Segredos de um passado obscuro escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 25
Times


Notas iniciais do capítulo

Heey leitores, eu queria agradecer a Rayane pela linda recomendação, e aos outros que também recomendaram porque eu só agradeci em mensagem privada, mas então, aproveitem o capítulo!



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Bucky abre a cela em que estou preso, presumo que ele pegou a chave depois de nocautear o soldado, mas sei que nã vai durar muito tempo, então me apresso em tirar Natasha de sua cela enquanto ele faz o mesmo com Thor.

— Como...? — ela pergunta, ainda tonta. Quando vê Bucky, fica pasma como se tivesse visto um fantasma. — Oi Bucky.

— Oi Natasha. — ele responde, claramente nervoso.

— Pessoal, temos pouco tempo pra sair, então, que tal o papo esperar um pouco? — sugere Thor. — Eu preciso do meu martelo de volta.

— E onde ele está? Pensei que vocês dois fossem tipo, inseparáveis. — Natasha esclarece exatamente o que se passa na minha mente.

— Era pra ser, mas eu não sei como eles conseguiram tirá-lo de mim.

— Se podem fazer isso, podem facilmente impedir nossa fulga se perceberem ameaça, então vamos ser discretos. — explica Bucky.

Nós subimos as escadas do porão sem nenhum ruído, mas nada é tão fácil, especialmente para nós. Somos logo cercados por soldados. Mas nós sabemos que podemos lutar; e assim fazemos.

Sem o meu escudo, consigo socar e chutar alguns soldados, mas muitas vezes acabo sendo golpeado, e os outros não estão indo muito melhor. Natasha dá uma chave de braço em um, mas outro salta em suas costas, o que a desconcentra. Me distráio com isso e sinto um chute certeiro nas costelas. Me levanto e atinjo meu agressor com um soco que o derruba, e insinuo ir até Natasha, mas ela já deu um jeito.

Bucky se abaixa quando um deles salta em sua direção, fazendo com que ele colida com outro soldado. Thor chuta um a sua esquerda e quase ao mesmo tempo soca o da direita, mas eles são muitos. Não adianta nada acabar com uns, porque eles retornam.

— Thor, Natasha! — eu os chamo. — Vocês precisam escapar e encontrar o escudo e o martelo. Eu e Bucky cuidamos dos soldados, nos encontramos na saída.

Os dois assentem e correm enquanto eu e Bucky distraímos os soldados para eles passarem.

Pov Natasha

Eu sigo Thor pelos corredores, de vez em quando golpeando alguns soldados. Ele vai seguindo seu instinto, e eu espero que esteja certo.

— É aqui. — ele diz, parando em frente a uma porta como de um elevador.

Felizmente, a porta está aberta. Acho que eles não estavam esperando uma fuga. Ele estava certo, em uma espécie de vitrine, estão o martelo e o escudo. Thor estende o braço, mas nada acontece com o martelo.

— Ótimo! E agora?

Ele nem me espera responder, e já vai na direção da vitrine.

— Thor, não!

Mas é tarde, assim que ele encosta a mão no vidro invisível, é lançado para trás num impulso e cai com um baque. Eu corro para ajudá-lo, e pelo menos ele está acordado.

— É, não foi uma boa ideia. — ele resmunga.

— Você está bem?

— Acho que sim.

Eu o ajudo a se levantar.

— Então, qual é o plano?

— Deve haver algum tipo de campo de força, vamos procurar a fonte.

Eu me apresso a procurar a fonte de energia, mas demoro mais que gostaria para encontrá-la. Está atrás de um monitor, e eu me abaixo para retirá-lo, mas ele apita e requer uma senha. Por não saber a senha, eu apenas chuto o monitor, quebrando-o ao meio, e o breve momento em que ele se auto-conserta, eu corto todos os fios possíveis.

Acabo apagando a luz, mas Thor grita do outro lado que conseguiu pegá-los. O monitor acaba de se consertar e aciona o alarme de emergência. Eu encontro Thor e nós corremos, vejo que a porta está se fechando, e ele percebe isso também.

