. - diz Kristoff

*

– Eu não confio nela!

Kristoff desabafa, rodeado por sua família de trolls, que ouviam atentamente seus problemas. Olaf também está lá, andando de um lado pro outro, ocasionalmente parando pra brincar ou rir junto com algum troll.

– Poxa, Kristoff. Que coisa feia. - diz Olaf, após ouvir o que ele disse - A Anna não é uma mentirosa. Ela gosta de você, não gosta?

– Eu sei, mas... - diz Kristoff, exasperado, tentando encontrar as palavras - Mesmo que ela esteja falando a verdade, eu sei que ela não consegue se livrar completamente do que sentia pelo Hans.

– Eles não se conheceram só por um dia? - perguntou uma troll

– E quase se casaram, só nesse dia. Claro que ele mexe com ela. - diz Kristoff - Além disso, olha pra ele! Ele é um príncipe, é bonitão, boa-pinta...

– E tem umas costeletas maneiras também. - Olaf pega um pouco de grama e ajeita do lado da cabeça, imitando costeletas, o que faz as crianças troll rirem

– Mas o que é tudo isso? - uma troll, com ar maternal, sobe em cima de outros até ficar na altura do rosto de Kristoff e sorri, apertando suas bochechas - Só você é nosso Kristoff lindo, fofo, com cheirinho de rena e mais doce que doce de caqui!

– A Anna ama você, Kristoff. - diz um troll abaixo

– Essas costeletas são mesmo maneiras. Love me tender, Love me true… – cantarola Olaf, fazendo pose diante de um espelho que os filhotes troll estão segurando

– Tá legal, tá legal. - resmunga Kristoff, se levantando - Mas é muito frustrante ficar aqui!

– Ué, e quem falou em ficar aqui? - diz um dos trolls - Você vai mesmo deixar a moça ir sozinha pra lá?

– Ué, mas vocês não disseram...? - começa Kristoff

– Dissemos que ela ama você. Não dissemos que você tem que ficar aqui. - diz a troll com ar maternal - Se esse carinha de costeletas maneiras tentou matar ela, é seu dever protegê-la, caso ele tente fazer algo assim de novo!

– Mas... mas ela que pediu pra eu ficar aqui.

– E aonde está sua astúcia? Como você espera ser um herói dessa forma?

– Herói? - pergunta Kristoff, surpreso

Porém, tarde demais: todos os trolls o rodeiam e começam a cantar:

Ela é tão doce e sensual

Beleza sobrenatural

Não acha, então, que protegê-la é natural?

E por ser encantadora

É uma presa tentadora

Uma mente imprudente

Que se mete em confusão

– Ok, eu não nego isso, mas... - começa Kristoff

Ela é forte e independente

Não é uma simples donzela inocente

Mas claro que precisa de gente que a ama pra valer

Você é o herói dessa história

Que luta incansável pela vitória

Não pode ficar parado

E perder toda a emoção

E se uma bela costeleta arranjar uma confusão

Você entra no caminho

Mostra atitude de machão

– Olha, de alguma forma, eu acho que isso tá errado, e... - porém, os trolls já estão colocando roupas, escova de dentes e todo o necessário em uma mala improvisada, feita de casca de árvore

Vá escondido

No sapatinho

Só pra se assegurar

Que o pior não vai rolar

Você é o herói dessa história

Que luta incansável pela vitória

Não pode ficar parado e perder toda a emoção

E se por um acaso de sorte

O pior não acontecer

Você volta de fininho

Para sua amada receber!

– Eu... eu acho que estou falando com as paredes, não estou, Sven? - diz Kristoff para sua rena, que faz uma expressão conformada, como se estivesse balançando os ombros

Vença e apareça, faça sempre seu melhor

E se não precisar, agradeça ao grande Thor

Pois você é o herói dessa história

Que luta incansável pela vitória

Não pode ficar parado e perder toda a emoção

Tenha sempre bravura e coragem

E amor também nunca é demais

Porém, não se esqueça nunca:

Perder a ternura jamais!

A essa altura, os trolls já haviam arrumado toda a mala e colocado na mão de Kristoff, estando todos na frente dele, o observando com olhares ansiosos. Kristoff pega a mala, olha para sua família... suspira e sorri.

– Gente... obrigado. Eu... posso discordar de uma coisa ou outra que vocês falaram, mas... nisso, vocês tem razão. Não posso deixar a Anna correr perigo sozinha. Eu vou! - ele diz, em um tom decidido

Com isso, todos os trolls comemoram e o erguem, enquanto correm:

Um herói é forte e decidido

E faz sempre o seu dever

Aonde quer que seja preciso

Ele corre pra proteger

Pra defender o seu amor

Ele enfrenta o impossível

Mesmo que nem sempre requerido

Está sempre de prontidão!

Você é o herói dessa história

Que luta incansável pela vitória

Não pode ficar parado

E perder...

Toda a conquista

Toda a aventura

A adrenalina da ação

Não pode ficar parado

E perder toda a emoção!

Todos os trolls correm, carregando Kristoff, enquanto Sven corre junto com eles. Apenas Olaf fica pra trás, ainda cantando e fazendo pose na frente do espelho com suas costeletas de grama:

Well, it's one for the money, two for the show, three to get ready, now go, cat, go. But don't you step on my blue suede shoes. You can do anything but lay off of my Blue suede sho... ué. Cadê todo mundo?


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Notas finais do capítulo

E aí? Será que alguém consegue sacar todas as referências, além das mais óbvias?
Só alguns detalhes: de acordo com o que procurei ver, a localização geográfica de Arendelle é na Noruega, e as Ilhas do Sul seriam o território da Dinamarca. Os dois lugares fazem parte da chamada "região nórdica", que é caracterizada pela mitologia que vocês sabem, de Thor, Loki, Odin... na época de Frozen (se não me engano) esses mitos já não existem mais lá, sufocados pela religião cristã, mas eu decidi colocar pequenas referências a eles aqui. Não apenas o nome de Thor citado na música, mas também o nome de Lady Hela. Pra quem não sabe, "Hela" é outra forma pela qual a deusa "Hel" era chamada, a deusa dos mortos, filha do deus Loki, e uma das três bestas que trariam o fim do mundo (sendo as outras o lobo Fenrir e a serpente de Midgard). Isso é apenas uma referência, não colocarei nada de mitologia nórdica na história, deixando isso só como um detalhezinho pra enriquecer o cenário.
Outra coisa: eu editei no photoshop o que seria o símbolo das Ilhas do Sul. Como os príncipes disseram, é um brasão composto por uma roca e uma rosa (cuja origem é bem fácil de se deduzir). Pra quem se interesse, é esse aqui: [ http://i.imgur.com/HhRKUIh.png ]
Bom, muito obrigado pela leitura, e até o próximo capítulo! =D