Frozen 2 - Faces de um Espelho escrita por Bardo Maldito


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Gente... aqui, começo minha fanfic de Frozen.
Foi uma ideia que tive na sexta-feira, e que consumiu tanto a minha mente que defini toda a mitologia por trás da história na sexta, todo o roteiro no sábado, e hoje já escrevi o prólogo e o primeiro capítulo.
Espero ir até o fim. Se eu demorar pra escrever, por favor, me cobrem, mandem MP, não tenham medo de encher o saco. Porque eu sou um cretino preguiçoso, mas não quero deixar essa ideia morrer.
E só avisando, a história principal, em essência, é completamente baseada em Frozen. Mas possui referências e explicações, e alguns personagens, de A Bela Adormecida, e também da história original que inspirou Frozen, "A Rainha da Neve". O objetivo aqui é tentar fazer algo semelhante a Frozen, e apesar do prólogo se distanciar um pouco disso, o capítulo seguinte já é 100% estilo Frozen.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/497078/chapter/1

A escuridão toma conta de tudo. Enquanto a noite cobre a todos com seu espesso manto de trevas, todas as criaturas que caminham sobre o que é belo e pacífico se retiram para seus lares. Um momento de paz, um momento de repouso após as forças do dia se esgotarem, para depois reviverem e conduzirem os homens à paz e à melhoria de cada dia.

Ou, ao menos, é assim que deveria ser.

Tochas iluminam o manto de trevas, espadas brilham em seus reflexos, e os gritos de guerra dos homens ecoam pela eternidade. É pura guerra, é destruição, é caos. O mal é palpável no ar, destruindo tudo a que toca.

E, acima de tudo isso, observando tal destruição com um sorriso no rosto, está uma figura sinistra, cujas feições não podemos distinguir, mostrando apenas dentes amarelos esticados em um riso de besta e de fera, enquanto em sua mão se encontra um cajado com uma pedra verde e brilhante encrustada, e na outra mão, carregando com todo o cuidado, um espelho ricamente trabalhado, negro e transparente, parecendo ser feito da pedra preciosa ônix. Se deliciando com o caos, com os homens se enfrentando, e se matando. Ah, que delícia para as forças do mal!

- Irmã.

A figura sinistra se volta para outras três figuras que vem até ela. Três mulheres, envoltas em mantos de cores rosa, verde e azul, que parecem temer se aproximar da sinistra figura.

- Ora, então ainda me consideram sua irmã? - diz a figura sombria, com um tom de deboche na voz

- Você nunca pode negar de onde veio. E nunca poderá fugir do laço que nos une. - diz a mulher de rosa

- Não tenho intenção de fazer isso. É sempre bom lembrar de onde vim, pra poder então me regojizar, lembrando como consegui transcender essa existência patética... - ela diz, em seguida soltando uma risada fria e horrível, sarcástica, sem humor

Ao ouvir isso, a mais baixa das três mulheres, em vestes azuis, dá um passo à frente. A mulher de verde tenta detê-la, dizendo baixinho “Não, Primavera.”, mas ela não ouve, ou finge que não ouve, e diz:

- Pois você tem que parar com isso! Você é uma vergonha para nós!

A figura sombria gargalha alto.

- Sou uma vergonha pra vocês? - ela diz - E quanto àquela baboseira de que nunca posso fugir do laço que nos une? Por acaso tem intenção de me renegar?

- Primavera não quis dizer isso, Se... - começa a falar a mulher de rosa

- Não diga esse nome! - a voz da figura sombria se torna imediatamente séria e perigosa - Nunca mais, ninguém deve me chamar assim!

- Sabemos como prefere ser chamada agora. - disse a figura de verde - Mas não é tarde demais. Você ainda pode... pode...

- Posso o quê, cara irmã? - pergunta a figura sombria

Um silêncio desconfortável se segue dessa pergunta.

- ...você pode desistir de tudo isso. - diz a mulher de verde, finalmente - Você fez maldades, nós sabemos que fez... mas a maldade que você pretende é loucura. Você nunca mais se recuperará disso!

- Ora... vieram até aqui apenas pra me dizer isso? Pois vieram em vão... - diz a figura sombria

- Nós imploramos, irmã! - diz a mulher de rosa - Você não pode cometer um erro terrível desses! Tem que parar com isso!