Nós dois apertamos o passo, mas eu não posso seguir o rítimo de um asgardiano. Ele desliza por baixo da porta no último segundo antes de ser esmagado, e é muito inteligente e ágil da parte dele colocar o escudo de Steve no pequeno vão. Assim, a porta trava, não é espaço para eu passar, mas pelo menos dá tempo para eu pensar num plano melhor.

— Então.... — ele fala. — Tem alguns homens vindo aqui. Vou cuidar deles, pense em alguma coisa.

Eu concordo silenciosamente, pensamentos negativos já invadindo minha mente. Posso ouvir a luta se desenrolando lá fora, enquanto o barulho da porta se chocando com o escudo desconcerta minhas tentativas de planejamento.

Então eu olho para trás, para os monitores mais rústicos que os da sala principal. Talvez se eu conseguir acessar a base, eu consiga implantar o vírus que era nossa missão inicialmente. E assim faço. Isolo os sons da luta e da porta, e me concentro apenas dos visores, nos meus dedos teclando.

— Natasha! — ouço Thor chamar. — Está tudo bem aí?

Eu nem respondo, porque se me desconcentrar, posso perder tudo. Depois do que pareceram horas, eu finalmente consigo um acesso muito fraco ao computador principal. Tiro o pen-drive, que deve ser a única coisa que se manteve intacta e o conecto na entrada do computador.

Como eu esperava, o sistema caiu, e a porta parou de chiar. Ouvi Thor gritar em comemoração, e depois seus passos pesados na minha direção. Ele me agarrou e me girou no ar com uma força tremenda, e eu comecei a rir.

— Lady Romanoff conseguiu!

— Temos que sair daqui logo. Pelo que vi, o nosso vírus pode não destruir o sistema todo.

Pego o escudo de Steve e corremos de volta ao lugar onde deixamos os outros dois. Na correria, damos de cara com seis soldados, e eles, rápidos como são, nos atacam. Um golpe ( chute, presumo), no pescoço, me faz engasgar e vacilar, e o agressor se aproveita para chutar meu estômago e me fazer cair.

Eu dou uma rasteira nele e o imobilizo no chão, na tentativa falha de eletrocutá-lo, mas minhas pulseira estão quebradas. Quebro seu pescoço e acompanho Thor. Mas uma voz nos faz parar. Vem de todos os lugares, uma voz fria e apática, uma voz computadorizada.

" O sistema foi regenerado e está pronto para atacar novamente."

— O que isso quer di... — mas Thor não finaliza a frase, porque uma chuva de balas nos interrompe.

Eu, com o escudo de Steve, nos protejo. Mas de repente me vejo sem esperanças. O vírus que era nossa arma mais poderosa, nossa chance de fuga, não funcionou. E agora estamos presos aqui até um agente nos encontrar, o que pode levar anos, porque garanto que o computador pode nos camuflar ou algo do gênero.

Steve e Bucky também estão encurralados, e eu sei disso porque eles logo nos encontram. Os olhos de Steve encontram os meus, e eu tento correr para abraçá-lo, beijá-lo, sei lá, mas uma grade de ferro quase esmaga minha cabeça, e somos separados em times de novo. Novamente Thor e eu estamos juntos, me deixa triste ficar longe de Steve, mas me deixaria muito mais tensa ficar com Bucky.

Eu me sento escorada nas grades, e tento passar a mão por entre as barras, mas meus dedos levam choques na tentativa. Steve se apoia do outro lado, e é quase como se nossas costas se encostassem.

Mais uma noite encarcerada. Pelo menos os pesadelos não me atormentam. Desta vez Thor fica acordado, e é a vez de Steve adormecer. As horas parecem passar tão devagar quanto uma tartaruga, e eu tenho vontade chorar de raiva. E é quando ouço um chiado na minha cabeça. Subitamente, Thor começa a falar, e é como se Bucky nem o ouvisse, como se o tempo tivesse parado e somente nós dois tivéssemos ficado presos nele.

— Não se preocupe Natasha. Eu mandei uma equipe atrás de vocês. Logan incluso. Logo tiraremos você daí.


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Notas finais do capítulo

Acho que ficou bem claro e óbvio quem é que está se comunicando com ela, mas mesmo assim, quem vocês acham? E o que vocês esperam que aconteça? Beijos e até os comentários!