Master ordenou que os cybermans escoltassem todos até a sala onde o Doctor estava.

–Doctooor! Eu trouxe amiguinhos para lhe fazer companhia!

–Doctor! – disse Martha correndo até ele vendo que estava com um machucado na cabeça. – O que você fez a ele?

Ele estava sentado encostado à parede com a cabeça e pescoço ensanguentados

Mas o Master já havia saído e trancado a porta.

O Doctor tinha um ferimento profundo em sua cabeça e estava saindo muito sangue e a essa altura os seus sentidos já não estavam os mesmos, ele mal conseguia manter a cabeça erguida.

–Esse ferimento está muito feio, precisa de um curativo – disse Martha – Gwen me ajude aqui.

Martha e Gwen tiraram a gravata do Doctor e seu paletó e o deitaram no chão.

Martha improvisou um curativo utilizando a gravata do Doctor e outros matérias que seus companheiros tinham.

–Não é o ideal, mas... – disse Martha sobre o curativo que fez.

–Ele vai ficar bem? – perguntou Donna.

–Eu não sei – disse Martha – parece que ele levou uma pancada muito forte.

–E onde será que está a Rose? O que fizeram com ela? – perguntou Jackie desesperada.

–Nós temos que sair daqui – disse Ianto procurando uma saída.

Mickey e Pete se juntaram a ele procurando alguma saída também.

–Deve haver algum jeito de sair daqui – disse Mickey.

–Esperem! – disse Gwen surpreendendo a todos – Jack, você não está com aquele seu manipulador de vórtex?

–Sim, mas não dá para levar todo mundo e só posso fazer uma viagem...

–Mas não precisa levar todo mundo, só é preciso que alguém saia daqui e encontre Rose e talvez haja um jeito de abrir a porta pelo lado de fora.

–Quem se habilita a me acompanhar? – perguntou Jack.

–Eu vou – disse Pete.

–Não Pete fique aqui com Jackie eu vou – disse Mickey.

–Eu iria com vocês também, afinal de contas eu e Jack já lidamos com o Master antes, mas eu preciso cuidar do Doctor ele está muito mal.

Eles ficaram discutindo por algum tempo quem iria com Jack e quem iria ficar e ficou decidido que Mickey e Ianto iriam com Jack e Pete ficou junto com as mulheres.

O manipulador de Jack foi acionado, os seus companheiros puseram a mão no seu pulso e em instantes eles já estavam no corredor vazio.

Eles caminharam com cuidado, temendo que os cybermans estivessem patrulhando o corredor. Por sorte quando encontraram um cyberman tiveram tempo de se esconder no batente de um portão.

–Como vamos encontra-la? – perguntou Mickey.

–Quando fomos presos eu vi que tem dois corredores do lado de lá – disse Ianto indicando a direção. – eles devem ter levado ela por essa direção, pois não há mais nada por aquele outro lado.

Eles então seguiram o caminho que Ianto indicou e chegando na bifurcação dos corredores eles se dividiram. Ianto e Mickey foram para um lado e Jack para outro.

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Enquanto isso Martha estava agachado ao lado do Doctor segurando a cabeça dele enquanto Gwen e Jackie tentavam achar alguma outra saída.

–Não podemos simplesmente ficar parados aqui enquanto eles estão lá fora – disse Gwen analisando a sala e tentando encontrar algo que pudesse ajuda-los.

Nesse momento Doctor balbuciou algumas palavras.

–Rose...Rose!

–Acho que ele está acordando – disse Martha.

–Rose... – ele não parava de repetir o nome dela.

–Doctor? – Martha tentou, mas ele não respondeu. Ela tentou novamente ver se ele respondia e tentou por várias vezes até que ele finalmente acordou e tentou se levantar.

–Shhh! Quietinho – disse Martha segurando a cabeça dele – Não se mexa você levou uma pancada muito forte.

–Rose, onde está a Rose? – disse ele teimando em se levantar, mesmo que cambaleando.

–Nós não sabemos – disse Donna que nesse momento se aproximou de Doctor e Martha – mas nós vamos acha-la.

–Jack, Mickey e Ianto foram procura-la. – explicou Gwen.

O Doctor conseguiu se levantar plenamente e se encostou a parede, sua cabeça ainda doía, tocando-a sentiu o curativo improvisado de Martha.

–Doctor eu sei que você ainda não está cem por cento, mas precisa se lembrar do que aconteceu. Como o trouxeram para cá? – perguntou Pete.

–Eu não sei – disse o Doctor passando a mão pela cabeça e fazendo careta por causa da dor – eu só me lembro de ter levado uma pancada e de ter acordado aqui.

–E Rose, você não ouviu nada, nenhuma palavrinha sobre o que iam fazer com ela? – perguntou Jackie desesperada e temendo por sua filha.

–Jackie eu não ouvi nada, o Master só disse que ela ia servir para seu propósito em breve, acredite eu quero encontra-la tanto quanto você.

