Segredos de um passado obscuro escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 20
Vingança


Notas iniciais do capítulo

Postei esse capítulo bem rapidinho porque vou demorar um pouquinho a mais para escrever o próximo porque estou resolvendo umas coisas no momento e tá faltando tempo. Aproveitem o capítulo!
P.S: Eu sei que não tem nada a ver, mas eu fiz uma aposta com meu amigo e quero saber a opinião de vocês, QUEM VOCÊS PREFEREM: Angelina Jolie ou Megan Fox? kkk



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Eu sigo Coulson pelos corredores do quartel, apressada e mal humorada. Mal consigo me segurar para perguntar a ele quem foi o culpado pela morte da minha irmã e seu filho. Steve vem comigo, e Maria também.
— Muito bem, aqui estamos. — ele diz quando chegamos a um escritório cheio de papelada e computadores. — Aqui. — ele ergue uma ficha com as dobras amassadas. — Primeiramente, Natasha, essa missão é nível B, ou seja, não é muita coisa pra você. Sei que está com raiva, mas não seja muito violenta.
Eu assinto, mentindo descaradamente. Violência vai ser algo que ele vai implorar quando estiver sob meus cuidados. Eu arranco a ficha de suas mãos, impaciente. Vejo um rosto de um homem desconhecido, olhos escuros e barba aparada. O nome que vem na ficha é Karl Morgenthau. Enquanto passo os olhos pela ficha, com Steve bem atrás de mim, não consigo enxergar nenhuma conexão dele com minha irmã.
— Aqui. — Steve passa o dedo indicador numa linha onde está escrito: " [...] criou a identidade de Apátrida e, com a fortuna que herdou, criou um arsenal tecnológico, bem como financiou o grupo de partidários conhecido como Ultimato."
— Ultimato... Apátrida... — eu repito os nomes. — O grupo que o marido da minha... Quer dizer, da Kiara, fazia parte. Não é?
— Exato. Prendemos o marido porque pensamos que ele era o líder, mas aparentemente... Não é. — explica Coulson.
— Ótimo, vamos acabar com todos eles, assim não corremos mais riscos.
— Quantos membros têm, aproximadamente? — indaga Steve.
— São 30 membros registrados.
— Podemos dar um jeito nisso. Começaremos pelo líder. — eu vocifero.
Eu saio da sala decidida. Já sei por onde começar, e não quero mais esperar.
— Capitão, aqui está o endereço. É um esconderijo, então devem estar preparados para qualquer armadilha. E mais uma coisa, nós o queremos preso, não morto. — eu ouço Coulson cochichar para Steve. Há! Não o querem morto?!
Eu mesma dirijo, com Steve no banco do passageiro e Sharon atrás. Não disfruto da presença dela, mas também não demosntro descontentamento. A entrada para o esconderijo é a orla de um bosque. Em certo ponto, temos que deixar o carro porque não há espaço.
Eu vou na frente com uma lanterna na mão e uma arma na outra. Dou passos largos porém cautelosos, e de repente eu paro. Steve e Sharon mal percebem e quase colocam os pés em uma corda de armadilha. Eu os paro e aponto, colocando um dedo nos lábios para pedir silêncio.
Cato uma pedra e a jogo na corda, que é puxada para o lado e uma rede cai sobre ela. Como esperado, o som é alto e claro. Eu me escondo atrás de uma árvore e faço sinal para os dois fazerem o mesmo. Ouço passos rápidos na nossa direção e então o vejo. Ele está usando um casaco de pelos, uma touca e luvas em trapos. Parece um homem que se perdeu numa ilha.
— Você é Karl Morgenthau? — eu pergunto, apontando uma arma para ele.
— Hum... Sou sim. Fiz alguma coisa errada? — ele pergunta, inocente. Antes que eu abra a boca para responder, Steve se joga na minha frente com o escudo, gritando:
— Cuidado!
Ouço o som de três tiros ricocheteando no escudo e depois passos apressados. Nós três vamos atrás dele. Steve é quem consegue chegar mais perto, pois não tem dificuldade em se desviar de galhos e arbustos, enquanto eu e Sharon vamos tropeçando o caminho inteiro.
Vejo de relance ele transpassando uma cortina de folhas, e Steve em seu encalço. Sem parar um minuto, eu os sigo. Entro em uma caverna, e por um segundo me sinto desorientada, no escuro. Sharon bate em mim sem querer e murmura desculpas, eu acendo a lanterna e nós vamos para a única saída possível: um túnel.
Ouço o som de tiros e corro ainda mais rápido. Só se pensar que algo poderia acontecer a Steve, meu coração já dispara. Mas sei que ele pode cuidar de si mesmo. Há tochas nas paredes que iluminam o caminho, e a lanterna não é mais necessária.
— Onde é que isso vai dar? — Sharon pergunta.
A resposta vem logo em seguida, vejo Steve segurando o homem, que tem um olho roxo. Há um lago subterrâneo, estalagmites e estalactites. É um bom lugar para se esconder.
— Você explodiu o avião ou não? — Steve repete.
Karl fica calado. Eu me canso da brincadeira e vou até lá, empurro Steve de lado, e dou um murro no rosto de Karl. Ele geme e seu nariz sangra como uma fonte.
— Vou perguntar de novo, desgraçado, e é melhor você responder rapidinho. Você explodiu a droga do avião?!
— Sim, fui eu!
Esmurro seu rosto mais vezes, sentindo prazer com isso. Sinto os nós dos meus dedos arderem como fogo, mas não paro. Chuto seu estômago exaustivamente.
— Natasha, tudo bem! Chega!
— Eu vou espancar você, depois eu vou cortar você em pedacinhos, e só depois eu vou queimar os seus restos mortais.
— Pare, Natasha... — Steve segura meus ombros. No calor do momento, eu o empurro com força para trás.
Ele fica assustado com isso, mas eu nem tenho tempo de sentir culpa. Vejo de soslaio que Karl está tentando alcançar sua arma, e eu vou para cima dele. Seu rosto fica bem próximo do meu, e ele sussurra:
— Eu tinha seis anos e tive que assistir meu pai ser pisoteado pelas pessoas num protesto. Eu odeio o nacionalismo, e havia pessoas importantes naquele avião. Foi minha forma pessoal de protesto.
Ele cospe sangue no meu rosto. Depois disso, não consigo mais pensar em esquartejá-lo, mas ainda sinto um ódio imenso e aquela vontade incontrolável de matá-lo.

