Fique Comigo escrita por Mariii


Capítulo 17
Explicações


Notas iniciais do capítulo

Depois de um longo e tenebroso inverso sem Nyah, vamos lá voltar às postagens! :D



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→ Semanas antes da morte de Emma...

– Então... Eu não vou deixar que nada aconteça com você, mas precisamos combinar algumas coisas.

– Que tipo de coisas? - Molly me pergunta curiosa.

– Vou falar com Mycroft e nós conseguiremos que você entre para o time da organização dos formandos. Mas nós teremos que fazer todos os movimentos em conjunto, você não poderá sair da minha vista... Ou dos meus ouvidos...

– Do que você está falando, Sherlock?

– Estou falando que o tempo todo que nós estivermos separados aqui no campus, você usará uma escuta.

– Uma escuta? - Molly parecia desconfiada agora e estreitava os olhos para Sherlock.

– Sim, uma escuta. Ficarei atento a todos seus movimentos, não quero você correndo riscos. Dessa forma eu estarei por perto antes que alguém faça algo contra você, porque estarei te acompanhando.

– Ok, ok... E onde esconderemos isso?

– Hum... Onde mais? No seu Ipod... Eu poderei falar com você enquanto você finge ouvir música, que tal?

Ela ri para ele, revirando os olhos.

– Espero que você não me diga bobagens enquanto estou na frente das pessoas.

Sherlock ri também e pensa que não seria má ideia.

– E o que mais?

– Precisamos de um jeito de ter livre acesso ao laboratório e descobrir quais substâncias poderiam ter sido usadas para dopá-las.

– Ah Sherlock, eu disse que sabia um jeito de conseguir isso... Você que não me ouviu porque estava preso em sua mente. Podemos pedir a Hilary para nos deixar estudar lá. Ou então, nos oferecer para ajudar com as substâncias e organização do laboratório.

– Sim! Acho que podemos conseguir isso. Você até que é esperta, Molls.

– Sempre soube disso, Sherlock. – Ela responde plantando um rápido beijo nos lábios dele.

→ Duas semanas após a morte de Emma...

– Deus... Não pode ser...

– Mas é, Molly. Nós encontramos.

– Mas... Mas esse desenho... - Molly aponta para o caderno que está nas mãos de Sherlock. - Foi feito na aula de Hilary. Ela... Ela... Meu Deus...

– Sim... Quando vi os mesmos erros nesses novos e-mails eu me lembrei de ter presenciado uma aula em que isso acontecia. Fiz esse desenho por achar engraçado uma professora errar ao passar a matéria na lousa, mas arquivei o fato em minha memória por não achar importante e só agora as lembranças vieram.

Molly tampa o rosto com as mãos e balança a cabeça. Não sabe o que é pior, o choque por saber quem era o culpado, a tristeza pela decepção ou a raiva que sente de Hilary. Tudo se mistura dentro dela.

– O que faremos, Sherlock?

Ele suspira resignado. Já pensou em todas as possibilidades, mas não há outra saída.

– Você precisa se aproximar dela. Ainda mais. E se possível, deixar claro que é a nova queridinha do reitor, mesmo não sendo. Tem que tentar demonstrar isso, de alguma forma. Acredito que há uma ligação entre Hilary e o reitor Jones. Anne havia sido escolhida para um papel importante na peça do Teatro, mesmo tendo acabado de começar o ano. Kate estava se destacando no Jornal e Emma no Grêmio. Todas tiveram a atenção dele, se destacaram. É outro ponto em comum, além da aparência física.

– Eu me aproximarei e provavelmente ela tentará me matar, é isso?

Sherlock parece sem jeito ao responder:

– É, basicamente... Mas eu estarei lá, Molly... Reforçaremos a vigilância e nada vai dar errado. Procurarei Lestrade novamente, ele vai ter que me ouvir agora.

As mãos dela tremem e ela assente, enquanto Sherlock se aproxima e a abraça.

– Nada vai sair errado. Eu prometo.

–-- --- ---

Molly saiu do hospital no dia seguinte. Agora eles estavam todos reunidos na sala da Sra. Hudson junto com Lestrade, que contava o que tinha acontecido após Sherlock ouvir Molly ser interceptada por Hillary. Ele e Lestrade estavam acompanhando cada passo de Molly desde que descobriram que era certa a probabilidade da professora de Química ser a culpada por todas as mortes.

Lestrade fez um favor a Sherlock e escondeu a parte em que ele tentou partir para cima da professora ao ver o que ela pretendia fazer com Molly.

– Sherlock me procurou dias atrás e, com as provas que ele apresentou, decidi arriscar ouvir o que me dizia. Nós acompanhamos o dia a dia de Molly, e Hilary se aproximou cada vez mais dela. Ontem, Molly se atrasou propositalmente para a aula e os corredores estavam vazios. Nós ouvimos, através do microfone em seu Ipod, que Hilary a interceptou e as acompanhamos. Gravamos tudo que foi dito e, quando entramos na sala, Molly já estava desacordada. Hilary largou-se no chão começou a chorar, eu a vigiei e chamei socorro pelo rádio. A polícia e a ambulância chegaram quase em simultâneo e Sherlock acompanhou Molly até o hospital... Hilary obviamente foi levada presa.

– E porque ela fez tudo isso? É isso que não está claro para mim ainda. - Molly está sentada no sofá, abraçada a Sherlock. John e Mary estão cada vez mais boquiabertos e a Sra. Hudson solta gritinhos de terror a cada frase.

– Em seu depoimento, Hilary contou que sua filha teve um caso com o reitor Jones quando tinha 20 anos. Então, ele a deixou... Por outra garota. A filha da Hilary entrou em depressão e se suicidou. - Lestrade faz uma pausa. - Ele a manteve no cargo por consideração e culpa, e ela, por sua vez, decidiu ficar com o emprego por vingança. A ideia dela era matar as meninas, que eram do tipo físico preferido do reitor, assim como sua filha, e de alguma forma colocar a culpa nele. Achamos os originais dos falsos e-mails no computador pessoal dela. E também rascunhos de falsas cartas de amor das garotas para Jones, que ela plantaria em breve para incriminá-lo. Não duvido que ela simulasse o suicídio dele também, no final das contas...

– Essa mulher é louca... - John fala o óbvio.

– Enfim, eu preciso voltar ao Departamento... Ahn... Queria agradecer a vocês - ele diz olhando para Sherlock e Molly - e pedir desculpas por não ter acreditado desde o início. Não vai se repetir.

O casal apenas acena para ele, que se retira. O silêncio domina a sala e a Sra. Hudson vai agitada para a cozinha.

– O que faremos agora? - É Mary quem indaga.

– Bom, temos uma semana de folga pela frente e depois as aulas recomeçarão para que possamos terminar o ano. - John explica. - Não sei como será o clima, mas com certeza esse é o ano mais esquisito de nossas vidas.

Molly não se sentia tão aliviada quanto achou que seria quando provasse que Anne não era suicida. Um peso tinha saído de suas costas, mas ainda sentia-se com medo. Encolhia-se cada vez mais contra Sherlock.

– Acho que todos nós precisamos de uma dose daquele chocolate da esquina. - Mary sugeriu, percebendo o clima que pairava entre todos eles e vendo que Molly realmente precisava disso.

– O da Molly com conhaque, por favor. - Sherlock piscou para Mary, recebendo um beliscão indignado da namorada, que finalmente dava um pequeno sorriso.


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Notas finais do capítulo

;)



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