–Mas que propósito é esse? – questionou Pete.

–Donna, Rose não citou o Master ou alguma referência que você talvez não tenha entendido por não saber da existência do Master, qualquer coisa?

–Na verdade eu não falei com Rose no futuro.

–Como assim? – perguntou o Doctor confuso.

–O Master nos disse que na verdade foi ele que falou comigo no futuro, não foi Rose, ele apenas usou um disfarce, uma outra forma para se passar por ela.

–Mas como?

–Eu não sei, ele só disse isso.

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Jack seguiu pelo correndo e foi para uma área cheia portas, todas grande feitas de metal, pareciam bem pesadas, mas em cada uma delas tinha uma pequena abertura com um vidro que permitia ver o interior das salas, ele foi olhando uma a uma em busca de Rose, não havia nenhum cyberman vigiando o corredor.

–Tudo está fácil demais, há alguma coisa de errado – pensou ele.

Quando chegou à última porta ele a viu, amarrada a cadeira, ela não podia vê-lo, pois estava de costa, mas com um pouco de esforço ele conseguiu abrir a porta.

–Rose!

–Jack! – ela disse com muita emoção em sua voz.

–Sentiu a minha falta não é, acabou a hora do descanso vamos sair daqui – brincou ele enquanto a desamarrava.

Quando finalmente a desamarrou ela o abraçou e perguntou sobre o Doctor e Jack preferiu omitir a parte da pancada que ele havia levado na cabeça, afinal de contas ela iria descobrir de qualquer jeito.

Eles correram pelos corredores com uma facilidade enorme, sem encontrar nenhum cyberman o que ainda intrigava Jack. Master gosta de estardalhaço de tornar tudo dramático, não iria deixa-los vencer tão fácil assim.

Quando fizeram uma curva e chegaram perto do local por onde Jack havia entrado eles esbarram em duas outras pessoas que se assustaram tanto quanto eles.

–Nossa que susto, eu pensei que fossem cybermans – Mickey disse ofegante.

–Mas é melhor nós sairmos daqui antes que esses cybermans apareçam – alertou Ianto.

–Não acho que vão aparecer tão cedo – disse Jack em um tom de voz tão baixo que ninguém escutou.

Eles correram até chegar a porta da sala em que os seus companheiros estava presos e só ali se lembraram de que além de resgatar Rose deveriam encontrar uma maneira de abrir a porta.

Mas para a surpresa deles, depois de pensar em várias maneiras de abrir a porta, Rose deu um chute na porta de raiva e a mesma se abriu. Todos ficaram espantados.

–Mas como? – indagou Mickey.

–Não estava trancada? – questionou Ianto.

–Nossa você está fortinha hein, Rose! – brincou Jack.

–Não importa como abriu o importante é que está aberta.

Rose foi a primeira entrar e seus pais foram logo abraça-la, logo depois ela foi correndo abraçar o Doctor que abriu um enorme sorriso de alivio em vê-la, até se esquecer da dor na cabeça por alguns instantes, mas só por alguns instantes.

–Ai! – soltou o Doctor colocando a mão a cabeça quando Rose segurou o seu pescoço para beija-lo e Rose o soltou.

–O que houve? – ela perguntou preocupada.

–Só um pequeno acidente – ele falou encostando- se novamente na parede, ainda se sentia meio zonzo.

–Deveria estar deitado – Martha falou do fundo da sala.

–Vamos sair daqui, temos que chegar até a Tardis – Rose já foi puxando o Doctor pelo braço e o levado até a porta, os outros também já estavam saindo, mas Jack os impediu.

–Esperem!

–Esperar o que Jack – disse Gwen desesperada – temos que sair daqui logo.

–Tudo isso está fácil demais.

–E você está reclamando do que – Jackie disse – Vamos aproveitar para fugir.

–Como assim fácil demais? – questionou o Doctor.

–Doctor, essa pancada realmente foi forte mesmo!

–Hey!

–Desculpe. Pensem quando eu fui atrás da Rose eu não encontrei nenhum cyberman pelo caminho, vocês por acaso encontraram algum? – perguntou a Mickey e Ianto.

–Não verdade o único que nós encontramos foi aquele que vimos assim que saímos – explicou Ianto – não vimos mais nenhum depois.

–Então, tudo está fácil de mais, é como se quisessem que fugíssemos. Quando eu achei Rose, não havia ninguém vigiando a sala onde ela estava e porta nem estava trancada.

–É verdade – Rose disse agora entendendo tudo – Quando nós retornamos, não havia ninguém nos corredores.

–E essa porta – Mickey acrescentou – Rose a abriu somente com um chute e antes estava trancada.

–Mas porque fazer tudo isso para depois nos soltar? – Donna perguntou.

–Eu não sei – foi tudo que o Doctor disse – Realmente tem alguma coisa errada nesse lugar, mas temos que sair daqui, temos que chegar até a Tardis para descobrir o que está acontecendo, não temos alternativa.