Almas, por acaso, já viu alguma? escrita por YoshidaYuzan
Notas iniciais do capítulo
Segundo capítulo da história de minha autoria. Não tenha medo ou preguiça de comentar.
Espero que gostem.
Novamente, Sean teve um sonho. Dessa vez ele estava em uma floresta coberta por névoa roxa. As árvores eram secas, totalmente sem vida, e o céu da noite estava coberto por nuvens. Como sempre, o garoto teve dores de cabeça. Ele ficou observando a péssima paisagem com cautela, entretanto, de repente, ele ficou pálido.
— Isso é estranho — murmurou o garoto. — Por que... Por que eu me lembro desse local?
A expressão de Sean era sombria. Ele não sabia o motivo de se lembrar deste local, mas sabia que algo aconteceu aqui.
Uivos soaram pela floresta escura.
Um garoto apareceu correndo. Sean, nem mesmo precisou olhar para saber que o garoto era ele, já que suas lembranças apareceram. De acordo com as suas lembranças o motivo dele correr era porque lobos o caçavam.
O pequeno Sean continuou correndo, porém, antes de sair do campo de visam do Sean do presente, ele foi cercado por lobos. Não havia para onde ir. Ele cerrou os punhos e rangeu os dentes.
Um dos lobos pulou para cima do Sean mais novo, porém, em poucos segundos, o lobo parou. Ao redor, os outros lobos, também pararam de rosnar agressivamente.
A cena se dissipou. Logo, Sean, estava ereto novamente. Ele sorria sarcasticamente.
— Esses sonhos são tão incômodos — disse ele. — Bem, hora de acordar.
Ele colocou a mão em seu peito e evaporou. Sean, acordou logo após.
Sean foi escovar os dentes e então foi para a cozinha tomar café da manhã. Ao sair do quarto ele percebeu que a televisão da sala estava ligada e achou tal fato muito estranho, mas deixou quieto.
— Bom dia — alguém disse.
— Bom dia — respondeu ele de imediato. — Espere — ele parou de andar. E então virou-se para o sofá. — O que você está fazendo aqui, Amy?
A garota estava sentada em seu sofá, usando somente uma camiseta do Sean e uma calcinha. Seu cabelo estava preso e ela estava comendo alguma coisa que Sean não conseguiu decifrar.
— Assistindo tevê — ela respondeu.
— Não foi o que perguntei — questionou. — Por que está em minha casa? Aliás, você deveria se vestir direito.
Amy largou sua comida e levantou do sofá — pelo menos ele esperava que fosse algo comestível.
— Eu já lhe disse. Nós vamos trabalhar juntos, você odiando-me ou não. E está calor para se vestir devidamente.
Sean continuou a caminhar e na geladeira pegou uma garrafa de suco.
— Mesmo que fossemos trabalhar juntos, e não estou dizendo que vamos, você não precisava vir para minha casa.
Ela abriu um sorriso.
— Isso é porque morarei com você. Assim, você aprenderá a gostar dos seres imortais.
Ele encheu seu copo com suco de laranja e olhou diretamente para a garota.
— Some daqui — aclamou ele.
— Cruel! — falou Amy.
— Não me importo. Somente suma daqui.
Os olhos da anja ficaram azuis. Em sua mão direita uma foice começou a se materializar, porém, antes que ela pudesse ter a chance de atacar, Sean puxou sua espada que se encontrava encostada perto dele e a pressionou sobre o pescoço da garota.
Seus olhos voltaram a cor natural.
— Isso...isso foi muito rápido — disse ela surpresa.
— Mesmo? Não foi você que foi lerda? — provocou Sean.
A garota o encarou. Por fim virou seu rosto, andou até o sofá e novamente sentou nele.
— Não vou embora.
Sean suspirou. Ele não estava afim de ter que sustentar uma anja que se faz de superior, mas não tinha outra escolha.
— Não me importo. Caso queira, fique.
Por um pequeno momento ele pode ver os olhos da garota brilhando, porém, em poucos segundos ela o reprimiu.
Somente por um pequeno momento Sean ficou tentado a perguntar em como ela virou anjo e em que época foi isso, porém, ele resolveu não perguntar nada.
— Já que insiste, eu ficarei – falou, Amy.
— Desde quando eu insisti? — perguntou ele. — Ah, não importa.
O silencio surgiu no ar. Sean tomou seu café da manhã e se dirigiu até o sofá, no qual Amy encontrava-se. A garota estava tomando chocolate quente, que por sinal, ele preparou.
A televisão havia sido desligada e não havia qualquer som na sala, além do ruído do vento.
— Isso é estranho — disse ela. — Te ver sem aquele sobretudo.
Sean suspirou.
— Você irá mesmo ficar aqui? — perguntou, Sean.
Amy girou a xícara com chocolate quente entre as mãos, enquanto soprava seu interior.
— Sim. Está tudo bem, não?
— Estar tudo bem, é? — Sean levantou-se do sofá. — Bem, não se preocupe com isso.
O garoto seguiu até o seu quarto. Ele pegou seu sobretudo e o vestiu, assim, voltou para a sala.
— Vai sair? — Amy perguntou.
— Sim.