- Espera que eu responda “Vocês tem razão, minhas queridas... é loucura. Abandonarei toda essa insanidade agora mesmo, e seremos uma família feliz!”? Eu saí pra não voltar. E mesmo que uma tempestade venha... não vai me incomodar. Sou o que sou, poderosa e absoluta. E não temo nada, ao contrário de vocês, que temem tudo o que podem ser!

Novo silêncio desconfortável.

- Irmã... nós tentamos. - diz a mulher de rosa - Mas se não quer nos ouvir... não podemos compactuar com o que você pretende fazer.

- Ah, não? - ela pergunta, uma nota de ironia na voz - Pena pra vocês, queridas irmãs... pois não permitirei que me impeçam.

Quando a figura sombria termina de dizer isso, tentáculos escuros cobertos de espinhos brotam do chão. As três mulheres, alertas para isso, sacam cada uma uma pequena varinha que parece feita de pura luz, e agitando-as, cobrem os tentáculos de luz, o que fazem com que caiam no chão, transformados em amontoados de flores. Porém, o ritmo é maior... e um dos tentáculos finalmente engancha na barra do vestido rosa de uma das mulheres, começando a se enroscar por todo o seu corpo. A mulher de vestido verde tenta livrá-la, mas essa distração é suficiente para que também acabe presa. A última, de vestes azuis, tenta livrar as duas, mas logo também é pega pelos tentáculos, enquanto a figura sombria que os conjurou gargalha e, agitando seu cajado, conjura uma grande carruagem feita de trevas, puxada por cavalos esqueléticos e alados, que a puxam para o ar assim que a figura de maldade se acomoda.

A noite acompanha a jornada da figura sombria, até o momento que passa por montanhas iluminadas, com casas belas e aconchegantes que parecem irradiar luz própria, de cujas janelas espiam homens e mulheres curiosos. A figura sombria, gargalhando, agita novamente o cajado, conjurando grandes morcegos e gárgulas, que se espalham e começam a destruir o que enxergam pela frente.

- Contentem-se com isso, seres inferiores! O alvo de minha obra-prima é outro! - ela diz, enquanto gargalha, passando a toda velocidade, escutando o grito apavorado das fadas que eram assediadas por sua magia maligna

Enfim, ela começa a subir ao topo da montanha, aonde está um belo castelo, imponente a ponto de fazer o palácio do mais luxuoso rei parecer uma choupana de palha. Os portões se abrem, e uma figura imponente surge, dizendo com voz de trovão:

- Tu, que vens até aqui, desvirtuada e escrava de seus próprios caprichos, há de pagar por teus pecados!

- Poupe seu discurso moralista, velho tolo! E banhe-se na escuridão de sua alma! - diz a figura sombria, erguendo o mais alto que pode o espelho que carregava

Porém, o espelho não chega a mostrar a imagem imponente da criatura que surgira do palácio. Antes que seu reflexo fosse mostrado, a criatura começa a irradiar luz, uma luz tão forte que poderia empalidecer o sol, uma luz tão poderosa e extensa que, por toda a Terra, parecia que o dia viera como um intruso no meio da noite.

A figura sombria grita, e leva as mãos aos olhos, perplexa de agonia diante de tal visão,e de tal modo que deixa cair o espelho, que atinge o chão muito abaixo e se estilhaça em mil pedaços, que voam em todas as direções.

- Não! NÃO! - se ouve a voz da criatura sombria, em um tom que variava entre a angústia e o ódio

- Pagaste o preço por seus atos, criatura das trevas. - diz a figura imponente, que ainda irradiava luz - Vá, vá para longe, e nunca mais volte! Leve tua maldade para longe dos inocentes!

- Velho arrogante! Velho arrogante e tolo! - grita, apoplética, a figura sombria, enquanto a luz começa a cessar, até que a escuridão volta a reinar


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom... vocês com certeza adivinharam quem são os personagens que surgiram aqui, com exceção da "figura imponente", que não é um personagem original, mas que não aparece em nenhuma das três obras nas quais me baseei.
Porém, esse prólogo é como todos os prólogos...oferece muitas perguntas e nenhuma resposta. O que ocorreu aqui, embora alguns possam deduzir, só será claramente explicado mais à frente.