— Então vou te fazer um favor. Você nunca mais vai precisar ver uma cena patriota.
Eu quebro seu pescoço com um só golpe. Ouço o estalo e só depois penso nas consequências. Coulson o queria vivo. Mas eu não me importo mais.
Steve está me encarando com uma expressão que parece nojo, repulsa e decepção. Sharon tem os olhos marejados e segura o braço dele como porto seguro.
Eu passo pelos dois sem uma palavra. Coulson também não me diz muita coisa, somente: "devia ter me ouvido". Somos levados de volta ao quartel, e mesmo triste pelo que Steve está sentindo por mim, eu ainda quero arrebentar a cara dos idiotas que fizeram aquilo.
Pov Steve
Assistir Natasha torturando um homem não era a ideia que eu tinha de cena romântica. Tiveram que engessar suas mãos, porque estavam mais que roxas. Pareciam ter sido esmagadas. O mais assustador é que ela mal parecia sentir, parecia estar presa em sua mente sanguinária, pensando nas maneiras de matar os próximos.
Coulson está bravo com ela, mas não quis ter aquela conversa ainda, porque ela ainda está muito desnorteada. Eu entro no quarto onde ela devia estar descansando, e a vejo anotando coisas freneticamente em um caderno.
— O que está fazendo, Natasha?
— Rastreando os outros. Podemos ir agora, o próximo não está longe.
Eu seguro seus ombros e a forço a me olhar.
— Você está enlouquecendo, deixando-a consumir sua mente. Não faça isso. Fique comigo.
— Eu só quero vingar minha irmã. — ela retruca.
— Você já o fez.
— Não! Cale a boca! Eu não vou deixar isso passar barato! Vou matar todos eles, um por um! E você não pode me impedir!
— Tudo bem, então vai fazer isso sozinha!
— Eu não ligo!
Eu bato a porta do quarto e vou até Sharon, ver como ela está. Ela também parecia abalada com a cena, e Natasha não quer minha companhia no momento.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam da vingança da Nat? Próximo capítulo pode ter turbulências no casal Stasha e mais notícias sobre a Angie. Beijos!