Sean abriu a porta.
— Espere um momento — falou, a garota. — Aonde dormirei?
— Acho que isso não é do meu interesse — disse Sean.
Ele sorriu sarcasticamente e fechou a porta.
Parece que arrumei um cãozinho, pensou. O garoto não esperava que isso aconteceria; Ele não estava paciente para discutir ou colocá-la para fora. Então, para ele, foi a melhor decisão a se tomar.
— Bem, aonde irei agora? — murmurou ele.
Sean somente queria sair um pouco de casa, então, não pensou exatamente aonde ir. No fim, decidiu andar um pouco pela cidade e comprar algo para o almoço. Antes, como vivia sozinho, não tinha que se preocupar com tais coisas, porém agora ele tem uma anja.
Ele foi até o mercado e comprou alguns ingredientes. Assim, hesitando, começou a caminhar em direção a sua casa.
Ele já havia andado quase todo o caminho para seu apartamento, quando sentiu algo estranho. Logo a sua frente, poucos metros de distancia, havia uma energia sombria enorme, parecia que varias almas estavam reunidas em um só local.
Sean suspirou cansado.
— Ah, parece que terei de ir, pelo menos elas estão perto.
Ele, então, começou a caminhar até o local bem lentamente. Entretanto, quando Sean estava prestes a alcançar o local que emanava a presença de tantas almas, algo ocorreu. A energia sombria desaparecera por completo em um piscar de olhos.
Sean não sabia o motivo desse ocorrido e, apesar de ter deixado-o bem intrigado, ele decidiu dar meia volta e continuar a caminhar até seu apartamento.
Logo ele chegou e ao entrar em casa, Amy, não estava mais no sofá.
Antes mesmo do garoto decidir procurá-la, ele a viu. Estava na cozinha e pelo mais incrível que pareça, cozinhando algo.
— Amy? — falou, Sean.
— Já voltou? — disse ela.
Ele estava perplexo. Estava preparado para encontrar qualquer coisa, porém não imaginava que ela faria algo útil.
— O que está fazendo? — perguntou um tanto desconfortável.
Amy o encarou.
— O quê? Não posso gostar de cozinhar?
Sean, suspirou.
— O.k — falou ele. — Pegue.
Então ele jogou a sacola com os ingredientes que ele havia comprado mais cedo.
Ela os pegou, surpresa.
— Obrigada, eu acho — respondeu.
Sean retirou seu sobretudo e o jogou sobre o sofá. Então, dirigiu-se até a cozinha, aonde Amy encontrava-se.
— Mais uma coisa — disse ele. — Caso queira pode dormir na minha cama comigo, caso não, eu não ligo.
A anja, corou-se levemente.
— O que está querendo dizer?! — gritou.
— Na verdade, nada — falou ele a olhando. — Agora vou dormir. Não me acorde.
Então Sean dirigiu-se para seu quarto. Após deitar em sua cama, ele logo adormeceu.
Dessa vez Sean não teve sonho algum. Essa foi a primeira vez que conseguiu dormir tranquilamente ou era o que ele imaginava. Ele acordou sendo jogado para fora de sua cama.
— Acorde, Sean! — gritou alguém.
Sean, que ainda estava um pouco adormecido, conseguiu visualizar Amy em cima dele.
— Eu não disse para não me acordar, Amy? Aliás, que horas são? — perguntou sonolento.
Amy saiu de cima dele e voltou a sua compostura de sempre
— Temos um problema e são 17:45.
Ele levantou-se. Seu cabelo negro estava despenteado, talvez por ter dormido tão bem. Sean se endireitou e foi em direção ao banheiro.
— Problema? — disse ele e entrou no banheiro.
Amy logo abriu a porta do banheiro e se deparou com ele escovando os dentes.
— Sim. Estou sentindo almas por perto.
Sean terminou de escovar os dentes e enxaguou a boca.
Que vá se ferrar essas almas, pensou ele. Ela o tirou do único sono que ele pode dormir tranquilamente.
— Mesmo? — ele perguntou. — Por que me acordou, então?
— Para irmos atrás delas — disse ela. — Você vem, não?
— Não, obrigado.
Sean sabia que isso aconteceria. Apesar dele tê-la deixado ficar, isso não significava que ele tinha aceitado cooperar com ela.
— O quê? — ela falou indignada.
Aquela anja controlada tinha acabado de desaparecer. Agora só o que restava era uma garota enfurecida de calcinha e regata.
— Bem — ele respondeu. —, eu não estou sentindo nada, ou seja, este seria um trabalho que eu normalmente não faria, então, não tem sentido em ir.
Amy o encarou e então virou seu rosto para o lado.
— Eu irei sozinha então — falou ela, irritada.
— Vista algo primeiro, Amy — aconselhou Sean.
Ela voltou a se enfurecer.
— Eu irei, imbecil — falou.
Ela, então, bateu a porta do banheiro. Ele pode escutar os passos fortes dela por toda a casa e, por fim a porta da frente se batendo.
Sean saiu do banheiro e foi para sala, onde sentou no sofá e começou a ler um livro.
— Pelo menos terei paz — murmurou ele.
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E então, como está? Alguma critica ou comentário?